Trocados na maternidade escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 3
Problemas familiares




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P.O.V. Rebekah.

O meu irmão do meio é um bostinha mesmo.

—Então, tem mais uma vadia duplicata e você teve bebês com ela?

—Rebekah...

—Não, sem problemas. E agora eu tenho uma sobrinha duplicata?

—Rebekah...

—Isso é ótimo Elijah!

—Eles tem um exército e são vampiros diferentes de nós.

—Claro! Só nós somos os originais.

—E pelo jeito estamos ficando obsoletos! Aqueles não precisaram de convite para entrar na casa!

—O que?

—Isso ai. E sabe lá Deus mais o que esses vampiros novos são capazes.

—Vamos ver. Eu quero muito conhecer essa duplicata.

Retornamos á tal casa e eu fiquei chocada.

—Vocês tão vendo isso?

—Esse monte de Rebekah's de olhos vermelhos?

—É.

Era um exército de mim cercando a casa. E elas estavam com estacas na mão.

—Que raça inferior. Uma estaca no coração? Sério? Que coisa mais ultrapassada.

—E só uma estaca de carvalho branco mata um original.

Elas responderam em um coro perfeito. Uníssono.

—Nós sabemos e nós as temos.

—Impossível!

—Feitiço de gêmeos. Tudo o que tocar vai se multiplicar.

—O que isso quer dizer?

Uma das Rebekah's tocou a outra e essa começou a se multiplicar, mais umas dez de mim saíram.

—Isso pode ser um problema.

A duplicata saiu.

—Qual o problema Mikaelson's? Acham que é só isso? Eu guardei o melhor pro final. Você se acha tão importante Klaus, tão forte, mas você como as armas do século anterior já ficou obsoleto. Meninos!

Cópias do meu irmão começaram a sair de tudo o que era lugar.

—Dei a eles seus poderes. Metade vampiros, metade lobisomem. Espero que não se importe.

E essas também tinham olhos vermelhos.

—Melhor a gente recuar.

—Por favor, eu preciso conhecê-la.

—O que você precisa ou deixa de precisar não é problema meu. Na minha filha você não encosta. Porque tudo o que você toca você destrói.

—Por favor.

—Se quer tanto conhecê-los, tem que ser aqui onde estamos em maior número e você nunca vai poder se quer pensar em levá-la daqui.

—Tudo bem. Concordo.

Ela voltou para dentro e trouxe outra duplicata com ela. Dava para ver que a menina não estava muito confortável com a situação.

—Eu posso voltar pra dentro?

—Vai ficar tudo bem. Olha em volta Hannah, você está segura aqui.

—Mas, eu ainda não gosto deles. Vi o que eles fizeram mãe, eu vi você me mostrou. Palavras podem ser apagadas, mas aquelas imagens vão ficar na minha memória para sempre.

—Eu não queria que se assustasse, só que soubesse. Que estivesse preparada, para que não caísse nas armadilhas deles.

Hannah veio e arrastou a mãe com ela.

—Você é o meu pai?

—Sou. Eu nem acredito.

—É nem eu.

—É um prazer conhecê-la minha filha.

Ela só assentiu.

—É. Queria poder dizer o mesmo.

—Eu vou buscar o Henrik. Tá?

—Não! Eu vou com você.

—Tá bem. Vamos lá então.

Eles voltaram com o garoto e ele também não gostou de estar conosco.

—Sabe o que é estranho?

—O que?

—Que das de olhos vermelhos eu não tenho medo, mas da outra ai eu tenho.

—Eu sei. Eu sinto o que você sente meu filho.

—E quanto aos meus filhos?!

—Vai falar com a Caroline. Ela é a mãe, se vê com ela.

A Hope apareceu.

—Olá Hope. Seja bem vinda querida.

—O que?!

—Dela eu gosto. Ela é inocente, aposto que ela nunca nesses dezessete anos derramou uma única gota de sangue. Acertei?

—Sim. Eu sou cuidadosa.

—Por causa da maldição. Eu sei.

Uma garota ruiva veio correndo e começou a gesticular e parecia apavorada.

—O que?! Temos que tirar os meninos da casa agora!!

A duplicata fez gestos para a menina e ela começou a correr.

—Todo mundo pra fora da casa agora! Corram! Fujam.

E o povo começou a fugir. Menos alguns.

—Vão. E mãe?

—Sim querida?

—Cuida dos meus filhos.

—Vamos Renesmee!

—Eu tenho que ficar. Vou ficar e conter a explosão.

—O que?

—Vai. Agora!

Explosão? Como ela iria conter uma explosão?

—Vamos lá. Tá na hora do show.

A casa explodiu e as coisas voaram e começaram a bater numa barreira invisível que só se mostrava quando as coisas batiam nela. O fogo tentava encontrar uma saída, mas não havia.

Logo comecei a sentir cheiro de sangue.

Fui dar uma olhada e o sangue tava saindo do nariz da duplicata.

—O que?

Ela parecia estar cada vez mais fraca e quando o fogo finalmente morreu ela desmaiou. As pessoas começaram a voltar e a garota ruiva vinha correndo na frente.

—Mãe! Não mãe. O que você fez?

O gêmeo Luca veio correndo e os dois tentavam ajudá-la.

—Não mãe!

—Porque ficaram ai parados e deixaram ela fazer tudo sozinha?!

A ruivinha estava irritada. E veio pra cima de nós.

—Porque não ajudaram ela?! Você é uma bruxa! Devia ter feito alguma coisa!

—Sangue. Vamos dar sangue pra ela beber.

—Não! Ela não ia querer.

—Porque não?

—Porque o nosso estoque explodiu junto com a casa.

—E a gente deixa ela morrer?!

—O que quer fazer Luca?

—Dar sangue pra ela.

—Não. A mamãe não ia querer beber o nosso sangue.

—Mas, ela tá morrendo Lili!

—Mas e se ela não parar? Se ela machucasse a gente ela nunca iria se perdoar.

O garoto empurrou a irmã e se mordeu deixando o sangue dele pingar na boca da duplicata.

—Não Luca!

O sotaque dela era diferente. Eu nunca tinha ouvido nada parecido.

A duplicata voltou a viver e quando viu o que estava fazendo empurrou o menino.

—Tá maluco meu filho?!

—Você ia morrer mãe!

—Vocês juraram pra mim. Juraram que nunca fariam isso. Eu podia ter machucado você filho!

—Eu to bem. Olha nem ficou cicatriz.

—Vamos precisar de uma casa nova.

—Espere ai, se você é filha do Niklaus com a Caroline porque chamar a duplicata de mãe?

Ela começou a gesticular e conforme ela ia gesticulando o irmão ia falando. 

—Fomos trocados ao nascer! Dentro da maternidade seu grande... Ops!

De repente ele parou de falar. E começou a rir.

—Oh! Agora pegou pesado maninha.

P.O.V. Klaus.

Meu irmão está sendo atacado por uma garota que não fala. Ela está dizendo alguma coisa e parece raivosa. E o garoto só dá risada.

—O que tá acontecendo com ela?

—Basicamente? Ela tá te xingando de nomes que eu nunca na minha vida tinha ouvido ela falar por assim dizer. Você tá sendo esculachado cara.

—Porque?

—Porque tentaram invadir a nossa casa, quase mataram a nossa mãe e explodiram a nossa casa. Estamos sem teto e temos uma família pra cuidar.

—Podem vir ficar conosco.

—Aposto que foram eles que explodiram a nossa casa.

Disse a duplicata. Minha sobrinha.

O menino acenou e Liliana olhou para ele. Que começou a gesticular.

A menina voltou a falar:

—A Hannah provavelmente tá certa. Mas, nós não vamos nos render! Temos outras casas e vamos ficar juntos não importa quantas das nossas casas vocês explodam. Porque nós somos uma família e vocês não fazem parte dela.

—Porque você fala assim?

—Você nem consegue perceber né? Você presta tanta atenção na gente que nesses vinte minutos não conseguiu perceber o que a minha mãe percebeu no momento em que eu chorei pela primeira vez.

—Vamos embora querida.

Caroline veio com o resto do povo para pegar as crianças.

Ficamos lá sem entender nada. 

—Caroline!

—Vá embora.

—O que há com a Lili?

—Ela não escuta. Nasceu surda.

Surda? 

—Eu sinto muito irmão.

—Não sinta. Não sinta, não lamente só os ouvidos da Liliana não funcionam, mas ela é muito inteligente. Demais.

—Já lhe ocorreu colocar um implante coclear nela?

Quem respondeu foi a duplicata mãe:

—Já. Mas, deixe eu te explicar uma coisa mauricinho. Eu sou médica e como médica eu sei que toda a cirurgia é um risco e o implante coclear é uma cirurgia complexa e extensa que acontece no cérebro! O cérebro controla tudo o corpo todo, pulmões, coração tudo. E eu prefiro que ela seja surda e seja saudável do que que ela escute e seja doente. É a vida da sua filha que tá em jogo aqui e eu não sei se você sabe, mas a Liliana não cura tão rápido quanto nós. Se ela morrer vai passar direto. É definitivo. Você entende isso?

—Ela é...

—Vampira? Sim. Mas, ela é inocente e pura. Ela vai passar direto sim.

—E o que acontece se ela matar?

—Não sabemos. Ela pode se tornar uma híbrida como você ou o corpo pode voltar-se contra si mesmo.

—Como assim?

—Vampiros e Lobisomens não foram feitos para viverem juntos, são inimigos naturais. Agora imagine uma pessoa que tem o gene de vampiro dentro dela e de repente ela se torna lobisomem? Gostem ou não ambas as espécies funcionam como infecções. Não se nasce lobisomem, você mata e vira isso, não se nasce vampiro você nasce é mordido e vira isso. 

—Mas e quanto a você e nossos filhos?

—Nós somos excentricidades da natureza. Alguns nos chamam de milagre e outros de maldição e acho que somos um pouco dos dois.

Eles se mudaram para Los Angeles. E Caroline se utilizou de seu talento para ganhar dinheiro.

Ela cantava maravilhosamente bem. A duplicata servia as mesas e ela cantava.

—Puta que pariu viu?

—Mas, que diabos vieram fazer aqui?! Vão pra casa!

—Eles fazem parte da nossa família. 

—Eles são filhos de vocês, nas veias deles corre seu sangue, mas se realmente se importam com essas crianças vão embora. Vocês as levarão para um lugar sombrio, vão ensinar todas as coisas erradas e traumatizar essas crianças mais do que já traumatizaram.

Elijah tomou a frente e pegou a mão dela. No que ele fez isso o corpo da duplicata deu um tranco e seus olhos começaram a se mover como se estivessem vendo algo.

Sua expressão foi de ruim á doentia em segundos. Ela começou a puxar a mão e puxou até se soltar e cair no chão.

—Horrível. Monstruoso.

Caroline desceu do palco e veio correndo.

—Ele pegou na sua mão não foi?

Ela assentiu.

—Horrível. Monstruoso, terrível.

—Porque ela ficou assim?

—Quando você tocou a mão dela lhe permitiu uma imersão total nas suas memórias, seus pensamentos, absolutamente tudo o que você já viu e pensou na sua existência, o que sentiu quando fez isso. Ela viu tudo, sentiu tudo até a dor das vítimas.

Caroline teve que ajudá-la a se levantar e sentá-la numa cadeira.

—Você precisa de um estimulante. Kate, dá alguma coisa pra ela beber.

Ela virou o uísque e disse pra Caroline:

—Faz eu esquecer que eu vi isso. 

—Infelizmente não dá. Eu não consigo controlar outros vampiros e você é um escudo.

—Deixo você entrar e você me faz esquecer. Joga ácido no meu cérebro.

—Um escudo? O que é um escudo?

—Dons puramente defensivos são chamados de escudos. Ela é um escudo físico e mental, o escudo mental dela fica ativo dia e noite inconscientemente, mas o físico é só quando ela quer ou em situações de perigo. Ela consegue expandir e proteger outras pessoas.

—Ela é muito poderosa?

—Poder ilimitado e imensurável. Tá bom pra você?

—Ilimitado e imensurável?

—Deixa eu explicar melhor, seus poderes tem limites, os dela não.


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