Photograph escrita por Day


Capítulo 9
VIII — Skype, xadrez e vermelho


Notas iniciais do capítulo

HOLAAAAAAAAA, MUCHACHOS!!!!!!!! QUE SAUDADE ♥

eu demorei um pouco mais que o normal né rsrsrs. não vou negar, adoro. mas, cá estou eu agora.

confesso que ia demorar mais, mas por dois motivos resolvi achar um tempo e postar hoje:

1) NESSE CAP, TEM JILY DE NOVO!!!!!!!!!!
2) PARECE QUE AS COISAS POR AQUI ESTÃO DANDO CERTO COM O CRUSH (é tanta felicidade que preciso extravasar, então eu vim postar hehehe)

aproveitando que o halloween tá aí, queria dizer que minha fantasia é Karen Gillan de pijama (http://4.bp.blogspot.com/-x6x_eSrS_5g/UoD3m9DQ4sI/AAAAAAAAZvc/4InlHiSoPyg/s1600/amypajamas.png e http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2014/10/07/1412663538817_wps_92_EROTEME_CO_UK_FOR_UK_SALE.jpg) achei tendência.

agr, beijos, boa leitura!



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TRÊS MESES DEPOIS

DOMINGO

Não fazia sentido acordar cedo em um domingo. Realmente não fazia. Levantar às oito e meia não tinha lógica alguma, ia quase contra seus princípios de vida, mas Lily o fez mesmo assim. Abriu os olhos, contra sua vontade, e levou algum tempo até processar por completo o que estava acontecendo.

Um barulho incessante e irritante vinha da sala e tirava toda sua pouca e escassa atenção. Pôs-se de pé muito antes do que queria e, em passos lentos, caminhou até a origem do som. Ainda com mais sono do que deveria, deu alguns cliques aleatórios sobre o botão vermelho para rejeitar a chamada de Marlene.

Desde que voltou para casa, as chamadas de vídeo entre elas ficaram cada vez mais comuns e recorrentes. Ficavam por horas, às vezes madrugada adentro, conversando sobre assuntos que não eram lá tão relevantes. Mas, mesmo assim, sentiam que estavam mantendo algum tipo de conexão à distância.

McKinnon, Marlene

ESCUTA AQUI

MELHOR ME ATENDER

ATENDE LOGO

Lily limitou-se a rir da mensagem, sendo capaz de ouvi-la gritando tais palavras. Se havia uma coisa que Lene odiava, essa coisa era ser ignorada ou contrariada. Aparentemente, ser ignorada a quilômetros de distância era ainda pior.

McKinnon, Marlene

EVANS

VOU ATÉ AÍ NA SUA CASA

FAZER VOCÊ ME ATENDER

ATENDA!!!!!!!!!

Dando-se por vencida e sem muito ânimo para manter uma discussão via mensagens, Lily apertou sobre o botão verde e gritante, que ocupava metade do lado direto da tela. Um segundo depois, Marlene apareceu com a aparência muito diferente do que ela se lembrava. O cabelo estava mais curto e com alguns cachos grandes caindo pelo ombro. Já os olhos, que antes costumavam ser permanentemente maquiados, estavam sem cor alguma além do incrível tom de azul natural.

— Oi, Lene.

Nossa, Lil, você está um trapo.

— Você sabe que eu adoro sua sutileza, não sabe? — respondeu, no maior tom de ironia que podia alcançar àquela hora.

Mas, de qualquer forma, Marlene estava certa. Usava um pijama, que deveria ter estado alguns anos guardado no fundo de seu guarda roupa, e uma calça xadrez de flanela. Nos pés, uma pantufa em formato de panda não lhe dava muita seriedade ou maturidade.

Não que Lily se importasse com isso. Estava trancafiada em casa há dias e se vestir de forma adequada realmente não era o que ela queria. Acordava cedo e, se estivesse com um humor melhor do que de uma velha rabugenta com 92 anos, trocava de roupa. E, às vezes, permanecia com o pijama o dia todo.

Você está pronta para uma surpresa?

— Sério? Olhe para mim, olhe bem, e diz se eu pareço alguém pronta para qualquer coisa. Mas, não. Não estou pronta para uma surpresa.

Surpresa! — Lily ouviu outras vozes, que não a de Marlene, gritarem.

Tudo durou flashes de segundo. Na tela, viu outras duas pessoas e demorou alguns milésimos para lembrar-se quem eram. O cara com quem Lene saíra do bar, há tantos meses e que, logo antes de ela voltar, havia terminado tudo. Tudo, não, pensou. Provavelmente, os dois não compartilhavam mais do que umas boas noites na companhia um do outro.

Ao lado dele, estava a última pessoa que Lily achou que veria de novo. Veria, afinal de contas, o ouvia diversas vezes no dia — mesmo que mentalmente. O cabelo ainda parecia uma zona, com fios apontando para todas as direções possíveis. Sobre os olhos ainda havia óculos quadrados de algumas décadas atrás. Lily normalmente acharia aquilo ridículo.

Seu primeiro instinto foi alcançar uma das almofadas ao seu lado e colocar sobre o rosto, na intenção de esconder-se. Soltou um gritinho nada maduro e ouviu as risadas do outro lado da tela do computador. Marlene deveria ser louca, entre outras muitas coisas, para aprontar aquilo àquela hora da manhã. De um domingo, pelo amor de Deus!

— Você é louca, McKinnon! — gritou. — Louca!

Não tinha ânimo, e nem vontade, de sair de dentro do quarto, para não correr o risco de precisar se olhar no espelho. Com toda certeza não queria que os outros a vissem. Em especial, eles dois. Desde uma semana antes, o mundo todo parecia conspirar para que cada mínima coisa desse errado nos dias de Lily.

Primeiro, sua irmã resolve que o casamento deve ser adiado, há dois meses. Disse que era só para colocar alguns pensamentos no lugar, e agora dizia que já não era mais noiva de ninguém e que a cerimônia estava cancelada. Talvez ela nem tivesse lá muito envolvimento nisso, se Petunia não decidisse que era na casa de Lily que ficaria até as coisas se acertarem. Se é que se acertariam algum dia.

Tuney ficava fora grande parte do dia e, aos domingos, ia cedo para a casa dos pais e demorava a voltar, às vezes chegando muito depois da irmã ter ido dormir. Por mais incrível que pudesse parecer, aquilo funcionava. Para as duas. Não tinha reclamação de nada, exceto da hóspede repentina. A princípio, essa estadia deveria melhorar a relação delas, embora parecia estar as afastando cada vez mais.

Segundo que, sem qualquer aviso, as aulas de Lily na faculdade estavam suspensas, sem qualquer aviso prévio de retorno. O que a deixava com muito mais horas livres para não fazer nada a cada dia. Focou-se em concluir seu relatório de estágio e iniciar seu TCC, mas ainda esperava que pudesse se distrair por algumas horas fora do apartamento.

Até tentava uma distração diferente — dessas que ela, geralmente, não faria — como uma caminhada na praia. E, se estivesse de bom humor, poderia entrar no mar. Claro que não seria um mergulho mais duradouro do que dez ou quinze minutos, tempo suficiente para o sal ressecar sua pele e cabelo.

Terceiro, e talvez pior, seus pais anunciaram que estavam mais próximos de um divórcio do que nunca. Talvez esse tenha sido o motivo para Petunia cancelar tudo. Abigail Evans era a pessoa mais amorosa do mundo, esposa dedicada e mãe exemplar, mas, ao que parecia, David Evans não estava sendo um marido à altura.

Lily sabia que existiam crises no casamento dos pais, mas não imaginava — jamais imaginou — que alguma poderia ser tão grande assim. Era fisicamente incapaz de imaginar um dia que não os veria juntos, trocando carícias tímidas ou palavras reconfortantes. Não conseguia pensar se, num futuro distante ou não, teria de escolher um deles para passar o final de ano, seu aniversário ou o Quatro de Julho.

Levaria um tempo considerável até que ela conseguisse assimilar isso.

Uau! Adorei como você combina estampas — ouviu depois de algum tempo escondida atrás da almofada. — Incrível como você adora xadrez.

Lily não se lembrava do nome dele, mas tinha uma vaga noção de como poderia ser. Talvez soubesse a primeira letra, mas, de qualquer forma, eram vinte e seis possibilidades e ela não podia simplesmente dar-se a sorte de adivinhar na primeira tentativa.

— Obrigada... — respondeu irônica, deixando o final da frase no ar, como se pedisse que ele completasse com o nome.

Sirius, ao seu dispor.

Ao meu dispor — Marlene o interrompeu. — Agora, Lil, se nos dá licença, eu e Six iremos buscar nosso chá de hoje. Bom, na verdade, não é chá de verdade, mas você entendeu.

Lene puxou-o pelo braço, indo em direção ao que, pelo ângulo que estavam, parecia ser a cozinha do apartamento. De repente, Lily viu-se sozinha — de certo modo — com aquele que, provavelmente, já podia ser titulado como fotógrafo.

Gostei de como a almofada é da mesma cor da sua calça, que é da mesma cor do seu cabelo — ele falou com um tom mais tímido e reservado. — É vermelho demais — riu baixinho por alguns segundos e se calou em súbito. — Desculpe.

— Acho que nós já nos desculpamos demais.

ººº

Quando James acordou naquela manhã, não imaginava que teria um domingo diferente de comer besteiras e assistir a alguma maratona de seriados americanos na televisão. Talvez, com um pouco de sorte e ânimo de sobra, pudesse sair para dar uma volta no centro e até fazer algumas compras supérfluas em algum shopping.

Mas, ele odiava shoppings.

Então, ao meio dia, viu-se arrastado por Sirius para a casa da tal garota do bar, a mesma de tantos meses antes. Sabia que eles tinham terminado — até porque fora acordado em plena madrugada para ouvir lamúrias sobre isso —, mas não imaginava que tivessem retomado o relacionado, fosse o que fosse.

Passaram a tarde toda conversando sobre assuntos que, na verdade, não valiam a conversa. Riram de coisas sérias e das coisas mais banais. Tomaram de tudo, menos água, até o organismo de James implorar por isso. E, por fim, ele percebeu o que era aquilo, o que era ela e Sirius.

Não era só sexo casual, um encontro supostamente ao acaso, ou alguém para quem correr quando tudo desse errado. Acima de tudo isso, eles tinham o que parecia — e poderia — ser uma amizade. Se tivesse alguns benefícios além disso, ótimo para os dois lados.

James quis algo similar a isso.

Só poderia ser uma coincidência ferrada do destino, embora ele não acreditasse nisso, ou a tal casualidade daquela idade da vida. Mas, assim que Marlene proferiu as duas últimas palavras daquela frase, James sorriu por instinto.

— Vamos ligar para Lily Evans! — anunciou a certa altura da tarde. — Deve ser, mais ou menos, oito da manhã por lá. Ela já vai estar acordada.

— Não vai — Sirius murmurou em resposta.

Mas, no fim das contas, ela estava acordada. E estava adorável.

Ninguém ficava bem àquela hora da manhã, mas James surpreendeu-se ao saber que era possível. O rosto, ainda evidenciando que dormia há pouco tempo, tinha os olhos quase fechados — fazendo com que o tom único de verde não pudesse ser visto como deveria. Um emaranhado vermelho no alto da cabeça deveria ser o cabelo.

Não era a roupa mais apresentável do mundo, mas combinava de certa forma. Mas, qualquer que fosse o caso, ela não deveria estar completamente arrumada para uma chamada de vídeo surpresa logo após acordar. A calça xadrez combinava com o xadrez da estampa da almofada que ela usou para se esconder quando ele e Sirius gritaram surpresa.

Algumas frases curtas e sem nexo depois, James se viu sozinho com ela. O que deveria dizer? Sobre o que conversar? Qual comentário fazer? Não era como se tivessem um leque infinito de assuntos ou tópicos inicias, não. Algumas vezes por dia, em raros os dias, trocavam algumas mensagens, e isso não durava mais do que alguns minutos. A convivência pessoal que tiveram não foi de tudo pacífica, embora tenha terminado de uma maneira não muito esperada de início.

Sentindo-se um idiota completo, além de ter a sensação de que voltara a ser um adolescente prestes a dar o primeiro beijo, ele optou por falar do que havia lhe agradado nela.

Vermelho é minha cor favorita. E a sua?

Seria piegas demais dizer que aquela também era sua cor favorita. Principalmente porque James nem ao menos gostava de vermelho.

— Gosto de dourado — gostava, porque era a cor do ouro. Era um pouco superficial demais, mas ele não se importava com isso.

Acho que dourado é uma cor linda também.

Depois disso, embarcaram em um silêncio um tanto constrangedor, mas nenhum dos dois falou nada por alguns minutos. A ideia de falar sobre cor tornou-se idiota de uma hora para outra.

James? — Lily chamou, surpreendendo-o em como seu nome soava bem na voz dela. — Eu vou desligar agora, tudo bem? Talvez trocar essa roupa. Estou xadrez demais — ele odiou Sirius mentalmente por ter dito aquilo.

Pareceu tão abrupto e, ao mesmo tempo, tão natural que ela dissesse isso. Afinal, sobre o que conversariam? As mensagens que trocava pelo celular não eram muito longas, e os assuntos não eram muito duradouros. Não tinham tópicos a levantar e nem interesses em comum para debaterem.

Ainda eram tão estranhos quanto quando se conheceram.

— Tudo bem — respondeu em um quase sussurro. — Até.

Até.

O motivo pelo qual James esperou, nos minutos seguintes, que ela simplesmente voltasse a ligar era um mistério. Permaneceu ali, encarando a foto de Lily que a substitua depois do final da chamada e sentiu-se um pouco vazio. Talvez nem fosse essa a palavra certa para descrevê-lo naquela hora. Talvez fosse aliviado, ou animado, ou algo menos alegre, como saudoso.

Sentia saudade de alguém que vira poucas vezes na vida? Quem sabe. Sentia-se aliviado por tê-la visto de novo? Provavelmente. Sentia uma animação em pensar que ela poderia estar sorrindo agora? Com certeza.

A verdade era que ele não sabia muito bem nomear aquela sensação que tinha. Certamente sentiu-se um pouco melhor ao vê-la e, ainda mais, quando ouvira o próprio nome na voz dela e como isso soava tão bem. O que James não podia, de jeito algum, fazer era pegar aquela mínima parte de seu dia e toma-la como a melhor.

Até porque ele não sabia o que ainda aconteceria nas próximas horas, e se isso poderia ter o status de melhor acontecimento do dia. Contudo, de qualquer jeito, ver Lily ainda sonolenta foi bom. Inesperado, mas bom.

ººº

Lily não viu quando a porta da sua sala de estar foi aberta por uma Petunia completamente esbaforida, impaciente e com a respiração cortada. Alguns fios loiros estavam colados na testa pelo suor, e os olhos estavam arregalados como se ela tivesse visto alguma assombração ou coisa do tipo.

— Tuney, o que aconteceu? — puxou-a pelo braço, até que ela se sentasse no sofá.

— Eu... preciso ficar escondida aqui. Se perguntarem sobre mim... diga que eu sumi — Petunia respondeu com longas pausas.

— Por quê? — Lily não pensava em negar certo tipo de ajuda, mesmo que imoral, à própria irmã, mas precisava saber o motivo.

Tuney respirou fundo e ficou calada por um tempo. Normalizou sua respiração até ser fisicamente capaz de falar de novo. Não sabia se encontraria as palavras certas para dizer, sem que Vernon parecesse um monstro ou qualquer coisa do tipo. Ela o amava, mas aquele era um dos momentos em que a distância era o melhor para os dois lados

— Vernon e eu brigamos. Não foi nada bonito ou agradável, nunca é e você sabe — era uma referência clara a todas as brigas que as duas tiveram durante a infância e adolescência. — Dessa vez foi a pior de todas. Ele perdeu o controle de vez, Lily. Eu não quero vê-lo de novo, ou que ele me veja. Nunca mais.

— Ele bateu em você? — Lily secretamente esperava que a resposta fosse não, mas o aceno positivo de Petunia ou uma pequena marca vermelha em seu braço a fizeram chegar à conclusão contrária.

A mais pura sensação de ódio e repulsa atingiu cada parte de Lily. Repúdio por cada palavra não dita ali, por simplesmente cogitar a ideia de que sua irmã poderia passar por aquilo. Mas, ela sentiu algo maior, muito maior, que repúdio por Vernon.

Lily tinha nojo dele e não faria questão de esconder isso de ninguém, principalmente de Petunia.

Durante o resto do dia, elas não se dedicaram a fazer qualquer que coisa que envolvesse levantar da cama. Tuney falou detalhes da gravidez até ali e parecia genuinamente feliz com isso. Contou de como eram todas as mudanças que aconteceram e, todas as vezes que Lily perguntou, ela confirmou que desejo de grávida existia.

— É uma vontade muito intensa de comer alguma coisa, uma vontade que você não faz a menor ideia de onde veio. A sensação de poder comer aquilo é a melhor de todas.

Em silêncio, elas perceberam que momentos como aquele, em que ficavam horas conversando sem nenhuma discussão ou desentendimento, eram ótimos. Quiseram poder voltar no tempo e terem uma relação boa assim desde sempre.

ººº

Naquela noite, James voltou para casa querendo ficar na casa de Marlene por mais tempo. Geralmente, não gostava muito de permanecer por lá mais tempo do que o necessário, odiava quando Sirius inventava um motivo aleatório e infundado para perder mais alguns minutos. Mas, a mínima ideia de pensar que poderia ver Lily de novo, nem que fosse por poucos minutos, o fazia se contrariar.

Pelo resto da noite, permaneceria com a voz dela chamando-o pelo nome em modo replay. Iria dormir com um sorriso bobo estampado nos lábios e um brilho incomum nos olhos. Parecia, e talvez era, tão ingênuo agir assim, mas ele não podia impedir-se. Era quase ilógico não agir assim.

Evitou focar todos pensamentos nisso ou, com certeza, ficaria neurótico mais cedo do que poderia imaginar. Ocupou o restante de seu dia com pequenas tarefas que, normalmente, não seriam feitas com tanta dedicação.

Arrumou todo seu guarda-roupa, até as roupas mais antigas e que já não eram usadas há mais tempo do que James podia contar nos dedos. Resolveu que deveria dá-las à caridade. Fez uma limpa em todos os papeis que ocupavam a escrivaninha do quarto e achou dois ou três telefones de garotas que, provavelmente, conhecera em festas que Sirius o obrigou a ir.

Emmeline Vance. Pelo nome, só pelo nome, não parecia ser a pessoa mais simpática de todas. Mary McDonald. Já essa, se possível, aparentava ser alguém extrovertida e simpática.

Não que ele se lembrasse delas ou das características delas. Não sabia nem o motivo de ter o número de duas estranhas em meio a anotações da faculdade ou recados importantes.

Por um ato involuntário ou por simplesmente ter achado aquilo, James pensou que poderia ser interessante falar com Lily. Mesmo que não pudesse mais ouvir a voz dela.

Potter, James

Adorei a calça xadrez

Será que encontro uma igual por aqui?

Evans, Lily

Com certeza

Comprei a minha em alguma lojinha no centro

Se comprar, me mande fotos

Potter, James

Claro

Vou mandar

VÁRIAS

Evans, Lily

Aguardo ansiosamente

E então, tão súbito quanto começou, o assunto acabou. Mas, ele se sentiu um pouco mais aliviado com a resposta imediata, como se ela não pudesse esperar para responde-lo.

ººº

Petunia ressonava ao seu lado, dando a Lily uma leve sensação de sonolência no meio da tarde. Fechou os olhos algumas vezes, sentindo-os pesados, mas negou-se a dormir. Ouviu o bip do celular e, ao dar-se conta a quem pertencia o nome estampado no visor, sorriu involuntariamente.

Não podia negar que, de um jeito ou de outro, havia pensado em James ao longo daquele dia. Não com tanta veemência, por conta de Petunia e a avalanche de coisas, mas pensou. Odiou ter desligado tão de repente e perdido a chance de conversar, por mais alguns minutos, com ele.

Respondeu as mensagens rapidamente, embora quisesse demorar. Assim, poderiam se falar por mais tempo. Mas, toda a ansiedade e o imediatismo a fizeram digitar uma resposta com mais rapidez do que ela desejava.

Então, do nada, lá estava ela com um projeto de sorriso nos lábios. Era tão incrível como algo tão simples a deixava feliz de repente. Lily descobriu que, embora não se alegrasse com tanta facilidade, era capaz disso. Bastava que a pessoa certa a alegrasse.

Ficou algum tempo sorrindo para o teto até sentir que deveria fazer o mesmo que Petunia e dormir. Talvez sonhasse com aquilo.


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Notas finais do capítulo

se tiver erro, me avisem pq n revisei com mt paciência.

ai que delíciaaaaaaaaaaa esses dois AUHADFU (essas msgs são inspiradas em mim mesma, eu e quem hehehe)

perdoem pelo Vernon filho da ****, mas eu odeio ele com mt força aaaaaaaaaaa.

PS: eu fiz uma one grandinha numa UA onde James é um soldado americano (eles moram nos EUA) e ficou bem sad. acham q eu devo postar?

não esqueçam de comentar, beijos, mamãe ama vocês.
se tudo der certo com o crush, eu posto mais cedo de novo. já podem fazer suas macumbas, adoro.

bjs ♥



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