Green Eyes - Jily escrita por Vitória Serafim


Capítulo 18
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Ah, olá vocês! Bem-vindos ao gran finale.
Gente, primeiramente... Eu digo que não estou nenhum pouco bem.
Em segundo lugar: Vou deixar vocês lerem e adiar a lenga-lenga pro final.
Bem, boa leitura! :D
[Capítulo betadíssimo por Alie mozona ♥]



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                [3 ANOS DEPOIS]

                You should know that this doesn’t need to make sense...

                — Ei, Almofadinhas! Quer largar um pouco o meu filho e vir aqui me ajudar? – James gritou do outro lado do jardim enquanto virava alguns hambúrgueres na churrasqueira.

                – Ah, Pontas. Não vem não! Você não saiu de perto dele nem um minuto sequer desde o ano passado. Eu só estou aproveitando o aniversário do meu afilhado enquanto o pai babão dele não vem roubá-lo de mim. Não é, garotão? — Sirius brincava de “construir” castelinhos na caixa de areia que havia sido instalada no jardim dos Potter.

                 Even if you just wanted to deny, we both knew that we did not hate each other that bad...

                James revirou os olhos.

                – Neville! Eu já te disse que areia não é de comer! – Alice interrompia sua conversa com o marido para ir de encontro ao filho de dois anos que fazia caretas por estar com a boca cheia de areia. – Sirius! Pensei que estivesse olhando os meninos! – ela disse inconformada e tomou a criança nos braços.

Lily apareceu de dentro da cozinha com uma travessa de salada.

                – Meus amores, eu amo muito o álbum de vocês, de verdade, mas, por favor, podem tirar isso daqui? Está tão dramático que está fazendo as crianças chorarem – Holly disse enquanto espalhava maionese no seu pão de hambúrguer, o anel de noivado brilhando no seu dedo anelar direito.

                A anfitriã de cabelos ruivos riu e aproximou-se do celular conectado na caixa de som por um cabo USB, dando pause na sétima e última música do álbum “Confusing” e dando play em Hymn for the weekend do Coldplay.

                Jily GC era a mais nova dupla de sucesso da atualidade devido à criatividade incrível dos dois de lançarem álbuns. Eram exatamente quatro: “Hate”, “Confusing”, “In Love” e “No you, no life”, que mostravam, cada um, um pedaço da jornada deles como casal. Cada álbum continha sete músicas, acreditavam que sete era o número da sorte deles, tamanha eram as referências ligadas a isso (sete cores do arco-íris, sete pecados capitais, sete dias da semana, sete notas musicais, etc.), eles acabaram se casando no dia sete de julho por causa disso. Além disso, James e Lily também eram famosos por fazerem covers de músicas que estouraram na mídia mesclando os sons do violão e violoncelo, fora a harmonia incrível que eram as vozes dos dois numa só melodia.

                — Acho que é mais a Alice rabugenta mesmo – Tonks comentou rindo da situação e tirou uma fotografia na mesma hora que todos haviam virado para olhá-la. Aquela foto com certeza ficaria marcada para a história.

                Sirius finalmente foi até o melhor amigo com cara de cão arrependido por Lily ter pegado o pequeno Harry dos braços dele.

                Harry J. Potter era o nome dele. Harry em homenagem ao garoto Lancaster que todos tinham um grande carinho, J era a inicial das duas pessoas que Lily mais amava na vida – James e seu pai, John Evans – e Potter do sobrenome do pai, que também passou a ser o da mãe após do casamento dos dois.

                – Só veio pra cá porque Lily tirou-o de você, não é? – Potter riu ao contemplar o rapaz confirmar. – Agora você toma conta disso aqui que eu vou receber os convidados – um casal chegava pela porta da cozinha.

                – Oi mãe! – Lily abraçava a mãe um pouco desajeitada por estar carregando o pequeno Harry nos braços. O pai de Holly vinha logo ao lado dela, haviam começado a namorar recentemente.

Era óbvio que Jessica ainda sentia a morte do ex-marido, mas ela tinha de continuar a sua vida sem ele, Phil era uma ótima pessoa e parecia fazê-la esquecer de qualquer tristeza passada. Um era o porto seguro do outro, afinal, Jessica também o ajudava a esquecer de que a mulher com quem costumava ter uma união nunca mais se veria livre depois de cometer um assassinato que mudaria a família Evans para sempre.

— Ah! Meus parabéns, menino lindo da vovó! Dois aninhos! Você nasceu ontem! Pode parar de crescer tão rápido! – dizia a Sra. Evans às lágrimas com o neto nos braços.

James a cumprimentou e fez o mesmo com o pai de Holly.

A partir daí os convidados começaram a chegar um atrás do outro. Não havíamos chamado tanta gente, mas no fim das contas o jardim ficou preenchido de entes queridos, era tudo tão natural e todos se divertiam tanto...

É estranho ouvir o soar das palavras que aqui serão ditas, mas depois de tantas desavenças do passado, as coisas finalmente começaram a se acertarem. Talvez fosse o destino sussurrando um: “Calma, ainda existe saída para vocês”.

Sirius arrumou um emprego na mesma área que Holly na Ilvermorny Co. e eles estavam se estabilizando bem. Sirius havia a pedido em casamento no último inverno e a impaciência da garota foi tamanha que ela mudou-se para o apartamento do noivo na mesma noite. Eram um casal feliz, fora as milhares de discussões que tinham eventualmente.

Remus havia conseguido uma promoção gigantesca e agora trabalhava para o jornal mais famoso de Londres ao lado de sua esposa Ninfadora Tonks. Eram muito leais um ao outro, mas não pretendiam ter filhos tão cedo. Diziam eles que seus objetivos eram ascender definitivamente em suas carreiras e só então começarem a sua vida como pais de uma criança.

Peter ainda continuava na cadeia, cumprindo a sua pena de incontáveis anos. Os marotos ainda o visitavam de vez em quando só para desencargo de consciência. Nunca o perdoariam, mas não viam problema em fazer uma visita para ter certeza de que ele estava bem preso ou se ele ainda estava vivo.

Alice vivia uma vida ótima ao lado de Frank, os dois haviam ficado grávidos de Neville no mesmo ano em que Lily e James ficaram de Harry, portanto, os dois garotos tinham quase a mesma idade. Seriam melhores amigos, isso era certo.

James e Lily eram um casal pra lá de feliz com tantas coisas para assimilar... A vinda de Harry, o sucesso da banda, da família, dos amigos... Era simplesmente a melhor época de suas vidas.

— Certo, certo. Agora é hora dos parabéns. Vamos, todos! – Lily avisou os convidados e aproximou-se da mesa do bolo, juntando-se ao homem mais sorridente daquela festa: James Potter, que carregava o pequeno aniversariante no colo.

Harry estava trajado com vestes pretas e longas, óculos redondos sem lente sobre rosto e uma varinha na mão. O tema da sua festa era sobre a sua história.

Tonks havia escrito um conto de aniversário com o mesmo nome do garoto, ela e Remus tinham lido tanto aquilo para ele de dormir que ele havia ficado totalmente fascinado, não só porque o protagonista tinha o mesmo nome que o dele, mas porque na história ele era um herói. No conto, Harry tinha poderes mágicos e amigos com as mesmas habilidades que ele, juntos eles enfrentavam todos os perigos e brincavam de muitas coisas juntos, inclusive de montar castelinhos de lego (que era a brincadeira preferida do menino). Aquilo tinha feito tão bem para o pequeno Potter que James e Lily nunca seriam capaz de dizer o quão satisfeitos e felizes tinham ficado com aquele gesto de amor genuíno.

—...Happy birthday to you! — todos exclamaram em uníssono o último verso daquela canção típica.

O pequeno Harry sacudia os braços freneticamente a fim de bater palmas como todas as pessoas que assim o faziam, mas o máximo que conseguiu fazer foi acertar o olho do pai em cheio com a varinha que segurava. Os convidados riram.

— Ai meu Deus... Harry é a melhor pessoa – disse a madrinha do garoto com os olhos lacrimosos de tanto rir, Sirius logo ao seu lado fazia o mesmo.

— A foto ficou ótima, meu amor – Almofadinhas tirou sarro com a cara do amigo, erguendo o celular com a foto tirada bem no momento em que o garoto realizara aquela cena cômica.

Lily, totalmente corada com o acontecido, certificava o estado do marido, que riu em resposta.

— Estou bem, meu amor – James disse às gargalhadas enquanto sentia o rosto corar assim como o da mulher. – Agora é hora de apagar a velinha, Harry... – ele disse e acompanhou a ruiva numa simulação de como apagar o fogo de um pavio, com biquinho e tudo.

O garoto, apesar de muito esperto, nada conseguiu fazer além de babar nas vestes pretas, então os pais fizeram-lhe o favor de andar logo com aquilo. Todos aplaudiram sorridentes.

— Já pode dar o primeiro pedaço pra mim, bebê – Tonks pronunciou-se e Lily não soube se a amiga se dirigia a ela ou ao filho. A idade chegava para Lily e os amigos, mas nunca a maturidade.

— O primeiro pedaço obviamente é meu. Depois desse incidente com a varinha eu não mereço menos que o primeiro pedaço do bolo do meu garotão aqui – James vangloriava-se ainda com a criança inquieta no colo. Tonks bufou.

— Ele nem ao menos quer ficar no seu colo. Para de chatice e me dá ele aqui. É a minha vez de tirar foto com a titia, papai! — ela imitava uma voz infantil pegando o pequeno Potter nos braços e sorrindo para a câmera onde Remus os fotografava. James saiu com a cara emburrada e um olho vermelho na foto.

Depois de entregar o garoto para a avó paterna – Euphemia – Tonks ajudou Lily a cortar os pedaços de bolo. Não houve mais discussões quanto ao primeiro pedaço, já que a anfitriã fizera o favor de entregá-lo ao melhor amigo de Harry, o pequeno Longbottom.

A festa se passara com tranquilidade. Conversas aqui e ali, música boa tocando...

O bolo fora cortado cedo porque os pais do aniversariante temiam que ele acabasse adormecendo antes de tirar as fotos na mesa do bolo com os convidados, mas como estavam enganados... Harry passou o restante do dia inteiro brincando com uma garotinha de cabelos armados, um menininho ruivo – filhos dos colegas de trabalho de James e Lily – e Neville, é claro.

James, Lily e os amigos agora estavam sentados em roda enquanto conversavam à luz do luar da noite do dia 31, já passava das dez da noite e a maioria dos convidados já tinham ido embora. Harry dormia no sofá – que fora colocado do lado de fora para o churrasco – ao lado de Shanks, com quem ficara depois de começar a chorar sonolento e espantar os amigos, os pais o observavam de tempos em tempos. Alice segurava o filho também adormecido nos braços.

— Quando vão viajar de novo? – Remus perguntava ao casal em sua frente.

— Amanhã à noite – disse James passando o braço esquerdo por trás da esposa, abraçando-a. – Mas voltamos para o casamento no sábado.

— Amsterdã, não é, amiga? – Holly perguntou com malícia como se elogiasse a capacidade da ruiva de viajar para tantos lugares legais só para tocar em concertos. Lily sorriu afirmando com a cabeça.

— Vamos mandar muitas fotos pra vocês, não precisam chorar – disse a ruiva.

— E vê se não chega atrasada no casamento da sua melhor amiga, viu? – Hall disse deitada no colo do noivo. – Já demorou pra esse aqui me pedir em casamento, se vocês dois não aparecerem...

— Relaxe, Holly. Estaremos lá. Ainda mais porque verei o meu filhote vestido igual o pai, de smoking e tudo...

James, Remus e Frank seriam padrinhos do casamento; Lily, Ninfadora e Alice as madrinhas; e Harry e Neville seriam os homenzinhos que entregariam as alianças. Todos sabem que num casamento oficial é sempre um casal composto por uma menina e um menino que é encarregado de levar a caixinha das alianças para o altar, mas como sempre, o grupo sempre gostava de inovar em tudo.

— Acho bom mesmo, porque eu não me atrasei no seu, querido. Muito pelo contrário, fui eu que ajudei na arrumação e tudo – a morena retrucou fuzilando Pontas com o olhar.

Todos riram.

O casamento de James e Lily tinha sido na casa do campo dos pais de James, não havia nada de muito extravagante, coisa simples. Uma ruiva vestida de branco passando por um tapete vermelho no meio da mancha verde, que era o gramado, segurando um buquê de lírios, que combinavam com aqueles que flutuavam soltos no pequeno lago que rodeava o lugar da cerimônia e com os que decoravam o altar. James vestia um smoking preto finíssimo (como se fosse novidade), um grupo de músicos que o casal conheceu quando ingressou na carreira artística e uma lista generosa de convidados. A coisa mais importante para Lily naquele dia era o que estava dentro dela, que completava dois anos neste dia 31.

Depois que todos se recolheram para suas casas, Lily levou seu bebê para o quarto e deitou-o no berço ao lado de sua cama. Decidiu que só faria um quarto para o filho quando este completasse quatro anos, porque aí seria um rapazinho capaz de dormir em uma caminha sozinho. Mas no fundo, ambos os pais sabiam que o motivo principal era não conseguir sair de perto do menino.

— Cansada? – James perguntou à amada enquanto a admirava deitada de frente para ele. Seu olhar encontrou brevemente com a cômoda, onde se prostravam três porta-retratos: Um era James tocando violão para o filho em cima da cama, ambos haviam acabado de acordar; outro era Lily de olhos fechados ao ser golpeada com uma mãozinha minúscula banhada de tinta no meio do rosto, isso fora no dia da pintura da casa; já no terceiro, era uma foto onde se via todos aqueles que foram ao hospital para visitar o recém-nascido. Incluíam-se Sirius, Remus, Frank, Holly, Dora, Alice, os pais de James, os pais de Lily, a senhora Figg, Petúnia e Vernon. Estes últimos tendo se mudado para a Escócia no ano passado.

— Um pouco... Essa correria me cansa todos os dias, mas vale a pena. Tudo vale a pena por ele – Lily sorria ao direcionar o olhar para o berço a menos de um metro da cama.

James sabia bem o quanto aquelas palavras eram verdadeiras... Até porque ele concordava plenamente com elas. Afinal, ele não conquistara apenas um par de olhos verdes, mas dois. E por isso, ele nunca esperava.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
AGORA EU JÁ POSSO GRITAR.
Mano, sério. Estou totalmente desestabilizada.
~ respira fundo
Parabéns pra você que chegou até aqui.
Eu só queria dizer muito obrigada (DE VERDADE) por ter me acompanhado por todo esse tempo!
Hoje "Green Eyes" completa exatamente um ano. E eu me lembro perfeitamente quando eu tinha começado a escrever essa fic. Muitas inseguranças e incertezas de como seria o retorno e se eu conseguiria colocar tudo no papel do jeito que estava na minha cabeça. Confesso que muita coisa que eu pretendia escrever não foi escrita por motivos simples de não casar com a estória em si. Mas hoje eu vejo o que escrevi e fico feliz com o resultado. Afinal, essa é a minha primeira fanfic concluída.
Nunca imaginei que ninguém fosse comentar aqui (a não ser minhas amigas, é claro). Mas eu mal imaginava que criaria um vínculo com vocês. Cara, e vocês não sabem o quanto é gratificante postar um capítulo que você demorou semanas (às vezes meses) pra escrever e no dia seguinte receber um comentário satisfatório. MUITO OBRIGADA!
Pra você que está inconformado com o término e pensa "Ke? Mas não pode ter terminado assim!" o máximo que eu posso fazer é oferecer meus braços abertos para vocês me agarrarem hdasihsaudausidh. Mas falando sério agora... Eu recebi algumas sugestões para começar uma segunda temporada dessa estória. Vocês não sabem o quanto eu me apeguei à estória. E eu realmente queria escrever uma continuação, mas infelizmente não vai ser possível por dois motivos:
1 - Eu estou estudando DEMAIS. Já avisei em várias notas de capítulos passados que a correria está grande e isso ainda continua acontecendo. De fato tenho tirado algumas horas de meus finais de semana para escrever a fic, mas daqui pra frente o horário vai ficar cada vez mais apertado.
2 - Eu já tinha planejado esse final desde o começo da fanfic. Não exatamente com todas as palavras, mas já sabia que faria alguma coisa relacionada com a Lily e o James sendo uma dupla musical famosa e o Harryzinho como filho deles. Então não vi nada além desse ponto, então isso demoraria ainda mais para sair os demais capítulos, porque acreditem que as coisas são ainda mais difíceis quando se não tem um roteiro montado na cabeça.
MAS ENFIM. JÁ FALEI DEMAIS SCRR.
Eu queria agradecer em especial à minhas amigas Estefhane Paz por ter sempre me apoiado na escrita das minhas fanfics (você é demais, miga), Gabrielly Ramllo por ser a inspiração dos meus capítulos com as fanfics sensacionais dela, além de ser mais Tumblr do que o próprio Tumblr (vlw mana, sinceridade ♥) e por último, mas não menos importante Aline Costa, a beta dos nossos capítulos maravilhosos (VOCÊ É SENSACIONAL, VIU? MUITO OBRIGADA, DE CORAÇÃO POR TER ACEITADO A MINHA PROPOSTA DE BETAR OS CAPS ♥).
~ seca algumas lágrimas.
Bem, gente. Essa jornada chega ao fim, mas a minha escrita não! Posso demorar mais algumas décadas para atualizar, mas estou escrevendo uma outra UA de Jily ("Betrayed Friendship"), ficaria ainda mais realizada se vocês passassem lá e dessem uma olhada ;)

CHEGA DE FALAR, VITÓRIA!
AH! EU NÃO CONSIGO TERMINAR... SÓ SAIBAM QUE EU ESTOU MUITO GRATA MESMO. AMO VOCÊS, DE CORAÇÃO!
ATÉ A PRÓXIMA!

~ nox



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