Reverso escrita por Camila J Pereira


Capítulo 14
Capítulo 14




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Bella saiu logo cedo, antes mesmo de Edward e Aro descerem. Jared estava certíssimo, ela tinha que tomar as rédeas da vida dela. Nem o seu pai e nem o seu namorado deveriam decidir o que ela deveria fazer ou até mesmo saber.

Se tratava de sua vida, ela tinha todo o direito de saber sobre a briga entre as famílias. Tinha a intuição de que era importante que ela soubesse de tudo. Algo lhe dizia que aquilo afetou a sua vida drasticamente.  Ela não foi para a faculdade, estava num café perto da sede da empresa do pai. Não respondeu as mensagens de Edward e pareceu que ele desistiu.

Quase perto das 10hs ela ligou para a secretária do pai e perguntou sobre ele. Como ela imaginou ele nem estava na empresa, estava tratando de negócios em outro lugar. Ousada, cheia de energia adquirida na noite passada, foi até a empresa. Fingiu esperar pelo pai na sala dele e voltou a abrir o armário onde viu as chaves. Ela pegou todas e testou uma a uma na gaveta trancada do pai.

Nenhuma delas funcionou, Bella soltou impropérios. Começou a tatear por de baixo da mesa, na estante, não sabia bem o que estava fazendo. Resolveu abrir todos os livros e folheá-los, ficou surpresa quando um deles apresentou um compartimento e dentro dele havia uma chave. Sua esperança voltou, ficou eufórica. Correu para a gaveta e a abriu com facilidade.

De repente sentiu que tudo poderia mudar quando realmente puxasse a gaveta e olhasse o que tinha dentro dela. Ao mesmo tempo, ela precisava desesperadamente fazer aquilo. Algo se revelaria, pressentia. Abriu, viu dois álbuns de fotografia. Bella os pegou e os deixou sobre a mesa. Sentou na cadeira e tomou coragem para dar uma olhada no primeiro.

Talvez estivesse prestes a sofrer uma parada cardíaca a qualquer momento. Ela viu uma mulher, de cabelos castanhos um pouco mais claros que os dela, os olhos e os lábios eram muito parecidos com os dela. Aquela mulher naquelas fotos felizes, era sem dúvida a sua mãe. Bella não coseguia parar de virar as páginas e ver a vida daquela mulher estranha sendo contata em fotos. Ela a com seu pai em vários momentos, havia alguns familiares que Bella reconhecia, em outras fotos ela parecia estar com amigos. Viu fotos dela grávida e com ela mesma ainda pequena. Abiu avidamente o outro álbum, eram fotos de casamento. Edward estava em algumas fotos com os seus pais. Parecia uma família feliz. Ela só viu que estava chorando quando as lágrimas molharam o álbum.

Bella repassou todas as fotos novamente. Não conseguia se lembrar, nem da sua mãe e nem daqueles momentos que viveu com ela. Aqueles momentos existiram, estavam documentados ali diante dela, mesmo assim, era como se não fosse ela. Aquela criança comemorando os aniversários com os pais, era outra criança. Sua cabeça doía tanto, mas não conseguia parar de chorar.

Seu pai tinha juntado todas as fotos de sua mãe e reunido naqueles álbuns. E insistia em dizer para ela que sua mãe não gostava de fotos e por isso não tinha nenhuma. Aquela dor em sua cabeça não permitia que pensasse direito. Estava tonta, estava muito tonta... Porque não respirava direito?

— Bella? – Edward havia ido até o escritório do tio ao saber que sua namorada estava lá e o que presenciou o preocupou. Bella estava pálida e parecia não tê-lo ouvido. – Bella? – Edward a sacudiu um pouco agachado ao seu lado. Ele virou a cadeira para que ela ficasse de frente para ele. Edward viu as fotos da mãe de Bella sobre a mesa e ficou alarmado. – Bella, fale comigo! – Edward a segurou pelo rosto fazendo-a olhara para ele. – Fale comigo. – Bella forçou-se a respirar corretamente. Retirou a mão de Edward de seu rosto com dificuldade. – O que esta está tentando fazer? Porque fez isso?

— Sue tinha dito que eu era muito parecida com ela. Eu sou muito parecida com ela. – Bella parecia tonta e ao tentar levantar vacilou. Edward a ajudou e manteve-a de pé. – Todas essas fotos e ele me disse que não havia nenhuma! Vocês são dois são mentirosos! – Bella o empurrou. – Sabe o que isso significa, Edward? Que vamos dar um tempo! – Bella quis correr para longe dele, mas Edward não deixou. A segurou firme e a abraçou.

— Acalme-se primeiro.

— Solte-me. – Edward olhou para ela, ele parecia em pânico.

—Não saia assim. Fique comigo e levarei você para casa. É claro que você está abalada...

— Como poderia estar diferente quando o meu namorado e meu pai me enganaram a vida toda? – Bella estava transtornada, mas Edward não lhe respondeu. Ele mesmo parecia um pouco fora de si. - Eu quero que fique longe de mim! – Bella se afastou novamente. – Não venha atrás de mim. Eu preciso ficar bem distante das mentiras dessa família. Não ouse me seguir mesmo para ficar distante me observando, eu te proíbo de invadir a minha vida assim.

— Bella, eu não posso deixar que vá.

— Você não pode? – Ela falou com desdém, mas com o coração cheio de tristeza. Pegou a sua bolsa e saiu ainda enxugando as lágrimas.

Dentro do taxi, ela tentou se tranquilizar. Não entendia os motivos do seu pai esconder as fotos de suas mãe. A tontura e dor não passavam, ela achou que talvez a dor tenha até aumentado. Tateou dentro da bolsa e tomou um comprimido.

— Ainda não me falou para onde ir. – O taxista resolveu dizer depois de um tempo. Ela tinha entrado no carro e apenas pedido para ele dirigir. Bella de repente soube exatamente onde ir. Queria fazer a ligação de tudo aquilo, pois desde o primeiro momento pressentiu que aqueles pontos se ligavam em determinado momento. Deu o endereço do trabalho do Jared.

 - Céus! Eu disse que devolveria aquelas roupas caras. – Jared foi pego de surpresa com Bella diante da recepção da escola de línguas onde trabalhava. – Não pensei que pudesse agir como um agiota.

— E eu disse para você fazer o que quiser com elas.

— Onde eu as usaria, a não ser naquele tipo de evento de ontem?

— Na competição de piano. – Jared sorriu, não tinha pensado naquilo ainda. – Amigas ricas não servem apenas para leva-lo para comer.

— Eu posso me acostumar mal. – Bella apoiou-se no balcão de recepção. Não estava nada bem mesmo fingindo que não sentia nada. – O que você tem? Parece doente.

— Acho que estou ficando. Tenho crises de enxaqueca e parece que estou entrando em uma.

— Não deveria ir para casa? Quer que eu vá com você? – Perguntou atencioso.

— Quero conversar com você. Seriamente. – Jared assentiu e a levou para uma das salas vagas no momento. Pegou uma água bem gelada para os dois. Bella a tomou em grandes goles.

— Você aguenta mesmo?

— Já tomei um remédio, logo fará efeito.

— Na verdade, parece que você vai desmaiar. – Bella riu nervosa, sentia-se assim mesmo, mas tinha que ir até o final agora.

— Jared, quero que me conte tudo o que sabe sobre a rivalidade em nossas famílias.

— Porque quer saber? Nossa amizade pode ser afetada com essa conversa. Podemos apenas deixar como está.

— Não. Preciso saber. – Insistiu.

Como ele não queria mentir para ela, apenas decidiu fazer o que ela queria. Jared tomou de sua água. Sua garganta continuou muito seca, mas ele deu prosseguimento ao seu relato.

— Edward era meu amigo, eu o levei para a minha casa várias vezes. Percebi que ele ficou muito curioso sobre a minha família no ano em que aconteceu todo o desastre. E ele ficou um tanto cruel quando antes não era. – Jared olhou para Bella e olhar atento dela fez com que continuasse. – Brigamos e com o calor da briga ele soltou que eu iria sofrer assim como toda a minha família. Eu perguntei do que ele estava falando e ele disse que colocaria o meu pai na cadeia. Meu pai e meu padrinho eram acionistas da empresa que seu pai é majoritário e eles antes podiam ser vistos juntos com facilidade.

— Seu pai e o meu pai estavam envolvidos em negócios...

— Logo em seguida, meu pai foi preso com meu padrinho. A nossa família faliu depois disso. Ninguém queria continuar a fazer negócios com pessoas acusadas.

— Quais as acusações? – Bella perguntou. Jared pareceu relutante, de uma vez tomou o resto da água.

— Meu pai, foi acusado de ser o mandante do sequestro... Do sequestro das mães de vocês dois e...

— E...? – Bella quase não estava mais suportando a dor. Parecia que uma grande esfera de fogo estava crescendo dentro da sua cabeça.

— E seu. Parece que a mãe do Edward estava lá por azar. O foco, era mãe e filha. – Ele disse desgostoso.

— Seu pai mandou sequestrar...

— Ele é inocente. – Jared a cortou.

— Jared, isso é tudo? – Bella sabia que não poderia ser tudo.

— Algo deu errado. – A verdade era que nem precisava ouvir. – Eu não sei bem o que foi, mas... Elas foram mortas naquele dia. Meu pai, não poderia, ele não poderia... – Jared estava como que pedindo desculpas a ela. Não entendia de onde veio a força para mais uma pergunta.

— E o pai do Edward?

— Eu não sei... Edward nunca falou sobre ele, mas acho que morreu também envolvido nisso. – Pareciam muitas mortes, todas da mesma família, pelo mesmo motivo.

— Porque seu pai faria isso como a minha mãe, com os pais do Edward? Ainda não está claro para mim.

— Bella ele não fez... – Ela se levantou. Queria acreditar no amigo, mas talvez o pai dele estivesse mentindo.

— Você acabou de me dizer que eu provavelmente assisti as mortes das duas. Se isso for verdade, se eu tinha 5 anos na época, deve ser o motivo de ter perdido a memória.

— Você perdeu a memória?

— Eu não me lembro de nada do que me aconteceu antes dos meus 5 anos. Eu não me lembro da minha mãe. – Jared passou as mãos no rosto angustiado. - A experiência deve ter sido brutal para mim. E deve ser por isso que o meu pai escondeu durante todos esses anos as fotos da minha mãe e é por isso que eles não falam sobre ela. Mesmo Edward com o próprio sofrimento dele, ele não fala... Ele provavelmente nunca desabafou.

— Eu entendo isso, mas porque você não senta. Trarei um pouco mais de água para você. – Jared notou a extrema palidez dela. Bella falava com a voz arrastada, estava visivelmente fraca.

— Mesmo você me contando que fui sequestrada com elas... Porque ainda não me lembro, porque parece se tratar de outra pessoa?

— Bella! – Bella sentiu que suas pernas fraquejavam e apagou.

***

Bella sentiu que estava prestes a acordar, não abriu os olhos.  Estava relutante, sabia que quando acordasse teria que lidar com o que sabia. Continuou com os olhos fechados, percebeu que estava em um hospital. Havia aquela luz e o cheiro. Mas também havia outro cheiro no ar, era o perfume de Edward. Ele estava ali com ela e foi mais um motivo para permanecer quieta. Ouviu outra pessoa se aproximar.

— Como ela está?

— Bem, está dormindo agora.

Aro tocou levemente em uma das mãos da filha, em seguida em sua testa.

— Conte o que sabe. – Pediu.

— Ela desmaiou, mas quando chegou aqui estava consciente. Sentia muitas dores e vertigem, além de aparentar confusão. A medicaram e por isso está dormindo. – Era o relatório do seu namorado para o seu pai.

— Faz tempo que ela não tem essas crises fortes, antes só acontecia se forçássemos que ela... – Seu pai desistiu de verbalizar o que pensava, mas isso não a impediu de entender. Aro suspirou alto. - Avisaram que ela esteve esperando por mim.

— Sim, é verdade. Logo em seguida ela saiu. – Ele omitiu a parte em que ela fuçou nas coisas do pai e descobriu as fotos da sua mãe.

— Deveria estar em aula. Porque ela iria me ver e depois para onde foi, quem a trouxe?

— Acredito que ela estava na faculdade. Alice quem me ligou. – Era a verdade, mas quem tinha levado Bella foi Jared.

Jared a pegou antes que ela caísse. Chamou a ambulância e avisou a Alice. Eles chegaram no hospital quase ao mesmo tempo. Alice optou  contatar Edward e não a Aro, a verdade era que ela tinha um pouco de medo do pai de Bella.

Quando Edward chegou, procurou saber tudo dos médicos que a atenderam. Mais tranquilo, mas não aliviado voltou-se para Jared e o confrontou. Jared lhe contou que conversaram sobre os assassinatos que aconteceram.

— Isso é culpa sua. Você não entende o quanto esse assunto a afeta! Se ela não acordar ela mesma... Jared Cameron eu sou capaz de acabar de vez com a sua vida! — Alice teve que intervir, porque os dois estavam prestes a entrarem pras vias de fato.

— Ela vai acordar bem. – Aro respondia a uma pergunta muda de Edward. O celular dele tocou e ele saiu para atender.

— Bella. – Edward continuou em sussurros para ela. – A sua mente não é tão frágil como era quando tinha 5 anos. Você agora é forte, tem que acordar bem.

Ela abriu os olhos para Edward. Ele estava sentado bem próximo a cama. Edward estava abatido, olhos vermelhos e rosto pálido. Edward ficou em expectativa sob o olhar sonolento, mas curioso de Bella. Ela queria muito entendê-lo, ora aos seus olhos Edward parecia não se importar com nada e nem ter limites em suas ações. Ora, ela o viu como um homem capaz de menosprezar seus próprios interesses e sentimentos por sua família, por ela.

Edward continuou esperando, sua respiração suspensa. Bella estaria bem depois do desmaio? Seria como daquela vez terrível? Não, não seria justo com eles. Não naquele momento... Mas se o pior acontecesse, seria novamente culpa dos Cameron.

— Leve-me para casa. – Então ele respirou com o pedido dela. Edward conseguiu sorrir, os lábios trêmulos. Sufocou as lágrimas de alívio, não poderia ser fraco naquele momento e nunca com ela.

— Você está bem?

— Sim. Quero ir para casa agora. – Ela precisa pensar e talvez chorar em sua casa.

— Levarei você para casa meu bem. Espere um pouco e pedirei ao médico para vir e lhe dar alta. – Edward lhe beijou a testa e rapidamente foi em busca do médico responsável por Bella.

Ela sentou, constatou que estava ainda um pouco zonza, mas a dor não a perturbava. Agora ela poderia repassar tudo o que tinha descoberto. Algo importante faltava, Jared acreditava mesmo na inocência do pai. Porque então Aro e Edward o acusariam e deixariam os verdadeiros culpados livres se era algo que os ofendia ao extremo.

— Ah, você acordou. – Seu pai entrou no quarto. – Sente-se melhor? – Ele sorria aliviado. Bella aceitou o seu abraço e o seu beijo.

— Estou bem, não se preocupe. – Mas o que queria mesmo dizer era: “Porque mentiu pra mim todo esse tempo?”

— A quanto tempo não faz um check up? Você desleixou e eu achei que estava tudo bem.

— O remédio me deixava bem, mas dessa vez não adiantou.

— Foi apenas um susto. – Aro acariciou seus cabelos com carinho. Seria aquele o momento ideal para que ela despejasse sobre ele tudo o que sabia?

Edward não demorou a voltar com o médico que trazia também o resultados dos exames. Tinha sido apenas uma forte crise de enxaqueca. O médico lhe explicou sobre uma melhor alimentação para quem sofre desse mal, nada que ela não soubesse, mas ignorava e lhe receitou um remédio para que tomasse até ela voltar para o neuro que a acompanhava e fazer um tratamento mais intenso. Ela concordou com tudo somente para sair logo dali.

— Quer comer algo? – Aro perguntou para a filha já acomodada na sua cama.

— Não. Vou descansar um pouco mais.

— Logo o Paul voltará com o remédio. – Ele tinha pedido ao motorista para ir comprá-lo quando os deixou em casa. – Descanse. – Aro saiu e a deixou com Edward que se recusava a ir também.

— Bella. – Ele estava de pé diante da cama, Bella olhou em sua direção. Edward parecia não saber bem o que fazer.

— Você parece cansado. Eu estou bem, descanse um pouco.

— Posso ficar aqui com você? – Não foi apenas um pedido, foi um pedido doce e cheio de humildade.

— Sim. – Ela não tinha certeza se fez bem, mas também sentia falta de tê-lo perto.

Edward tirou os sapatos, desabotoou um pouco a blusa azul que vestia. Bella travou o maxilar com aquela cena. De repente não parecia tão humilde aquele homem, tinha virado um deus. Ele suspendeu o lençol em que Bella estava coberta e acomodou-se ao seu lado.

— Obrigado. – Agradeceu e virou-se para ela. Ele apoiou um dos cotovelos na cama para olhá-la de cima. – Você está mesmo bem agora?

— Sim.

— Bella, eu posso voltar a me comunicar com você? – Bella ficou em silêncio. Edward havia voltado no tempo em que era um garotinho? – Posso voltar a mandar mensagem, você vai me responder? – Bella fez que sim com a cabeça. – Posso voltar a te ligar? Vai me atender? – Ela fez que sim. – Posso te levar e te buscar nos lugares? Posso ir te ver? – Bella fez que sim e ele abriu um grande sorriso. – Estamos namorando ainda? – Ele a beijou nos lábios, um doce selinho.

— Preciso que faça algo por mim, assim teremos um relacionamento mais sólido. – Ele esperou que ela dissesse. – Agora que sei da versão do Jared, preciso da sua. Conte o que aconteceu com nossas famílias. – Edward desviou o olhar dela. – Está hesitando.

— Entendi que é importante para você e eu sei que tem o direito de saber.

— E porque está hesitando? – Bella já tinha perdido a esperança do seu namoro. Edward voltou a olhá-la, parecia determinado naquele momento.

— Prometa, não desmaiará novamente e não acordará sem lembrar de mim. Não se esqueça de mim, não pode fazer isso, Bella. Nunca mais!

— Edward...

— Sabe como eu fiquei quando arranquei do Jared sobre a conversa de vocês? Eu não sabia se você acordaria e me reconheceria.

Bella estava diante de algo improvável e por isso precisou de tempo para reagir. Ela viu as lágrimas do primo descerem pelo seu lindo rosto e ficou atônita. Lentamente tocou com as pontas dos dedos nos caminhos das lágrimas. Edward segurou a sua mão e a beijou.

— Nunca esquecerei de você. – Edward confiou cegamente nela.

— Eu te contarei tudo, meu amor.


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