Reverso escrita por Camila J Pereira


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Não acabou bem o dia para Edward e Bella, novamente eles se desentenderam.
Ainda por conta do comportamento um pouco sombrio e controlador do Edward.
Ele precisará se esforçar um pouco mais.



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Ela estava sonolenta por conta do analgésico. Seu exercício tinha sido um fracasso. Queria tentar acessar a sua primeira lembrança. Se pelo menos ela conseguisse ir o mais longe, provavelmente lembraria da sua mãe. Volta e meia retornava para o rosto assustado do Edward quando criança. Estava agarrada a ele como ele mesmo tinha dito anteriormente. Talvez aquela fosse mesmo a sua lembrança mais antiga.

Ainda sentia um pouco de dor, mas o sono lhe invadia. Ouviu batidas leves na porta, alguém esperava a sua resposta. Não tinha vontade de responder. Edward Cullen era capaz de tudo mesmo se tratando de mantê-la segura e confortável? Ele não entendia que passava dos limites?

Seu pai e seu namorado, ambos não respeitavam seus interesses. Estavam sempre querendo agir e decidir por ela. Se ela tivesse que passar por decepções e traumas para se sentir viva, então ela ainda escolheria sentir um pouco de dor. Não é natural? No entanto, tudo o que sentia era uma enorme frustração por sua vida. Por tudo o que não viveu. Outra batida, tentaram girar a maçaneta e ouviu mais batidas.  

— Bella. – Era a voz de Edward. Bella fechou os olhos com força sob os lençóis. Não queria vacilar, mas se fosse realmente verdadeira consigo mesma, queria estar em seus braços como na sua primeira lembrança quando criança. – Bella, por favor, não fique brava. Eu sinto muito... – Talvez fosse a hora dela também ser exigente com as desculpas que recebia dele. – Não quero que fique longe de mim. – Edward ficou em silêncio, mas ela conseguia sentir sua presença. – Venha jantar, por favor. – Edward estava pedindo por favor novamente o que era tão raro. – Bella. – Ele desistiu e Bella caiu no sono.

Assim que amanheceu ela acordou, vestiu-se e saiu. Ficou lendo do lado de fora do prédio em que estudava. Sua mente estava dispersa, sempre precisava reler alguns trechos. A conversa com Edward ontem a deixou bastante abalada. “Há sempre alguém disposto a fazer certos tipos de serviços...” Edward havia dito no dia anterior. Que tipo de coisas ele pedia para fazerem? “Eu te livrei de muito problema. A sua vida foi tranquila por isso.” Realmente achava que estava lhe ajudando, os limites de Edward não estavam claros. “Eu sempre amei muito você, não queria que se machucasse, muito menos seu coração...jamais seu coração.” “ Você sofreu e eu prometi para mim mesmo que não permitiria que seu coração fosse ferido novamente.”

O que ela deveria fazer? Aceitar que ele fez tudo aquilo pensando no bem dela e com isso também aceitar as suas desculpas? Seu medo era facilitar e dar brecha para que ele voltasse a agir daquela forma. Talvez fosse mais sensato terminar aquele namoro, seria mais fácil naquele momento, eles não tinham vivido quase nada como casal ainda.  

Com o celular nas mãos resolveu distrair-se nas redes sociais. Então se viu curiosa a ver as postagens de fofocas. Mais uma vez estava lá a sua foto, foi tirada no momento em que ergueu a mão para bater em Amber e Jacob a segurou. O que tinha escrito, claro, vitimizava a cretina e deixava explicito a falta de controle de Bella, como se ela fosse além de uma garota sem vergonha, violenta. Aquilo a deixou ainda mais triste, por um momento quis sumir, mas respirou fundo e quando voltou a olhar a pagina tinha dado erro.

Bella a atualizou e quando voltou a acessá-la, tudo sobre ela tinha sumido. Novos postagens tinham sido feitas uma atrás da outra. Todas elas sobre a própria Amber e nenhuma era algo bom para a sua imagem. Havia até uma postagem falando sobre como ela gostava de se aproximar das alunas de família mais ricas e conceituadas para se dar bem. Tinha fotos de todos os caras que ela já tinha saído, todos ricos a maioria com namoradas, as mesmas garotas que ela bajulava. Havia fotos dela na mesma festa ficando com dois desses garotos.

Bella leu rapidamente a postagem que falava sobre o caderno da Amber, onde ela coletava informações dos seus alvos, havia até nomes de professores. Eram anotações maliciosas e cheias de um ódio infundado.

Aparentemente Amber mentiu até mesmo sobre a sua filiação. Seus pais não eram donos de nenhum pequeno restaurante como ela falava. O seu pai era um funcionário de um restaurante, enquanto a sua mãe era uma dona de casa que fazia bicos com costura. Parecia que as profissões de seus pais era motivo de vergonha para ela. Bella teve certeza, tudo aquilo foi orquestrado por Edward Cullen. E novamente ele a usaria como desculpa para aquilo.

Sentia que Amber merecia uma lição, mas Edward não poupou nem os pais dela. Poupar não fazia parte do seu modo de agir. Ele apenas focava no meio mais eficaz de acabar com a pessoa. Ele parecia muito com o seu pai. 

Seus amigos chegaram e ficaram com ela e como ela abobalhados com o que viam, os comentários eram mordazes e violentos.  Amber teria muita coragem de ir a faculdade aquele dia. Sem dúvidas as pessoas não a deixariam em paz. A maioria das pessoas que chegavam estavam em grupos cochichando, era sobre a Amber. A Amber era o assunto do dia e dos próximos dias que viriam.

Um carro preto estacionou a alguns metros de distancia. Algumas pessoas que pareciam de um noticiário saíram dele. De onde estava, Bella achou que eles estavam se preparando e esperando algo. Bella já iria pedir para entrar com os amigo quando viu Edward se aproximando deles.

— O que ele esta fazendo aqui com aquelas pessoas? – Alice perguntou ao seu lado. – Bella não faça essa cara. A Amber merecia e o Edward parece o seu vingador.

— Alice, desde quando você é a favor do Edward? – Ela deu de ombros. – Não importa quem ele afete, se for por mim e para mim tudo bem? Eu tenho medo de me acostumar com isso, Alice.

— Ele não fez nada demais. Só expôs a Amber, uma grande vaca. Não há dificuldade nenhuma para mim em escolher um lado.  – Disse com escárnio.

— Os pais dela, Alice... – Seu lamento não teve eco no coração da amiga que ainda achava que Edward agiu bem. Ela mesma daria uns tapas em Amber naquele dia, caso nada daquilo tivesse acontecido.   

Bella, de repente lembrou-se da conversa entre Edward e o seu pai dias atrás. Estaria ali para o tal pronunciamento? Não. Era exagero. Chamativo demais e não fazia o estilo dele. Todos estavam indo na direção do prédio, notou o primo olhando em sua direção. Ele desviou um pouco do seu caminho para ir até ela.

— Bom dia, Alice, Jacob. – Cumprimentou educadamente. – Por favor, venha conosco. – Ele estendeu a mão para ela, pedindo com o por favor novamente. Bella estava prestes a sair de perto do primo, mas ele a segurou pelo pulso e a puxou para perto de si. – Receberei todo o castigo, me deixarei ser punido, depois. Venha conosco. – Disse em seu ouvido. Bella quis ser rebelde e deixá-lo ali, mas aceitou a mão dele que escorregou até a sua. – Acho que já conhecem a Bella. – Os jornalista a cumprimentaram. – Esses são os amigos dela, Alice e Jacob. – Aquele era outro diferencial em sua atitude, estava dando importância as outras pessoas. – Venha também se tiverem livre. – Alice já parecia curiosa.

— Do que se trata? – Bella perguntou baixinho para ele.

— Estou fazendo algumas doações e o diretor achou que seria um ótimo marketing para o campus.

— Posso desistir agora? – Bella não gostava de tais exposições. Ele sorriu e o sorriso dizia que não.

Caminharam sob os olhares de todos, o diretor estava esperando bem na entrada do prédio. Bella só não fugiu porque Alice e Jacob estavam ao seu lado. Passaram por várias alas enquanto o diretor conversava com eles até chegarem a biblioteca que foi o foco das doações de Edward. Bella tinha que admitir que ele foi generoso e então conversando com a jornalista Bella sentiu Edward a segurar pela cintura o que chamou a atenção dela.

— Vocês estão namorando? – Ela tinha sido extremamente direta.

— Sim, estamos namorando.

— Ha boatos recentes de que Isabella teria um relacionamento com outra pessoa.  – Ela foi fina o bastante para não falar toda a verdade.

— Esse boato não passa no mínimo de um mal entendido e no máximo de uma brincadeira, uma brincadeira de mal gosto, mas apenas uma brincadeira que acontece nesses ambientes estudantis.

— Não está nem um pouco incomodado?

— Porque estaria? Sou o único namorado da Bella.

— E você Bella, não se incomodou? – Edward pressionou levemente a sua cintura. Num atino de segundo ela teve certeza de que aquele pequeno espetáculo fazia parte de alguma trama de Edward.

— No inicio sim, mas escolhi gastar meu tempo e energia com os estudos. Não preciso de tanta atenção como a pessoa que escreve esse tipo de coisa parece precisar.

Depois daquilo pareceu estar satisfeita e deu por encerrada a entrevista. Alguns alunos estavam por perto todos muito atentos ao casal. Os jornalistas foram embora e Bella levou Edward de volta para fora do prédio.  Bella notou que Amber estava do lado de fora, rodeada por alunos que estavam divididos em fazer chacota e acusações. O segurança com dificuldade dispersou a maioria deles, Amber olhou para Bella e para Edward, parecia fragilizada e chorosa. Ela correu para Bella desesperada.

— Foi você que fez aquilo? Você postou tudo aquilo sobre mim? – Estava trêmula e pálida.

— Não toque nela. – Edward retirou as mãos da garota que apertavam os braços de Bella.

— Foi sobre você ter dois namorados? Eu não iria postar, mas Carlos me deu as fotos e me encheu dizendo que estava mais que confirmado.

— Carlos? – Bella perguntou lembrando-se do aluno que havia lhe perseguido antes.

— Você não é mesmo nenhuma santinha, como eu sabia. Você fez isso comigo!

— Para uma garota que passa o tempo postando conteúdos maliciosos sobre seus colegas e professores, você parece bem abalada com a sua vida sendo exposta da mesma maneira. Você só está sofrendo a mesma dor que fez muitos sofrerem no último ano. Aguente, como os seus colegas aguentaram. – Bella quase se sentiu mal com o veneno de suas próprias palavras. 

— Você falou sobre os meus pais...

— Garota. – Edward não queria ser delicado e isso estava explicito em sua voz. Bella sentiu-se enlaçada com firmeza pela cintura. – Pare de choramingar. Você quis ser maldosa e agiu como uma garotinha do colegial. Sua punição está sendo proporcional a sua patética forma de agir. Sua punição é bem pequena. Se você tivesse feito algo maior sofreria algo maior. Daqui a alguns meses as pessoas que se lembrarem disso não falarão tanto assim, elas só não confiarão muito em você. Apenas lembre-se de não fazer nada tão estúpido de novo, nem de tocar no nome da minha namorada.

— Foi você. – Amber parecia assustada com a descoberta. Edward sorriu de lado.

— Já falaram algo sobre eu ser o demônio da relação... – Edward rebocou a namorada até o seu carro.

— Você acha engraçado? – Bella se afastou dele indignada. – Você expos a família dela.

— Eu não acho engraçado, nem um pouco. Tanto que agi seriamente. E a família dela, não sofreu mais do que as famílias que ela usou em sua pagina suja.

— Edward você não tem limites!

— Como eu já disse, sofrerei a punição. – Ele desabotoou o paletó e pôs as mãos nos bolsos. Seu rosto estava sério, mas não demonstrava remorso. Nada nele mostrava o mesmo sentimento que sua voz transmitiu através da porta do seu quarto a noite quando lhe pediu por favor.

— Não vai adiantar se você nem sente muito pelo que fez.

— Você gostou de falar com ela para aguentar como você aguentou, você gostou de jogar aquilo na cara dela. – Ele lembrou.

— Por um momento, porque ela estava voltando a ser má. – Ele sorriu malicioso. - Pare de agir na minha vida dessa forma. Não me ligue, não me mande mensagem. Realmente fiquei de saco cheio de você!

— O que? – O rosto difícil de transmitir emoções foi pego de surpresa e parecia confuso. – O que isso significa?

— Eu não sei. Eu só preciso pensar. – Bella o deixou ainda perplexo.

Depois daquilo, ela não conseguiu estudar direito e nem Edward teve um bom desempenho. Contra o seu pedido, ele mandou muitas mensagens durante o dia e quando ligou para ela, Bella não atendeu.

— Você está sendo um pouco ingrata. Se seu namorado faz algo do tipo para defender a sua honra, você agradece e se sente a garota mais sortuda do mundo. – Alice voltou a beber de sua cerveja. – Nossa, Edward Cullen é como um justiceiro. – O ar sonhador de Alice era espantosamente irritante.

— Quando começou a se tornar assim? – Bella questionou curiosa, a sua amiga lhe mostrou a língua.

— Esse é mesmo o point de vocês. – Jared sentou do lado de Bella. – Traz uma pra mim. – Jared pediu ao garçom apontando para a cerveja delas.

— E você ainda não aprendeu a pedir para sentar.

— Não precisamos dessas informalidades. Deixa eu te contar, estou treinando para participar da competição. – A cerveja chegou e ele logo se serviu.

— Eu sabia que não seria idiota de não participar.

— Você deveria estar eufórica, felicíssima por mim. Agindo assim, você parte meu coração. Qual o motivo de sugerir que eu competisse então? Você não é a minha fã?

— Idiota. – Alice soltou.

— Ei, garota! Não seja tão mal educada e petulante comigo. – Jared repreendeu Alice.

— Só você que pode.

— Mas que garotinha... – Ele se segurou para não soltar uma palavra inapropriada. – E você, porque essa expressão? Você é bonita, mas não force muito, vai acabar ficando feia fazendo essa cara. – Cutucou Bella que lhe deu um safanão. – Jesus, vocês estão impossíveis hoje. Brigou com o namorado? Claro que sim, ele é um tremendo de um filho... – Bella olhou feio para Jared e ele parou de falar voltando a beber. – Foi o que aconteceu? – Perguntou novamente. – Ai... Eu te disse, cedo ou tarde ele vai partir seu coração.

— Cala a boca. – Bella olhou de esgueira para ele. – Não sei se brigamos...

— Ah claro, eu entendi bem o tipo de relacionamento de vocês. – Bella ficou curiosa para o que ele diria. Era óbvio que ouviria alguma coisa irritante do Jared, mas arriscou. – Ele é controlador, mandão, manipula a sua vida e você não concorda com ele, mas não briga de verdade pelo que quer.

— Edward diz que eu grito bastante. – Bella se sentiu um pouco ofendida pelo que ouviu de si mesma.

— Pode até gritar, mas não tem realmente força no que você grita. O grito não é apenas barulho, sua voz saindo mais alto do que pode. Tem que ter firmeza, tem que ter decisão, tem que ter presença. E no final, minha cara, você tem que continuar agindo como se ele tivesse ouvindo o seu grito ainda, como se você fosse o grito.

— Nossa, ele é totalmente pirado. – Alice parecia um pouco confusa.

— É o que te falta. Para agir com Edward, para agir com o seu pai, para agir comigo. – Ele piscou. – Você é doce, fofa. Muito esperta, saca as coisas, como sei que esta sacando o que estou lhe dizendo agora. Acho que quando você souber gritar, terei que pôr uma coleira e ser seu cachorrinho.

— Pervertido. – Alice cantarolou do outro lado da mesa.

— Você nunca fez tanto sentido. Vamos? – Bella levantou e os dois ficaram olhando para ela em expectativa. – Vamos?

— Para onde? – Alice perguntou.

— Para a exposição que meu pai me proibiu de ir. Vou levar alguns dos meus quadros. Implorar para aceitarem como contribuição.

— Oh meu... – Sua amiga balbuciou.

— Eu topo. – Jared levantou.

Os três voltaram para pegar os quadros de Bella na faculdade. Eles levaram 5 deles no carro de Alice. Bella parou em uma loja e comprou roupas mais formais para os três.

— Mas nem morto visto isso. - Jared não queria vestir nada que Bella lhe dava, até que ela escolheu algumas peças e com ajuda de Alice o enfiou no provador.

— Uau! Você fica mesmo muito bem vestido assim.

— Tenho que concordar. – Disse Alice maravilhada.

— Agora vou tirar. – Jared parecia pela primeira vez sem jeito.

— Já está pago então ou você continua vestindo ou pode dar para alguém ou jogar no lixo. De qualquer forma, não poderá entrar conosco sem estar vestido assim. – Bella saiu apressada com a amiga para que Jared não tivesse tempo de trocar de roupa.

— Ei! – Ele gritou para elas.

Alice os levou até o espaço de eventos onde estava acontecendo a exposição. Bella sentiu que hiperventilava e tentou equilibrar a sua respiração inspirando longamente e expirando.

— Qual é, a ideia foi sua. – Jared tentava demovê-la do lugar. Bella estava parada do lado de fora muito nervosa para entrar.

— Você que me deu a ideia de gritar! – Ela realmente gritou.

— Vamos, ou não teremos mais o que fazer aqui, Bella. – Alice a segurou pela mão e andou com ela até o salão principal. Jared estava o tempo todo ao lado de Bella.

— Ele está ali. – Bella viu o seu professor e caminhou até ele. – Olá, professor.

— Olá, Bella. Pensei que não te veria aqui. – Ele olhou para ela intrigado. A pessoa que estava ao seu lado se afastou dando privacidade aos dois. Seus amigos estavam de longe apoiando-a também.

— Professor, trouxe alguns dos meus trabalhos. Acredito que se quiser, terá um lugar para eles. Essa é uma chance ímpar, quero que vejam o que fiz. Pode ser num cantinho, vejo que ainda estão organizando...

— Bella, foi-me dito que seus trabalhos não poderiam ser expostos. Retiraram o seu nome...

— O trabalho de Isabella Volturi, mas nunca assinei com esse nome e ninguém a não ser o senhor sabe o meu pseudonome. – Sentiu que ele hesitou. – Por favor, disse que eu tinha potencial para mostrar meu trabalho aqui. De qualquer forma é uma exposição de amadores, não terá tanto alarde e meu...

— Tudo bem. – Bella parou para ouvi-lo melhor. – Traga os quadros e eu pedirei para adicionarem como um favor. Eu faço tanto para este meio que não poderiam me negar isso. – Bella quase saltitou. – Mas não revele que foi você, não agora. Há outras pessoas envolvidas que podem se dar mal.

— Tudo bem, eu prometo.

Bella voltou quase flutuando para juntos dos amigos. Quando deu a noticia, Alice quase a estrangula com um abraço. Jared correu para o carro para pegar os quadros. Fazia tempo que ele não ficava feliz com a felicidade de alguém. Parecia que era ele que estava realizando algo grande naquele dia.

Sorridentes, permaneceram no evento. Bella teve a oportunidade de conversar com outros pintores em inicio de carreira. Seu professor lhe apresentou também a pessoas que estavam trabalhando nesse meio. No final, ficou bastante feliz quando dois de seus quadros foram vendidos, não com o nome de Bella, mas sim, Renée. Esse era o nome da sua mãe.

— Obrigada, Jared! – Ela o abraçou forte e ele ficou comovido.

Jared ficou de dirigir, levaria Bella primeiro, depois deixaria Alice em casa que estava um pouco alta e então pegaria um taxi. Até Alice achou que ele estava sendo muito cavalheiro naquele dia. Arriscando até mesmo ser visto por Edward ou Aro, mas não foi o caso, nenhum dos dois estava do lado de fora dos portões ou pareciam estar nas janelas.

— Vão com cuidado para casa. – Bella se despediu dos amigos e entrou nos portões da sua casa.

Imediatamente viu que Edward estava diante da porta esperando por ela. As mãos nos bolsos, a postura ereta, olhava diretamente para ela. Bella não se deixou intimidar, aquele olhar de reprovação não a afetaria. Ele que deveria receber aquele tipo de olhar. Bella notou que ele observou o seu vestido de festa com atenção. Suas outras roupas estavam na bolsa, amassadas desleixadamente.

— Bella. – Ele falou quando o alcançou nos degraus. Fingiu que não ouviu e entrou. Bella atravessou a sala em poucos segundos. – Bella. – Ele repetiu ao pé da escada novamente. A seguiu sem receber qualquer tipo de resposta. Bella abriu a porta do quarto e quando entrou e girou para fechar a porta, viu o olhar triste de Edward. – Bella, por favor. – Bella fechou a porta e trancou.


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