Amor e Outras Drogas escrita por Siaht


Capítulo 2
O Casamento do Meu Ex-Namorado


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas! ;D
Tudo bem com vocês?
Bom, eu sei que - se vocês ainda estiverem lendo isso - querem me matar, mas realmente estava impossível escrever. Faculdade, TCC, problemas pessoais... A vida não estava nada fácil, mas agora estou de volta com essa fic que me divirto horrores escrevendo!
Espero que vocês gostem! ♥



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Algumas pessoas ficam melhores sozinhas. Ela definitivamente era uma delas. Pelo menos, era isso o que a garota pensava, apoiada em uma das paredes do bar, enquanto acendia um cigarro com a ponta da varinha. O vento fresco de outono bagunçava seus longos e encaracolados cabelos ruivos, mas ela gostava da sensação. Seu rosto pálido era salpicado por sardas e poderia parecer completamente inocente, não fosse pelo brilho malicioso em seus olhos azuis e o sorriso provocante, que sempre trazia nos lábios tingidos de vermelho. As botas de couro de dragão iam até seus joelhos e a saia preta era extremamente curta e justa.

A moça tragou o cigarro, enquanto sua mente continuava a fazer infinitas suposições sobre banalidades como o amor. Às vezes, Rose Weasley se perguntava se aquilo realmente existia. Não aquele amor de família e amigos (como uma Weasley seria impossível não acreditar nele) se referia ao amor romântico, à paixão. O tipo de coisa sobre a qual sempre ouviu falar, mas nunca entendeu ou sentiu. Havia momentos em que acreditava que simplesmente não havia nascido para aquilo. Toda vez que escutava um de seus amigos comentando sobre seus novos amores, essa certeza crescia consideravelmente.

De toda forma, aquilo não era necessariamente ruim. A ideia de se apaixonar fazia o estômago da herdeira de Ron e Hermione se embrulhar. Como alguém poderia ansiar por ficar estúpida, dependente e vulnerável? Como alguém poderia desejar que sua felicidade estivesse atrelada a outra pessoa? Não! Rose Weasley definitivamente não havia nascido para paixões e romances. Gostava de ficar sozinha e se sentia completamente satisfeita com relações breves e sexo casual. Claro que nem sempre o parceiro escolhido ficava contente, mas isso já não era um problema dela.

Essa postura fez com que, ao longo dos anos, recebesse a fama de destruidora de corações. Em muitos momentos o título a fazia gargalhar. Todos sabiam que ela não procurava por relacionamentos estáveis ou sérios, além disso, não era do tipo que fazia promessas ou juras de amor. Se eram tolos o suficiente para criar expectativas, ou achar que poderiam mudá-la, a culpa não era dela.

Talvez o problema fosse que todos esperavam que a garota fosse uma pessoa que não era. A Rose meiga, sensível e certinha só existia na imaginação popular. Ela era atrevida, sarcástica, imprudente e errada de incontáveis maneiras. Era uma Grifinória orgulhosa, de opiniões firmes e espírito livre. A rosa delicada que esperavam não existia, Rose Weasley era apenas uma flor selvagem cercada por espinhos e todos que tentaram alcançá-la terminaram sangrando.

.

.

— Ok. Nós estamos oficialmente fodidos. Um brinde a isso!

Rose Weasley suspirou, após beber o que restava de seu Whisky de Fogo. Do lado de fora, a tempestade parecia ter se intensificado e garota realmente não entendia como aquilo era possível.

— Eu realmente não faço ideia de por onde começar... — Roxanne admitiu após alguns segundos, normalmente ela era ótima em oferecer consolo aos primos, ou a quem quer que precisasse, mas naquele momento não conseguia enxergar soluções sequer para seus próprios problemas.

— Talvez devêssemos começar um culto que prega abstinência sexual, afinal estamos todos na merda por termos feito sexo, não é mesmo? — Rose comentou, exagerada como sempre.

Lucy arqueou a sobrancelha e balançou a cabeça negativamente.

— Ou talvez você pudesse simplesmente deixar de ser ridícula, admitir que gosta do Malfoy e tentar ser feliz com ele. — a garota foi pragmática.

— Ridícula é você, Lucy, que está doidinha pra fazer um ménage com os irmãos McLaggen. — a ruiva disse irritada, jogando uma batata frita na prima, que se limitou a lhe lançar um olhar assassino.

— Ok, antes que essa história termine no altar — Albus interrompeu, fazendo um careta se formar no rosto de Rose com a menção a palavra “casamento” — Eu realmente adoraria entender como diabos essa sua história com o Scorpius começou. — E por que nenhum dos dois teve a decência de me contar, o Potter acrescentou mentalmente. Que amigos maravilhosos ele tinha!

— Essa é uma excelente questão, porque, até onde eu sabia, vocês dois se odiavam. — Roxanne fez questão de frisar. Uma parte dela se corria de curiosidade desde que a prima dissera que estava apaixonada. Aquilo era praticamente um milagre e a Weasley estava doida para saber de todos os detalhes sórdidos.

Louis revirou os olhos.

— Aparentemente há uma linha tênue entre o amor e ódio. Isso está em 90% das histórias de amor produzidas pela humanidade. É irritantemente clichê, para ser honesto. Eu esperava mais de você, Rosie. — o loiro comentou, soando entediado. Por dentro, no entanto, estava tão curioso quanto o restante dos amigos.

— Bom, eu esperava que você não fosse estúpido a ponto de engravidar alguém, mas obviamente as pessoas nos decepcionam. — a herdeira de Ron e Hermione respondeu ácida, fazendo uma risada seca escapar dos lábios do primo.

— Touché! — Louis admitiu com uma reverência teatral.

— Não importa se é clichê, o que a gente quer saber é como aconteceu! — Roxy falou empolgada, a curiosidade era tamanha que quicava na cadeira de empolgação. — Então, pode ir desembuchando logo, Rose.

A auror respirou fundo, sabendo que seria impossível evitar o assunto.

— Tudo bem! Toda essa maldição começou há alguns meses no casamento do Frank e Adam, seu enteado, Roxy! — Rose não perderia a oportunidade de alfinetar a prima.

Roxanne engasgou com a bebida.

— O Adam não é meu enteado! — tentou afirmar, entre o acesso de tosse.

— Você “tá” pegando o pai dele então...

— Para, Rose! — a jogadora dos Chudley Cannons sentiu as bochechas corarem.

— Se você pega o Wood pai, o Wood filho é seu... — Louis começou debochado, mas foi interrompido por uma Roxanne totalmente desconcertada, algo muito raro de se ver.

— A única pessoa aqui que está tendo filhos é você, Lou!

— Ouch! — Albus não seria Albus se não colocasse lenha na fogueira — Não deixa de ser verdade, meu caro Weasley.

— Cala a boca, Al!

— Calem a boca, todos vocês! — Lucy foi enérgica — Será que podemos nos concentrar no fato de que a Rose começou a pegar o Malfoy no casamento do ex-namorado dela?  — a garota questionou, com uma expressão de censura que apenas uma filha de Percy Weasley seria capaz de reproduzir.

— Ei, pode ir tirando essa expressãozinha de julgamento do rosto, dona Lucinda Weasley. Porque, primeiro, você tá transando com o irmão do seu ex-namorado, o que te faz tão moralmente questionável quanto o resto de nós. E segundo, porque eu nunca namorei o Frank. Nós ficamos algumas vezes até ele perceber que gostava tanto de homem quanto eu. Namoro é um termo muito forte para isso. — Rose disse, fechando os braços sobre o peito.

— Ok, a Rose definitivamente tem um ponto. — Albus defendeu, fazendo Lucy revirar os olhos.

— De qualquer forma, isso definitivamente não importaria muito, já que o Scorpius é ex-namorado do Adam. — a herdeira de Ron e Hermione continuou. — E, diferentemente de mim, que não dou a mínima para o relacionamento que tive com o Longbottom, o Malfoy parecia mesmo se importar com o ex.

— Ele definitivamente se importava... — Albus resmungou, girando o copo vazio nas mãos.

Albus Severus Potter e Scorpius Malfoy haviam se tornado amigos desde o primeiro dia dos dois em Hogwarts. Apesar de todos os conselhos paternos, o Potter ainda estava receoso por ter sido mandado para Sonserina. Além disso, Rose, Lucy e Roxy haviam sido selecionadas para outras casas e Louis estava em um colégio trouxa. Pela primeira vez, desde que se entendia por gente, estava separado dos primos, pela primeira vez estava sozinho e isso era extremamente assustador. Scorpius, no entanto, acabou surgindo como seu porto seguro e foi realmente fácil fazer amizade com o rapaz. Ao longo dos anos, a amizade apenas cresceu e eles permaneceram ao lado do outro e sempre se apoiaram, o que queria dizer que Albus passara longos meses ouvindo o amigo se lamentar sobre o término de seu namoro com Adam Wood. Adam havia sido o primeiro amor de Scorpius e lidar com o fim do relacionamento não havia sido algo fácil. Mesmo anos depois, ver o antigo namorado se casando havia mexido com algo – que ele sequer sabia que estava adormecido – dentro dele.  

— Ok, diga o que quiser, Rose. Mas começar a se pegar no casamento dos exes é estranho. — Lucy alfinetou.

— Eu já disse que o Frank não é meu ex! — Rose protestou indignada.

— E eu continuo achando que dá no mesmo. — a prima disse desinteressada, ajeitando os óculos.

Antes que Rose pudesse responder, Roxanne se intrometeu.

— Okay, tanto faz. Segue em frente com a história, amiga. Vocês estavam lá no casamento e...?

A auror suspirou, ainda encarando Lucy de forma homicida, antes de continuar.

— Bom, eu estava sozinha naquele casamento, já que nenhum de vocês se dignou a ir. O que, pensando em retrospectiva, faz com que todo esse meu tormento seja culpa de vocês, seus péssimos amigos!

— Como diabos isso é nossa culpa, Rosie? — Louis questionou, revirando os olhos.

— Se vocês estivesse lá teriam me impedido de fazer essa besteira! — a ruiva afirmou, batendo as botas de couro no chão.

— Ah, tá! Porque alguém realmente consegue te impedir de fazer algo, quando você está decidida... — Albus ironizou. Rose Weasley era provavelmente a pessoa mais teimosa e cabeça dura que conhecera na vida. Quando ela colocava uma ideia na cabeça, nada – absolutamente nada – era capaz de tirá-la.

— Mesmo assim. — a garota continuou protestando — Vocês não podiam ter me deixado sozinha naquele casamento. Poderiam ter tido o mínimo de consideração comigo ou com os noivos. E quem perde a oportunidade de comer e beber de graça? Vocês são bizarros e péssimos amigos. — disse com os braços cruzados.

— Bom, eu teria ido se o traste do Alec tivesse aparecido e ficado com a filha, como foi combinado. Mas já que, só pra variar, ele sumiu, tive que trocar meu vestido de festa por um moletom velho e explicar pra uma criança de 7 anos, porque o pai dela nunca aparece. Acredite, eu adoraria beber e comer de graça. — Lucy soltou mal humorada. Em seguida, encheu novamente o copo de Whisky de Fogo e bebeu todo o conteúdo em um único gole, fazendo os primos se olharem assustados.

 — Okay... — Roxanne comentou com os olhos ainda arregalados. Lucy não era do tipo que bebia daquele modo — Eu também teria adorado ir, mas estava tentando evitar o Oliver e acho que dificilmente teria conseguido fazer isso no casamento do filho dele. — disse sentindo as bochechas esquentarem, uma reação irritante do seu corpo que ela não sabia justificar. Roxy nunca havia sido tímida, muito pelo contrário, era uma tagarela, amante de roupas espalhafatosas, cores forte e atenção. Não entendia, portanto, porque sempre sentia-se tão tímida e desconcertada quando se tratava do Wood.

— Justificativa válida. — Albus aprovou, com aquela sua mania de funcionário do Departamento de Execução das Leis da Magia de julgar a tudo e a todos — E eu já falei mil vezes, tanto pra você quanto para o Scorpius, que tive uma emergência no trabalho e fiquei preso no Ministério. — seu tom era categórico, como se quisesse encerrar de vez aquele assunto. Não aguentava mais ser cobrado por não ter ido ao bendito casamento.

Louis jogou uma batata frita na boca despreocupadamente, enquanto quatro pares de olhos se voltaram para ele com expectativa.

— O que foi? — perguntou, com uma sobrancelha arqueada, após mastigar a quarta batata.

— Estamos esperando o senhor justificar sua ausência no casamento. — Lucy disse como se fosse óbvio.

O rapaz deixou uma risada debochada escapar pelos lábios.

— Não fui, porque não quis. Festinhas bruxas definitivamente não estão na lista de eventos, nos quais tenho qualquer interesse em comparecer. — comentou, como se aquilo sequer merecesse sua atenção.

— Ah, por favor...  — Rose começou a expressar seu descontentamento com a afirmação, porém o rapaz a interrompeu.

— Por favor você, Rosie! Não confunda o fato de eu aturar vocês, o Caldeirão Furado, mandar corujas ocasionais aos meus pais, avisando que estou vivo e aparecer nas comemorações de Natal na Toca, com qualquer afeição ao mundo mágico. — ele disse de forma mais enérgica e voltou a se concentrar nas batatas. A ruga em sua testa e o maxilar travado deixavam clara sua irritação.

Roxanne abriu a boca para dizer alguma coisa, mas Albus balançou a cabeça – silenciosamente – em aviso. Quando Louis cerrava o maxilar daquele modo deixava bem claro, para qualquer um que o conhecesse, que o assunto – qualquer que fosse – estava encerrado. Insistir só seria capaz de despertar sua ira, algo que não era aconselhável. No geral, o rapaz era um exemplo de calma, poucas palavras, sarcasmo, desdém e desinteresse. Até que explodisse. Brigar com Louis Weasley não era algo que Albus recomendaria.  

— Ok... — percebendo a deixa do primo, Lucy assumiu o controle — Você estava comendo e bebendo de graça no casamento do ano. E aí?

.

.

Rose Weasley nunca entenderia muito bem como havia acabado na cama de Scorpius Malfoy. Naquele momento, com o corpo nu enrolado nos caros lençóis de seda do rapaz e o coração ainda acelerado, ela não se importava muito. O álcool havia tornado sua moralidade mais seletiva do que de costume e os orgasmos fizeram parecer que nada mais importava. Naquele instante, definitivamente não importava. Que as preocupações ficasse para a segunda-feira, assim como a vergonha por ter dormido com seu arqui-inimigo.

Rose Wealsey e Scorpius Malfoy haviam se odiado desde o começo. Ou, talvez, houvessem se convencido daquilo. A verdade era que os dois eram diferentes como água e vinho, exceto por um detalhe extremamente importante: a alma competitiva. Nenhum deles aceitava derrotas com facilidade e, mesmo que inconscientemente, transformavam tudo em uma competição.

Fora isso, Rose sempre fora a garota extrovertida, desbocada, popular e cheia de atitude. Fazia o que queria, quando queria e não dava satisfações a quem quer que fosse. Sua vida, suas regras; era o lema que parecia guia-la. Era atlética, divertida, gostava de festas e falava palavrões demais. Rose Weasley era chama viva e intensa. Scorpius Malfoy, no entanto, era gelo. Tímido, introvertido, um tanto atrapalhado, dono de um amor incondicional pelos livros e uma alma romântica, na maior parte do tempo, o rapaz passava despercebido e gostava disso.

As diferenças em si já faziam com que os dois não gostassem particularmente um do outro, o lado competitivo de ambos transformava tudo em uma guerra. Desde o principio criaram uma ideia de que precisavam competir. Grifinória vs Sonserina. Weasley vs Malfoy. Rose vs Scorpius. Embora ambos tivessem Albus como denominador comum, isso não era suficiente. Rose até mesmo ficara irritada com o primo, quando ele se tornara amigo do rapaz – “um Malfoy, pelo amor de Merlin, Albus!” –, já Scorpius nunca escondera que não apreciava a prima rude, convencida e debochada do amigo. O santo não havia batido e, para desespero do Potter, não havia muito que pudesse ser feito sobre isso.

Era infantil, sem proposito e ridículo, porém, essa rixa se estendeu por anos. Até aquele bendito casamento. Rose sentia que a qualquer momento poderia morrer de tédio. Provavelmente já havia bebido uma garrafa inteira de champanhe e tudo continuava a soar enjoativo e sem emoção. Quer dizer, havia romance e fofura por toda parte, mas isso definitivamente não fazia o estilo da jovem. Suspirou incomodada, bebendo mais um gole do champanhe. Sentia que estava bebendo água gaseificada. Onde estavam as bebidas fortes naquela festa? Definitivamente esperava mais de Frank Longbottom.

Mesmo incomodada, a ruiva passou os olhos pelo salão, procurando por algum rapaz interessante com quem se divertir. Não tinha chegado a nenhuma conclusão definitiva – todos ali pareciam absurdamente entediantes – quando um Scorpius Malfoy, com expressão de poucos amigos, sentou-se ao seu lado. Rose estreitou os olhos e se virou rapidamente para ele:

 — O que você “tá” fazendo aqui, Malfoy? Chispa!

— Boa noite para você também, Weasley. Está encantadora como sempre. — ele ironizou, revirando os olhos — Estou aqui, porque, para meu descontentamento, essa é a mesa em que me colocaram.

— Não fode! — ela exclamou alto demais, atraindo a atenção de todos ao redor e fazendo o rapaz se contrair, suas bochechas pálidas se tornando escarlates — Sério? Eu juro que vou assassinar o Longbottom. O que diabos ele “tava” pensando?

Scorpius deu de ombros.

— Provavelmente resolveu fazer uma mesa só para os exes, nos condenando ao limbo enquanto esfrega sua felicidade na nossa cara.  — disse mal humorado.

Rose não foi capaz de conter a gargalhada.

— Uau, alguém não superou o pé na bunda...

— Você superou o que o Longbottom te deu? É por isso que está aparentando tanta felicidade?

— Primeiro, o Frank nunca me deu um pé na bunda, porque nós nunca namoramos. Nos divertimos um pouco juntos e foi isso. — a garota começou. Por que as pessoas insistiam naquela ideia idiota de que ela e Frank haviam sido um casal?

— Se divertiram tanto que, logo depois, ele descobriu que gostava de homens. Sair com você é tão traumatizante assim, Weasley? — o garoto não perdeu a oportunidade de alfinetar.

— Vai se fuder, Malfoy! — Rose lhe deu um tapa, enquanto xingava — E, só para constar, meu descontentamento se deve única e exclusivamente ao fato dessa festa estar uma bela porcaria. Parece mais um enterro que um casamento.

— Um enterro doeria menos...

Rose fechou os olhos e balançou a cabeça negativamente. Aquilo havia sido a coisa mais absurdamente ridícula que já ouvira na vida!

— Ok, Malfoy, você precisa superar isso! Conviver com você já é um sacrifício suficiente sem a parte em que a gente morre de vergonha alheia. — a garota foi categórica. — Se recomponha, porque você não será um nêmeses decente, se eu não conseguir te levar à sério.

— Pra você é fácil falar, você não tem alma, Weasley!

A moça gargalhou.

— Agradeço a Merlin todos os dias por isso!

Scorpius revirou os olhos novamente. Rose era impossível!

— Ok, nós vamos fazer o seguinte. — ela disse após alguns minutos. Uma ideia brilhante aparecendo em sua mente perversa — Primeiro, vamos encher a cara com alguma coisa mais forte que esse champanha cor de rosa. E depois eu vou te arrumar alguém com quem passar o resto da noite. — a menina disse empolgada. Aquela festa estava um tédio tão grande que encontrar alguém para o Malfoy lhe pareceu a maior ideia de diversão possível. Além disso, ela podia arrumar um péssimo pretende de proposito, apenas para irritar do rapaz.

— Você vai me arrumar alguém? — o loiro perguntou atônito.

A menina deu de ombros.

— Por que não? Garoto ou garota?

— Tanto faz.

— Algo que eu deva levar em consideração na escolha?

— Você tá levando isso a sério mesmo? — o Malfoy ainda tinha dificuldades de acreditar que a proposta era real. Sua parte racional sentia cheiro de armadilha.

— É claro que sim! Quer forma melhor de superar o fato de seu ex estar bem, feliz e se casando? Você precisa de um novo relacionamento ou, pelo menos, de sexo selvagem e sem compromisso. Eu recomendo a segunda opção.

Scorpius balançou a cabeça, incrédulo. O pior era que não sabia o motivo de ainda se espantar com os disparates de Rose.

 — Agora, sério, você tem alguma preferência? — a menina insistiu.

O rapaz suspirou. Antes que pudesse responder, uma ideia maligna se apoderou de sua mente competitiva. Se Rose queria brincar, ele iria brincar.

— Tudo bem, Weasley. Eu deixo você me escolher alguém, se você deixar que eu escolha alguém para você. — propôs em tom de provocação. Um brilho sonserino em seus olhos.

Rose permaneceu estática por meio minuto, analisando a proposta. Por um lado, aquilo lhe soava com uma armadilha. Por outro, parecia um desafio e sua alma grifinória e imprudente não conseguia resistir a um desafio. Além disso, o que tinha realmente a perder?

— Ok! — ela disse, cruzando os braços sobre o peito e ajeitando o corpo na cadeira. — Eu aceito.

Pensando sobre tudo isso agora, Rose Weasley sabia que essa havia sido uma péssima ideia.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente estou adorando escrever essa fic, porque ela é diferente de todas as minhas outras histórias e adoro a interação entre os personagens.
Caso não tenha ficado claro, o Scorpius é bi.
Bom, mencionei que o principal motivo para ter sumido foi o TCC e realmente foi. Como Trabalho de Conclusão de Curso eu e uma amiga resolvemos criar um site para fãs de Harry Potter e foi sucesso. O nome é Biboca Diagonal e tem algumas coisas bem diferentes e divertidas. Caso alguém se interesse o link é esse: http://bibocadiagonal.net.br/.
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Espero que gostem, porque fizemos com muito amor! ♥
Por enquanto é isso!
Beijinhos...
Thaís