Reverso escrita por Camila J Pereira


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores!
Como esperado, este é o último Capítulo de Reverso.
Nem preciso dizer que adorei escrever cada linha. E adorei ainda mais a presença de vocês aqui. Conheci novos e incríveis leitores.
Agradeço cada comentário, cada um com imenso valor.
Sentirei saudades de Reverso, estranhamente foi uma das histórias que mais gostei.
Espero sinceramente que gostem deste final.
Beijos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706065/chapter/26

— Isso é tão injusto! – Reclamou com a amiga. – Edward deveria atender pelo menos as minhas ligações. – Caminhou de volta a parte externa do prédio da faculdade.

Tinha ido resolver as suas pendências e estava novamente se matriculando para um novo semestre. Ela voltaria paras cursos que fazia antes. Antes de ir até lá, tinha conversado com o pai. Aro concordou com a filha sobre os cursos, ele não estava exigindo mais que ela fizesse apenas o que ele achava melhor, esforçava-se dia a dia para entender as necessidades da filha. No entanto, Bella demorou-se mais para convencê-lo a deixa-la voltar aquele semestre para as aulas, para ele, Bella deveria permanecer o resto do ano em repouso. Não aguentaria de maneira alguma.

— Tínhamos combinado que ele passaria um mês fora e já se passou um mês e meio.

— Talvez ele ainda não esteja pronto. – Alice tentou acalmar a amiga, mas também estava questionando o silêncio prolongado de Edward.

— Talvez ele não queira voltar. – Divagou e sentiu um aperto no peito com aquilo.

— De jeito nenhum, Edward é louco por você.

— Mas ele está agindo como se tivesse esquecido de mim! – Ultimamente a saudade estava tornando as coisas irritantes para ela. Nunca imaginou que sentiria tanta falta dele. Se ao menos ouvisse a sua voz...

— Bella, ele foi para se desconectar? Havia toda uma programação para ele e tudo. Você procurou os melhores terapeutas da Itália e indicou alguns lugares para ele visitar.

— Quase estou arrependida. Sinto tanta falta dele... – Alice penteou com seus dedos uma parte bagunçada dos cabelos curtíssimos da amiga. Bella tinha resolvido cortá-lo baixinho depois da partida de Edward na semana seguinte. Já tinha passado 4 meses do seu acidente e ela estava sentindo-se perfeitamente bem.

— Vamos sair de debaixo desse sol. – Alice preocupou-se com Bella, ainda era bom evitar certas coisas.

Elas foram para a lanchonete ali perto, reviram alguns amigos curiosos sobre Bella. Muitos deles souberam do seu acidente pela mídia. Bella respondia a todos com paciência. Alice a deixou em casa e ela encontrou o pai lendo alguns documentos.

— Matriculou-se?

— Sim. – Bella beijou o topo da cabeça do seu pai e sentou-se na cadeira a frente dele. O tamborilar de seus dedos sobre a mesa e o olhar vagueando inquieto pelo cômodo fez com que Aro desistisse de sua leitura.

— Quer me dizer algo? – Perguntou.

— Porque raios o Edward ainda não voltou? - Começou em uma explosão. - E porque ele não atende aos meus telefonemas? - Aro olhou para a filha divertido e sorriu. – Acha graça do meu desespero? Edward deveria sentir ao menos um pouco a minha falta.

— Edward precisa desse tempo, não é mesmo?  

— Eu tenho certeza de que vocês se comunicam. – Acusou.

— Não é sempre, mas sim, ele manda um email uma vez por semana. – Bella abriu a boca. – Por isso digo que esse tempo é necessário para ele.

— Vocês continuam inacreditáveis!

— Não se preocupe, ele voltará.

— Pois ele deve se preocupar se eu vou aceita-lo quando voltar. – Arrebitando o nariz, caminhou pé ante pé até a saída.

— Não bata a porta. – Ele pediu sinceramente feliz.  

***

— Quantos quadros você tem prontos? - Aro perguntou na mesa do jantar.

— Que valem a pena, uns quatro. – Falou.

— Hmmm... Quero-os amanhã. Recompenso você. Vou pendurá-los na parede do DiFerro. – Bella estava surpresa.

— Porque?

— Porque? É um restaurante italiano e os quadros foram pitados por você, que tem descendente de italiana. – Aro voltou a comer como se nada tivesse acontecido.

— Pai, as referências italianas são mínimas nos meus trabalhos.

— Tudo bem, eu os quero e pronto. – Bella sorriu para o pai que continuava tentando apoiá-la firmemente. 

— Vamos mesmo inaugurá-lo sem o Edward? - Agora já havia passado três meses desde a sua partida.

— Sim, está decido.

— Eu não concordo.

— Já discutimos isso. – As conversas com seu pai nunca haviam parado de ser intensas. Eles ainda eram opostos, mas agora tentavam compreender-se melhor. Havia mesmo nas discordâncias, o respeito e o carinho.

— Edward não demorará a voltar, repete isso sempre para mim. Era algo que ele gostaria de fazer parte.

— Ah, como você está defendendo a causa do Edward! Esta até me lembrando muito ele quando se tratava de você.

— Sue, ajude-me nisso. Ele está sendo cabeça dura novamente. – Sue havia chegado com uma jarra de suco. – Sente-se, isso pode levar tempo. – Bella pediu. Sue sentou-se ao seu lado.

— Acho que deve confiar em seu pai. – Bella parou piscando algumas vezes para Sue. – O que há de estranho?

— Era o projeto do Edward antes de tudo, Sue. – Bella tentou explicar.

— Sabe que ele concorda. Edward quer assim. – Novamente ela tinha perdido.

— Neste caso, ele deveria voltar a tempo da inauguração. – Bella voltou ao seu mau-humor. Não estaria passando por aquilo se ele estivesse voltado quando prometeu.

— Não fique novamente emburrada. Tenho uma notícia para dar aos dois. – Até mesmo Aro ficou em expectativa. – Leah está grávida.

— Está?! – Bella não quis demonstrar tanto choque, mas foi inevitável. Sabia que Leah era alguns anos mais jovem que ela.

— Ela estava de namoro. Não me disse nada até o último momento.

— Quem quer que seja o pai terá que arcar com a responsabilidade. Ela é muito jovem e precisará de apoio. – Aro estava imaginando como a vida dela iria mudar.

— Sobre o pai, ele arcará com a responsabilidade. Estão planejando o casamento.

— Isso é ótimo, mas ela não vai deixar de continuar estudando naquele curso, não é mesmo?

— Não, já falamos sobre isso.

— Mas eles se amam? Será um casamento por amor? - Bella estava curiosa. Havia se tornado uma romântica.

— Isso eu não tenho dúvidas.

— Mas já o conheceu, Sue? Quem é ele? - Bella interrogou-a.

— Bem... – Sue esquivou-se um pouco, mas tomou coragem. – O Paul.

— O Paul?! – Bella e Aro perguntaram ao mesmo tempo.

— Sim.

— Por essa eu não esperava. – Bella admitiu surpresa.

***

Pôs o vestido que o pai tinha deixado em sua cama. Fazia tempo que ele não escolhia algo pessoalmente para ela e lhe presenteava assim. Aro tinha sido muito vago, ao explicar o motivo da surpresa, mas ela adorou.

Era um vestido de manga 3/4, gola em vê, todo rendado. Ela desligou o aparelho que Jared havia lhe dado e estava descendo as escadas. Seu celular tocou enquanto chegava a sala.

— Estava ouvido as músicas que meu deu. Seu timing é ótimo.

— Estava pensando em mim, não é mesmo? Em meu corpo sexy? - Depois de um tempo, ele tinha voltado a agir como um cafajeste nos telefonemas. O que ela agradeceu, pelo menos estava tudo voltando ao normal entre eles.

— Bem que você gostaria.

— Vamos, Bella... O idiota ainda não voltou. - Jared insistia em implicar com aquilo. – Eu sou capaz de ir até aí e roubá-la definitivamente. Ah!!! Mas será tão sem graça sem ele presente!

— Cala a boca. – Bella riu.

— Quando vai para inauguração?

— Estou saindo agora. – Bella entrava no carro onde o pai, Sue e Leah estavam. Ele havia convidado todos para o evento. – Uma pena não poder estar presente.

— Vamos nos encontrar em outro momento. Sei que está louca para ver o meu corpinho de novo. Talvez até me dar outro beijo daqueles.

— Claro. – Respondeu sem dar importância. - Como está a sua mãe?

— Ainda não houve mudança, mas ela me reconhece e tudo mais.

— Pelo menos estão juntos agora.

— Sim. – Falou animado. - Terei que desligar, tenho que voltar a praticar. – Avisou. – Bella...

— Sim?

— Eu te adoro, garota fofa. Boa festa. – Eles desligaram, saudosos. Sempre havia a promessa de se encontrarem, mas ainda não tinha acontecido.  

Chegaram ao DiFerro, o lugar estava fervendo com tantas pessoas. Além de convidados, havia jornalistas e fotógrafos. Assim que pisaram os pés no restaurante que tinha mantido todo o estilo italiano, Bella e Aro foram clicados o tempo todo. Era a primeira vez que ela ia a um evento formal depois do acidente. Seu cabelo agora cobria toda a testa e ela insistia em mantê-lo para o lado.

Alice e Jacob chegaram e sentaram numa mesa próxima. Os dois estavam cada vez mais grudados um no outro. O relacionamento estava mais do que sério e eles já frequentavam a casa dos pais de cada um.

Havia lugar também para Rosalie e Emmet que já estavam lá. Bella tentou se manter animada e comunicativa, mas estar ali na inauguração do restaurante sem Edward, era um pouco triste. Ele tinha sonhado com tudo aquilo e nem ao menos estava participando do retorno do lugar.

Bella viu seu pai atender a um telefone ao seu lado, mas não deu importância. Continuou a sua conversa com os amigos, mas ele os interrompeu dizendo que iria falar algumas palavras para os convidados.

— Damas e cavalheiros. – Aro começou com um grande sorriso diante dos convidados. Bella gostava daquela nova versão mais sorridente do pai. – Esta é uma grande noite, sem dúvidas. Tudo fez parte de um sonho, éramos simples vendedores de macarrão artesanal, sonhamos, trabalhamos duro e nos tornamos uma grande empresa, uma referência. Todos juntos, desde o cargo mais alto até o mais baixo, tudo faz parte do trabalho duro de cada um. A família Volturi cresceu e se multiplicou. Isso foi bom, houve sacrifícios, mas foi bom, chegamos onde estamos hoje. Se olharmos para trás veremos o longo caminho que percorremos e apenas isso e motivo de grande satisfação. – Bella recebia o olhar do pai, ela se apoiou o queijo sobre as mãos percebendo o quanto ele estava emotivo em suas palavras. – O DiFerro também é um sonho, não era meu no início, mas acabou tornando-se. Percebi tardiamente que não se tratava apenas de uma sacada comercial, marketing, expansão. Era muito mais do que isso. Precisei de um tempo, mas entendi. – Ele estava falando do sonho de Edward e como o DiFerro fazia parte da vida dele e da sua filha. – Quero manter esse sonho, vale mais do que qualquer coisa. Quero proteger e vê-lo prosperar. Adoraria que vocês nos ajudassem nisso. E gostaria que recebessem agora o verdadeiro dono desse sonho, o meu sobrinho, Edward Cullen.

— Oh meu Deus! – Bella ouviu Alice arfar.

— É ele mesmo? - Rosie perguntou.

E sim, Edward vinha da lateral e abraçava o tio diante dos aplausos e flashes. Bella estava imóvel, os olhos úmidos e inquietos, suas mãos agora seguravam a borda da mesa com força. Ela não sabia se podia aguentar mais com aquele ritmo em seu coração. Aro voltou ao seu lado, a olhou com carinho e esperou como os outros Edward falar.

Ele ainda sorria enquanto seu rosto era iluminado com tantos flashes. Seus acenos eram contidos e parecia esperar que o burburinho diminuísse. Bella notou que o olhar cansado e abatido tinha dado lugar a um rosto iluminado. Edward ainda tinha um ar sério, mas não tão introspectivo. Seu cabelo tinha voltado ao naturalmente brilhoso. E claro, estava impecavelmente bem vestido.

Ele possuía um físico que era harmonioso com vários estilos. Edward tinha voltado da Coreia do Sul com roupas modernas e descoladas que o deixavam maravilhosamente deslumbrante e aquele paletó sem dúvidas era italiano. Ele sempre optava por cores escuras, era acenturado com mangas estreitas. Bella olhou para o peito do namorado, o paletó estava justo ali, mas não grudado. A calça tinha cós baixo, estava um perfeito príncipe. Foi o que pensou.

 – Ah... não sou muito bom em falar em público como meu tio, mas darei o meu melhor. – Edward estava falando sem focar em ninguém em específico. – Meu tio, Aro Volturi, estava certo ao dizer que o DiFerro, é um sonho. Não tive muitos sonhos no decorrer da minha vida. Foram basicamente 3 principais sonhos. – Ele ergueu um pouco a mão mostrando três dedos para que todos vissem. – Primeiro: Sonhei em trabalhar ao lado do meu tio na empresa. Eu consegui, ele me deu a grande oportunidade. Segundo: Sonhei em um dia poder ter o DiFerro e fazê-lo ser parte da vida de muitas pessoas como ele fez parte da minha. Aqui eu passei alguns bons momentos com a pessoa que eu amo.

— Ele disse “Eu amo”? - Bella balbuciou para si mesma. Quer dizer que ele ainda a amava, não a tinha esquecido?

— Novamente estou conseguindo realizar esse sonho. Terceiro e nesse eu sou bastante ambicioso: Eu sonho em ficar para sempre ao lado da mulher que eu sempre amei. Sonho em fazê-la feliz pelo tempo que for possível. Sonho em tê-la como a minha esposa. – Mais burburinho, Bella agora não sentia que sua perna tremia um pouco mesmo estando sentada. Edward enfim, pareceu enxerga-la e caminhou até ela. Edward tocou em seu cabelo curto e acariciou seu rosto. – Você está linda. – Ela não quis, mas já estava tentando impedir as lágrimas, secando-as com os dedos rapidamente. – O que você me diz, meu amor? - Edward tirou a caixinha do seu bolso e abriu diante dela. Pegou a sua mão e beijou, ajoelhando-se diante dela em seguida.

— Não... Não faça isso.

— Eu te amo Bella Volturi, sempre a amei e sempre a amarei. Ajude-me a realizar o meu mais ambicioso sonho.

— Você me deixou no escuro durante meses e agora...

— Eu não pude.

— Não pôde? - Todos estavam ansiosos para uma resposta positiva, mas diante do rumo da conversa, pelo menos os mais íntimos começavam a temer. Os dois eram ótimos se amando, mas também brigando. – Esteve amarrado e amordaçado todo esse tempo? 

— Não.

— Então porque? - Edward não se safara tão fácil, estava decidida.

— Precisei, forcei-me a resistir a tentação de falar com você todo o tempo. Fazia parte do processo, escolhi fazer assim porque sabia que se ouvisse a sua voz por um segundo eu desistiria de tudo e voltaria sem ter cumprido a promessa de estar bem. Foi um tormento todo o tempo. Lamento, tive que me demorar um pouco mais. Quis ter certeza.... Quis estar completamente bem para ser seu esposo.

— Quer dizer que está bem agora?

— Sim.

— Bella, você precisa responder. – Bella ouviu seu pai apressá-la. Claro, os dois estavam naquela juntos. Juntos como sempre.

— Eu quase morri de saudades. – Edward respirou mais aliviado e sorriu. Bella tinha baixado a guarda, seu olhar lhe disse o que precisava saber.

— Eu morri várias vezes de saudades. – Ele pôs o anel no dedo dela.

— Eu não respondi.

— Você respondeu sim. Quer dizer em voz alta? – Ele beijou a sua testa.

— Eu aceito. – Sob mais aplausos e gritinhos de euforia, principalmente de suas amigas, Bella recebia beijos no lugar da sua cirurgia e em todo o seu rosto. – Você ainda precisa me compensar por esses meses.

— Por toda a vida, meu amor.

***

Alguns meses depois...

 

Foi uma viagem cansativa após a cerimônia, mas Bella estava querendo tirar o tempo perdido. Ela estava dedicando-se aos estudos, Edward a empresa e ainda tinha a organização do casamento. Com tudo isso, eles não estavam conseguindo passar tanto tempo juntos assim. Bella decidiu que aproveitaria bastante a lua de mel. No entanto, semanas antes do casamento, ela começou a estranhar-se.

Sentia-se muito mais sonolenta e faminta. Seus seios também pareciam estar sempre mais volumosos. Pensou que poderia estar gravida, mas guardou a suspeita para si mesma. Várias vezes passou diante da farmácia próxima a faculdade, mas não teve coragem de entrar para comprar um teste de gravidez. Assim, ainda observando-se calada, ela viajou para conhecer a Coreia em que seu marido viveu por um ano.

Quando o elevador parou no andar do seu quarto. Eles que estavam de mãos dadas, saíram para o corredor e se olharam. Havia uma troca de informação intensa em seus olhares. Bella foi a primeira a soltar-se da mão do marido e agarrá-lo em um beijo voraz e um pouco violento. Edward correspondeu já louco, querendo extravasar aquele estresse acumulado durante todo o tempo da organização do casamento.

Eles caminharam, ou tropeçaram até a porta do seu quarto. Bella com suas mãos vasculhando, apalpando todo o corpo de Edward sem que lhe desse muita oportunidade de agir. Ela estava de fato, sendo a dominadora naquele momento. Ela o mordeu nos lábios com força, diante do seu desejo. Ele se afastou gemendo de dor para receber uma bofetada no rosto. Bella o agarrou novamente em outro beijo avassalador, ele tinha que admitir que aquele tapa o deixou excitado.

Buscou em seu bolso o cartão chave da porta, tentou afastá-la para procurar melhor. Bella o pegou pela bunda e o puxou para ela sentindo-o duro. Ele teve que rir da atitude dela, mas não deixou de beijá-la. Então achou o cartão e mostrou para ela. Bella pegou o cartão de sua mão e abriu a porta. Empurrou Edward para dentro para depois ela mesmo entrar e fechar a porta atrás de si.

***

Estava bastante frio e era incrível que ainda não havia neve. A Coreia do Sul era incrivelmente interessante aos seus olhos, mas aquele frio, não a estava deixando muito feliz.

— Quer um pouco de seju? - Bella pôs a mão para tapara a boca de seu copo.

Apesar de ser tentador sentir o líquido aquecer seu corpo, não podia arriscar. Agradecia por todos os ambientes serem aquecidos. Eles passavam frio apenas nas ruas e ela tentou um pouco evitar isso, mas Edward não permitiu levando-a par cima e para baixo o tempo todo.

— Não.

— Tudo bem, talvez outra coisa. Cerveja? Vinho?

— Não, nada. – Respondeu apressadamente. – Acho que não seria sensato. – Falou baixinho

— O que?

— Nada. – Edward a olhou com uma sobrancelha erguida. Ele a estava observando a tempos. Bella achava mesmo que conseguia esconder aquilo dele?

— Talvez um chá, querida. Aceitável?

— Sim, uma boa ideia. – Ela gradeceu.

Voltaram para o hotel assim que terminaram de jantar. Bella correu para entrar em seu quarto.

— Ahhh que quentinho! Eu mal podia esperar para chegar ao nosso quarto. – Deitou-se na cama, Edward que a acompanhava um pouco atrás fechou a porta ainda calado, mas o sorriso discreto não saia dos seus lábios. – Nunca passei tanto frio, eu acho que você queria me matar na nossa lua de mel. – Ele sentou ao seu lado.

— Achei que gostaria de passar a lua de mel bem agarrada a mim.

— Hmm... Você sempre supõe que eu queira me agarra a você. – Bella ergueu-se para beijá-lo.

— Voltaremos aqui na primavera, vai gostar de ir para a Ilha de Jeju e ver todas aquelas flores.

— Isso seria adorável.

— Penando menos distante, em nossa próxima viagem podemos ir para algum lugar quente e ensolarado. Talvez uma praia. Só precisa decidir se quer ir antes ou depois do bebe nascer. – Bella fica gaguejando e ele ri. – Não fique assim. Você vem desconfiando que está grávida e eu também. Comprou um teste de gravidez, mas até agora não fez. Porque?

— Como sabe disso?! – Ficou surpresa e ele riu.

— Você se esgueirou tão desajeitadamente da cama pela manhã e voltou em seguida com algo. Eu fiquei curioso, assim que foi para o banheiro eu dei uma olhada. – Admitiu.

— Edward Cullen! – Aquilo não o intimidou.

— Queria saber o que teve tal poder de tirá-la da cama quentinha tão cedo. – Ela cobriu-se com o cobertor envergonhada por sua patética tentativa de descobrir antes se estava gravida. – Bella, está com medo de saber que está gravida?

— Na verdade eu já sei que estou. – Falou com a voz abafada de baixo do cobertor. – É meio assustador. Eu tive uma mãe incrível mesmo que por pouco tempo. No mínimo terei que ser duplamente incrível para o meu filho.

— Você será. – Ele tirou o cobertor do rosto da esposa. – Olhe pela janela... Está nevando. – Bella olhou em direção a janela e viu alguns pontos brancos caindo diante dela. – Era isso o que eu queria. Ver a primeira neve cair ao lado de quem ama é muito importante e romântico aqui. Dá a esperança de estarmos juntos para sempre. Agora estou vendo com você e com o meu filho, você sempre me dá mais do que eu mereço.  

Bella acariciou a sua nuca e o chamou para um beijo doce e prolongado. Seu coração estava preenchido de esperança. Ao lado do Edward daria o seu melhor para ser uma mãe valiosa para seu filho. Não tinha dúvidas de que ele seria o melhor pai do mundo.

 

 

Fim


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olha eu aqui novamente!
Quero muito saber o que acharam do final.
:*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reverso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.