Amor e Outras Drogas escrita por Siaht


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas lindas!!! ;D
Tenho total consciência de que não deveria estar postando mais uma fic, no entanto, essa história estava me enlouquecendo e resolvi escrevê-la enquanto tenho tempo. Serão no máximo sete capítulos e eu realmente espero que vocês gostem, porque estou amando escrevê-la.
Até as notas finais! ♥



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A chuva caía forte. A tempestade começara há horas, mas não havia nenhum indício de que em algum momento diminuiria. Os saltos da garota produziam estalos irritantes contra o piso de madeira, enquanto ela tentava afastar a água que atingira suas vestes, no instante em que aparatara na entrada do estabelecimento. O Caldeirão Furado parecia mais cheio do que de costume. O cheiro de pessoas molhadas amontoadas em um ambiente fechado fez a menina torcer o nariz. Era uma noite gelada e úmida de sexta-feira, se os primos iam obrigá-la a sair de casa, poderiam ao menos ter escolhido um lugar melhor. Lucy Weasley pensou irritada.

A jovem demorou algum tempo para localizá-los, e mais ainda para conseguir caminhar até a mesa na qual estavam sentados. Saltos altos definitivamente não combinavam com assoalhos molhados. Quando finalmente se aproximou dos amigos, escutou a gargalhada escrachada de Rose e sentiu vontade estrangular a garota.

A prima estava encharcada da cabeça aos pés. As roupas escuras grudavam em seu corpo pálido e os cabelos ruivos pingavam insistentemente pelo salão. Ainda assim, a forma como mantinha as pernas – e as botas enlameadas – sobre uma cadeira e segurava despreocupadamente um copo de Whisky de Fogo nas mãos, deixavam claro que não se importava realmente. Aquilo não chegava a ser uma novidade. Rose Weasley nunca se importava realmente com o que quer que fosse.

Ao lado da menina, Louis parecia igualmente ensopado. Os longos cabelos loiros do rapaz se encontravam presos em um rabo de cavalo, o que evidenciava o brinco com um canino em sua orelha. Sua jaqueta de couro estava pendurada na cadeira, deixando a camiseta – de uma banda que Lucy nunca ouvira falar – e as tatuagens em seus braços a mostra. O garoto trazia um sorriso debochado nos lábios, mas seus olhos estavam distantes e uma ruga de preocupação se formara em sua testa. Os detalhes não passaram despercebidos pela prima, que já começara a criar um milhão de suposições para o que poderia ter acontecido, afinal nada passava despercebido para Lucy Weasley.

Por fim, no outro canto da mesa, havia Albus Severus. Ao contrário dos outros, o rapaz mantinha-se seco e impecável. A chuva se tornava evidente apenas por pequenas gotas em seu terno negro e caro. Nenhum fio dos cabelos escuros se encontrava fora do lugar e os olhos verdes mantinham o tom de seriedade. Albus Severus Potter estava constantemente sério. Um homem do Ministério de todas as formas possíveis.

— Eu sabia que você estaria com essa expressão mal humorada! — Rose debochou, enquanto a prima tirava o casaco e se sentava.

Lucy ajeitou o vestido azul marinho, prendeu o rabo de cavalo com mais força e reposicionou os óculos no rosto, mantendo a expressão de nojo o tempo todo. No momento não desejava nada além de ter uma poção anti-germes em sua bolsa.

— Se sabia, por que não escolheu outro lugar? — questionou, cruzando os braços sobre o peito.

Rose riu. Albus esboçou um sorriso. Louis revirou os olhos.

Louis Weasley tinha aquela mania irritante de se mostrar indiferente. O tempo inteiro. 

— Porque eu fui a responsável por marcar essa reunião de emergência e adoro o Caldeirão Furado. — foi a resposta que recebeu.

— De fato é bem a sua cara. — a outra ruiva alfinetou. No entanto, emendou antes que recebesse uma resposta — Cadê a Roxy?

A ausência da garota jamais passaria despercebida. Roxanne era o quinto elemento daquele grupo e, de certa forma, a cola que os mantinha unidos.

— Atrasada. Como sempre. — Albus comentou, bebendo um pouco de seu Whisky de Fogo. Se havia algo que irritava o Potter eram atrasos e Roxanne estava longe de ser uma pessoa pontual. Ainda assim, o rapaz acabava sempre abrindo exceções quando se tratava da prima.

Louis pegou alguns amendoins na mesa e os jogou na boca.

— Já que a Roxy, com certeza, vai demorar, nós podíamos pedir algo para comer. Estou morrendo de fome! — o loiro comentou.

— Você está sempre morrendo de fome, Louis! — foi a vez de Rose implicar.

O rapaz apenas deu de ombros, sabendo que havia verdade em tal afirmação. De qualquer forma, pediram uma poção de batatas fritas e mais Whisky de Fogo. Sabiam que precisariam de muito álcool para passar por aquela noite. Exceto Lucy, é claro, que parecia contente com sua cerveja amanteigada. Quando Roxanne finalmente apareceu, alguns copos já estavam vazios.

A menina passou pela porta como um furacão. Usava um longo casaco amarelo e galochas vermelhas. Os cabelos negros e cacheados estavam extremamente molhados, mas a moça mantinha um sorriso enorme nos lábios pintados de rosa choque. Na era nenhuma surpresa, sorrisos sempre vieram fáceis para Roxanne Weasley.

— Oieeee! — ela praticamente cantou, enquanto se sentava entre Lucy e Albus, tirando o casaco amarelo e revelando uma camiseta laranja dos Chudley Cannons e uma saia jeans.

— Você está atrasada. — Albus pontuou.

— Eu sei, me desculpem, mas fiquei presa no treino. — ela se justificou, pegando uma batata frita. — Nossa, eu estou morrendo de fome!

— Estavam treinando com essa chuva? — Lucy questionou, sentindo arrepios a percorrerem só de se imaginar em uma vassoura no meio de uma tempestade. A ruiva jamais entenderia a paixão da prima pelo Quadribol.

— Não temos escolha, temos um jogo importante na próxima semana. — Roxanne comentou, comendo mais uma batata.

Rose arqueou uma sobrancelha e incapaz de controlar a língua soltou:

— Você sabe que joga para os Chudley Cannons, certo?

Roxy a encarou confusa por alguns instantes.

— O que isso quer dizer? — questionou por fim.

— Nada. — a ruiva disse, bebendo um gole de sua bebida. Ao seu lado, Louis reprimia uma gargalhada.

— Okay! — Lucy disse batendo palmas. — Estamos todos aqui. Nós cinco reunidos nesse lugar “adorável”. Rose, você pode, por favor, nos dizer o motivo de ter convocado essa reunião de emergência?

A garota esperava que o motivo de tudo aquilo fosse realmente importante, porque naquele momento daria qualquer coisa para estar em sua casa, embaixo de seus cobertores, lendo um bom livro. Definitivamente era uma opção melhor do que estar naquela espelunca lotada e nojenta. Ainda assim, Rose havia acionado o código de emergências e a Lucy sabia que não poderia ignorar aquele chamado.

Eles eram cinco. Foram cinco desde o início e estavam destinados a permanecer cinco até o fim. Haviam nascido no verão, com poucas semanas de diferença. Rose fora a primeira e, talvez por isso, acreditasse que era alguma espécie de líder. Ou talvez essa característica fosse apenas uma consequência da personalidade forte e autoritária da garota. Albus viera logo em seguida e passara muito tempo tentando compensar o complexo de estar sempre em segundo plano. Provavelmente era aquilo que o tornava tão orgulhoso.

Lucy fora a terceira e sempre cumprira muito bem o posto de irritante sabe-tudo do grupo. Após ela viera Roxanne. A menina era um pequeno sol e estava constantemente distribuindo sorrisos, abraços e sempre disposta a ajudar quem precisasse. Por fim, havia Louis. O garoto havia nascido meses antes do previsto e a família costumava brincar que se apressara para não perder a festa dos primos. Por muito tempo, fora o menor deles e o mais silencioso, acabara, no entanto, se tornando o mais alto e forte. A tendência ao silêncio, por sua vez, permanecera intacta.   

De qualquer forma, os cinco eram amigos desde que conseguiam se lembrar e mantinham aquele tipo raro de amizade que  resiste ao tempo e a qualquer provação. Nem mesmo as personalidades discrepantes, os problemas pessoais ou o fato de terem pertencido a casas diferentes em Hogwarts era capaz de separá-los. Rose fora uma grifinória nata, Albus um sonserino orgulhoso, Roxanne era a própria essência da Lufa-Lufa e Lucy a perfeita corvinal. E, então, havia Louis que como um aborto sequer chegou a ir a Hogwarts. Algo que nunca importou para seus amigos.

Rose respirou fundo, tirando os pés da cadeira e sentando-se corretamente.

— Bom, eu estava a um passo de me matar quando o Louis apareceu na minha casa, querendo companhia para ficar bêbado. — a garota começou.

— Você estava a um passo do que...? — Roxanne perguntou abismada, engasgando com a bebida que roubara de Albus. A ruiva mordeu o lábio inferior.

— Bom, talvez eu esteja exagerando um pouco. Ou muito. Tá legal, eu passei dos limites do exagero, mas o que importa é que eu tinha chegado à conclusão de que estava ferrada e o Louis apareceu querendo ficar bêbado. Algo que eu nunca recusaria. Além disso, a Roxy está há dias dizendo que precisa nos contar alguma coisa e o Albus anda estranho.  — a moça tentou explicar.

— O Albus é estranho! — Louis implicou.

— Olha quem fala... — o Potter devolveu o comentário.

Rose deu de ombros.

— Mais estranho que o normal. — comentou despretensiosa.

— E eu? — Lucy questionou indignada.

— Você tem uma filha, Lucy! — a ruiva respondeu como se fosse óbvio. — Isso quer dizer que você sempre tem problemas e uma noite de folga é algo extremamente necessário.

A prima lhe enviou um olhar fulminante.

— Na verdade, ter uma filha quer dizer que eu não posso me dar ao luxo de ir a compromissos que surgem de última hora. Você tem noção de como foi difícil encontrar alguém para ficar com a Claire?  — a ruiva questionou revoltada.

Lucy havia engravidado aos 17 anos, algo que chocou todos que a conheciam. A menina sempre fora conhecida pela inteligência acima da média e por sua racionalidade. Uma gravidez precoce não estava na lista de coisas que se esperava da filha exemplar de Percy Weasley. Ainda assim, nem sempre a vida segue o rumo que planejamos e a garota, sempre tão esperta, acabara se apaixonando por Alec McLaggen e iniciando um breve relacionamento com o rapaz. Relacionamento que não durou muito após a descoberta da gravidez. O McLaggen sempre a ajudara financeiramente, mas estava longe de ser o pai mais presente do mundo.

— Por que você não a deixou com o Alec? — Albus questionou — Ele é o pai da menina, certo?

Lucy deixou um riso mal humorado escapar.

— Porque em uma sexta-feira à noite, ele deve estar fazendo qualquer coisa, menos lembrando que tem uma filha.

— Babaca! — Roxanne xingou.

— Eu sabia que você estaria com algum problema. — Rose comentou presunçosa, enchendo um copo com Whisky de Fogo — Toma. — ofereceu a bebida a Lucy, que a encarou com a sobrancelha arqueada.

— O que eu deveria fazer com isso?

A amiga revirou os olhos.

— Beber e chorar suas mazelas. É pra isso que estamos aqui!

Lucy pegou o copo, mas o deixou em um canto da mesa. Talvez em algum ponto aquilo lhe fosse útil. Ao seu lado, Roxanne não perdeu tempo e virou o conteúdo do próprio copo. Estava enlouquecendo e precisava desabafar.

— Ok. Alguém quer começar? — a moça questionou, esfregando uma mão na outra. No entanto, antes que alguém pudesse dizer qualquer coisa, ela emendou — Eu estou transando com Oliver Wood!

— Você está fazendo o que? — Albus quase gritou. Ao seu lado, Louis engasgara com a bebida. Lucy encarou a prima atônita e Rose gargalhou alto.

— Arrasou, Roxy! — a grifinória cumprimentou, sentindo certo orgulho da prima.

— Arrasei? Como, em um milhão de anos, estar transando com o meu técnico é arrasar?

— Porque o Wood é extremamente gostoso! — Rose disse como se fosse óbvio. — Tem idade para ser seu pai? Tem! Mas continua gostoso.

Lucy balançou a cabeça, sem acreditar no que estava ouvindo. Albus e Louis, contudo, não conseguiram conter o riso. Roxanne, por sua vez, se limitou a afundar o rosto nas mãos enquanto dizia:

— Eu estou ferrada!

— Talvez, mas estamos no mesmo barco. — Rose voltou a comentar, bebendo um pouco de seu Whisky.

— Você também está transando com seu chefe? — Louis perguntou debochado.

— Eu sou uma auror, o que quer dizer que meu chefe é o tio Harry! — ela exclamou indignada, dando um tapa no primo.

— Sim! — o loiro concordou — Isso faria tudo infinitamente pior. — ele afirmou com uma expressão de nojo.

Albus fechou os olhos, tentando afastar a imagem de sua cabeça.

— Por favor, me diga que você não está transando com o meu pai. — o garoto suplicou.

— É claro que não, seus doentes! Eu estou transando com Scorpius Malfoy.

Roxanne ergueu o rosto, encarando a amiga.

— Scorpius Malfoy? O Scorpius Malfoy que você odeia desde que se entende por gente?

— O próprio. — a filha de Ron e Hermione admitiu, tomando mais um gole da bebida.

Albus a encarou incrédulo.

Você é a garota misteriosa do Scorpius? — Havia meses que o amigo estava saindo com uma mulher, mas evitava os detalhes. O Potter simplesmente não conseguia acreditar que essa pessoa era Rose. — Você e o Scorpius estão transando e nenhum dois teve a decência de me contar?

A ruiva encarou as próprias mãos.

— Desculpe, a gente não achou que fosse durar. — comentou, parecendo envergonhada pela primeira vez na vida.

— Ok, você está transando com o Malfoy. Isso não é o fim do mundo. — Louis opinou.

— O problema não é estar transando com ele. O problema é que... — a moça respirou fundo, se amaldiçoando por deixar aquelas palavras escaparem — O problema é que acho que estou apaixonada por ele.

Dessa vez foi Lucy quem não conseguiu segurar a gargalhada.

— Apaixonada? Você?

— Rose Weasley apaixonada, se isso não é um sinal do fim dos tempos, não sei mais o que pode ser. — Roxanne não perdeu a piada.

— Isso é sério? — Albus indagou, enquanto a garota assentia humilhada.

Nem mesmo a moça conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Por Merlin, ela era Rose Weasley e Rose Weasley não se apaixonava!

— Como vocês acham que eu estou me sentindo? Eu não consigo dormir, eu não consigo comer, eu não consigo raciocinar direito! Coisas estranhas ficam se mexendo no meu estômago sempre que o Malfoy está por perto e eu até fiquei corada quando ele me fez um elogio. Corada!  — ela dizia em desespero — Isso tudo é tão patético e humilhante!

— Você está fodida. — foi tudo o que Louis lhe disse.

— Eu sei! — a jovem gritou.

Roxanne ainda estava incrédula, enquanto Lucy não parava de rir. Sendo assim, Albus se forçou a abrir a boca e deixar que as palavras saíssem.

— Podia ser pior.

— Como isso podia ser pior?

— Bom, eu transei com a Scarlet. Acho que isso é pior. Bem pior.

Louis o encarou confuso.

— Mas e a Bianca? Eu achei que vocês estivessem de casamento marcado.

— Nós estamos de casamento marcado. — o moreno admitiu envergonhado.

— Você traiu a Bianca? Como você pode trair a Bianca?  — Roxanne elevou o tom. Havia um misto de choque e decepção em sua voz. — Não que eu esteja te julgando. É claro que não... Mas e a Bianca?

Lucy piscou descrente por alguns segundos.

— Eu não acredito que você voltou com a Scarlet, Al!

— Eu vou arrastar a sua cara no muro lá de fora, Albus Severus Potter! — Rose esbravejou. — Tanta mulher no mundo e você me volta com a Scarlet?

— Eu não voltei com a Scarlet... — ele tentou argumentar, mas era em vão.

— Mas e a Bianca, gente? A Bianca é um amorzinho! — Roxanne se mantinha inconformada.

— Definitivamente a Bianca não merecia ser traída. — Lucy comentou, cruzando os braços sobre o peito.

— E com o casamento marcado... — Rose também censurou,enviando um olhar irritado ao Potter.

— Tá legal, gente! O Albus já sacou que fez besteira. — Louis tentou defender.

— Típico! Homens sempre se defendendo... — Rose criticou, recebendo acenos de apoio das primas.

O Potter respirou fundo.

— Ok, eu fiz merda e sei disso, mas o que vocês querem que eu faça? Arrume um vira-tempo e tente desfazer essa confusão? Vocês nunca fizeram nada e depois se arrependeram?

O comentário fez Lucy desviar os olhos. “Que se dane!”, pensou, por fim, enquanto virava seu copo de Whisky de Fogo de uma única vez, fazendo uma careta. O gosto daquilo era horrível!

— Eu dormi com o Seth. — admitiu constrangida.

— Que Seth? — Albus questionou sem entender de quem a prima falava.

— Seth McLaggen. — a ruiva estava mortificada.

— O irmão do Alec? — Roxanne indagou com o espanto evidente em seu rosto.

Lucy fechou os olhos assentindo. Sentia vontade de se enfiar em um buraco pelo resto da eternidade.

— Por favor, me diz que você não está grávida! — Rose suplicou.

— É claro que eu não estou grávida. — a menina respondeu ofendida.

— Vai saber, né? Toda vez que você faz sexo, você engravida.

— Eu engravidei uma vez.

— Exatamente.

Lucy estreitou os olhos, jogando uma batata frita na prima.

— Vai se fuder, Rose!

A garota apenas riu.

— Então você estava me julgando, mas dormiu com o irmão do seu ex? — Albus fez questão de apontar.

— Você continua errado, Al! Além disso, no meu caso é muito diferente... — a moça tentava se justificar.

— Diferente como?

— Primeiro: eu não estou de casamento marcado.

— Touché.— Louis exclamou.

— Segundo: eu sou uma mãe solteira e estou há algum tempo sem namorar, logo, estava há algum tempo sem vocês sabem o que. Então, me apareceu um cara lindo, fofo e que não se parece em nada com o traste do irmão...

— Na verdade, ele é a cara do Seth. — Roxanne comentou.

—... Não se parece em nada no jeito. — Lucy tentou justificar — Enfim, eu não consegui resistir. E vocês não podem me culpar, porque não fazem ideia do que é ter que trabalhar, cuidar da casa e de uma criança. Ter filhos complica a sua vida e te enlouquece! — ela disse exasperada.

Um silêncio de meio segundo recaiu entre o grupo.

— A Mia está grávida. — Louis contou, por fim, sem encarar nenhum dos amigos.

Os outros quatro se encararam atônitos por um minuto inteiro, até Roxanne exclamar empolgada:

— Parabéns! — em resposta obteve quatro olhares de reprovação. — Isso é uma notícia boa, certo? Quer dizer, uma criança é sempre uma notícia boa e você e a Mia já namoram há anos. Por que diabos ela não está aqui? Devíamos estar todos comemorando!

O loiro suspirou.

— Bom, ela não está aqui, porque tivemos uma briga feia.

— Louis William Weasley, eu juro por Merlin que se você tiver brigado com essa menina, porque ela está grávida, vou providenciar para que você tenha uma morte lenta e dolorosa. — Lucy ameaçou.

— Não foi por isso que brigamos. — ele tentou explicar —Basicamente nós estávamos no meio de uma discussão e eu posso ter dito uma ou duas coisas que não deveria. A Mia, então, simplesmente gritou que estava grávida e me mandou para o inferno, batendo a porta enquanto saía.

— Uma forma adorável de descobrir que vai ser pai... — Albus ironizou.

Louis gemeu.

— Droga, eu vou ser pai. — afundou o rosto nas mãos. Aquilo ainda lhe era surreal. Ele definitivamente não se sentia pronto para ter filhos.

Rose balançou a cabeça incrédula, enquanto pegava a garrafa de Whisky no centro da mesa e enchia seu copo e o dos amigos.

— Ok. — a garota disse — Estamos oficialmente fudidos. Um brinde a isso!


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Essa é a minha tentativa de comédia romântica (ou quase isso) e estou me divertindo muito escrevendo.
Os próximos capítulos terão mais detalhes dos personagens, suas vidas, profissões e afins.
Tenho um grupo no Facebook para falar dessa fic e de outras. Caso se interessem: https://www.facebook.com/groups/313775488965548/?fref=ts
Espero que tenham gostado! ♥
Beijinhos...
Thaís