— Vai chover daqui a pouco. – um tanto preocupada, Ohana falou para a mais nova

O dia não estava muito agradável, ainda mais para duas iniciantes na navegação como Ohana e Luna. O vento forte soprava sem parar, nuvens acinzentadas estavam espalhadas pelo céu, o mar se tornava cada vez mais agitado.

— Aquela é uma cumulo nimbus. – a mais velha apontou para o que via

— A mamãe já falou dessa nuvem. – Luna se lembrou de repente – Ela que faz as tempestades.

E não é que a ruivinha estava certa? Essa é uma das vantagens de ter uma grande navegadora como mãe.

Será que o clima não poderia ter um pouco de consideração por elas? Era a primeira vez que elas navegavam por conta própria. Ohana suspirou, tentando pensar em uma maneira de domar as grandes ondas que se formavam para que pudessem retornar à praia.

— Temos que voltar, Luna. – orientou com a cabeça erguida, falando como gente grande

— Nós vamos conseguir. – a mais nova garantiu - Você sempre dá um jeito em tudo. - Luna riu um pouco

O que ela havia acabado de dizer tinha um fundo de verdade. A esverdeada costumava resolver, ou ao menos tentar, todos os problemas que apareciam no caminho delas. Desde muito pequena se mostrava extremamente talentosa na sutil arte da argumentação e melhorava com o passar dos anos. Há pouco mais de uma semana, Ohana teve de usar seus melhores argumentos para convencer Franky a construir um pequeno navio para elas treinarem. Logo depois teve de convencer os pais de ambas a deixá-las navegar por um tempo, Luffy aceitou a proposta logo de cara, mas a mais velha precisou mostrar muito jogo de cintura para com o restante.

Elas conseguiram permissão para navegar em torno da ilha onde estavam e retornar antes do pôr-do-sol; uma tarefa bastante simples e perfeita como primeiro teste de navegação. Tudo estaria na mais plena calma se não por todo esse vento. Maldito seja você, vento!

A água estava começando a invadir a embarcação das pequenas. Não poderiam ficar paradas diante disso, era o momento de se ajudarem, de ficarem ainda mais unidas.

Ohana e Luna são mais que simplesmente amigas de infância; são irmãs. De quê importa laços de sangue? Mesmo tendo pais e mães diferentes, elas são irmãs. Isso estava dentro do coração de cada uma delas e ninguém jamais irá conseguir mudar o que sentem uma pela outra. Protegeriam uma a outra em qualquer situação possível e imaginável. Sempre se apoiariam e se ajudariam. Enfrentariam, unidas, qualquer tempestade.

XX XX

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Após as dificuldades enfrentadas em sua primeira navegação, Ohana e Luna voltaram sãs e salvas para a praia. Todos da tripulação ficaram muito preocupados a partir do momento em que perceberam a mudança climática repentina. Levaram algumas broncas de seus pais, mas nada que durasse mais do que trinta segundos, o alívio que sentiram ao vê-las chegar fora incomparável.

No seguinte, quando tudo já havia se acalmado, as duas meninas foram até Franky. A ruiva entregou um desenho para o ciborgue, fazendo-o perguntar do que se tratava.

— É o projeto do nosso novo barco. – a jovem Roronoa respondeu

— O outro já era. – Luna logo acrescentou, sorrindo

Não importava se a primeira tentativa não havia sido boa, tiveram apenas falta de sorte. O que poderiam fazer? Elas precisavam começar a se preparar para o futuro cheio de aventuras que terão. Não há como controlar essas duas pestinhas e à bordo de sua própria embarcação, o mundo se tornaria tão pequeno.