Photograph escrita por Day


Capítulo 6
V — “D” é para desculpas. E despedidas.


Notas iniciais do capítulo

já agradeci antes, mas vale de novo.
LUUUU, OBRIGADAAAAAA PELA RECOMENDAÇÃO, TO BEM FELIZ AINDA (embora eu esteja triste por alguns motivos que vc sabe quais são).

então, gente, só queria dizer que esse cap tá bem amorzinho. eu amei ele todinho ♥



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TERÇA

Fazia uma semana que o voo de Lily estava atrasado e ela já não aguentava mais permanecer na rotina de ligações longas e e-mail sem muita educação — de ambas as partes — para a companhia aérea. Pedia que fosse ressarcida com dinheiro ao invés de ser realocada em outro voo. Não era minimamente justo continuar ali por uma completa e total irresponsabilidade dos outros.

Bufou de raiva e afastou, sem paciência alguma, as mechas de cabelo que caíam sobre seu rosto. Reparou que Marlene a observava com divertimento no olhar, como se fosse hilário toda a situação estressante que passava.

— Pare de me olhar desse jeito!

— Desse jeito, como? É o único olhar que eu tenho, darling.

Revirou os olhos e sentiu ainda mais raiva. Daquela forma, parecia até que havia se cansado de Londres ou que não gostava dali. Não era o caso, claro; Lily adorava aquela cidade e esperava poder visitá-la mais vezes e visitar todos os lugares como se nunca os tivesse visto antes. Acima de tudo, queria poder ver Marlene com mais frequência.

— Lil, acho que assim não resolve nada. Vá até o aeroporto, arrume briga, discussão, xingue Deus e o mundo, mas não resolva nada por telefone. Não vai dar certo — ela era muito pontual quando precisava ser. E muito direta também. — Eu não aguento mais essa sua cara fechada, como se fosse matar alguém a cada segundo.

Lily forçou seu sorriso falso, mas por dentro concordou com cada palavra. Precisava ir embora para seguir com sua vida, e ficar ali parada esperando que uma ligação resolvesse tudo não daria certo. Alcançou sua bolsa e saiu às pressas para o aeroporto.

Como era de se esperar naquela cidade, uma chuva fraca começou a cair, sem aparente aviso. O céu, de repente, fechou-se em nuvens cinzentas e as pequenas gotas passaram a molhar o que quer que estivesse abaixo. Lily cobriu a cabeça com sua jaqueta e acenou para o primeiro táxi que viu. Esgueirou-se para dentro e ofegou quando estava finalmente protegida da água que caía do lado de fora do carro.

— Para onde? — ouviu o taxista perguntar e sobressaltou-se no banco traseiro.

A voz do motorista era muito parecida, se não idêntica, à de James Potter. As chances de ser ele ali eram quase nulas e Lily respondeu aeroporto quase em um murmúrio. Permaneceu calada e olhando para as próprias mãos durante todo o caminho, pensou nas mais diversas coisas e, como fazia quando criança, passou a apostar uma corrida imaginária com as gotas de chuva.

O caminho nunca pareceu tão longo, e o trânsito nunca pareceu tão engarrafado. O que ela não era capaz de entender porque, a cada vez que tinha de fazer algo realmente importante, a vida não colaborava, tampouco parecia estar a seu favor. Deveria ser algum carma por algo que fizera aos quatro anos, era a única explicação plausível.

Quando ouviu o taxista dizer que haviam chegado e o preço da corrida, Lily ousou olhá-lo. E, por Deus, ela desejou não ter olhado. Cogitou pensar se eram irmãos, talvez gêmeos, ou se clones existiam na realidade. O mesmo cabelo bagunçado, caindo em algumas partes do rosto, e o mesmo par de olhos em um tom acastanhado.

Não era seguro pensar naquilo, ou criar algum tipo de explicação infundada sobre a mera semelhança entre duas pessoas distintas. Entregou o dinheiro e saiu apressada, sem se importar com a chuva.

Procurou pela Delta Air Lines e, assim que seus olhos pousaram na logo da empresa, sentiu o sangue ferver e caminhou até lá com um pouco mais do que apenas pressa. Sabia que a atendente não era culpada, mas não conseguiu evitar de olhá-la com o mais profundo ódio. Antes de falar, Lily respirou fundo um par de vezes e tentou soar calma e tranquila.

— Pois não, no que posso ajudá-la? — a mulher perguntou.

— Há uma semana que meu voo para San Diego foi cancelado. O que eu preciso fazer para ir embora? Ou vocês vão me prender aqui por mais uma semana, um mês, um ano? — a cada frase, sua voz aumentava o tom, atraindo alguns olhares.

— Vou checar no sistema se há algum voo com lugar disponível para a localidade que deseja — era uma resposta automática, que, ao invés de ajudar, só deixou Lily ainda mais irritada. — Por favor, aguarde um instante.

Sentou-se em uma das poltronas do saguão de espera e, como o nome sugeria, esperou. Não estava muito paciente naquela hora, sua perna tremia involuntariamente e seus olhos procuravam, a cada segundo, alguma mínima coisa para se focarem.

Depois do que pareceu uma eternidade, mas talvez tenha demorado alguns minutos — ela não saberia dizer com certeza — ouviu-se ser chamada no balcão de novo. Sorriu da forma mais amigável que podia ao se aproximar da atendente, mesmo que sua tentativa não tivesse sido lá tão bem-sucedida.

— Tem um voo na quinta-feira com dois lugares disponíveis, com saída prevista para as sete e quarenta da noite. Não há nenhum antes disso, infelizmente.

— Ótimo! — Lily respondeu em um tom sarcástico e, ao mesmo tempo, animado. — Coloque meu nome em um dos lugares disponíveis. E não cancelem esse voo também!

Pronto. Tão simples quanto respirar, seu problema estava resolvido. Poderia voltar para casa, finalmente. A partir dali, passou a contar as horas restantes até estar de volta em sua rotina.

QUARTA (OU QUINTA DE MADRUGADA)

Sirius aparecera à porta de James às quatro da manhã para dizer que o que tinha com Marlene McKinnon estava acabado. O que quer que tivessem tido estava agora acabado, e ele estava genuinamente devastado. Com a roupa fora dos conformes, um cheiro forte de álcool e frases desconexas, com certeza havia bebido até não aguentar mais.

Era o que sempre acontecia e, até então, Sirius não tinha se acostumado a não beber mais do que aguentava. Como um ritual, bebia por horas e vinha até seu melhor amigo como quem vai para o colo de mãe depois de um machucado. Sabia que, com James, conseguiria o consolo necessário.

Mas, aparentemente, não daquela vez.

— Você ficou louco? Doente? Caiu e bateu essa cabeça em algum lugar? Não espere que eu vá te consolar a essa hora da manhã! — ele dizia com raiva por ter sido acordado bruscamente com batidas insistentes na porta. Os vizinhos também deveriam ter acordado e isso não seria nada bom. — Entre, deita e durma se quiser, mas me deixe descansar.

Chato — foi o que ouviu em resposta, enquanto via Sirius cambalear até o sofá.

Preso na insônia — já companheira — forçada daquela noite, James pensou nos últimos dias de sua vida. Como a exposição de fotos tinha sido muito melhor do que esperou que fosse, seu projeto recebera grandes elogios e, a partir do segundo dia, houveram algumas perguntas a respeito da foto principal. Por uma questão de moral, ética ou qualquer outra coisa, tirou a foto de Lily Evans da vista dos outros. Em algumas horas, seria o último dia daquilo e, então, teria que começar a se preparar para a defesa de seu TCC.

Às vezes, ainda revivia a sensação maravilhosa de ter conseguido concluir aquilo tudo. Pegava-se imerso nessa nostalgia — muito boa, por sinal — e desejava poder sentir-se assim em tempo integral. No silêncio da noite, ouvia os elogios que seus pais fizeram ao ouvir a notícia de que os anos de investimento tiveram bom resultado.

Na sala, Sirius fazia alguns barulhos ou resmungava algumas coisas que envolviam a palavra saudade. Pelo jeito, sim, ele realmente gostava de Marlene e aparentemente esperava que aquilo fosse adiante. Mas, ela não esperava o mesmo. E, de um jeito ou de outro, isso o afetava também.

James precisava parar de sofrer a dor dos outros, mas não era como se ele conseguisse fazer isso.

ººº

Lily terminava de separar o que era seu do que era de Marlene. Fez com que ela jurasse que não iria se atrasar daquela vez e, depois de pouco mais de vinte confirmações, começaram a arrumar as malas. Algumas daquelas roupas ela nem ao menos lembrava-se de ter trazido na viagem, e acabaram por não serem usadas.

— Nossa, a cidade realmente perdeu de te ver usando isso — ouviu Lene dizer, enquanto segurava uma blusa rosa de crochê com alguns detalhes em roxo.

— Olha, eu adoro essa blusinha. Agora, por favor, vamos terminar isso logo.

Por um momento, voltaram a ter doze anos. Provaram diversas roupas, fizeram piadas uma com a outra e, no fim, tiveram o amargo gosto de despedida. Só estavam vivendo aquilo porque Lily estava prestes a ir embora, e pensar nessa realidade era pesado e dolorido demais. Provavelmente não aguentariam dizer adeus outra vez, sem saber se iriam se ver de novo.

Evitaram pensar nisso, focando-se apenas nas coisas que lhes eram boas naquela hora. Aproveitaram o último dia para comer pipoca doce em cima da cama e não se importarem se sujaria o lençol. Assistiram a filmes de terror e gritaram nas partes convenientes — embora Marlene gritasse a cada cena.

Voltaram à pré-adolescência durante alguns minutos e foi a melhor sensação do mundo para elas.

Mas, então, como tinha que ser, era hora de se despedirem de novo. Lily não queria pensar que, em menos de vinte e quatro horas, estaria longe de sua melhor amiga. Em compensação, imaginar que estaria em casa não era nada ruim.

Demoraram a fazer tudo o que deveriam. Tomaram um banho mais longo, tiveram dificuldades em escolher a roupa que usariam, não conseguiram se decidir quanto à melhor sapatilha. Estavam atrasando-se e, com isso, atrasando a partida de Lily. Atrasando a separação brusca e dolorosa que sofreriam — de novo.

— Antes de ir ao aeroporto, eu quero ir a um lugar. Juro que vai ser rápido.

A última vez que pisara ali não tinha sido uma experiência tão boa, havia saído com passos firmes e uma raiva quase latente. Mas, agora estava muito mais calma, relaxada e em paz para começar a gritar de novo. Notou que tudo estava exatamente do mesmo jeito, as fotos pregadas nas paredes e os respectivos fotógrafos explicando-as.

Sem nem precisar dar a ordem a seu cérebro, caminhou automaticamente ao último corredor da esquerda. No final dele, seis fotos eram expostas, tendo à frente um fotógrafo imensamente orgulhoso. Lily sorriu e, não como da última vez, caminhou com calma até lá, olhando tudo ao seu redor antes de chegar aonde queria.

— Oi — falou baixo, com calma e um pouco de receio.

Era claro que James não tinha muitas expectativas para o último dia de exposição. Todas as pessoas realmente importantes já tinham comparecido, e agora poucos interessados se aglomeravam na entrada, para que pudessem sair mais rápido. Quando — ou se — alguém parava para ver suas fotos, era recebido já sem muita animação.

Praticamente dormia em pé, escorado na parede, e usava os braços cruzados como uma espécie de travesseiro improvisado. Ouvia algumas vozes distantes, mas nenhuma que fosse conhecida, e já não se animava mais com isso. Cumprimentava de volta os que o cumprimentavam primeiro e era o máximo de contato que chegava a ter com os outros em uma hora.

Queria ir embora, queria mais do que tudo, mas havia prometido que ficaria ali até o final. E, se tinha uma coisa que James aprendera, era que promessas deveriam ser cumpridas, mesmo que fosse a coisa mais difícil de todo o universo.

Mantinha os olhos abertos durante alguns segundos, e fechados por longos minutos. Não havia nada que chamasse sua atenção, exceto, talvez, pela figura peculiar que se aproximava devagar. Ele não tinha qualquer esperança que ela voltasse ali, não depois da última vez. Mas, parecia que suas apostas estavam erradas.

A voz mais calma era totalmente diferente dos berros e acusações que ouvira há alguns dias.

— Oi — respondeu por fim, depois de um tempo em silêncio.

— Eu só... queria me desculpar. Acho que toda aquela cena foi desnecessária, me desculpe.

— Claro — James ainda estava incrédulo com o que ouvia. Ela parecia tão decidida em acusá-lo na tal cena, que era impossível ser a mesma pessoa se desculpando. — Eu também devo desculpas.

— Sim, deve — ali estava o convencimento que era nativo à Lily. — Mas, sou mais errada. Parabéns por ter conseguido a foto, de qualquer maneira, ficou ótima. Parabéns por concluir o TCC, eu realmente espero que dê tudo certo. E parabéns pela exposição.

Ela não o olhava enquanto dizia cada uma daquelas palavras. Encarava o chão ou um ponto cego atrás dele. Não seria capaz de olhá-lo nos olhos e ver sua própria culpa estampada neles. Ouviu-o murmurar um agradecimento e, por fim, sentiu que tinha feito tudo o que tinha para fazer em Londres.

— Não é do seu interesse, mas... estou indo embora agora. Marlene está lá fora me esperando para irmos ao aeroporto — por algum motivo, sentia um pesar na voz a cada palavra que dizia. — Foi bom ter te conhecido, afinal de contas.

Sem saber exatamente o porquê, Lily se pôs nas pontas dos pés o rodeou pelo pescoço. Sentiu que ele a sustentava pela cintura e não era uma sensação tão ruim. O perfume que ele usava era bom, muito bom, e ficaria em sua memória por algumas horas depois daquilo. James afundou-se em meio aos fios vermelhos dela e desejou poder ficar ali por mais tempo.

Afastaram-se um pouco relutantes. Nos olhos de Lily, era nítido o quão embaraçoso esse momento tinha sido, mas seria ainda pior se não tivesse acontecido.

— Adeus, James Bond — sorriu com a espécie de apelido que havia dado a ele.

— Adeus.

Enquanto caminhava em direção à Marlene, pensou que gostaria de poder tê-lo abraçado antes, ou de fazer isso mais vezes futuramente.

James a observava se afastar a cada segundo, desejando que pudesse fazê-la ficar mais um pouco. Pelo menos o suficiente até convencê-la de que era, entre outras coisas, espetacular e que não deveria evitar fotos como evitava. Queria poder afirmar que qualquer fotografia que a tivesse seria ainda melhor.

Mas, nenhum dos dois fez nada. Deixaram-se seguir caminhos diferentes, sem uma certeza de chegariam a se ver de novo. Talvez não, considerando quantas pessoas ainda haviam no mundo; ou talvez sim, se considerassem que coincidências realmente existiam. Independentemente do caso, estariam a treze horas de distância dentro de alguns minutos.

Lily percorreu o trajeto da galeria ao aeroporto calada. Não tinha a real necessidade de ter se desculpado, mas o fez por puro peso na consciência. Agora, encarava outra despedida. Marlene ameaçava irromper em lágrimas ao seu lado, não só por ter de dizer adeus para a melhor amiga de novo, mas por toda a confusão que era sua vida.

Assim que chegaram, Lily foi rápida e categórica em fazer seu check-in e partir para a sala de embarque. Não queria ter de prolongar ainda mais sua partida. Abraçou Marlene com força e prometeu que voltaria, fazendo-a prometer o mesmo. Choraram copiosamente, como se jamais fossem se ver de novo. Quando se separaram, ela nem quis olhar mais para trás e seguiu para a outra parte do aeroporto.

Sentou-se em uma das cadeiras e esperou que seu voo fosse chamado.

James guardou suas coisas e foi embora mais cedo do que deveria. Procurou por Sirius, que procuraria por Marlene, que procuraria por Lily. Era um caminho longo, mas que ele iria percorrer até chegar a ela. Com muita insistência — e vários xingamentos, ameaças e juras de morte —, conseguiu que seu amigo o ajudasse.

Potter, James

Boa viagem

PS: mande um sinal de vida quando chegar

Evans, Lily

Como conseguiu meu número?

Potter, James

Segredo secreto

Evans, Lily

Prometo mandar um sinal de vida

Era claro que ela havia se sentido um pouco mais animada ao ler aquilo. Perguntou retoricamente como ele conseguira seu número. Seria uma linha muito tênue entre James, Sirius e Marlene a partir daquele dia. Lily sorriu ao ver o nome e o número dele na tela do celular e, desde que deixara sua amiga para trás, aquela foi a primeira boa coisa que tinha acontecido.

Por outro lado, ele se sentia um idiota em mandar aquela mensagem. Não sabia se era a hora certa ou se ela o responderia, mas, assim que viu a tela brilhando com a resposta, sentiu-se menos apreensivo. As respostas não deram qualquer chance de iniciar uma conversa verdadeira, mas James esperava que isso pudesse acontecer em um futuro próximo.

SEXTA

Quando o avião pousou, Lily sentiu a ponta dos dedos formigas em excitação, e o estômago contrair-se por expectativa. Estava em casa, estava finalmente em casa, e a sensação não tinha como ser melhor. Deixou que os outros passageiros descessem primeiro e liberassem a passagem para que pudesse sair com tranquilidade do avião.

Suas pernas fraquejaram — não por cansaço — enquanto ela caminhava até sua mala e, em seguida, ao encontro de sua tão conhecida cidade. Podia falar sem ser olhada com estranheza, afinal, ali todos tinham o mesmo sotaque. Ela sentia-se no céu.

Alcançou sua mala e praticamente correu para o desembarque. Procurou algum rosto conhecido, focando na figura loira e aparentemente desinteressada, parada no canto. Petunia não parecia muito animada em encontrá-la logo, e não fazia muita questão de esconder isso. Lily, por outro lado, correu até lá e jogou-se nos braços da irmã, sem aviso prévio. Estava tão feliz por vê-la de novo que mal podia expressar isso em palavras.

— Eu estou grávida! — Tuney protestou. — Por favor, tenha cuidado comigo.

— Então é certeza mesmo? — Petunia concordou. — Ah, meu Deus! Eu vou ser tia! — Lily gritava para quem quisesse ouvir, recebendo protestos em resposta. — Desculpe. Eu vou ser tia — repetiu baixinho, apenas para elas ouvirem.

— Vamos logo, eu tenho muita coisa para contar!

— Vamos, vamos, vamos!

Antes de seguir para fora do aeroporto, ela cumpriu a promessa que havia feito treze horas antes.

Evans, Lily

Aqui o meu sinal de vida.

xxx

Cheguei bem.

Potter, James

É bom estar em casa?

Evans, Lily

É ótimo

ººº

James sorriu com a mensagem súbita. Ficou um pouco mais aliviado em saber que tudo tinha dado certo. Desde os quinze anos, tinha uma fobia quase inexplicável de aviões e temia sempre que algum conhecido fosse voar. Não esperou que ficassem conversando por horas, talvez o máximo que fizessem seria trocar algumas frases uma ou outra vez no dia.

E isso seria suficiente. Para os dois. Não iriam forçar uma amizade, ou qualquer outra coisa.


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Notas finais do capítulo

um aviso bem chato: a fic tá com 108 acompanhamentos. eu queria que vocês comentassem pra eu saber o que acham e tudo mais. só um "gostei, continua" já me deixa bem alegre ♥

de qualquer jeito, beijos. até o próximo!