Miraculous: Let Me Know You escrita por Mirytie


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Enjoy



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706049/chapter/2

— Vamos fazer um trabalho de grupo. – disse a professora, ao fim do dia – Cada grupo pode ter no máximo 4 pessoas e no mínimo, claro, 2 pessoas. Têm 5 minutos para escolher e depois eu vou explicar o projeto. Combinado?

Quando a professora acabou de dizer isso, a turma toda começou a sussurrar e a criar grupos. Como esperado, Chloé levantou-se.

— Adrien, queres ser o meu par? – perguntou ela, em voz alta.

— Desculpa, Chloé. – pediu Adrien, virando-se para trás – Queres ser o meu par, Marinette?

— O quê!? – exclamou Chloé.

— Menina Bourgeois, uma vez que está a falar tão alto, suponho que já tenha formado um grupo. – disse a professora, passando por Chloé com as sobrancelhas franzidas – Estou certa?

Chloé sentou-se e cruzou os braços, amuada.

— Eu acho…hum…que podíamos formar um…grupo de 4… - gaguejou Marinette, uma vez que Adrien estava a olhar diretamente para ela.

Uma vez que a namorada estava doente, Nino decidiu ajudar Marinette por sua vez.

— Sim, a Alya está doente, mas não é muito grave. – disse Nino – Ela já deve estar melhor amanhã, e pudemos ir todos a casa dela para fazer o trabalho. Aposto que ela não se importante.

Adrien inspirou fundo e susteve a respiração durante alguns segundos para tentar juntar alguma coragem que ganhava quando estava na pele do Cat Noir.

— Eu queria fazer o trabalho sozinho… - disse Adrien, com convicção – Com a Marinette.

Nino e Marinette abriram a boca ao mesmo tempo. Adrien expirou e olhou de novo para ela, à espera de uma resposta, mas ela limitou-se a olhar para ele, sem dizer nada.

— Ela aceita! – exclamou Nino, que mal podia esperar por contar aquilo a Alya – Claro que aceita! Eu faço o trabalho com a Alya!

— Meninos, já se passaram 5 minutos. – disse a professora, quando Nino falou mais alto – Vou explicar o projeto e, no fim da aula, deixam os nomes dos grupos em cima da minha mesa, compreendido?

Adrien virou-se para a frente, enquanto a professora explicou que eles tinham de criar uma pequena pedra com materiais químicos. Uma vez que os materiais químicos não eram perigosos e eles conseguiriam arranjá-los em qualquer loja, o trabalho devia ser feito fora da escola e entregue dali a dois dias.

— Podes vir até minha casa agora? – perguntou Adrien a Marinette, depois de a aula acabar – Pudemos parar numa loja para… - ele olhou para ela, que parecia uma estátua a andar ao lado dele – Marinette?

— Sim! Sim, posso ir…até à casa tua. Quer dizer, tua casa! – corrigiu ela – Eu vou só…telefonar à minha mãe.

— Está bem. – disse Adrien, sorrindo – Vou esperar no carro.

Marinette anuiu repetidamente até Adrien virar costas e depois suspirou.

— O que é que hei de fazer, Tikki? – perguntou Marinette, enquanto procurava o telemóvel na mala – Eu vou ficar com o Adrien…sozinha.

— Tem coragem, Marinette. – disse Tikki, entregando-lhe o telemóvel – Se tu consegues salvar Paris, consegues estar sozinha com ele.

— Sim. – suspirou Marinette, marcando o número da mãe – Afinal, já estive sozinha com ele, antes.

— É assim que se fala! – exclamou Tikki, com um sorriso – Boa sorte, Marinette!

Ela sorriu e começou a explicar a situação quando a mãe atendeu. Depois, com toda a confiança que conseguiu juntar, dirigiu-se para o carro de Adrien e sentou-se ao lado dele. Pararam numa loja para irem buscar os ingredientes necessários e voltaram ao carro, sem trocar uma palavra.

— A minha mãe disse que te tinha de agradecer. – murmurou Marinette, quando estavam a entrar na casa de Adrien – Querias dar-me boleia para a escola, hoje. E eu ainda fiz-te aquilo…

— Não faz mal. – disse Adrien, lembrando-se do incidente outra vez – Devias estar a sonhar.

Marinette manteve os olhos baixos até estarem no quarto deles. Aí ela olhou em volta e sorriu, enquanto Adrien olhava para ela de lado.

— Não importa quantas vez entre aqui. – murmurou Marinette – Continua a parecer enorme.

Adrien sorriu, contente por ela parecer mais relaxada.

— Mas não entraste no meu quarto assim tantas vezes, pois não? – perguntou Adrien, levando os ingredientes para a sua secretária.

— Ah! – ela lembrou-se que tinha entrado mais vezes como Ladybug do que como Marinette – É verdade…mas é inesquecível…acho eu.

— Obrigado. – agradeceu Adrien, olhando para ela até ela se aproximar – Mesmo que a professora tenha dito que os componentes são inofensivos, temos de ter cuidado para não enchermos o meu quarto com espuma.

— Certo. – disse Marinette, seriamente – Então, temos de juntar os elementos líquidos de maneira a criar um elemento sólido.

— Correto. Pensei que só eras boa em design. – disse Adrien, vendo Marinette pegar no frasco com liquido azul – Tens de ter cuidado com…

Marinette jurava que estava a ter cuidado com o frasco, mas quando uma explosão vinda de fora fez tremer o chão, ela desequilibrou-se e deixou cair ao chão o frasco, espalhando o liquido azul. Esperou que começasse a formar espuma ou que corroesse o chão, mas o liquido…parecia inofensivo.

Quando Marinette ouviu Adrien a rir-se, ela olhou para ele, com uma sobrancelha erguida.

— Eu disse para teres cuidado, porque esse liquido deixa mancha. – disse Adrien, vendo Marinette abrir a boca – Desculpa.

Marinette levantou o dedo e ia dizer alguma coisa, mas foi interrompida por outra explosão, seguida de gritos.

— Ladybug! Cat Noir! – gritou o homem que estava a causar as explosões – Não vou parar até que saiam e me entreguem os vossos miraculous!

Ao ouvir uma terceira explosão, agora mais perto, Marinette tirou o telemóvel e virou-se para Adrien.

— Posso usar a casa de banho? – pediu ela – Quero telefonar para a minha mãe para ver se ela está bem.

— Está…à vontade. – respondeu Adrien, surpreendido com a súbita mudança de personalidade.

Marrinete entrou na casa de banho e abriu a mala. – Tikki, estás pronta? Vamos sair daqui.

Quando Tikki anuiu com a cabeça, Marinette saiu da casa de banho, mostrando o telemóvel a Adrien.

— Ela disse que está bem, mas é melhor ir vê-la. – disse Marinette, dirigindo-se para a porta – Pudemos continuar isto amanhã?

— Sim, claro. – concordou Adrien, que também se precisava de transformar.

— Não saias daqui. – pediu Marinette, antes de fechar a porta – Parece ser perigoso.

— Ora vejam só. – disse Plagg, depois de Marinette sair – Quem é que se está a parecer cada vez mais com a Ladybug.

— Transforma-me, Plagg!

— Bom trabalho. – disse o Cat Noir, depois de corrigirem tudo, mas ela não fez nada – O que é que se passa, My Lady?

— Trabalhar contigo está a tornar-se cada vez mais difícil. – disse Ladybug, afastando-se.

— Porquê? – perguntou ele, seguindo-a – Eu acho que fazemos uma boa dupla.

— Puseste-te mesmo em frente àquela bomba! – gritou ela, parando de repente – Se morresses, já não eramos uma dupla!

— Não precisas de te preocupar comigo, LB. – disse ele, dando a volta para ficarem frente-a-frente, mas ela virou a cara – Ladybug…estás a chorar?

— Eu não estou a chorar. – mentiu ela, limpando as lágrimas com o braço – Algum pó que as bombas levantaram entraram para os meus olhos.

Ele queria abraça-la, mas o presidente interrompeu o momento.

— Mais um excelente trabalho! – exclamou o presidente.

— Obrigada. – agradeceu Ladybug, tentando sorrir, naturalmente.

— É por isso que gostava de dar uma gala amanhã à noite em honra dos dois. Caso não haja mais problemas, claro. – disse o presidente, rindo-se – O que é que acham?

Ladybug hesitou. Tinha de acabar o trabalho com o Adrien. Não ia ter tempo para ir a uma gala. No entanto, quando a ideia de fazer fatos para ela e para o Cat Noir especialmente para a gala, reconsiderou.

— Posso tentar arranjar tempo. – respondeu ela.

— Excelente! Todas as pessoas mais importantes de Paris vão estar lá para agradecer-vos. E também a minha filha, que é fã da Ladybug. – disse o presidente, extremamente contente – No entanto, o Cat Noir parece ferido. Ficará bem?

Ladybug olhou para o Cat Noir, que até então tinha escondido a ferida que tinha no braço esquerdo.

— Vai ficar tudo bem. – respondeu o Cat Noir.

— Esplêndido! – finalizou o presidente – Vemo-nos amanhã à noite, então.

Ela esperou que o presidente virasse costas para fazer o mesmo.

— Vou fazer um fato customizado para nós os dois usarmos durante a gala. – disse ela, preparando-se para saltar – Chega um bocado mais cedo para trocares de roupa.

— Ladybug! – exclamou ele, seguindo-a – A bomba ia na tua direção! O que é que querias que eu fizesse!

Ela parou e virou-se.

— Pensei que fossemos uma dupla. – disse ela e, uma vez que o seu brinco já estava a piscar, em vez de se dirigir para casa, dirigiu-se para o hotel, uma vez que era mais perto – Mas parece que nem consegues confiar em mim.

— Eu confio em ti. – disse ele, continuando a segui-la – Mas não podia ficar parado sem fazer nada.

Quando os dois entraram no hotel, os presentes seguiram-nos com os olhos.

— Da próxima fica parado. – disse ela, enquanto pedia um quarto – Eu sei cuidar de mim mesma.

— Estavas…

— Até amanhã, Cat Noir. – disse ela, olhando para ele com as chaves do quarto na mão – Vai cuidar da tua ferida.

— Espera!

— Bug out. – murmurou ela, quando o elevador se fechou.

Uma vez que o seu anel também já estava a piscar, ele virou costas e saiu o mais depressa que pôde para se esconder antes de se transformar. Como previra, Plagg estava ferido no mesmo sitio onde ele se tinha ferido.

Já ia a meio da noite quando Adrien acabou de tratar da sua ferida. Plagg também parecia contente, enquanto comia Cambere, apesar de também estar ferido.

— Fizeste a Marinette chorar. – disse Plagg, rindo-se depois de acabar de comer.

— Cala-te, Plagg. – murmurou Adrien, olhando para o liquido azul que Marinette tinha derramado no chão – Ela preocupa-se mesmo comigo, huh?

— Claro. – respondeu Plagg – Se tu morreres, ela tem de fazer tudo sozinha. Ela só gosta de ti como parceiro. Eu já te disse que não é do Cat Noir que ela gosta.

Cansado e chateado, Adrien atirou-se para a cama e tentou dormir.

Já Marinette, estava na sua secretária a desenhar os fatos para a gala com um sorriso nos lábios.

— Não estás cansada, Marinette? – perguntou Tikki, com os olhos pesados.

— Não. – respondeu Marinette, colorindo as mascaras à volta dos olhos deles – O que é que achas.

— Eu acho que foste um pouco dura com o Cat Noir. – disse Tikki, vendo Marinette pousar o lápis quando ia dar os últimos retoques ao fato do Cat Noir – Ele só te estava a tentar ajudar.

Ela fechou o caderno de desenhos, levantou-se e foi-se deitar.

— O que é que eu faria sem o Cat Noir, Tikki? – perguntou Marinette, cobrindo-se até tapar a cabeça.

— Não tens de pensar nisso, Marinette. – disse Tikki, tentando animar Marinette, mas ela manteve-se em silêncio.

Tikki limitou-se a deitar ao lado dela e a fechar os olhos, enquanto Marinette continha as lágrimas do outro lado dos cobertores.

Pela primeira vez em muito tempo, Marinette chegou cedo à sala de aula, acordada mais com sombras enormes debaixo dos olhos. Iria de pôr maquilhagem para a gala? A ideia não a agradava.

Como ainda estavam poucas pessoas na sala de aula, ela tirou o caderno de desenhos que trazia sempre com ela e começou a dar os últimos retoques aos desenhos.

— Vais ter tempo de preparar os fatos, Marinette? – perguntou Tikki, de dentro da mala.

— Não te preocupes, Tikki. Vai ficar tudo bem. - quando olhou para o fato do Cat Noir, passou o lápis preto pelo braço esquerdo – Tikki…achas que eu gosto do Cat Noir?

— Estares preocupada com ele e gostares dele são duas coisas diferentes, Marinette. – disse Tikki, tentando ajudar – Não precisas de ficar confusa. Afinal, não gostas do Adrien.

— Tens razão. – concordou Marinette fechando o livro – É do Adrien que eu gosto.

Ela suspirou e voltou a pôr o caderno na mala quando começaram a chegar mais pessoas. Adrien, que não vinha com as mangas enroladas, para tapar a ferida, sorriu na sua direção e sentou-se de lado para falar com Marinette.

— Disseste à tua mãe que vinhas a minha casa depois das aulas? – perguntou Adrien.

— Ah…na verdade, eu não vou poder ir hoje. – disse Marinette, surpreendendo Adrien – Talvez seja melhor fazermos parte do trabalho separados e depois juntamos os dois. Basta combinarmos o que cada um faz…

— Eu posso pedir à professora para estender o prazo até para a semana. – interrompeu Adrien – Assim podes vir a minha casa no fim-de-semana para acabarmos o trabalho.

— A sério? – perguntou Marinette, confusa – Está bem…quer dizer…se conseguires…

— Não te preocupes. – disse Adrien, sorrindo outra vez.

Foi só quando Adrien se virou para a frente que Marinette ouviu os colegas a falarem sobre a batalha do dia passado.

— Pensei que ia morrer. – disse um.

— Felizmente a Ladybug e o Cat Noir salvaram-nos outra vez. – disse outro.

— Ouvi dizer que vão dar uma gala em honra deles hoje à noite.

— E eu fui convidada. – disse Chloé, orgulhosa.

— Eu ouvi dizer que o Cat Noir quase morria por causa da Ladybug. – disse um colega, mesmo atrás dela.

— Ela precisa de parar de tratar o Cat Noir como uma simples proteção. – disse outro, trazendo lágrimas aos olhos de Marinette – Quer dizer, ele também é humano.

— Hei, não digam mal da Ladybug! – exclamou Chloé.

— Vamos todos sentar-nos. – disse a professora, mas Marinette levantou-se.

— Professora, eu sinto-me doente. – disse ela.

— Achas que a Alya contagiou-te? – perguntou a professora, preocupada.

— Eu…só preciso de ir para casa. – disse Marinette, arrumando as coisas – Peço desculpa.

— Marinette! – chamou Adrien, quando ela passou por ele a correr, mas ela não olhou para ele.

— Hei, ela estava a chorar? – perguntou Nino, vendo o amigo levar as mãos à cara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miraculous: Let Me Know You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.