Reverso escrita por Camila J Pereira
Notas iniciais do capítulo
Olá, leitores!
Como esperado, este é o último Capítulo de Reverso.
Nem preciso dizer que adorei escrever cada linha. E adorei ainda mais a presença de vocês aqui. Conheci novos e incríveis leitores.
Agradeço cada comentário, cada um com imenso valor.
Sentirei saudades de Reverso, estranhamente foi uma das histórias que mais gostei.
Espero sinceramente que gostem deste final.
Beijos.
— Isso é tão injusto! – Reclamou com a amiga. – Edward deveria atender pelo menos as minhas ligações. – Caminhou de volta a parte externa do prédio da faculdade.
Tinha ido resolver as suas pendências e estava novamente se matriculando para um novo semestre. Ela voltaria paras cursos que fazia antes. Antes de ir até lá, tinha conversado com o pai. Aro concordou com a filha sobre os cursos, ele não estava exigindo mais que ela fizesse apenas o que ele achava melhor, esforçava-se dia a dia para entender as necessidades da filha. No entanto, Bella demorou-se mais para convencê-lo a deixa-la voltar aquele semestre para as aulas, para ele, Bella deveria permanecer o resto do ano em repouso. Não aguentaria de maneira alguma.
— Tínhamos combinado que ele passaria um mês fora e já se passou um mês e meio.
— Talvez ele ainda não esteja pronto. – Alice tentou acalmar a amiga, mas também estava questionando o silêncio prolongado de Edward.
— Talvez ele não queira voltar. – Divagou e sentiu um aperto no peito com aquilo.
— De jeito nenhum, Edward é louco por você.
— Mas ele está agindo como se tivesse esquecido de mim! – Ultimamente a saudade estava tornando as coisas irritantes para ela. Nunca imaginou que sentiria tanta falta dele. Se ao menos ouvisse a sua voz...
— Bella, ele foi para se desconectar? Havia toda uma programação para ele e tudo. Você procurou os melhores terapeutas da Itália e indicou alguns lugares para ele visitar.
— Quase estou arrependida. Sinto tanta falta dele... – Alice penteou com seus dedos uma parte bagunçada dos cabelos curtíssimos da amiga. Bella tinha resolvido cortá-lo baixinho depois da partida de Edward na semana seguinte. Já tinha passado 4 meses do seu acidente e ela estava sentindo-se perfeitamente bem.
— Vamos sair de debaixo desse sol. – Alice preocupou-se com Bella, ainda era bom evitar certas coisas.
Elas foram para a lanchonete ali perto, reviram alguns amigos curiosos sobre Bella. Muitos deles souberam do seu acidente pela mídia. Bella respondia a todos com paciência. Alice a deixou em casa e ela encontrou o pai lendo alguns documentos.
— Matriculou-se?
— Sim. – Bella beijou o topo da cabeça do seu pai e sentou-se na cadeira a frente dele. O tamborilar de seus dedos sobre a mesa e o olhar vagueando inquieto pelo cômodo fez com que Aro desistisse de sua leitura.
— Quer me dizer algo? – Perguntou.
— Porque raios o Edward ainda não voltou? - Começou em uma explosão. - E porque ele não atende aos meus telefonemas? - Aro olhou para a filha divertido e sorriu. – Acha graça do meu desespero? Edward deveria sentir ao menos um pouco a minha falta.
— Edward precisa desse tempo, não é mesmo?
— Eu tenho certeza de que vocês se comunicam. – Acusou.
— Não é sempre, mas sim, ele manda um email uma vez por semana. – Bella abriu a boca. – Por isso digo que esse tempo é necessário para ele.
— Vocês continuam inacreditáveis!
— Não se preocupe, ele voltará.
— Pois ele deve se preocupar se eu vou aceita-lo quando voltar. – Arrebitando o nariz, caminhou pé ante pé até a saída.
— Não bata a porta. – Ele pediu sinceramente feliz.
***
— Quantos quadros você tem prontos? - Aro perguntou na mesa do jantar.
— Que valem a pena, uns quatro. – Falou.
— Hmmm... Quero-os amanhã. Recompenso você. Vou pendurá-los na parede do DiFerro. – Bella estava surpresa.
— Porque?
— Porque? É um restaurante italiano e os quadros foram pitados por você, que tem descendente de italiana. – Aro voltou a comer como se nada tivesse acontecido.
— Pai, as referências italianas são mínimas nos meus trabalhos.
— Tudo bem, eu os quero e pronto. – Bella sorriu para o pai que continuava tentando apoiá-la firmemente.
— Vamos mesmo inaugurá-lo sem o Edward? - Agora já havia passado três meses desde a sua partida.
— Sim, está decido.
— Eu não concordo.
— Já discutimos isso. – As conversas com seu pai nunca haviam parado de ser intensas. Eles ainda eram opostos, mas agora tentavam compreender-se melhor. Havia mesmo nas discordâncias, o respeito e o carinho.
— Edward não demorará a voltar, repete isso sempre para mim. Era algo que ele gostaria de fazer parte.
— Ah, como você está defendendo a causa do Edward! Esta até me lembrando muito ele quando se tratava de você.
— Sue, ajude-me nisso. Ele está sendo cabeça dura novamente. – Sue havia chegado com uma jarra de suco. – Sente-se, isso pode levar tempo. – Bella pediu. Sue sentou-se ao seu lado.
— Acho que deve confiar em seu pai. – Bella parou piscando algumas vezes para Sue. – O que há de estranho?
— Era o projeto do Edward antes de tudo, Sue. – Bella tentou explicar.
— Sabe que ele concorda. Edward quer assim. – Novamente ela tinha perdido.
— Neste caso, ele deveria voltar a tempo da inauguração. – Bella voltou ao seu mau-humor. Não estaria passando por aquilo se ele estivesse voltado quando prometeu.
— Não fique novamente emburrada. Tenho uma notícia para dar aos dois. – Até mesmo Aro ficou em expectativa. – Leah está grávida.
— Está?! – Bella não quis demonstrar tanto choque, mas foi inevitável. Sabia que Leah era alguns anos mais jovem que ela.
— Ela estava de namoro. Não me disse nada até o último momento.
— Quem quer que seja o pai terá que arcar com a responsabilidade. Ela é muito jovem e precisará de apoio. – Aro estava imaginando como a vida dela iria mudar.
— Sobre o pai, ele arcará com a responsabilidade. Estão planejando o casamento.
— Isso é ótimo, mas ela não vai deixar de continuar estudando naquele curso, não é mesmo?
— Não, já falamos sobre isso.
— Mas eles se amam? Será um casamento por amor? - Bella estava curiosa. Havia se tornado uma romântica.
— Isso eu não tenho dúvidas.
— Mas já o conheceu, Sue? Quem é ele? - Bella interrogou-a.
— Bem... – Sue esquivou-se um pouco, mas tomou coragem. – O Paul.
— O Paul?! – Bella e Aro perguntaram ao mesmo tempo.
— Sim.
— Por essa eu não esperava. – Bella admitiu surpresa.
***
Pôs o vestido que o pai tinha deixado em sua cama. Fazia tempo que ele não escolhia algo pessoalmente para ela e lhe presenteava assim. Aro tinha sido muito vago, ao explicar o motivo da surpresa, mas ela adorou.
Era um vestido de manga 3/4, gola em vê, todo rendado. Ela desligou o aparelho que Jared havia lhe dado e estava descendo as escadas. Seu celular tocou enquanto chegava a sala.
— Estava ouvido as músicas que meu deu. Seu timing é ótimo.
— Estava pensando em mim, não é mesmo? Em meu corpo sexy? - Depois de um tempo, ele tinha voltado a agir como um cafajeste nos telefonemas. O que ela agradeceu, pelo menos estava tudo voltando ao normal entre eles.
— Bem que você gostaria.
— Vamos, Bella... O idiota ainda não voltou. - Jared insistia em implicar com aquilo. – Eu sou capaz de ir até aí e roubá-la definitivamente. Ah!!! Mas será tão sem graça sem ele presente!
— Cala a boca. – Bella riu.
— Quando vai para inauguração?
— Estou saindo agora. – Bella entrava no carro onde o pai, Sue e Leah estavam. Ele havia convidado todos para o evento. – Uma pena não poder estar presente.
— Vamos nos encontrar em outro momento. Sei que está louca para ver o meu corpinho de novo. Talvez até me dar outro beijo daqueles.
— Claro. – Respondeu sem dar importância. - Como está a sua mãe?
— Ainda não houve mudança, mas ela me reconhece e tudo mais.
— Pelo menos estão juntos agora.
— Sim. – Falou animado. - Terei que desligar, tenho que voltar a praticar. – Avisou. – Bella...
— Sim?
— Eu te adoro, garota fofa. Boa festa. – Eles desligaram, saudosos. Sempre havia a promessa de se encontrarem, mas ainda não tinha acontecido.
Chegaram ao DiFerro, o lugar estava fervendo com tantas pessoas. Além de convidados, havia jornalistas e fotógrafos. Assim que pisaram os pés no restaurante que tinha mantido todo o estilo italiano, Bella e Aro foram clicados o tempo todo. Era a primeira vez que ela ia a um evento formal depois do acidente. Seu cabelo agora cobria toda a testa e ela insistia em mantê-lo para o lado.
Alice e Jacob chegaram e sentaram numa mesa próxima. Os dois estavam cada vez mais grudados um no outro. O relacionamento estava mais do que sério e eles já frequentavam a casa dos pais de cada um.
Havia lugar também para Rosalie e Emmet que já estavam lá. Bella tentou se manter animada e comunicativa, mas estar ali na inauguração do restaurante sem Edward, era um pouco triste. Ele tinha sonhado com tudo aquilo e nem ao menos estava participando do retorno do lugar.
Bella viu seu pai atender a um telefone ao seu lado, mas não deu importância. Continuou a sua conversa com os amigos, mas ele os interrompeu dizendo que iria falar algumas palavras para os convidados.
— Damas e cavalheiros. – Aro começou com um grande sorriso diante dos convidados. Bella gostava daquela nova versão mais sorridente do pai. – Esta é uma grande noite, sem dúvidas. Tudo fez parte de um sonho, éramos simples vendedores de macarrão artesanal, sonhamos, trabalhamos duro e nos tornamos uma grande empresa, uma referência. Todos juntos, desde o cargo mais alto até o mais baixo, tudo faz parte do trabalho duro de cada um. A família Volturi cresceu e se multiplicou. Isso foi bom, houve sacrifícios, mas foi bom, chegamos onde estamos hoje. Se olharmos para trás veremos o longo caminho que percorremos e apenas isso e motivo de grande satisfação. – Bella recebia o olhar do pai, ela se apoiou o queijo sobre as mãos percebendo o quanto ele estava emotivo em suas palavras. – O DiFerro também é um sonho, não era meu no início, mas acabou tornando-se. Percebi tardiamente que não se tratava apenas de uma sacada comercial, marketing, expansão. Era muito mais do que isso. Precisei de um tempo, mas entendi. – Ele estava falando do sonho de Edward e como o DiFerro fazia parte da vida dele e da sua filha. – Quero manter esse sonho, vale mais do que qualquer coisa. Quero proteger e vê-lo prosperar. Adoraria que vocês nos ajudassem nisso. E gostaria que recebessem agora o verdadeiro dono desse sonho, o meu sobrinho, Edward Cullen.
— Oh meu Deus! – Bella ouviu Alice arfar.
— É ele mesmo? - Rosie perguntou.
E sim, Edward vinha da lateral e abraçava o tio diante dos aplausos e flashes. Bella estava imóvel, os olhos úmidos e inquietos, suas mãos agora seguravam a borda da mesa com força. Ela não sabia se podia aguentar mais com aquele ritmo em seu coração. Aro voltou ao seu lado, a olhou com carinho e esperou como os outros Edward falar.
Ele ainda sorria enquanto seu rosto era iluminado com tantos flashes. Seus acenos eram contidos e parecia esperar que o burburinho diminuísse. Bella notou que o olhar cansado e abatido tinha dado lugar a um rosto iluminado. Edward ainda tinha um ar sério, mas não tão introspectivo. Seu cabelo tinha voltado ao naturalmente brilhoso. E claro, estava impecavelmente bem vestido.
Ele possuía um físico que era harmonioso com vários estilos. Edward tinha voltado da Coreia do Sul com roupas modernas e descoladas que o deixavam maravilhosamente deslumbrante e aquele paletó sem dúvidas era italiano. Ele sempre optava por cores escuras, era acenturado com mangas estreitas. Bella olhou para o peito do namorado, o paletó estava justo ali, mas não grudado. A calça tinha cós baixo, estava um perfeito príncipe. Foi o que pensou.
– Ah... não sou muito bom em falar em público como meu tio, mas darei o meu melhor. – Edward estava falando sem focar em ninguém em específico. – Meu tio, Aro Volturi, estava certo ao dizer que o DiFerro, é um sonho. Não tive muitos sonhos no decorrer da minha vida. Foram basicamente 3 principais sonhos. – Ele ergueu um pouco a mão mostrando três dedos para que todos vissem. – Primeiro: Sonhei em trabalhar ao lado do meu tio na empresa. Eu consegui, ele me deu a grande oportunidade. Segundo: Sonhei em um dia poder ter o DiFerro e fazê-lo ser parte da vida de muitas pessoas como ele fez parte da minha. Aqui eu passei alguns bons momentos com a pessoa que eu amo.
— Ele disse “Eu amo”? - Bella balbuciou para si mesma. Quer dizer que ele ainda a amava, não a tinha esquecido?
— Novamente estou conseguindo realizar esse sonho. Terceiro e nesse eu sou bastante ambicioso: Eu sonho em ficar para sempre ao lado da mulher que eu sempre amei. Sonho em fazê-la feliz pelo tempo que for possível. Sonho em tê-la como a minha esposa. – Mais burburinho, Bella agora não sentia que sua perna tremia um pouco mesmo estando sentada. Edward enfim, pareceu enxerga-la e caminhou até ela. Edward tocou em seu cabelo curto e acariciou seu rosto. – Você está linda. – Ela não quis, mas já estava tentando impedir as lágrimas, secando-as com os dedos rapidamente. – O que você me diz, meu amor? - Edward tirou a caixinha do seu bolso e abriu diante dela. Pegou a sua mão e beijou, ajoelhando-se diante dela em seguida.
— Não... Não faça isso.
— Eu te amo Bella Volturi, sempre a amei e sempre a amarei. Ajude-me a realizar o meu mais ambicioso sonho.
— Você me deixou no escuro durante meses e agora...
— Eu não pude.
— Não pôde? - Todos estavam ansiosos para uma resposta positiva, mas diante do rumo da conversa, pelo menos os mais íntimos começavam a temer. Os dois eram ótimos se amando, mas também brigando. – Esteve amarrado e amordaçado todo esse tempo?
— Não.
— Então porque? - Edward não se safara tão fácil, estava decidida.
— Precisei, forcei-me a resistir a tentação de falar com você todo o tempo. Fazia parte do processo, escolhi fazer assim porque sabia que se ouvisse a sua voz por um segundo eu desistiria de tudo e voltaria sem ter cumprido a promessa de estar bem. Foi um tormento todo o tempo. Lamento, tive que me demorar um pouco mais. Quis ter certeza.... Quis estar completamente bem para ser seu esposo.
— Quer dizer que está bem agora?
— Sim.
— Bella, você precisa responder. – Bella ouviu seu pai apressá-la. Claro, os dois estavam naquela juntos. Juntos como sempre.
— Eu quase morri de saudades. – Edward respirou mais aliviado e sorriu. Bella tinha baixado a guarda, seu olhar lhe disse o que precisava saber.
— Eu morri várias vezes de saudades. – Ele pôs o anel no dedo dela.
— Eu não respondi.
— Você respondeu sim. Quer dizer em voz alta? – Ele beijou a sua testa.
— Eu aceito. – Sob mais aplausos e gritinhos de euforia, principalmente de suas amigas, Bella recebia beijos no lugar da sua cirurgia e em todo o seu rosto. – Você ainda precisa me compensar por esses meses.
— Por toda a vida, meu amor.
***
Alguns meses depois...
Foi uma viagem cansativa após a cerimônia, mas Bella estava querendo tirar o tempo perdido. Ela estava dedicando-se aos estudos, Edward a empresa e ainda tinha a organização do casamento. Com tudo isso, eles não estavam conseguindo passar tanto tempo juntos assim. Bella decidiu que aproveitaria bastante a lua de mel. No entanto, semanas antes do casamento, ela começou a estranhar-se.
Sentia-se muito mais sonolenta e faminta. Seus seios também pareciam estar sempre mais volumosos. Pensou que poderia estar gravida, mas guardou a suspeita para si mesma. Várias vezes passou diante da farmácia próxima a faculdade, mas não teve coragem de entrar para comprar um teste de gravidez. Assim, ainda observando-se calada, ela viajou para conhecer a Coreia em que seu marido viveu por um ano.
Quando o elevador parou no andar do seu quarto. Eles que estavam de mãos dadas, saíram para o corredor e se olharam. Havia uma troca de informação intensa em seus olhares. Bella foi a primeira a soltar-se da mão do marido e agarrá-lo em um beijo voraz e um pouco violento. Edward correspondeu já louco, querendo extravasar aquele estresse acumulado durante todo o tempo da organização do casamento.
Eles caminharam, ou tropeçaram até a porta do seu quarto. Bella com suas mãos vasculhando, apalpando todo o corpo de Edward sem que lhe desse muita oportunidade de agir. Ela estava de fato, sendo a dominadora naquele momento. Ela o mordeu nos lábios com força, diante do seu desejo. Ele se afastou gemendo de dor para receber uma bofetada no rosto. Bella o agarrou novamente em outro beijo avassalador, ele tinha que admitir que aquele tapa o deixou excitado.
Buscou em seu bolso o cartão chave da porta, tentou afastá-la para procurar melhor. Bella o pegou pela bunda e o puxou para ela sentindo-o duro. Ele teve que rir da atitude dela, mas não deixou de beijá-la. Então achou o cartão e mostrou para ela. Bella pegou o cartão de sua mão e abriu a porta. Empurrou Edward para dentro para depois ela mesmo entrar e fechar a porta atrás de si.
***
Estava bastante frio e era incrível que ainda não havia neve. A Coreia do Sul era incrivelmente interessante aos seus olhos, mas aquele frio, não a estava deixando muito feliz.
— Quer um pouco de seju? - Bella pôs a mão para tapara a boca de seu copo.
Apesar de ser tentador sentir o líquido aquecer seu corpo, não podia arriscar. Agradecia por todos os ambientes serem aquecidos. Eles passavam frio apenas nas ruas e ela tentou um pouco evitar isso, mas Edward não permitiu levando-a par cima e para baixo o tempo todo.
— Não.
— Tudo bem, talvez outra coisa. Cerveja? Vinho?
— Não, nada. – Respondeu apressadamente. – Acho que não seria sensato. – Falou baixinho
— O que?
— Nada. – Edward a olhou com uma sobrancelha erguida. Ele a estava observando a tempos. Bella achava mesmo que conseguia esconder aquilo dele?
— Talvez um chá, querida. Aceitável?
— Sim, uma boa ideia. – Ela gradeceu.
Voltaram para o hotel assim que terminaram de jantar. Bella correu para entrar em seu quarto.
— Ahhh que quentinho! Eu mal podia esperar para chegar ao nosso quarto. – Deitou-se na cama, Edward que a acompanhava um pouco atrás fechou a porta ainda calado, mas o sorriso discreto não saia dos seus lábios. – Nunca passei tanto frio, eu acho que você queria me matar na nossa lua de mel. – Ele sentou ao seu lado.
— Achei que gostaria de passar a lua de mel bem agarrada a mim.
— Hmm... Você sempre supõe que eu queira me agarra a você. – Bella ergueu-se para beijá-lo.
— Voltaremos aqui na primavera, vai gostar de ir para a Ilha de Jeju e ver todas aquelas flores.
— Isso seria adorável.
— Penando menos distante, em nossa próxima viagem podemos ir para algum lugar quente e ensolarado. Talvez uma praia. Só precisa decidir se quer ir antes ou depois do bebe nascer. – Bella fica gaguejando e ele ri. – Não fique assim. Você vem desconfiando que está grávida e eu também. Comprou um teste de gravidez, mas até agora não fez. Porque?
— Como sabe disso?! – Ficou surpresa e ele riu.
— Você se esgueirou tão desajeitadamente da cama pela manhã e voltou em seguida com algo. Eu fiquei curioso, assim que foi para o banheiro eu dei uma olhada. – Admitiu.
— Edward Cullen! – Aquilo não o intimidou.
— Queria saber o que teve tal poder de tirá-la da cama quentinha tão cedo. – Ela cobriu-se com o cobertor envergonhada por sua patética tentativa de descobrir antes se estava gravida. – Bella, está com medo de saber que está gravida?
— Na verdade eu já sei que estou. – Falou com a voz abafada de baixo do cobertor. – É meio assustador. Eu tive uma mãe incrível mesmo que por pouco tempo. No mínimo terei que ser duplamente incrível para o meu filho.
— Você será. – Ele tirou o cobertor do rosto da esposa. – Olhe pela janela... Está nevando. – Bella olhou em direção a janela e viu alguns pontos brancos caindo diante dela. – Era isso o que eu queria. Ver a primeira neve cair ao lado de quem ama é muito importante e romântico aqui. Dá a esperança de estarmos juntos para sempre. Agora estou vendo com você e com o meu filho, você sempre me dá mais do que eu mereço.
Bella acariciou a sua nuca e o chamou para um beijo doce e prolongado. Seu coração estava preenchido de esperança. Ao lado do Edward daria o seu melhor para ser uma mãe valiosa para seu filho. Não tinha dúvidas de que ele seria o melhor pai do mundo.
Fim
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Olha eu aqui novamente!
Quero muito saber o que acharam do final.
:*