Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 26
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Enjoy^-^



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O dia estava solarengo. Perfeito para aquele tipo de atividade. Alya tinha feito as suas pesquisas meteorológicas em vários lugares e sites, antes daquele dia.

E então, finalmente, quando saíram do autocarro e viram o mar, Alya achou que tinha valido todos os segundos que tinha desperdiçado a garantir que o sol ia mesmo brilhar.

— Já não via o mar desde que me lembro. – confessou Alya, sem conseguir tirar o sorriso na cara.

Ao vê-la a correr em direção à praia, aos saltinhos, secretamente, Marinette e Adrien rezaram para que não aparecesse ninguém Akumatizado nas próximas 48 horas. Primeiro, porque as pessoas akumatizadas costumavam aparecer maioritariamente em Paris, e eles não estavam lá. Segundo, porque não queriam estragar os próximos dois dias para Alya.

Marinette, que não tinha sido avisada de que ia ser uma viajem de dois dias e uma noite, sorriu na mesma, dirigindo-se para a melhor amiga.

— Devíamos ir pôr as nossas coisas no hotel, primeiro. – disse Marinette, mas não foi ouvida.

Alya estava demasiado ocupada a sentir a brisa marítima. Com carinho, Marinette pousou uma mão sobre o ombro de Alya, para a “acordar”.

— Se não formos agora, só vamos ter tempo de vir à praia amanhã. – avisou Marinette, obtendo a atenção de Alya.

Era verdade. Infelizmente, estavam nas férias de Verão e tinham ficado presos no tráfico durante horas. Tinham comido dentro do autocarro, alguns petiscos que Marinette tinha levado, mas a tarde já ia a meio quando chegaram.

Mudando imediatamente de atitude, Alya virou-se e apressou o grupo a dirigir-se para o hotel e despacharem-se a arrumar as coisas.

O hotel era velho e já tinha sido avisado que, se não fossem feitas remodelações, seria demolido no próximo ano. Por isso, não foi com surpresa que Marinette viu que Alya tinha que empurrar um bocado a porta do quarto delas, para abrir.

Adrien ia ficar com Nino, enquanto Marinette ia ficar com Alya. Nem Alya era tão idiota ao ponto de pô-la no mesmo quarto de Adrien. Marinette já tinha visto essa cena acontecer em vários mangas e simplesmente não sabia como é que as pessoas que faziam isso podiam pensar que ia resolver ou mudar alguma coisa para o casal.

Era uma idiotice de grandes proporções.

— Trouxeste o biquíni que eu te enviei? – perguntou Alya, trazendo Marinette de volta.

— Desculpa. – Marinette abanou a cabeça – Não me servia.

Aquilo era claramente uma mentira, pensou Alya, uma vez que a amiga era mais parecida com uma tábua do que uma tábua verdadeira.

— O que é que trouxeste, então? – perguntou Alya, temendo a resposta.

— Um fato-de-banho. – respondeu Marinette, sabendo qual seria a reação de Alya.

— NÃO! – exclamou Alya, fazendo Marinette sorrir – Sabes o trabalho que eu tive para manter esta viajem um segredo? Para que a Chloé não aparecesse sem avisar!

— O fato-de-banho que eu comprei está na moda. – Marinette viu Alya a cruzar os braços – Desculpa. Mas, de qualquer maneira, hoje já não vai dar tempo para irmos para a praia. Porque é que não mudamos de roupa e vamos dar uma volta pelo local?

Alya franziu as sobrancelhas, mas acabou por mudar de roupa, tal como Marinette tinha sugerido. – Vou ver se vejo alguma loja de roupa.

Marinette ignorou o comentário da amiga com um sorriso mas, para não a aborrecer mais, pegou no vestido que Alya lhe tinha emprestado para aquela viajem.

— Podes trocar-te à minha frente. – disse Alya, quando viu Marinette a dirigir-se para a casa-de-banho com o vestido nos braços.

— …eu quero ver como o vestido me fica antes de sair. – disse Marinette, depois de pensar durante alguns segundos – E só há um espelho na casa-de-banho.

Alya ficou a olhar para a amiga durante alguns momentos, mas decidiu aceitar a desculpa, pensando que Marinette devia ser demasiado tímida para trocar de roupa à sua frente.

Felizmente, não tinha nenhuma cicatriz nas pernas, foi no que Marinette estava a pensar, enquanto se olhava ao espelho. Pelo menos, nenhuma que aquele vestido não tapasse. Se se lembrava corretamente, tinha um par delas nas coxas, mas também não seria um problema, no dia seguinte, uma vez que tinha modificado ligeiramente o fato-de-banho que tinha comprado.

Marinette tinha de confessar que a amiga tinha bons gostos. O vestido de verão vermelho era leve e assentava-lhe como uma luva. Apertou o fecho e deu uma volta, fazendo o tecido voar. Tinha duas camadas, para garantir que não se via mais do que era pretendido.

Marinette estava contente com aquele vestido e Alya também ficou, quando a amiga saiu da casa-de-banho.

— Eu juro-te que o vermelho te assenta melhor do que a ninguém. – comentou Alya, fazendo Marinette dar outra volta – Um dia ainda te vou convencer a vestires um fato de Ladybug.

Marinette tentou rir o mais naturalmente possível. Enquanto Alya dizia que estava a falar a sério e que até tinha um em casa que era capaz de lhe servir, Marinette baixou-se para calçar os sapatos rasos que Alya também tinha escolhido.

— Vamos. – Marinette endireitou-se – Os rapazes já devem estar cansados de esperar.

Alya resignou-se e seguiu Marinette. De facto, Adrien e Nino já estavam à espera delas à porta do hotel.

Adrien, que naturalmente também tinha algumas cicatrizes, tinha-se decido por uns calções largos que lhe cobriam os joelhos e uma t-shirt branca, sem padrões nem imagens.

— Na próxima viajem, eu vou trazer roupa para toda a gente. – disse Alya, descontente com a roupa que Adrien tinha escolhido – Por amor de Deus, Adrien. O teu pai é um designer. Devias ter melhores gostos.

Adrien limitou-se a sorrir, até porque parte do que Alya dizia era só ruido nos seus ouvidos, depois de ter visto Marinette com aquele vestido.

— Espero que tenhas escolhido alguma coisa melhor, para amanhã. – concluiu Alya.

— Era de se esperar. – disse Nino, uma vez que o amigo continuava a olhar para Marinette – Mas eu já vi o que ele vai levar para a praia amanhã, e não é muito diferente do que está a vestir agora.

Um bocado amuada, Alya saiu do hotel, seguida pelo resto.

— Não sei para que é que planeei esta viajem. – murmurou Alya para si mesma.

— Não digas isso. – disse Marinette, apressando-se para chegar até Alya, que ia em passo apressado – Vamos divertir-nos.

Mas, a verdade, tinha sido que a tarde tinha passado a correr e, uma vez que aquele lugar estava cheio de turistas, tiveram que voltar antes do sol se pôr para arranjarem um bom lugar no restaurante onde tinham planeado comer, uma vez que não aceitavam reservas de última hora.

Depois de esperarem numa fila durante pouco mais de uma hora, jantaram num ambiente cheio de poluição sonora. Decidiram comer o mais rápido possível e, antes de voltarem para o hotel, compraram gelados, que comeram enquanto olhavam para o mar e para as estrelas.

Alya voltou para o quarto primeiro, extremamente chateada por o primeiro dia não ter corrido exatamente como ela queria. Nem um bocadinho. Nino seguiu-a para tentar falar com ela, antes de ela ter tempo de se trancar dentro do quarto, deixando Adrien e Marinette sozinhos, num silêncio constrangedor.

— Eu só estou contente por o meu pai me ter deixado vir. – comentou Adrien, para quebrar o silêncio – Não sei como é que isso aconteceu.

Depois do jantar que tinham tido na outra noite, Marinette também não sabia como é que o seu pai a tinha deixado ir. Talvez a mãe o tivesse convencido de alguma maneira.

— Se calhar mandou alguém espiar-me. – Adrien soltou uma gargalhada – Com o meu pai, nunca se sabe.

Marinette lembrou-se subitamente de que tinha passado um dia inteiro longe de Paris.

— Os quartos não têm televisão, pois não? – perguntou Marinette, vendo Adrien abanar a cabeça – Bem me parecia.

— Mas eu vi uma na sala de jogos do hotel. – mencionou Adrien, compreendendo no que Marinette estava a pensar – Posso mostrar-te onde é.

Marinette anuiu a cabeça e agradeceu.

A sala de jogos do hotel era composta por uma mesa de bilhar e não muito mais. Como num hospital, a televisão estava atrás de uma caixa de metal com grades. No entanto, o comando estava numa mesa branca, de jardim, rodeada por cadeiras de plástico, baratas.

Teria de servir, fora o que os dois pensaram.

Dirigiram-se até lá, Marinette pegou no comando e mudou para o canal de noticias, sentando-se para assistir ao jornal da noite. Adrien sentou-se ao lado dela mas, uma vez que estava concentrada nas noticias, Marinette não se afastou nem manifestou nenhuma reação comum da extrema proximidade de Adrien, que normalmente demonstrava.

Marinette suspirou quando as noticias acabaram e o pivô não mencionou nenhuma criatura akumatizada. Se não estivesse tão aliviada para ouvir o suspiro de alivio de Adrien, talvez tivesse feito alguma coneção, mas estava ocupada a pensar se devia voltar para Paris no autocarro que saia dali de madrugada.

Como é que poderia desfrutar de um dia da praia, quando iria estar sempre preocupada com o bem-estar dos parisienses?

— Parece que está tudo bem. – disse Adrien, assustando Marinette, que só tinha reparado que ele tinha ficado com ela, naquele momento – Para além de alguns conflitos. A Ladybug e o Cat Noir não tiveram de aparecer.

— Verdade. – murmurou Marinette – Mas…e amanhã.

— Disseste alguma coisa? – perguntou Adrien.

— Não. – Marinette levantou-se imediatamente e começou a dirigir-se para o seu quarto – Obrigada por ficares aqui comigo. Boa noite.

— Marinette… - chamou Adrien, levantando-se também – Nós temos de falar.

Marinette virou-se para trás. – Eu tenho de ir ver como é que está a Alya.

Magoado, Adrien viu Marinette voltar costas e a afastar-se, mas não foi atrás dela. Na manhã seguinte, pensou Adrien. Iria falar com ela sobre a relação deles na manhã seguinte.

Marinette acabou por não ter coragem de deixar a amiga para trás e decidiu ficar só mais um dia. Só mais um dia.

No entanto, quando saíram de madrugada, no dia seguinte, para aproveitarem um dia inteiro de praia, ao ver Chloé à porta do hotel, agarrada a Adrien, que já estava à espera de Alya e de Marinette há algum tempo, começou a arrepender-se rapidamente de não ter apanhado aquele maldito autocarro.

— O que é que ela está aqui a fazer? – perguntou Alya, imediatamente.

— Marinette! – exclamou Adrien, virando-se imediatamente, apesar de não conseguir livrar-se de Chloé, que continuava agarrada ao seu braço, como uma sanguessuga à procura de sangue fresco – Bom dia!

Marinette tinha vestido uma t-shirt demasiado larga e demasiado comprida, que lhe chegava até o meio das coxas e um casaco azul de algodão porque, bem…ainda era de madrugada e, por muito que fosse verão, estava um frio de rachar àquela hora, à beira-mar. Vinha carregada com um saco de praia e uma bola enorme por baixo do braço direito.

Nino não tinha mentido no dia anterior. Os calções largos que Adrien usava eram extremamente similares aos outros e a camisola só tinha mudado de branco para preto.

Já Chloé vinha com um casaco branco de tecido fino, semitransparente, que esvoaçava ao vento gelado da madrugada e mostrava o biquíni amarelo que ela tinha vestido. Uma versão mini e amarela daquele que Alya lhe tinha enviado. O largo chapéu branco, infelizmente, não tapava o sorriso vitorioso que ela tinha na cara.

— O senhor Agrest mencionou ao papá que o Adrien tinha vindo até à praia. – disse Chloé, fazendo Adrien suspirar – Mas que hotel é este?

— Claro que tinha de ser o meu pai. – murmurou Adrien, olhando para o chão – Porque outra razão ele me deixaria vir sozinho à praia.

— Vamos para a praia. – disse Alya, saindo do hotel. Embateu em Chloé de propósito para que ela largasse Adrien.

Mas Chloé caiu dramaticamente para que Adrien tivesse pena dela e a ajudasse. Talvez mesmo passar o dia só com ela, depois de ver como os seus “amigos” eram cruéis para com ela.

Em vez disso, foi Marinette que lhe esticou a mão, depois de deixar a bola cair.

Chloé olhou para cima e viu Marinette sorrir. – Vais passar o dia connosco?


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Notas finais do capítulo

Peço imensa desculpa pelo atraso.
A vida às vezes não nos deixa postar tão frequentemente quanto quereriamos T_T
Mesmo assim, obrigada àqueles que continuam a ler.
Comentários?



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