Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 21
O acordo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que to super sumida e eu entendo se vcs quiserem me bater kkkkkkkkk Eu tive aquelas mil provas e quando a sexta feira chegou eu simplesmente dormi como se não houvesse amanhã. Escrevi bastante ontem e aqui estou eu, pedindo mil desculpas para vocês! Espero que o capítulo compense o atraso, posto o próximo ainda essa semana!



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A sorte de Peter é que ele era gordinho, por isso suas vestes eram sempre um pouco mais largas, e o inverno os obrigava a usar mais blusas que o normal, o ajudando a esconder sua parte rato por tempo suficiente até as aulas voltarem. Remus demorou um pouco mais para voltar para as aulas por causa da transformação, mas logo os quatro estavam reunidos novamente nos corredores de Hogwarts.

— Isso incomoda demais... E coça! Por que eu tinha que virar logo um rato? — Ele reclamava, andando para a aula de Transfiguração.

— Podia ser pior, imagina se você tivesse chifres ou penas? Você só tem um rabicho. — Sirius tentou tranquilizar o amigo.

— Vamos dar um jeito nisso hoje. — Remus falou. — Ou ficaremos muito encrencados... — Eles adentraram na grande sala de Transfiguração e viram a professora McGonagall sentava em sua mesa fazendo anotações.

— Melhor falar depois da aula, não é? — Sirius parecia um pouco preocupado, coçou a cabeça e sentou em seu lugar. Peter tentou disfarçar o incomodo que era sentar com aquele rabo de rato o atrapalhando, mas a professora percebeu que algo estava errado e lançou um olhar curioso para os quatro.

— Estão dispensados, quero que treinem para a próxima aula! — McGonagall falou, no fim da aula. — Vocês quatro não. — Ela apontou para os marotos. — Tem algo que queiram me contar? — Ela levantou a sobrancelha e lançou um olhar desconfiado.

— Sabe Minnie, é que nós estávamos tentando fazer uma coisa e... — Sirius começou, a chamando pelo apelido que eles haviam criado.

— Meio que saiu errado... — James completou, lançando um sorriso nervoso. Minerva virou Peter de costas e descobriu o problema.

— O que exatamente vocês estavam tentando fazer? — Ela perguntou, com medo de que sua suspeita estivesse certa.

— Professora, lembra que eu te perguntei sobre animagos? — Remus falou, meio sem jeito.

— Como eu pensava... Vocês precisam parar de ser tão teimosos, eu disse para não tentarem fazer isso agora. Isso poderia ter sido ainda pior!

— Então quer dizer que nós nos saímos bem! — Sirius lançou um sorriso confiante.

— Cala a boca Sirius! — Remus reclamou, temendo que a professora os dessem uma detenção ou algo pior.

— Isso quer dizer que vocês tiveram muita sorte. — Minerva falou, num tom sério. — Preciso falar sobre isso com Dumbledore antes de tomarmos alguma providência.

— Mas você vai me deixar assim? — Peter virou de costas para a professora e apontou para sua parte rato.

— Eu posso saber o motivo de vocês para fazer isso? Não é possível que colocaram isso na cabeça só por estarem entediados. — Ela rapidamente apontou a varinha para Pettigrew, que perdeu seu rabicho e ficou aliviado. — Ou só por ser contra as regras.

— Professora, nós... É... — James se manifestou.

— É por minha causa, professora. Eles querem me ajudar. — Remus falou, de cabeça baixa. — Se o Dumbledore quiser nos expulsar, diga a ele que é culpa minha. Eu nem devia estar aqui, para ser sincero.

Vendo a reação de Lupin e entendendo o motivo pelo qual os meninos estavam tentando se transformar em animagos, Minerva esqueceu-se da delação que ia fazer sobre o mau comportamento dos quatro. Era uma causa nobre. Transformar-se em um animago para acompanhar seu amigo lobisomem era uma verdadeira prova de amizade. Mas, por outro lado, também era algo completamente perigoso.

— Não acredito que eu vou dizer isso, mas vamos fazer o seguinte: vou conversar com o Professor Dumbledore e, se ele concordar... —  Ela deu um suspiro, como se estivesse considerando se aquela era uma boa ideia ou não. — Eu vou ajudar vocês.

Os marotos comemoraram, James fez uma dancinha completamente estranha e Sirius deu uma bela gargalhada, Peter deu pulinhos de alegria e tentou animar Remus, que ainda parecia um pouco apreensivo.

 — Mas com uma condição: vocês precisam se comportar, sem nenhuma detenção ou escapada pelos corredores a noite. Eu aviso vocês sobre o que for resolvido com Dumbledore. — Nesse momento, a animação dos quatro diminuiu, era incrivelmente difícil para eles não se meterem em confusão. — Ah, não pensem que só por eu ajudar vocês, que vocês não estão encrencados ok? Dumbledore vai tomar as providências.

Eles voltaram para o salão comunal com Peter saltitando atrás deles comemorando por Minerva ter o ajudado. Por mais que as coisas não tivessem saído exatamente como eles imaginaram, se Dumbledore aceitasse, eles teriam ajuda de uma animaga de verdade e seria muito mais fácil realizar as transformações.

— Bom, contando com a ajuda da Minnie, só temos mais algumas coisas da nossa lista para fazer... Quando podemos aperfeiçoar o mapa? — James jogava o pomo de ouro roubado para cima e para baixo, enquanto estava deitado em uma das poltronas do Salão Comunal.

— Eu acho que não vou pode hoje... — Remus tinha o olhar perdido num grupo de garotas que conversavam perto da escada para os dormitórios.

— Hmmm, já que essa noite vai ser de namoros, acho melhor eu arranjar alguém para me divertir. — Sirius saltou do sofá em que estava, balançou os cabelos e virou para os amigos, mais uma vez: — Será que a Fletcher está ocupada? — Ele deu uma risada alta e saiu atrás da lufana.

— E você, James? Vai fazer o que? — Peter perguntou, curioso.

— Não sei, eu estava pensando em falar com a Lily, mas imagino que minhas chances serão pequenas... O que você acha de procurarmos uma garota para você? — James levantou animado pela missão.

Eles andaram pelo castelo naquele fim de tarde, com o vento gelado bagunçando os cabelos dos dois, levando as garotas a loucura por causa do James, que parecia ter acabado de descer da vassoura, com os cabelos bagunçados da forma mais sexy possível. Enquanto isso, Peter parecia que tinha acabado de acordar, seus cabelos pareciam um bagunçado ninho de ratos.

— Poxa Rabicho, se você quer arranjar uma namorada vai ter que dar um jeito nesse seu cabelo né? — James apontou para os fios claros e bagunçados. Peter pegou a varinha e usou um feitiço, normalmente usado pelas garotas, e ficou um pouco mais apresentável que antes.

Eles estavam no pátio, local onde muitas garotas gostavam de passar o tempo conversando com suas amigas ou estudando. Haviam meninas de todos os tipos e para todos os gostos, James começou a apontar para possíveis candidatas e esperava a aprovação de Pettigrew.

— Ela não, ela é esquisita... Ah, essa é bem bonita, mas não acho que ela vai me querer... — Ele ia falando sobre cada uma das escolhidas.

— Peter, você não precisa pensar se elas vão te querer ou não, é só arriscar... Vou te mostrar como eu faço, me segue. — James pulou da janela em que os dois estavam sentados e foi na direção de algumas garotas, entre elas havia uma morena de olhos azuis que combinavam perfeitamente com o uniforme da Corvinal.

— Olá garotas... — James bagunçou os cabelos e lançou seu melhor sorriso. — Espero não estar atrapalhando, vocês poderiam nos dar licença por um momentinho? — Ele piscou para as garotas, enquanto elas saíam. —  Eu e meu amigo, Peter — Ele bateu nas costas do garoto, que sorriu envergonhado. — Estávamos conversando e chegamos num consenso: você é uma das garotas mais lindas da Corvinal. Mas não conte isso para suas amigas, elas com certeza ficariam com ciúmes desses belos olhos, não é mesmo Peter?

— É, você tem olhos lindos e seu sorriso também... — Peter entrou na onda e resolveu elogiar também. Passando os olhos pela garota, viu que ela também tinha outros atributos interessantes. — Deve ser uma das mais gost... — James o interrompeu antes que ele falasse besteira.

— O que meu amigo quer dizer é que todos devem gostar de você... Sabe, eu acho que vocês deviam sair qualquer dia, que tal? — Potter percebeu que teria que finalizar a conversa antes que Peter dissesse algo de errado.

— Bem, eu... Eu já estou saindo com alguém então... Fica para a próxima né? — Ela deu um sorriso nervoso e foi em direção das amigas, que deram risadinhas enquanto os dois voltavam para a janela onde estavam sentados antes. Por sorte, Peter estava cabisbaixo demais para ver a garota piscando para James, mostrando que ela estava disponível para ele.

— Eu sou péssimo nisso! — Peter se lamentou.

— Relaxa cara, você só precisa praticar mais um pouco. — James tranquilizou o amigo e continuaram procurando até a hora do jantar.

Enquanto James bancava o cupido com Peter, Remus foi finalmente encontrar com Dorcas. Como ele demorou mais para voltar para as aulas, eles ainda não tinham se encontrado desde antes das férias de natal.

— Oi meninas... — Remus cumprimentou Dorcas, Marlene e Lily. — Como foram as férias?

— Hmm, foram bem legais... Lily, você tinha dito que ia encontrar seu amigo Ranhoso? Acho que eu vou dar uma volta também. — Lenny piscou para a ruiva e as duas deixaram o Salão Comunal.

— Oi! — Remus sorriu, tímido. Não era como se eles não tivessem conversado desde o beijo deles, na estação. Eles haviam trocado cartas durante as férias e até trocaram presentes de natal.

— Oi! — Dorcas riu e acabou com o rosto corado. — Vamos lá pra fora? — Ao ver que algumas pessoas os observavam, ela o pegou pela mão e os dois saíram do campo de visão dos outros alunos.

Sentaram em um banco num dos muitos corredores próximos a torre da Grifinória, ainda de mãos dadas. Remus não podia esperar mais, apesar de tímido, o garoto também tinha suas vontades, por isso levou uma das mãos para a bochecha de Dorcas.

— Gostou do presente, não é? — Ele olhou para a touca que ela usava.

— Gostei muito, não sei se meu presente foi tão bom quanto o seu... — Ela havia dado um livro sobre Defesa contra as artes das trevas, matéria favorita dele. — Mas eu posso melhorar ele. — Ela deu um beijo leve no garoto, que aproveitou a iniciativa dela e passou a mão pela nuca dela, aproximando os dois.

— Parece que a noite está boa, mas vocês vão perder o jantar... — Mary passou por eles depois de um tempo, interrompendo os beijos que estavam bem menos tímidos que antes.

Os dois se levantaram rápido e tentaram agir como normalmente, mas estavam sorrindo como dois bobos e tinham os cabelos um pouco bagunçados, Remus chegou perto de Dorcas de novo, enquanto andavam, e arrumou uma mecha do cabelo dela. Quando chegaram no Salão Principal de mãos dadas, os garotos da mesa da Grifinória não os deixaram em paz. Eram brincadeirinhas, sorrisos sugestivos e gritinhos entusiasmados das garotas, além da costumeira zoação dos marotos.

— Algum sucesso procurando uma garota para o Peter? — Lupin sussurrou para James, quando finalmente pararam de zoar o novo casal do grupo.

— Está sendo mais difícil do que eu pensei, mas vamos dar um jeito... Se até nosso lobinho aqui conseguiu, o Rabicho consegue também não é? — Ele deu uma piscadela para Remus, que revirou os olhos.

O jantar, como sempre, estava maravilhoso. Agora que eles sabiam como aqueles pratos maravilhosos eram preparados, a comida parecia ainda melhor e mais mágica que antes. Quando todos estavam saindo do Salão Principal de barriga cheia, uma voz conhecida acabou com os planos dos garotos.

— Potter, Black, Lupin e Pettigrew, Dumbledore solicita a presença de vocês na sala dele imediatamente. — Minerva apareceu, tentando manter a formalidade diante dos outros amigos dos marotos. No entanto, sem que os outros pudessem perceber, ela deu um sorriso discreto para os garotos enquanto os acompanhava até a sala do Dumbledore.

Andaram até o fim de um corredor, onde havia a estátua de um hipogrifo. Minerva aproximou-se da estátua, falou algumas palavras (por mais que os garotos tenham tentado ouvir, não fizeram muito sentido. Que tipo de senha é "Bombas de Caramelo"?). Dita a senha, uma passagem se abriu e eles subiram até a sala grande e circular onde estava o escritório do professor Dumbledore.

— Alvo, vou deixar que você converse com os quatro. Se precisar de mim, estarei na minha sala. — McGonagall se despediu e desceu as escadas da passagem.

— Bom garotos, como foram as férias? — Dumbledore tinha a característica de mudar o assunto as vezes, para perguntar coisas normais. Ele realmente parecia interessado em saber sobre os alunos que andavam pelo castelo.

— Foram boas, professor. É... Por que o senhor nos chamou? — James fingiu não saber o motivo de estarem ali naquela noite.

— Eu imagino que o natal de vocês tenha sido extremamente produtivo, de acordo com o que a professora McGonagall me contou... Como vocês conseguiram avançar tanto na transformação do pequeno Peter aqui?

— Nós pesquisamos bastante e... Meu pai estava com um livro de uma tal de Lovegood, que tinha algumas instruções... — James explicou, tentando ler as expressões de Dumbledore, que pareciam calmas e despreocupadas.

— Lovegood, essa menina sempre arranjando confusões... Ela se formou em Hogwarts ano passado e era excelente em feitiços, por isso resolveu criar seus próprios feitiços. — Dumbledore explicou, com um sorriso no rosto como se recordasse dos anos da garota na escola. — É claro que criar feitiços necessita de muito estudo e, por isso, os feitiços dela sempre acabam dando meio errado. Vocês tiveram sorte, principalmente você, Pettigrew... Você poderia ter explodido, ou ficado preso na forma de animal para sempre.

Aquela era uma cena difícil de se ver: os marotos sentados de cabeça baixa, ouvindo o que o professor tinha a dizer sem fazer nenhuma piada. Peter se estremeceu ao imaginar-se como um rato para sempre, seria uma vida terrível.

— Professor, eles só estavam fazendo isso para tentar me ajudar. Eu devia ter impedido isso, eu entendo se quiser me expulsar de Hogwarts. — Remus quebrou o silêncio.

— Eu entendo, Minerva me contou o motivo de vocês tentarem se transformar... Mais do que ninguém eu sei que acompanhar um lobisomem durante a lua cheia é extremamente perigoso e eu não posso deixar que vocês façam isso.

— Mas professor Dumbledore, esse plano é perfeito... Lobisomens não atacam outros animais! — Sirius explicou, tentando convencer o diretor.

— Eu sei disso, Sr. Black. E é por isso que eu vou autorizar Minerva a auxiliá-los na transformação. Se vocês tiverem êxito em suas formas animagas, podemos conversar sobre acompanhar o Lupin. — Alvo sorriu ao ver a felicidade estampada no rosto dos garotos. — Mas isso deve ser segredo, nem mesmo o Ministério pode saber que eu deixei que alunos com menos de 15 anos virassem animagos.

— Muito obrigado Professor! Não vamos te decepcionar! — Eles agradeceram, indo em direção a porta.

— Remus! — Dumbledore chamou, antes que este fosse atrás dos amigos pela passagem. — Eu lhe disse que Hogwarts faria bem para você, não é em qualquer lugar que encontramos amigos tão leais quanto eles.


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Notas finais do capítulo

Meu namorado me deu a ideia de pedir ajudar para a Minerva, afinal, Remus ajudou o Harry a fazer o feitiço do patrono então sempre temos algum professor legal por ai para ajudar não é? A Pandora Lovegood é a mãe da Luna (isso é confirmado), e eu decidi colocar o nome dela porque sabemos que ela meio a louca dos feitiços né? Me contem o que acharam e por favor, se manifestem para eu saber que mesmo com o meu sumiço vocês continuam aqui! Beijos e dessa vez o próximo capitulo vem mais rápido, graças as férias :)