Reverso escrita por Camila J Pereira


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!
Estão gostando de como tudo está sendo revelado?
Esse capítulo está bastante denso de informações do passado de Bella e Edward.
Aproveitem!



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— Nossos pais eram muito amigos. Vivíamos aqui e vocês sempre estavam na nossa casa também. Viajamos juntos, eu aprendi a amar a sua família assim que nasci.

— Gostaria de ter essas lembranças. – Edward deitou e a puxou para o seu peito.

— Minha mãe trabalhava na empresa com o seu pai.

— Soube que ela veio da Itália passar uma temporada de férias. Meu pai a recebeu como guardião pelo tempo que passaria aqui. Foi quando ela conheceu o seu pai.

— Sue deve ter te contado isso. – Edward sorriu. - Carlisle era um sonhador, gostava de escrever. Ainda tenho seus manuscritos e a maioria deles são contos. Seriam famosos se ele os tivesse publicado. Na época,  estava escrevendo o seu terceiro livro. – Bella ficou de deixo caído.

— Carlisle Cullen, aquele Carlisle é o seu pai?

— Sim. – Edward inalou o perfume dos cabelos dela, estava precisando de coragem. – Naquele dia a sua mãe estava indo te levar para o balé. Minha mãe quis ir junto. Como seu pai estava numa cidade aqui perto a trabalho, o meu se ofereceu a buscá-las.

— Onde você estava?

— Tinha saído da aula e estava passando a tarde com o Emmet. Quer mesmo que eu continue?

— Edward, eu já sei o que aconteceu, só preciso saber a sua versão. – Ela garantiu.

— Alguns acionistas da empresa não estavam concordando com certas questões, estavam se sentindo excluídos e deixados para trás. O rancor deve tê-los cegado e quiseram assustar o Presidente para deixá-lo vulnerável, assim a influencia deles seria aceita, além da empresa sofrer um abalo. A vida do Presidente e de sua família, Bella, são muito importantes para empresa. Faz parte da confiança que passa para os investidores e colaboradores, para os novos companheiros de projetos. Isso é muito importante em outros países também. Vendo o Presidente abalado até as ações poderiam cair. Eles queriam uma brecha, pura vingança e ambição.

— Então Aro Volturi tenta controlar a vida da filha como se ela fosse uma boneca para que os negócios não sejam influenciados.

— Bella... – Naquele momento ele começava a se arrepender, mas tinha dado a sua palavra de que contaria tudo.

— Continue. – Ela pediu.

— Pelas câmeras pudemos saber o que de fato aconteceu. Justamente quando Carlisle estacionou para vocês entrarem, adiante havia um outro carro. De dentro dele saíram homens encapuzados que renderam e levaram vocês. Carlisle saiu em perseguição e capotou o carro em um cruzamento. Meu pai ainda ficou vivo por alguns dias, mas acabou falecendo. – Bella cobriu a boca com a mão, estava horrorizada. Até mesmo o pai do Edward havia perecido por conta daquela história. Secou as lágrimas que teimavam em cair e continuou ouvindo. – Eles mantiveram vocês em cativeiro por quase 24hs. Seu pai soube de mim e mandou me buscar, fiquei aqui sabendo do que acontecia pelo noticiário. Foi um tormento.

— Eu nem imagino a aflição que passou, Ed. – Ele a apertou em seus braços.

— Bella, o que sabemos é que houve uma luta no cativeiro. Um deles apertou o gatilho. Eles se desesperaram, vocês tinham visto o rosto de um deles. Então...

— Eles acharam melhor não deixar nenhuma testemunha. – Um barulho zuniu no seu ouvido. Foi como o estampido de uma bala. Sua cabeça latejou um pouco.

— Está com dor? – Edward percebeu que ela se encolheu um pouco.

— Foi só uma pontada. Continue. – Edward hesitou um pouco antes de continuar.

— Estavam brigando entre si por causa dos assassinatos quando a polícia os cercaram. Soubemos de tudo com os depoimentos deles. – Edward precisou de um momento para continuar. Ainda havia aquele detalhe: -  Pensaram que você estava morta também, porque...

— Porque, Edward? – Bella pediu que ele continuasse.

— Porque... Bella... Oh, Bella. Você estava inconsciente e banhada em sangue. – Bella engoliu em seco. Um nó enorme se formava em sua garganta, mas ela tinha que saber o resto.

— Acordei desmemoriada?

— Nem sabia o seu próprio nome. Parecia que você tinha nascido naquele momento. Sua mente estava zerada. E eu contava... Você era o que eu contava para ter do meu lado e você nem me reconhecia. No início era tão introspectiva, mas depois, você se tornou a minha melhor amiga novamente. Toda vez que ia ao psicólogo ou tentava recordar da sua mãe, você tinha crises como as que teve. Combinamos de não tocar mais nesse assunto. Aro retirou ele mesmo todos as fotos da sua mãe.  Ele estava enlouquecido, não queria perder você, era doloroso vê-la sem lembrar do seu próprio pai. Ele doou tudo dela.

— Meu pai também sofreu, eu sei disso.

— Os sequestradores nunca revelaram o mandante do crime. Mais tarde tornei-me próximo de Jared Cameron. Seria uma coincidência fortuita? Foi sem querer que eu ouvi o pai dele conversando com o seu padrinho. Eles achavam que estávamos dormindo, eu senti sede e procurava algo para beber quando passei pelo escritório dele. O padrinho dele estava aterrorizando ao saber que eu, o órfão dos Cullen estava dormindo na casa dele. “Você não sente como se fosse os pais dele aqui? Não se arrepia? Afinal nós mandamos fazer aquilo? Isso é um mal agouro, homem!” O que seria fazer aquilo? Estava pensando corretamente? Tinham sido eles? Quase fui pego, porque por mais que eu quisesse correr dali para qualquer lugar, Bella, minhas pernas não obedeciam. Foi com muita dificuldade que voltei para o quarto do Jared, odiando toda a família dele. Peguei as minhas coisas e pedi um taxi. Sai de lá de madrugada sem aviso. Contei tudo para o meu tio, queria que eles pagassem, mas eu não tinha idade suficiente para fazer nada sozinho. Então meu tio implorou que eu continuasse fingindo ser amigo da família, teria que ser cada vez mais íntimo, me fazer de tolo diante deles,  ele me explicou que só assim obteríamos justiça.

— Foi quando você mudou. Quando se tornou frio, calculista, manipulador e arrogante. – Bella meio que cuspiu tudo aquilo nele. Edward ficou um tanto alarmado, como se fosse iniciada uma briga naquele momento. Bella sentou olhando para ele ainda deitado. – Eu entendo tudo o que passou e porque se tornou assim. Você já admirava meu pai antes e depois que ele ficou com a sua guarda cuidou de você como filho. Então você descobriu algo grande, os culpados dos assassinatos dos nossos entes. Uma aliança entre vocês foi formada e você teve a sua desforra com a ajuda dele. Mesmo assim... Jared e a mãe dele não tiveram culpa e estão precisando de ajuda.

— Você não tinha culpa, eu não tinha culpa.

— Eu entendo o seu ponto de vista... – Bella sentiu nova pontada. Edward sentou ao seu lado e com suas grandes mãos envolveu a nuca dela.

— Está sentido dor.

— Acho que está passando o efeito do remédio.

— Não pense nisso por hoje. Apenas descanse. Não me deixe assustado. – Pediu. Bella sorriu levemente. – Amo você, Bella.

— Isso foi inesperado. – De repente ficou nervosa.

— Inesperado? Pensei que fosse óbvio. – Bella tentou se concentrar na conversa que estavam tendo. Deixou de lado o tamborilar do seu coração.

— Agora que falamos sobre isso, porque não ficou com alguns dos seus avós? – Edward bufou e a puxou de volta para o seu peito.

— Meus avós paternos cortaram laços com o Carlisle no momento em que ele preferiu a literatura e começou a escrever a sério. Eles não se falavam, talvez nem saibam da morte do filho caçula. Antes que pergunte, havia um tio mais velho, mas ele é fiel a família. Acho que o vi umas três vezes. – Só agora se dava conta da vida dura que Edward levou. – Meus avós maternos você os conhece, são seus tios. Estão na Itália e não ficam confortáveis na minha presença, eles me acham muito parecido com a minha mãe, Esme. De qualquer forma, não poderia ir com nenhum deles, assim como o tio Aro não pôde voltar para a Itália depois de tudo. Não era apenas o legado da família que ficou nas suas mãos, havia também todas as suas lembranças. As melhores estavam aqui e o que ele mais amava, assim como eu. Eu me agarrei em seus pés quando ele me disse que tomaria conta de mim. As palavras dele foram as seguintes: “Seu lugar é aqui, ao meu lado, ao lado da Bella.” Ele não consegue demonstrar todo o amor que sente por você e as vezes extrapola em suas decisões, todos nós ficamos marcados, Bella. Ele pode agir de forma que não aprove muito, mas ele é um homem ferido.

— Eu sei, mas eu não posso apenas entendê-lo. Meu pai tem que tentar me entender também... Eu nem ao menos deixei de lado Gestão de Negócios e ele não pode me deixar Pintar?

— A sua mãe pintava também. E é incrível que não se sinta mal fazendo isso. Talvez porque nesses momentos ela se isolava e você não a via. Ela aproveitava quando eu estava aqui, quando estávamos brincando...

— Ela pintava?

— Admito que não seja o único motivo, ele quer que você esteja dentro da empresa.

— Vocês dois tem que entender, não posso mais viver como vivi até agora. A vida é minha e tomarei as decisões a partir de agora. Deste momento em diante tentarei superar esse trauma ou viver da melhor maneira possível com ele e nem o meu trauma nem o de vocês será a desculpa para que interfiram tão agressivamente na minha vida.

— Está dizendo, que fará o que lhe der na telha agora? Seu pai não vai...

— Edward, eu sei que possivelmente estarei  comprando várias brigas, mas também estou disposta a ir até o final. Eu demorei muito pra isso, eu sinto que não posso mais fingir que está tudo bem vocês agirem assim. Se não puder aceitar, Edward... Eu temo que não poderemos, não dará certo.

— Está cogitando me deixar?

— Como poderíamos ficar juntos? Estaríamos sempre brigando. – Bella tentou deixar escondida a sua fragilidade naquele momento.

— Se está me pedindo para escolher um lado, seja mais clara...

— Edward...

— Como eu pensei estar sendo até agora. Eu sempre estarei com você então não cogite me deixar. – Ele também interferiu na sua fala.

Edward não lhe deu chances de ruminar o que ouviu. Beijou delicadamente todo o seu rosto. Começou pela testa, desceu para ambos os olhos, nariz, bochechas e queixo e depois para os lábios. Ele deitou parcialmente por sobre o seu corpo, sua mão tocou a sua perna por baixo do cobertor, ele a apertou levemente. Ousou um pouco mais e acariciou a curvatura de sua nádega, apertando-a também. Bella já não lembrava mais da dor quando sentiu a mão dele  por baixo de sua blusa tocando em sua cintura. Batidas na porta fez com que Bella escapasse de suas mãos.

— Estou entrando. – Era a voz da Sue. Edward notou a parada surpresa que ela fez ao vê-lo deitado ao lado de Bella, mas sutilmente voltou a naturalidade. – Trouxe sanduíches e suco para vocês.

— Sue, não precisava. Eu realmente estou sem fome.

— Mas precisa se alimentar, ainda mais depois do dia que teve. Coma mesmo sem estar com fome, coma o que puder. – Sue disse enérgica. – E você, Edward, coma também. – Sue estendeu a bandeja para ele que sentou na cama e a posicionou entre ele e Bella.

— Obrigado, Sue.

— Como se sente agora, Bella? – Sue tinha ficado muito assustada quando Edward ligou avisando que Bella tinha sido hospitalizada. Parecia que ainda estava preocupada.

— Estou bem melhor agora.

— Faça-a dormir um pouco, Edward. – Pediu.

— Deixe comigo, Sue.

— Boa noite, garotos. – Ela se despediu e os deixou a sós.

— Você a ouviu, coma e durma. – Bella fez uma careta, mas quando ele pegou o sanduíche disposto a lhe dar na boca, ela se rendeu e o tomou de suas mãos alimentando-se sozinha.

Quando terminaram ele levantou com a bandeja, Bella o segurou afoita.

— Onde vai?

— Devolver a bandeja e deixá-la dormir.

— Fique aqui hoje. Durma abraçado a mim. – Edward parecia estar em um sonho. Era melhor do que isso, era um sonho virando realidade. Desejou por muito tempo que Bella o quisesse ao seu lado a noite, para dormirem abraçados.  

— É claro.

Edward deixou a bandeja na escrivaninha e apagou a luz. Tirou a blusa que já estava parcialmente aberta e novamente acomodou-se ao lado dela. Bella o envolveu e deitou a cabeça no seu peito descoberto. Edward a fez adormecer acariciando os seus cabelos.

***

Quando acordou, Edward já não estava com ela. Claro, que ele já estaria se preparando para sair. Ela pulou da cama e sentiu novamente a pontada. A dor não a tinha abandonado por completo, mas nada daquilo atrapalharia seus planos para aquele dia.

Depois que fez todas as sua necessidades higiênicas, desceu, estava disposta a ser ouvida pelo pai. Teria uma conversa séria com ele, não passaria daquele dia. A decisão já tinha sido tomada.

— Bom dia. – Edward a beijou no rosto assim que chegou. Ela tinha descido primeiro que os dois. – Como está? – Ele sentou em sua cadeira habitual.

— Muito bem. Porque não me acordou?

— Imaginei que precisasse de mais alguns minutos. – Edward estava revelando-se um namorado muito atencioso.

Aro chegou em seguida, queria saber como ela tinha passado a noite e como estava naquele momento. Assim que Bella deixou claro que a sua saúde estava em perfeito estado eles começaram a comer. Bella estava disposta a falar mesmo sentindo uma ponta de medo da reação do pai.

— Pai. – Ela o chamou.

— Sim, Bella? – Porque ele teve que olhá-la bem nos olhos naquele momento. “Sustente o olhar.” Falou consigo mesma.

— Estive pensando... – Edward ficou alarmado, mas preparado para intervir se preciso fosse. – Sobre o meu curso na faculdade, tenho o objetivo de terminá-lo. Acredito que será importante, para qualquer outra decisão que eu tome no futuro. Estou aprendendo muito com ele...

— Qualquer outra decisão que tome no futuro? – Perguntou incrédulo. – Isso quer dizer que não pretende gerir a empresa da sua família?

— Eu posso até ir trabalhar na empresa e ajudá-lo da melhor maneira, mas não acredito que possa vir a ser diretora ou até mesmo a presidente.

— O que? – Então ela viu a expressão que sempre evitou. Quando ele realmente estava possesso. Aro tinha os olhos ejetados nela, irritados, a curvatura dos seu lábios para baixo deixava-o ainda mais intimidador. – Você é a minha herdeira, sabe o que significa isso?

— Sim. Que eu possuo a maioria das ações da Volturi.

— Uma empresa que foi fundada quando nossa família veio pra cá. Isso equivale a mais de 70 anos de legado. Você é a primeira na lista de sucessão e tomará posse sim.

— Edward não poderia fazer isso? Ele está muito mais envolvido na empresa e ele tem o dom.

— Ainda assim Bella, ele não seria o majoritário. Você não entende que tipo de divergência poderia causar lá dentro. Iriam querer uma votação, tudo o que leve a isso pode não acabar bem.

— Podemos pensar em outras maneiras, tio. - Bella agradeceu silenciosamente ao namorado.

— Você acredita que qualquer outra maneira seria tão simples? Vocês estão menosprezando o legado dessa família.

— Pai, eu respeito o legado da família, mas quero levar a sério o que eu gosto também.

— O que você gosta? – Ele repetiu cada vez mais irritado.

— Continuarei com as aulas extras e serei mais participativa. Fui para o evento que me proibiu. Coloquei alguns dos meus quadros, eu até vendi dois dele. – Edward não sabia daquilo e lhe veio na memória o dia em que ela havia ido para a faculdade e voltado bem tarde com roupas mais elegantes.

— Como ousa! – Bella pulou quando o seu pai bateu na mesa com os dois punhos fechados. – Você sabia sobre isso? – Perguntou a Edward.

— Ele não sabia. – Bella apressou-se a responder. – Estávamos brigados, resolvi ir e levei a Alice e o Jared.  Já deve saber que conheço o Jared. – Bella continuou mesmo tremula. Agora eram os dois que a encaravam transtornados.

— Bella, não... – Edward disse baixinho. Ela o olhou brevemente, mas retomou ao pai.

— Eu sei o que a família dele fez e entendo que haja essa resistência por parte de vocês dois.

— Como você sabe disso? Ele te contou? – Era nítido que Aro juntava algumas peças em sua cabeça naquele momento. - Por isso desmaiou? Esteve com ele? – Agora o seu pai estava meio desesperado.

— Estive com ele em muitos momentos. E sim, ele me contou o que você me escondeu a vida inteira. Eu tive que saber por outra pessoa.

— Não venha insinuar que agi errado. Não sabe como foi depois daquilo. Você ficou doente o que queria que eu fizesse? Eu me enganei com você, não é somente mimada é uma filha ingrata. – Aquilo deu como uma bofetada.

— Jared é meu amigo e é inocente nesse caso. Ele era uma criança não pode ser punido e ser tratado assim por vocês.

— Inocente? Ele poderia ser uma criança na época em que o pai assassinou a sua mãe, mas o sangue ruim corre nas veias dele.

— Você está sendo irracional. – Acusou.

— Você é que está sendo, pare de se encontrar com ele e pare com as aulas imediatamente. – Ele levantou. – Não pedirei uma segunda vez. – Aro não via nada em sua frente enquanto ia até o seu carro.

— Deus... – Edward segurou a sua mão sobre a mesa.

— Falarei com ele sobre a faculdade e a empresa. Podemos pensar em alguma alternativa se você não quiser mesmo tomar pose. Não temos que pensar muito agora, Aro é tão forte e saudável que ainda comandará a empresa por muito tempo. O que mais ele faria? – Bella assentiu. – Mas sobre o Jared eu concordo com ele.

— Edward, ele era o seu amigo. Não acredito que possa pensar assim.

— Eu sei que Jared não é tão inocente quanto faz tanta questão de parecer, Bella.   

Ficaram os dois em silêncio cada um com seus questionamentos e pensamentos. Bella recordou que a pouco Edward ficou ao seu lado diante do pai. Nunca imaginou que um dia veria aquilo.

— Obrigada, por ficar ao meu lado.

Quando estava nos intervalos das aulas da manhã, Bella ligou algumas vezes para o Jared, mas ele não atendia. Mandou mensagens que foram lidas e ignoradas. O que estaria acontecendo? Ela queria agradecer por ele a ter levado para o hospital quando passou mal. Ainda achava que ele era apenas mais uma vítima daquele assunto. Teria que vê-lo em breve novamente.

***

 - Que diabos está acontecendo? – Pelo visto o tio ainda não estava mais tranquilo. Assim que chegou a empresa havia um recado esperando por ele, seu tio queria vê-lo.

— Não fique chateado com ela, tio. Bella é adulta e quer tomar suas próprias decisões.

— Você a ouviu falar mais cedo, Edward. Baseado em tudo acha que ela tem capacidade de tomar decisões? Ela está colocando de lado tudo o que construímos. E pelo amor de Deus, como ela pode ter esse tipo de relacionamento com o Cameron, com o Cameron, Edward! – Aro quase espumava. – Entendi errado ou da última vez você garantiu que faria algo? Não posso mais confiar em você?

— É claro que pode, tio.

— Devo lembrá-lo de que a família dele assassinou seus pais e a Renée? Ainda é por culpa deles que Bella ficou desmemoriada. Não é motivo suficiente para você fazer algo? Ou eu tenho que fazer com as minha próprias mãos? Eu te garanto que se eu fizer algo, com o sentimento que estou no momento, Edward, será extremo.

— Fique calmo, tio. Eu cuidarei do Jared. – Edward teve que tomar a frente da situação, temeu que seu tio fizesse mesmo algo brutal. Não que Jared não merecesse, mas Bella não merecia. – Mas peço que reconsidere as outras decisões dela. Bella, está se esforçando tanto.

— Se esforçando a me tirar do sério! Jamais! Se ela está chateada, então faça algo. Alegre-a e logo ela esquecerá. – Aro passou as mãos pelos cabelos pensativo. – Antes eu queria que ela se cassasse com você porque confio em você e para afastar os outros concorrentes, filhos de senhores querendo a ascensão. Agora parece que terei outro motivo: Garantir que a liderança não saia das nossas mãos.


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