Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ^-^



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O jantar com a Chloé em casa de Adrien foi cancelado, quando o motorista/guarda-costas de Adrien telefonou a Nathalie para dizer o que tinha acontecido.

Marinette tinha sido levada para o hospital, ainda inconsciente, numa ambulância, com Adrien ao seu lado, apesar do guarda-costas ter insistido em levá-lo de carro.

Depois de chegarem ao hospital, telefonaram para os pais de Marinette, que chegaram em menos de quinze minutos. A filha já estava acordada nessa altura por isso, ela mesma inventou a desculpa que tinha sido atingida por causa do homem que tinha causado confusão, à tarde. Apesar de não se lembrar de mais nada depois de libertar a borboleta, Marinette não lhes podia contar a verdade.

Depois de engessar a perna de Marinette, o doutor disse-lhe que ela já devia ter ido ali antes e que, provavelmente, tinha desmaiado muito antes de ser atingida, graças à febre que tinha. Teria de passar a noite no hospital para ficarem de olho nela, por causa da pancada que tinha levado na cabeça mas, depois de fazerem mais exames, não tinham encontrado mais nada que precisasse de ser tratado. O que surpreendia Adrien. Quer dizer, ela tinha caído de um edifício e aterrado em cima de um carro…

Quanto ao gesso, só o poderia tirar dali a duas semanas. O médico acrescentou que ela devia estar muito contente por não ficar com uma lesão permanente no joelho.

Depois de a abraçarem e chorarem um bocado, os pais de Marinette repreenderam-na por não ter tido mais cuidado e por não lhes dizer nada sobre o joelho. Agradeceram a Adrien por ele a ter ajudado e ter estado ao lado da filha até àquele momento, mas que já podia ir para casa.

Segundo os pais dela, ela iria direta para casa no dia seguinte, por isso lamentaram por ela não poder acabar o trabalho com ele.

— Não faz mal. – disse Adrien, sorrindo – Se ela não estiver muito cansada, talvez possa passar por vossa casa para terminarmos juntos.

— És sempre bem-vindo. – disse a mãe.

— Eu telefono primeiro. – disse Adrien, agitando a mão em direção de Marinette, para se despedir.

Quando chegou a casa, as luzes já estavam todas apagadas, por isso Adrien dirigiu-se diretamente para o quarto.

— O fato protegeu-a. – disse Plagg, saindo do bolso de Adrien.

— O quê?

— Aposto que te estavas a perguntar como é que a Ladybug só ficou com algumas pisaduras. – explicou Plagg – Foi o fato.

— Então…

— Sim, é por isso que a Tikki estava tão cansada. – interrompeu Plagg.

— Quem é…

— É o nome do kwami da Ladybug.

— Podes parar de me interromper!? – perguntou Adrien – Se eu tivesse ficado com ela até ela purificar o akuma, isto não tinha acontecido.

— Era impossível. – disse Plagg, seguindo Adrien até à cama – Estavas prestes a transformar-te.

— Mesmo assim… - murmurou Adrien, tapando os olhos com um braço.

— Ela mentiu-te. Não estás chateado com isso? – perguntou Plagg, sentando-se ao lado da cabeça dela – Afinal, são parceiros. E ela ficou chateada quando a salvaste.

— Não estou chateado, Plagg. – disse Adrien, tentando enxotar o kwami – Eu já tinha visto as ligaduras no joelho dela na noite da gala. Devia ter perguntado se ela estava bem.

— Então a culpa é toda tua? – perguntou Plagg – Mas como é que vais derrotar os inimigos que o Hawk Moth criar? Só a Ladybug é que consegue purificar os akumas e aposto que ela não vai poder lutar durante algum tempo.

Adrien olhou para Plagg de lado. – Nós temos Paris do nosso lado.

No segundo em que o médico lhe disse que podia ir para casa e deu-lhe duas moletas, Marinette voltou o mais depressa que pôde para casa, com os pais. Depois de garantir aos pais que não precisava de nada, subiu para o seu quarto, sentou-se na cama e telefonou a Alya para avisar que não podia ir à escola durante alguns dias até se habituar às moletas e explicou-lhe o que se tinha passado.

Tal como previra, Alya disse que ia ter a casa dela dentro de uma hora. Uma hora dava-lhe tempo para perguntar a Tikki o que é que tinha acontecido depois de purificar o akuma e, apesar de também estar em mau estado, Tikki explicou que um fã dela tinha visto o brinco a piscar, por isso tinha ido em seu socorro, mas que não tinha visto a sua verdadeira identidade. Um pouco depois de se transformar, Adrien tinha chegado, por isso ele também não sabia que ela era a Ladybug.

Marinette estava confusa com aquela explicação, mas resolveu deixar Tikki descansar.

Cerca de vinte minutos depois, alguém bateu à porta do seu quarto, mas não foi Alya que entrou.

— Adrien?

— Os teus pais disseram que eu podia vir. – disse Adrien, mostrando-lhe a caixa que trazia nos braços – Trouxe o projeto para acabarmos juntos.

E agora apetecia-lhe chorar, pensou Marinette. Tinha dado tanto trabalho a Adrien e ele ainda se dava ao trabalho de ir até à casa dela para acabarem o projeto juntos.

Ela sorriu e, apesar de estar constrangida, convidou Adrien a sentar-se na sua cama, à sua frente, para continuarem a trabalhar. A verdade é que tinha uma secretária completamente funcional que podia usar. Mas era desajeitada com as muletas, e não queria mostrar a Adrien como é que andava. Preferia que estivessem sentados na cama. Convenceu-se que era menos constrangedor do que parecia, uma vez que era para trabalhar e tinham um tabuleiro com frascos e pedras entre eles, mas a expressão de Adrien não ajudava.

— Estás melhor? – perguntou Adrien, tentando olhar para ela normalmente – Vais conseguir voltar para a escola?

Marinette abanou a cabeça, enquanto despejavam o liquido azul sobre os líquidos com que tinham trabalhado no dia anterior. – Vou passar um par de dias em casa até habituar-me às muletas.

— Oh. – foi a única coisa que Adrien disse, antes de voltar a concentrar-se no projeto.

— Está a solidificar! – exclamou Marinette, depois de cinco minutos de silêncio. Estava completamente estupefacta.

Quando um sorriso inocente apareceu na cara dela, ele sorriu inconscientemente. Ela pegou na pedra azul-transparente com cuidado e olhou para Adrien através dela. No entanto, quando ela, quando ela se vergou para estar mais perto, o sorriso desapareceu. Ela estava demasiado entusiasmada para notar o quão perto eles estavam.

— Olha, Adrien! – exclamou Marinette, pegando na mão dele para pousar a pedra – Não é bonita?

— É…linda… - disse Adrien, enquanto olhava para Marinette.

— Oh…estou a interromper?

— Huh? – Marinette levantou a cabeça para olhar para Alya e viu-se a centímetros da cara de Adrien, fazendo-a corar intensamente. Deixou a pedra na mão de Adrien, que agora também corava e afastou-se imediatamente – N-não! Quer dizer, sim! Quer dizer, não! Nós só estávamos a acabar o projeto!

— Só para que saibas, eu bati várias vezes antes de entrar. – quando Alya olhou para Adrien, ele desviou a cara – Estás bem, Marinette?

— Sim! – exclamou ela, agora extremamente nervosa. Pegou nas muletas e levantou-se com cuidado numa tentativa de se afastar mais de Adrien – Magoei o joelho. Mas não é nada grave.

— Nada grave? – Alya aproximou-se de Marinette, enquanto Adrien começava a arrumar as coisas – Tu foste parar ao hospital, miúda!

— Não te preocupes, Alya. – pediu Marinette – Em duas semanas, vou estar como nova.

Alya abraçou-a e suspirou. – Não me assustes assim, outra vez.

— Desculpa. – murmurou Marinette.

— Bem, eu vou indo. – disse Alya, afastando-se com um pequeno sorriso – Está quase na hora do almoço.

— Eu também…

— A Senhora Cheng gostava que ficasses para almoçar. – interrompeu Alya, referindo-se a Adrien.

— O quê!? – disseram Marinette e Adrien ao mesmo tempo.

— Bem, vemo-nos na escola, Adrien. – disse Alya – Eu volto amanhã, Marinette.

Ficaram os dois a olhar para Alya, enquanto ela saía e depois Marinette olhou para Adrien com um sorriso forçado.

— Acho que devemos descer, então. – disse Adrien, levantando-se da cama imediatamente.

— S-s-s-im. – gaguejou Marinette, deixando que Adrien fosse à frente dela para que não a visse a andar com as muletas.

Marinette queixou-se aos pais, já que os quatro, mal cabiam na mesa e os cotovelos batiam ocasionalmente uns nos outros. Pediu desculpa a Adrien mais do que uma vez, mas este não podia estar mais contente.

Adrien conversou com os pais de Marinette confortavelmente e até combinou jogar com o pai dela depois do almoço. Marinette foi arrastada quando o pai disse que a filha estava a derrota-lo e Adrien adicionou que agora tinha confiança que a podia derrotar, já que tinha tinham-lhe dado um amuleto especial.

E assim, depois de ajudar a mãe de Marinette a lavar os pratos, Adrien juntou-se a Marinette e ao pai dela, para começarem a competição.

Tal como previra, depois de começar a jogar, os nervos de Marinette desapareceram. E, tal como o pai dela tinha previsto, a filha tinha-o derrotado na primeira batalha, deixando Adrien sozinho.

Enquanto os dois jogavam e discutiam, o pai afastou-se com cuidado e foi ter com a esposa.

— Achas que a Marinette gosta daquele rapaz? – perguntou ele, vendo a mulher a rir – O que é que foi?

— A nossa querida filha tem as paredes cheias de cartazes onde aquele rapaz aparece. – respondeu ela, olhando para o marido – É claro que agora estão escondidos.

— E achas que ele também gosta dela? – perguntou ele, olhando para Adrien que acabara de dar um pequeno empurrão à filha e agora ria-se enquanto Marinette olhava para ele, chateada, a insinuar que aquilo era batota.

— Acho que devias habituar-te a vê-lo por cá. – foi a resposta que ela lhe deu, rindo-se um bocado quando ouviu Adrien a pedir para jogar outra vez para compensar.

No fim, a batota e (segundo Adrien) o amuleto, valeram-lhe a rara vitória contra Marinette e as bolachas que a mãe trouxe para o lanche acabadas de fazer, impediram Marinette de o obrigar a jogar outra vez.

Marinette ia a queixar-se sobre a vitória injusta atrás de Adrien, enquanto este se ria. Quando chegou às bolachas, pegou numa, virou-a e meteu-a na boca de Marinette, vendo-a a franzir as sobrancelhas.

Quando acabou de comer, ela disse que estava contente por não ter ido com ele ao torneio de jogos da escola, já que ele era batoteiro. Ele olhou para ela, claramente a desfrutar da situação.

— Mentirosa. – disse ele, com um sorriso na cara. E viu-a a amuar, outra coisa que nunca a tinha visto fazer antes.

Depois de lancharem, Adrien pediu para Marinette lhe mostrar algumas das criações, uma vez que queria usar coisas mais originais nas suas próximas sessões fotográficas. Viu os olhos de Marinette brilharem e disse a si mesmo que tinha sido bem-sucedido.

Desta vez, ele ajudou-a a subir até ao seu quarto e sentou-se ao lado dela na secretária, quando ela tirou o caderno de desenhos da sua mala e abriu-o.

— Tens algum deles preparado? – perguntou Adrien, enquanto ela explicava como tinha tido a ideia para cada design.

— Só acessório. – respondeu Marinette – Porquê?

— Podes empresta-los? – perguntou Adrien, vendo-a confusa – Amanhã tenho uma sessão fotográfica depois da escola e gostava de usar alguma coisa nova.

Ela corou e anuiu com a cabeça no exato momento em que o telemóvel de Adrien começou a tocar. Ele pareceu chateado quando olhou para o ecrã.

— Desculpa. – pediu Adrien, levantando-se – Eu prometi que ia jantar a casa.

— Não faz mal. – disse Marinette, levantando-se.

— Vemo-nos na escola, então. – Adrien saiu, despediu-se dos pais dela e entrou no carro, que já estava à espera dele, em frente à pastelaria.

— Já estás atrasado, Adrien. – queixou-se Nathalie, olhando para o edifício de onde ele tinha saído – Como é que podes achar que estar em tua casa é aborrecido e passar aqui o dia é aceitável?

— Não é aceitável, Nathalie. – corrigiu Adrien – É divertido.

— Por favor. – murmurou Nathalie, quando começaram a andar.

Quando foi para a sala-de-janta acompanhado por Nathalie teve de parar à porta. – Chloé?

Chloé estava à sua espera para jantar, sentada na ponta contrária à dele.

— O teu pai convidou-me para jantar. Mas aquilo tudo aconteceu com a Marinette e só pude vir hoje. Quer dizer, só a desastrada da Marinette para adiar uma coisa que o Senhor Agrest planeou com tanto cuidado. – disse Chloé, revirando os olhos – O meu prato estava ao teu lado. Mas a empregada deve ter-se enganado. Eu sei como o Senhor Agrest gosta de ordem.

— Sim. – murmurou Adrien, baixando os olhos para a comida – Ordem e disciplina. Tudo como ele gosta.

Marinette estava deitada na cama a rever o que tinha acontecido e como é que ela tinha conseguido falar tanto e tão normalmente com Adrien. Ele tinha deixado o projeto no quarto dela. Uma vez que era para apresenta-lo no dia seguinte, não sabia o que havia de fazer.

— Knock Knock, princesa.

Marinette olhou para a janela e viu Cat Noir. Subitamente alarmada, ela levantou-se.

— Cat Noir! Há algum problema? – perguntou Marinette, preocupada – O Haw…quer dizer, alguém atacou Paris?

— Não. – ele entrou com cuidado para não fazer barulho – Vim ver como estavas, princesa.

E, se fosse admitir, também tinha ido ter com ela porque estava psicologicamente exausto por estar sozinho com Chloé.

— Como é que soubeste que eu estava assim? – perguntou Marinette, vendo-o sentar-se ao fundo da sua cama confortavelmente.

— Orelhas de gato. – respondeu ele, com um sorriso matreiro – Ouvi dizer que estiveste envolvida num acidente.

— Estás bem informado. – disse ela, cruzando os braços da mesma maneira que fazia quando estava na pele da Ladybug – Mas eu estou bem, por isso podes voltar para casa.

— Vou deixá-la a descansar, princesa. – ele levantou-se, pegou na mão dela e beijou-a – Mas amanhã volto.

Marinette suspirou enquanto o via a sair pela janela.

— Tikki, transforma-me! – exclamou ela mas, mesmo transformada, ficou na cama. Limitou-se a pegar no comunicador e a esperar que ele atendesse – Cat Noir.

— My Lady? – respondeu ele, sorrindo – O que é que faz transformada a esta hora?

— Não é hora para brincadeiras, gatinho. – disse ela – Na última batalha, eu feri-me.

Ele fingiu estar surpreendido. – Estás bem?

— Estou bem. – respondeu ela – Mas não vou poder lutar durante algum tempo. Vais ter de tratar de tudo sozinho. Achas que consegues?

— Não te preocupes comigo, bugaboo. – disse ele – Mas como é que sabias que eu estava transformado a esta hora?

— Os gatos costumam sair sempre à noite. – respondeu ela, fazendo-o rir – Boa sorte, Cat Noir.

— Está descansada, Ladybug. – disse ele, antes de desligar – Afinal, temos Paris do nosso lado.

Ela ficou um bocado confusa, mas decidiu confiar nele.


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Notas finais do capítulo

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