Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie
Notas iniciais do capítulo
Enjoy ^-^
Foi surpreendentemente fácil chegar ao festival, enquanto conversava com Adrien. Já se tinha esquecido do incidente entre ela e o Cat Noir e, quanto a Adrien, também já não estava…muito chateado com ela por lhe ter dito que não precisava dele, no dia anterior.
O que importava agora era aquele momento e Adrien estava determinado a fazer com que Marinette se sentisse mais confortável ao seu lado. Queria dizer-lhe que sabia que ela era a Ladybug e que a amava. Por isso, quanto mais depressa eles se aproximassem, melhor.
Alya e Nino já estavam no festival, quando eles chegaram o que para dizer a verdade, deixou Adrien um pouco desanimado. Tanto Alya como Nino sabiam que a Marinette gostava dele e tinha achado que eles iam planear alguma coisa para os deixarem sozinhos.
No entanto, ali estavam eles e Marinette foi a correr imediatamente até Alya, deixando-o sozinho até Nino se aproximar.
— Então? – perguntou Nino, com um sorriso matreiro – Nós planeamos vir antes para que tu e a Marinette tivessem um bocado de tempo a sós. Como correu?
Ah, então era aquele o pequeno plano deles, pensou Adrien. E era MESMO pequeno. Em vez de irem antes deles, podiam chegar atrasado para que ele e Marinette pudessem passear pelo festival sozinhos durante um bocado.
Ele não respondeu ao amigo. Em vez disso, olhou de lado para Marinette, que se parecia estar a divertir com Alya, e suspirou. Ela ainda não lhe tinha dito que tipo de coisas dizia à mãe, sobre ele.
Bandas pequenas deram inicio ao festival. Poucas pessoas foram assistir. A maior parte continuava a passear pelo festival. A comprar comida e a jogar nas pequenas cabanas que tinham montado para a ocasião.
As bandas mais famosas foram aparecendo quando o sol se começou a pôr e a multidão começou a juntar-se junto ao palco. Adrien continuava com Nino e Marinette continuava afastada dele, com Alya. Se os amigos queriam juntá-los, porque é que não os deixavam sozinhos.
Adrien parou junto a uma cabana quando viu um porta-chaves em forma de joaninha. Seria muito óbvio oferecer aquilo à Marinette?
— Muito óbvio. – murmurou Adrien, para si mesmo. Mas, mesmo assim, comprou-o. Talvez o desse quando revelasse que sabia que ela era a Ladybug.
Quando passou por outra cabana viu um bolo e lembrou-se que ela gostava daquele tipo de doces. Tinha comido um quando eles tinham ido juntos ao concerto do Jaeger Stone. Por isso, pediu uma fatia e pediu que embrulhassem.
— Pensava que não gostavas desse tipo de doces. – mencionou Nino, depois de Adrien pagar ao homem.
A banda mais famosa de Paris estava prestes a entrar em palco, mas eles não estavam com pressa para se juntarem à multidão. Tinham bilhetes para a primeira a fila que estava reservada para aqueles que…bem, compravam os bilhetes.
Quinze minutos depois, quando os assistentes da banda começaram a fazer um sound-check, eles dirigiram-se finalmente à primeira fila, que estava separada pela multidão atrás deles por um fio de veludo vermelho.
Felizmente, o amigo sentou-se à beira da namorada, fazendo com que Marinette fosse “obrigada” a sentar-se ao seu lado.
Assim estava melhor, pensou Adrien, com um pequeno sorriso na cara.
Antes de a banda entrar em palco, Adrien esticou-lhe a fatia de bolo que tinha comprado.
— Eu lembrei-me que comeste uma parecida da última vez que viemos a um concerto. – murmurou Adrien, quando Marinette pegou na fatia – Pensei que ias gostar, por isso comprei-o.
Ela desembrulhou a fatia, enquanto corava um bocado ao lembrar-se do concerto do Jager Stone. Do beijo que quase tinha acontecido entre eles se Chloé não tivesse aparecido. Felizmente, a amiga e o Nino estavam com eles. Ela achava que Adrien não ia fazer nada do gênero com os amigos ao seu lado, pensou Marinette enquanto dava uma grande trinca à fatia do bolo.
Adrien olhava para ela com um sorriso na cara. E só olhou para o palco quando ela levantou a cabeça para ver a banda a entrar e a cumprimentar os fãs.
A multidão atrás deles começou a gritar pelo nome deles e a assobiar, o que os perturbou um bocado. O facto de estarem mesmo à beira dos amplificadores de som também não ajudava muito.
A verdade é que nenhum deles tinha ouvido as músicas da banda antes, mas como era popular, Alya e Marinette tinham decidido comprar bilhetes para os verem de perto. E também era o primeiro festival a que os três iam. Nino já tinha visitado um par deles.
Quando a banda parou de tocar para falar com os fãs, Marinette levantou-se. – Vou buscar alguma coisa para beber.
Ela tinha que gritar para que os amigos a entendessem.
— Queres que vá contigo? – perguntou Alya, também a gritar.
— Eu vou. – ofereceu-se Adrien, antes que Alya tivesse tempo para se levantar.
Apesar de parecer um pouco constrangida, Marinette aceitou e eles saíram da primeira fila, em direção às bancadas que vendiam bebidas.
— Muito pop. – comentou Marinette, quando já estavam longe do som infernal.
— Muito pop. – concordou Adrien, enquanto via Marinette escolher uma garrafa de água fresca e a pagar – Mesmo assim, o festival é divertido.
— Sim. – disse Marinette, depois de beber um bocado de água – Depois disto, não vou ter tempo para me divertir durante o resto do Verão.
Adrien disse que percebia o que ela estava a dizer, uma vez que ele também tinha trabalho e aulas particulares durante o resto de Verão. Por isso, mesmo depois da banda começar a tocar outra vez, eles ficaram a jogar alguns jogos que tinham montado para o festival.
Só voltaram quando a multidão gritava por um Encore.
— O que é que quer dizer com não pudemos entrar? – perguntou Adrien ao guarda que estava em frente à entrada para a primeira fila – Nós estávamos aí dentro ainda há pouco!
— Onde é que estão os bilhetes? – perguntou o guarda.
Adrien e Marinette olharam um para o outro, confusos.
— Nós demos-lhe os bilhetes. – disse Adrien, chateado.
— Quando uma pessoa da primeira fila tem que sair por alguma razão, tem que pedir sempre o bilhete de volta para entrarem outra vez. – disse o guarda, fazendo Adrien abrir a boca – Estava nas letras pequeninas, atrás do bilhete.
— Os nossos amigos estão aí dentro! – exclamou Adrien, quando a banda voltou para o Encore – Pode ir perguntar-lhes!
— Peço desculpa, mas sem bilhetes não podem entrar. – finalizou o guarda, fazendo os dois ficarem de boca aberta.
— Acho que vamos ter de ir para o meio da multidão. – disse Marinette, enquanto se afastavam do guarda – Eu devia ter lido as letras pequenas.
— A culpa não é tua. – disse Adrien, chateado – É destas pessoas que só se importam em fazer dinheiro.
Adrien olhou para a multidão que começou a gritar outra vez quando a banda começou a tocar. Era enorme.
— Dá-me a mão. – disse Adrien, pegando na mão de Marinette antes que ela pudesse protestar – Vamos furar pela multidão para tentarmos chegar à frente.
No entanto, não tiveram muita sorte. As pessoas começaram a queixarem-se quando viram o que eles estavam a tentar fazer e só conseguiram chegar até ao meio. Uma vez que os fãs puxavam e empurravam, Adrien não largou a mão de Marinette. Só para não se separarem, era o que ele dizia a si próprio.
Quando a banda acabou de tocar, a multidão começou a dispersar e a primeira fila foi guiada até aos bastidores, para receberem um CD autografado pela banda.
— Bem…isto foi um desastre. – disse Adrien, ainda no mesmo sitio, com a mão dada a Marinette.
— Nem por isso. – disse Marinette, que se tinha esquecido que eles ainda estavam de mãos dadas – Eu não gostei muito da banda, de qualquer maneira.
Adrien sorriu. Tinha conseguido passar tempo sozinho com Marinette, no final de contas. E ela parecia ter-se esquecido completamente desse facto. Estava completamente descontraída.
— Vamos ver se encontramos a Alya e o Nino. – disse Marinette, tirando o sorriso de Adrien.
— Sim… - Adrien levou a mão que tinha livre à cabeça – Mas antes, eu queria beber alguma coisa. Vens comigo?
Marinette não via porque não. Ele tinha ido com ela, por isso só iria estar a retribuir o favor, certo?
Depois de Marinette concordar, começaram a caminhar em direção às bancadas. Adrien decidiu dar mais um passo em frente e puxou a mão de Marinette até eles estarem de braços dados, quase colados um ao outro.
Olhou pelo canto do olho para ver a reação dela. Estava a corar e não sabia o que dizer, mas pelo menos não estava a fugir. E isso era um grande passo, uma vez que, aos olhos das outras pessoas, eles pareciam definitivamente um casal que tinham ido ao festival juntos para aproveitar as férias de Verão.
— Queres mais alguma coisa? – perguntou Adrien, casualmente.
— N-não. – gaguejou Marinette, com os olhos no chão.
— Então vai ser só uma soda. – disse Adrien ao vendedor.
— Fazem um bonito casal. – comentou a mulher do vendedor, com um sorriso na cara.
Adrien sentiu que Marinette estava a tentar soltar-se, mas ele manteve-a ali.
— Obrigado. – agradeceu Adrien, com um grande sorriso estampado na cara.
— Querido, faz-lhes um desconto. – insistiu a mulher, olhando para o marido.
Apesar de parecer um pouco relutante, o vendedor também parecia gostar deles, por isso fez-lhes um pequeno desconto. Quando se afastaram, Adrien decidiu que estava a forçar as coisas demais e soltou o braço de Marinette.
— Resultou. – disse Adrien. Marinette ainda tinha os olhos no chão – Tive um desconto.
— Fizeste aquilo para ter um desconto? – perguntou Marinette, olhando agora para ele.
— Yup. – mentiu Adrien. Mas depois suspirou – Mais ou menos.
Aquele “mais ou menos” fez com que Marinette não fizesse mais perguntas sobre a razão para ele lhe ter dado o braço.
— Sabes que ainda gosto de ti, certo? – perguntou Adrien, com toda a coragem que tinha – Não podes esquecer-te disso, durante o Verão.
Marinette anuiu a cabeça.
— Depois, quando as férias acabarem, talvez possas dar-me uma resposta. – continuou Adrien – Quando a deres, eu vou contar-te um segredo.
— Um segredo? – perguntou Marinette, curiosa – Que tipo de segredo?
Adrien baixou-se um bocado, fechou os olhos e finalmente…beijou-a. Fazendo com que Marinette parasse de respirar.
Agora, não havia ninguém para os interromper, pensou Adrien. Mas, como sabia que aquilo também era um bocadinho demais para Marinette, afastou-se e viu-a com os olhos completamente cerrados.
Ele soltou uma gargalhada e afagou-lhe os cabelos, fazendo-a abrir os olhos.
— Quando me deres a tua resposta, é que te vou contar o segredo. – Adrien viu os amigos a aproximarem-se pelo quanto do olho – Enquanto isso, também não te esqueças do que acabou de acontecer.
E como é que ela se podia esquecer?
…
Quando chegou a casa, Adrien dirigiu-se para o seu quarto calmamente, fechou a porta, sentou-se no sofá e levou as mãos à cara.
Tinha mesmo acontecido. Ele tinha conseguido beijá-la. O seu primeiro beijo.
Ao pensar nisso, corou. Como é que ele tinha conseguido fazer aquilo? E dizer o que tinha dito, depois disso.
Ainda com as mãos na cara, deitou-se no sofá. Não queria pensar nisso, mas era impossível.
— Não é bom? – perguntou Plagg, um bocado confuso com a reação do dono – Não querias aproximar-te mais dela?
Adrien tirou as mãos da cara para olhar para o kwami, mas voltou a tapá-la imediatamente.
Aquilo ia passar, certo?
Ele tinha trabalho no dia seguinte. Não podia aparecer à sessão de fotografias com a cara de um adolescente apaixonado.
Ia passar, convenceu-se Adrien.
Só tinha de descansar.
Na manhã seguinte, Adrien descobriu que tinha sido demasiado inocente ao pensar que conseguia esquecer-se tão facilmente.
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