Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 22
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Enjoy



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— Eu não sei mais o que fazer?

Plagg olhava para o dono, enquanto este andava de um lado para o outro no quarto, com os braços cruzados e sobrancelhas franzidas.

— Podes sempre fazer o que a Tikki sugeriu. – tentou Plagg.

— Não. – descartou Adrien – Eu ainda tenciono dizer-lhe que sei quem ela é.

— Então porque é que estás tão frustrado? – perguntou Plagg – Pensava que estava tudo a correr bem, desde que a Marinette te deu o bilhete para o concerto.

— Eu sei. – Adrien parou e olhou para o seu kwami – Mas tu viste como ela se comportou hoje. Nem sequer queria a minha ajuda. Ela podia ser Akumatizada.

— Bem, então tens de dizer-lhe que, se ela não tiver sempre a Tikki ao seu lado, esse é um risco. – disse Plagg – Em vez de ignorares a situação.

Adrien sentou-se no sofá e suspirou.

— Achas que ela parecia chateada? – perguntou Adrien, quando Plagg foi ter com ele e sentou-se no seu ombro – Eu acho que ela parecia chateada.

— Se calhar está a arrepender-se de te ter dado o bilhete. – disse Plagg, vendo Adrien a olhar para ele de lado – O que é que foi?

— Sabes sempre o que dizer, Plagg. – comentou Adrien, enxotando-o do seu ombro – Os portadores…andam sempre perto dos seus kwamis, certo?

— Normalmente, sim. – respondeu Plagg – Mas, há casos raros em que isso não acontece. Por exemplo, quando tu tens aulas de esgrima, deixas-me no teu cacifo. Daí, não sou capaz de te proteger de um Akuma. Também é por isso que nós estamos sempre há vossa volta, e não só quando vocês se precisam de transformar.

Adrien pensou um bocado e depois anuiu com a cabeça. Então era assim que funcionava.

— Bem, eu não conheço a Marinette pessoalmente há muito tempo, mas sei que ela ia ficar preocupada se soubesse disso. – disse Adrien – Por enquanto, basta que eu saiba.

— Tencionas protege-la? – perguntou Plagg – Mas ainda há pouco estavas a dizer que querias afastar-te dela durante algum tempo.

Adrien suspirou, outra vez, de frustração, e deitou-se no sofá, pondo-se a olhar para o teto. Nunca o iria admitir – especialmente em frente a Plagg – mas tinha ficado extremamente magoado quando a Ladybug tinha-lhe pedido para ir embora porque não precisava da ajuda dele.

Agora que sabia quem ela era por detrás da máscara e estava tão próximo dela, tinha medo de ser rude para com a Marinette quando a visse. E então, ela não saberia porquê. Talvez imaginasse coisas absolutamente ridículas na sua cabeça e acabar-se-iam por se afastar de qualquer maneira.

Por outro lado, queria mesmo ir ao concerto com ela porque, apesar de não irem sozinhos, era uma boa oportunidade para se conhecerem melhor e se aproximarem mais. Especialmente porque Jin já tinha partido de França e não podia aparecer de surpresa para estragar o momento.

Chloé também estava fora com o pai.

Aquele era o momento perfeito, porque achava que o amigo e a namorada também estavam a torcer por ele…mas estava tão chateado com a Ladybug. E a Ladybug era a Marinette…por muito diferentes que as duas personalidades fossem com fato e sem fato.

— Eu só tenho de me controlar e lembrar-me que a Ladybug não sabia que era eu quando disse para me ir embora. – concluiu Adrien – Seria muito pior afastá-la agora.

— Se tu o dizes. – foi a única coisa que o kwami disse – Eu ainda estou do lado da Tikki. Nem sequer lhe devias contar que és o Cat Noir e que sabes que ela é a Ladybug.

— Não vou contar no concerto. – disse Adrien. No concerto ia estar focado em ser simpático e parecer natural em frente a Marinette.

Era só isso que ia fazer.

Era isso que tinha em mente, mas, mal a viu, não conseguiu evitar, e franziu imediatamente as sobrancelhas. Conseguiu ver a surpresa na cara de Marinette. Provavelmente estava a pensar que ele estava chateado com ela…o que era um bocado verdade. Mas devia estar a imaginar que ele não queria estar ali com ela. Por isso, obrigou-se a relaxar os músculos da cara e forçou um sorriso, enquanto se aproximava dela.

— Bom dia, Marinette. – cumprimentou Adrien, forçosamente educado.

— Bom dia… - disse Marinette.

Ela conseguia sentir que ele não estava no melhor dos humores, apesar de estar a tentar esconde-lo com todas as suas forças. Talvez não quisesse estar sozinho com ela no festival. Era completamente justificado. Mas a amiga e o namorado tinham dito que iam chegar um bocado atrasados.

— Humm…está tudo bem? – perguntou Marinette, num tom mais baixo, com medo da resposta dele – Pareces chateado.

Meu! O que é que ele tinha feito de errado? Como é que ela tinha percebido?

— Estou bem. – mentiu Adrien – São só alguns problemas em casa.

Estava a mentir, pensou Marinette. Mas não tocou mais no assunto. Tinha a certeza que, quando Alya e Nino chegassem, ele ficaria de melhor humor.

Como tinha ficado combinado encontrarem-se em frente à pastelaria dos seus pais, Marinette convidou Adrien a entrar até o outro casal chegar.

— A minha mãe está a preparar alguma comida para nós levarmos, lá em cima. – seguida por Adrien, Marinette entrou na loja e, depois de sorrir em direção ao pai, dirigiu-se à porta das traseiras que ia dar à sua casa, no segundo andar. – Aposto que ela vai gostar de te ver. Está sempre a falar de ti, desde a última vez que vieste cá.

— A sério? – Adrien continuava com o mesmo sorriso forçado – Devias ter-me dito. Já tinha vindo cá mais cedo.

Tal como Adrien não podia perguntar-lhe porque é que o tinha enxotado no dia anterior, Marinette não podia dizer-lhe que o pai dele não queria que ela se aproximasse mais dele. Por isso, mantiveram silêncio até chegarem à cozinha, onde Sabina estava a preparar alguns sumos para eles levarem.

Estava mesmo contante por o ver, presumiu Adrien quando a mãe de Marinette o abraçou com um sorriso doce na cara.

— O meu marido quer jogar outra vez contra ti. – Sabina afastou-se para continuar com o que estava a fazer – Ele pode ser tão infantil, às vezes. Mas parece ter gostado de ti.

— Vou pedir ao meu pai para passar mais tempo aqui. – mentiu Adrien.

Claro que não pediria ao pai. Se queria passar tempo ali, teria de mentir ao pai sobre o que ia fazer e onde ia estar…e rezar para que ele não mandasse ninguém atrás dele. Mas queria passar mesmo mais tempo ali, por isso decidiu arriscar.

— Que tal para a semana? – sugeriu Adrien – Eu falo com o meu pai.

Sabina olhou para ele e sorriu. – Podes aparecer quando quiseres. És sempre bem-vindo nesta casa. A Marinette disse-nos que és um bom rapaz e nós acreditamos na nossa Marinette.

E aquilo tinha bastado para a frustração que Adrien sentira até ali desaparecer completamente.

— Mãe. – protestou Marinette, aproximando-se – Não devias contar essa parte.

— Estás sempre a elogiá-lo. – disse Sabina, fazendo Marinette corar intensamente – O rapaz tem o direito de saber, não?

Marinette pegou na saca que a mãe lhe estendeu, com alguma comida e sumos frescos, mas não queria olhar para trás, para Adrien.

No entanto, quando recebeu uma mensagem de Alya a dizer que ela e Nino já estavam no festival devido a um contratempo, Marinette não teve outra escolha. Para sua surpresa, Adrien estava a sorrir. Agora um sorriso sincero.

— Eu levo isso. – disse Adrien, pegando gentilmente na saca que Marinette tinha nas mãos.

— Não é pesado. – murmurou Marinette, antes de começarem a dirigirem-se para baixo – A Alya devia ter dito que ia para o festival diretamente.

Adrien limitou-se a sorrir, até saírem da confeitaria. Depois parou e olhou para Marinette.

— Eu gostava mesmo de saber o que é que dizes de mim à tua mãe. – confessou Adrien – Ela pode dizer que são elogios, mas pode ser qualquer outra coisa, certo?

— Não! – exclamou Marinette, baixando depois imediatamente a cabeça, tal como o volume de voz – Eu nunca diria mal de ti.

Marinette começou a caminhar em direção ao festival, seguida por Adrien. Ele olhou para o céu, inspirou e expirou fundo. Estava um dia maravilhoso, afinal. Aumentou um bocadinho o passo para ficar ao lado de Marinette e olhou para ela.

— Então, se não é nada de mal, não te importas de me contar o que é que lhe tens dito? – pediu Adrien, vendo Marinette corar outra vez.

Estava feliz, porque agora tinha uma leve ideia porque é que a Ladybug tinha-lhe dito aquilo no dia anterior.

No entanto, apesar de Adrien e Marinette estarem felizes, Hawk Moth não o estava.

Continuava a seguir Marinette com o pequeno Akuma, à espera de uma oportunidade para atacar Marinette. Afinal, quem melhor poderia usar o kwami da vida, do que o seu dono. E bastava que o kwami se afastasse um pouco da rapariga para que ele a pudesse Akumatizar, uma vez que ela estava um pouco deprimida nos últimos dias.

No entanto, tinha bastado aqui para a fazer esquecer todos os seus maus sentimentos?

Hawk Moth rangeu os dentes, enquanto a via a prometer contar tudo o que dizia à mãe quando chegassem ao festival.

Tinha demorado demasiado tempo a descobrir quem era a portadora do kwami da vida. Quanto mais tempo teria de esperar para a “converter” à sua causa?

Já era demasiado tarde para ataca-la. Ela já controlava os poderes da Ladybug eficazmente e sabia muito bem o que fazer se visse o seu Akuma a aproximar-se dela.

Também não podia aproximar-se diretamente. Era demasiado arriscado, uma vez que a ligação dele com o seu kwami era demasiado fraca.

Akumatizá-la, apesar de ser a sua única opção, também era arriscado, mesmo se o kwami estivesse longe. Ela tinha sido escolhida por alguma razão. Por isso, tinha de ser pensamentos negativos fortes. Muito fortes. Só assim é que a poderia apanhar….segundo o que o seu kwami lhe tinha dito.

Não ia, no entanto, desistir depois de tanto trabalho.

Ele olhou para o medalhão.

Só tinha de esperar.


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Notas finais do capítulo

Desculpem o atraso...
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