Malfeito feito escrita por msnakegawa


Capítulo 20
O primeiro teste


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas pelo sumiço repentino, já aviso que eu esperava mais desse capítulo mas para não deixar vcs sem atualização por duas semanas, cá está o capítulo curtinho que eu consegui desenvolver nessa semana de provas (semana que vem será pior, 5 provas, 2 seminários e 1 visita técnica) e também tem meu aniversário (loucuras de dezembro, quase nao aguento). Espero que entendam e que aproveitem essa prévia da bagunça que os marotos farão!



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Depois que a fumaça do expresso Hogwarts dissipou e o trem voltou vazio em direção ao norte, Lily seguiu até a Rua da Fiação com seus pais e Petúnia. Aquelas ruas de paralelepípedos cobertas com uma fina camada de neve e as casas sempre próximas umas das outras eram uma visão encantadora, que distraia a ruiva de qualquer possível aborrecimento.

—  Aquele garoto que mora aqui perto não voltou para o natal, querida? — A Sra. Evans perguntou, enquanto observava as crianças brincando com a neve na rua.

— Aquele esquisito! — Petúnia já começou a provocar. — Ah é, todos vocês são esquisitos...

— Túnia, pare de falar assim da sua irmã! — O pai repreendeu, enquanto tirava as malas da Lily do carro e as levava para dentro de casa.

— Mas é o que ela é, indo pra uma escola dessas e fazendo essas coisas de magia... Eu sou muito melhor, estou estudando no melhor colégio da região. — Ela falou, de nariz empinado.

— Se eu me lembro bem, você enviou até uma carta para o Dumbledore pedindo para ir para Hogwarts também! — Lily mal havia chego em casa e já estava cansada de ouvir as provocações da irmã.

— Cala a boca, eu nunca quis estudar naquela escola idiota! — Petúnia gritou, já com os olhos cheios de lágrimas, e saiu correndo para seu quarto.

Os pais das garotas tentaram manter uma conversa agradável com a mais nova, tentando evitar falar sobre o conflito entre as duas, que seria uma coisa frequente naquele feriado. Contaram sobre a nova família que havia se mudado para a rua, sobre alguns filmes que Lily gostaria de ver e por fim, discutiram sobre alguns livros que ela e o pai haviam combinado de ler a algum tempo.

Se não fosse por Petúnia, os dias na residência dos Evans seria bem tranquila, mas como nada é fácil, Lily decidiu evitar estar no mesmo cômodo que a irmã. Quando seu pai propôs que os dois fossem à Londres comprar os últimos presentes, na véspera de natal, enquanto as outras duas terminavam os preparativos para a comemoração, ela não pensou duas vezes. Sem a irmã por perto, eles passearam pelas ruas movimentadas da cidade até chegarem perto do Caldeirão Furado.

— Eu imaginei que um presente trouxa não seria tão legal quanto alguma coisa mágica. — O Sr. Evans explicou, ao ver o olhar de dúvida e animação de Lily. — Vamos lá! — Ele sorriu para a garota e pegou sua mão, a levando para o Beco Diagonal.

— Obrigada pai, eu não imagino como seria se vocês não me apoiassem com essa coisa toda... Tem alguns garotos lá na escola que sofrem muito com isso. — Lily pensou em Snape e no pai dele, sempre discutindo. Ela lembrou de alguns boatos que circulavam pelo castelo: os nascidos trouxas como ela poderiam sofrer ameaças se aquele bruxo das trevas convencesse as pessoas de suas ideias de superioridade dos puro sangues.

— É o mínimo que podemos fazer, você e sua irmã tem tanto potencial. — Lily revirou os olhos quando sua irmã foi citada. Eles caminhavam pela larga e cheia rua do Beco Diagonal, desviando de uma porção de bruxos com caixas e sacolas de presentes. — Não fique assim com ela, Lil. Você consegue imaginar o que é ver sua irmã indo para um lugar mágico, viver milhões de coisas novas enquanto você vive a vida como todo mundo?

— É, seria uma droga... Mas eu queria que ela não me culpasse por isso, eu não tenho culpa por terem me chamado, tenho? — Ela tinha lágrimas enchendo os olhos, seu pai a puxou para um abraço.

— Você devia se orgulhar por ter magia dentro de você, filha. Um dia sua irmã vai entender isso tudo, você sabe... Vamos tomar alguma coisa, seu nariz está gelado. — Seu pai enxugou as lágrimas dela e tocou no nariz dela, vermelho por conta do choro e do frio.

 — Eu espero que ela deixe de me odiar um dia. — Ela falou baixinho, enquanto os dois pegavam um chocolate quente.

— Lily! — Uma loira veio correndo na direção dos dois, quando os dois saiam da Floreios e Borrões com alguns livros que Lily escolhera.

— Dorcas, achei que eu fosse a única atrasada com os presentes... Pai, essa é a Dorcas Meadowes. — Os dois se cumprimentaram e seu pai deu um pouco de privacidade para as duas, indo ver os artigos de quadribol, esporte que o deixava completamente maravilhado.

— Na verdade, foi um presente meio repentino sabe... O Remus mandou essa boina super fofa para mim hoje de manhã. — Ela apontou orgulhosa do acessório que combinava tanto com ela, a touca de lã na cor vinho combinava com seu cachecol da Grifinória e contrastava com os cabelos loiros. — Eu tinha que comprar algo legal para ele, sabe? — Mostrou o pacote em sua mão, sorrindo.

— Eu fiquei tão feliz por ele ter finalmente tomado alguma atitude, você fará bem para ele. — Lily sorriu, pensando nos conflitos que afligiam o amigo. — Vocês vão se encontrar antes das aulas voltarem?

— Acho que não... Os quatro estão na casa do James, de acordo com a carta que eu recebi. Já vou, mãe! — Uma senhora a chamou e as duas se despediram. — Bem, tenho que ir... Eu envio seu presente assim que chegar em casa, feliz natal!

Na casa dos Potter, o natal parecia ser o evento do ano. A Sra. Potter, para os íntimos Euphemia, havia decorado a casa com guirlandas, arranjos e uma enorme árvore de natal. A casa estava com um cheiro maravilhoso, mas nem mesmo o aroma do almoço prendeu a atenção dos marotos. Os quatro decidiram bisbilhotar na pequena biblioteca do pai de James e encontraram um livreto sobre animagos.

— Tem esse aqui: "Animagia: feitiços e transformação". — Peter virou o livro de ponta cabeça para tentar ler a assinatura. — escrito por Pandora Lovegood... É meio pequeno, parece mais um caderno com anotações. — Peter pegou o caderninho e o levou até os amigos. Juntos, eles folhearam, até que encontraram os feitiços que faltavam para começarem a praticar.

— Eu já ouvi meu pai falando sobre essa mulher, é uma bruxa que acabou de se formar em Hogwarts e vive dando problema para o Ministério por feitiços mal executados ou pequenos acidentes. — James explicou, como se o fato da maioria dos feitiços que essa tal Lovegood fazia darem errado fosse completamente normal.

Os quatro garotos planejavam esperar que o natal passasse e, assim que tivessem uma chance iriam fazer um pequeno teste de transfiguração. Alguns dias antes do ano novo, o Sr. Potter foi convocado para ajudar numa missão do Ministério e a Sra. Potter foi com ele até Londres, dando a chance que todos esperavam.

Logo, correram para a área externa da casa dos Potter. O jardim tinha algumas árvores, uma delas tinha um balanço pendurado nela, o gramado estava forrado pela neve fofa.

— Vamos apostar para ver quem vai ser nossa cobaia. — James propôs, torcendo para que não fosse ele, e como sempre a sorte estava a favor dele e contra Peter, que acabou sendo o escolhido.

— Para de fugir, Peter! Você perdeu a aposta. — Sirius tentava enfeitiçar o garoto gordinho que desviava de todos os feitiços que iam em sua direção.

— Vocês tem certeza que isso vai dar certo? — Ele tremia e se encolhia todo.

— Não! — James, Sirius e Remus falaram em uníssono.

Dando-se por vencido, Peter voltou para o meio do jardim e deixou James e Sirius tentarem o transformar sob supervisão de Remus, que estava encostado numa árvore consultando o livro sobre animagos e dando as instruções que já tinham anotadas. De repente, houve um relâmpago, Pettigrew deu um gritinho agudo e logo os três amigos viram uma das cenas mais engraçadas de todas: das bochechas salientes do garoto saiam bigodes compridos e um rabo de rato saia de sua calça, era uma mistura de rato com um adolescente gordinho.

— Ei, está bem bonito hein? E esse rabicho aqui? — Sirius ria, dando voltas no amigo e observando curioso aquela calda. — Esse é um bom apelido, Peter.

James não conseguia parar de rir, ele já estava rolando no chão quando Remus, tentando segurar o riso, o obrigou a levantar para ajudá-lo a desfazer a transformação.

— Pessoal, o bigode sumiu, mas o rabo ainda está aqui... — Remus coçava o queixo, intrigado.

— Ai não, o que vamos fazer agora... Eu sabia que essa era uma má ideia! — Peter guinchava, agora mais parecido com um rato do que nunca.

Eles tentaram vários feitiços para fazer Peter voltar a forma totalmente humana, mas mesmo depois de alguns estalos e leves relâmpagos, o maldito rabo ainda estava ali.

— Eu não queria ter que admitir isso, mas vamos precisar de ajuda... — James concluiu. — Peter, dá um jeito de esconder esse rabo até voltarmos para Hogwarts.

— Você não está pensando em... — Sirius olhou em reprovação.

— Vamos ter que falar com a nossa mais querida e adorável professora de Transfiguração.

— A Minnie vai querer matar a gente! — Remus lamentou, usando o apelido carinhoso que os garotos deram para a Minerva McGonagall.

— Só ela vai conseguir dar um jeito nesse rabicho aqui... — Sirius bateu nas costas de Pettigrew, que concordou desesperado.

Rabicho! — James voltara a rir descontroladamente.


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Notas finais do capítulo

Me avisem se encontrarem algum erro, dessa vez não deu pra revisar direito... Me contem o que acharam e aguardem a reação da Minnie no próximo capítulo (que provavelmente sairá dia 16/12). Me perdoem pelos atrasos!