Photograph escrita por Day


Capítulo 11
X — Namorado.


Notas iniciais do capítulo

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE, NÃO É????? AI QUE DELÍCIAAAAAAAA. EU PASSEI DE ANO, PORRAAAAAAAAAAAA. AGORA EU VOU ATUALIZAR ISSO AQUI DIREITO, EU JURO!!!!!!!!

ok, acalmei. eu sei que demorei [risos] mais de um mês [risos], mas oq importa é que eu to aqui agora, com um cap novinho pra vcs [risos]. tá bem amorzinho, mas sou suspeita de falar né, e esse final nem era pra acontecer, mas já que aconteceu........... vou deixar o capítulo acabar desse jeito mesmo [risosssssssssss]

beijos, boa leitura!

LEIAM AS NOTAS FINAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS



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San Diego não era exatamente como James Potter imaginava. O parâmetro de cidade grande que tinha era baseado em Londres, com o céu carregado, o tempo prestes a chover durante o dia todo e um resquício mísero de sol. Diferente daquilo, o sol era forte e iluminava tudo e todos, não parecia ter indicio nenhum de alguma chuva próxima.

As pessoas não se escondiam embaixo de camadas grossas de casacos e blusas de frio. Longe disso. Usavam blusas finas, de tecidos leves, e regatas com alças finas. Era inimaginável ver alguém vestindo aquilo em Londres. Ao invés de toda a proximidade com qual estava acostumado, ali ninguém ficava próximo por muito tempo. O calor não deixaria.

Uma parte ingênua de James estranhou que todos ali tivessem sotaque forte. Talvez, depois de uns segundos reanalisando, ele concluiu que o estranho não eram os outros. Era sua vez de ser o turista, de sair às ruas perguntando tudo o que pudesse, de ouvir com atenção o que tinham para lhe dizer sobre o lugar.

James caminhou pelo saguão de desembarque procurando um rosto conhecido. Até imaginou que talvez pudesse não a reconhecer, depois de todo aquele tempo, mas imaginou errado. Porque, bem ao fundo, já distante de toda a multidão, ele a viu.

Lily sorriu, mesmo de longe, e acenou com a mão direita. Não fez como muitos outros ali, que saíram correndo para um abraço longo e apertado, murmurando frases saudosas e tudo mais. Ficou parada, esperando que, mais cedo ou mais tarde, finalmente se encontrassem — o único caminho que tinham acabava no ponto em que se encontrariam.

Estava genuinamente por ele ter chego. Já não aguentava mais uma senhora petulante e intrometida, que insistia em dizer que ela esperava um namorado ou algo do tipo. Tinha medo que a mulher visse que quem Lily esperava era James e fizesse comentários ainda piores, insólitos e mais indiscretos.

Ele notou que o cabelo dela estava mais curto, ou parecia mais curto. Não dava para saber com exatidão. Ela reparou que ele tinha emagrecido um pouco, ou talvez tenha sido apenas uma conclusão à qual seu cérebro chegou sem motivos. Qualquer que fosse o caso, nenhum dos dois estava do mesmo jeito.

— Oi — disseram juntos assim que ficaram próximos o suficiente.

— Fez boa viagem? — Lily perguntou o óbvio, para que o momento não fosse ainda pior, e James concordou. — Vamos sair daqui antes que aquela mulher ali acabe com a minha paciência.

— Por?

— Ela acha que eu fiquei esperando um namorado ou sei lá. Agora vai achar que é você.

James riu, caminhando até a senhora de cabelo fortemente pintado de vermelho. Um tom muito mais falso, e feio, do que o ruivo natural de Lily.

— Hm, oi — falou, tocando-a no ombro. — Prazer, eu sou o namorado dela ali — e apontou a ruiva que olhava tudo aquilo sem entender nada. — Ela deve ter dito que não, mas eu sou. Quase ninguém sabe ainda, então, por favor, tenta não falar mais nada.

Lily quis morrer quando a mulher a olhou com um sorriso malicioso, um olhar cúmplice, e concordou em manter o segredo. Talvez não deveria se sentir tão estranha com aquilo, afinal não a conhecia e ela não poderia fazer muita coisa ou contar aquilo para pessoas potencialmente próximas — próximas do tipo que a encheriam de perguntas.

Imaginou se aquilo pudesse, por eventualidade e uma coincidência ferrada, chegar aos ouvidos de Petunia. Que Deus a livrasse disso, ou ouviria o dia inteiro sobre relacionamentos à distância, propostas de casamentos e, se Tuney estivesse realmente disposta a ajudar a irmã, oferecia dinheiro para passagens de avião.

Por sorte, era só um tipo de descontração.

James a pegou pela mão e, sem dizer nada, os dois caminharam para fora do aeroporto. Vistos de longe, até pareciam um casal de verdade.

— Você não deveria ir para Los Angeles por uns dias e depois vir para cá?

— Sim, mas trocaram as datas. Fico aqui durante uma semana, depois vou até Los Angeles, apresento meu TCC e volto para Londres.

— Até que, para alguém com medo de voar, você está voando bastante.

— Por necessidade, eu faço qualquer coisa.

Ele explicou que, de última hora, houve uma inversão na programação. Teria os dias de “folga” — como chamavam — antes dos dias de apresentação. Era o completo oposto do que tinha planejado, mas, sendo assim, poderia descansar o suficiente antes de defender seu TCC em outro país.

Durante o caminho até a casa de Lily, não falaram muitas coisas. Já tinham conversado muito nas semanas anteriores, os assuntos iam ficando escassos, mas nenhum dos dois parecia querer ficar em silêncio. James perguntava sobre tudo o que via e, mesmo que a resposta não fosse lá tão interessante, prestava atenção só para não caírem no silêncio.

O que nenhum dos dois esperava ver ao abrir a porta era Abigail Evans completamente bêbada, sendo cuidada por uma Petunia já sem paciência alguma. A cena poderia ser cômica, se não fosse trágica. Muito trágica. Foi um momento de vergonha para todos, em especial para Lily.

Ela caminhou até a mãe e a irmã, levando Abigail para um dos quartos. Mesmo que em vão, pediu que ficasse quieta ali e que não saísse até que estivesse plena de seus atos. Pela primeira vez, Lily não se importou de perguntar o motivo de ela ter bebido o bastante para chegar àquele ponto. Estava mais preocupada, agora, em causar uma boa impressão — e teria que trabalhar dobrado nessa tarefa a partir daquele momento.

— Fique aqui, e não saia até eu falar que pode sair. Entendeu? — Lily perguntou, quase retoricamente. Sua mãe concordou, mas estava explícito em seus olhos que não estava prometendo nada com muita segurança. — Desculpa pela cena, são momentos difíceis para qualquer uma que carregue o sobrenome Evans — explicou-se para James.

— Tudo bem — respondeu, observando o apartamento.

Era diferente do que ele imaginou. Não podia negar que tinha pensado em paredes rosa chá, com alguns quadros abstratos pendurados e várias fotos de todas as fases de sua vida expostas em uma estante de madeira rústica ao lado da porta de entrada. Além disso, pensou que, na porta dos cômodos, teria alguma pintura feita à mão quando Lily era só uma adolescente imaginativa.

Mas, não tinha paredes nessa cor, tampouco tantas fotos e as portas eram brancas e comuns. Não tinha quadros pendurados na sala, tampouco nos outros cômodos. Era só mais um apartamento comum, como tantos outros apartamentos pela cidade.

Decidiram como seria a estadia do novo hóspede e Lily se deu conta de que tinha pessoas demais em casa. Há duas semanas, não era tão difícil assim viver ali. A partir de então, por mais cinco dias, teria, sob o mesmo teto, aquele que quase beijou em uma bebedeira na sua última noite em Londres — não só isso, aquele com quem teve a maior discussão pública da vida, e por quem sentiu que precisava deixar o orgulho de lado e pedir desculpas.

Seria uma longa semana.

···

Quando James acordou na manhã seguinte, sentiu toda a consequência de um dia inteiro de avião. Todo seu corpo doía, em especial suas costas, que passaram horas contra uma poltrona nada confortável, voando o oceano atlântico. Tinha uma dor de cabeça absurda e reprimiu-se por ter esquecido os remédios que sempre carregava consigo.

Obrigou-se a se levantar e caminhou até a origem das vozes que o acordaram. Não ousaria reclamar disso, contudo. Cumprimentou Lily e sua irmã com um aceno e lhes desejou bom dia. Se não soubesse que as duas eram irmãs, jamais diria isso, sequer acreditaria. Elas não tinham absolutamente nada em comum.

— Eu preciso ir agora — Petunia anunciou de repente. — Coisas do casamento — era tão estranho vê-la suspirar enquanto falava, que Lily teve certeza absoluta de que ela mentia. — Prometo não demorar.

— Bom dia, bom dia, bom dia! — Abigail apareceu em uma animação atípica para aquela hora da manhã, e para quem estava como ela na noite anterior. — Desculpe-me por ontem, meu jovem, mas hoje estou bem melhor. É você o namorado da Lily? Prazer em conhece-lo.

James olhou para o lado, rindo, e viu que a ruiva já não tinha mais paciência para isso. Pensou em negar, mas a mãe dela parecia tão certa do que falava que ele respondeu a primeira coisa que lhe veio à cabeça — por coincidência, a mesma coisa que disse à mulher no aeroporto no dia anterior.

— Sim, sou eu. Ela vai negar, mas não acredite.

— Então é verdade? Lily sempre disse que não tinha ninguém. Não minta mais para mim, ouviu? — perguntou à filha, antes de voltar a falar com James. — Como vocês se conheceram? Desde quando estão namorado? Conte tudo.

Lily ficou calada, mas deixou explícito no olhar que tinha desaprovado aquilo por completo. Mentir sobre isso para uma desconhecida era aceitável, mas para sua mãe? Como iria acordar, dia após dia, e interpretar o papel de namorada de James Potter? Ela conhecia a mãe que tinha, e sabia que Abigail falaria disso tanto quanto fosse possível.

Ele, por outro lado, parecia animado. Começou a inventar uma história para explicar o fato de estarem namorando. Aparentemente, nem tudo ali era mentira. A parte em que se conheceram através de amigos — que, ela esperava, eram Sirius e Marlene — e acharam-se interessantes. Conversaram por alguns meses e, enquanto Lily foi para Londres, as coisas só fluíram até acabar ali.

— Por que você nunca me contou sobre ele, filha?

— Eu só... queria um pouco mais de tempo — ela respondeu a primeira coisa que lhe veio à cabeça. — Agora, mãe, por favor, volte para a sua casa.

Quinze minutos, algumas lamúrias e uma pequena discussão depois, James e Lily estavam sozinhos em casa. E foi ridiculamente estranho. Parecia uma eterna chamada de Skype — daquela vez em que Sirius comentou o quão vermelha ela estava. Levou alguns minutos até que concordassem que um café seria boa ideia.

Se, talvez, James não odiasse tanto a bebida e tivesse concordado com aquilo apenas para que o momento de estranheza absurda acabasse logo. Contudo, o café que Lily preparou ficou bom o suficiente para que ele bebesse mais de uma xícara, o que nunca tinha acontecido em toda a sua vida.

Naquela manhã, ela o levou aos pontos turísticos de San Diego. Foram aos museus, às galerias, aos melhores restaurantes, às praias e, pela primeira vez, ela não reclamou de entrar no mar e ressecar o cabelo com o sal da água. Sentiu-se como uma turista na sua própria cidade, e deu-se conta de que jamais a tinha aproveitado como deveria.

— A partir de agora, lembre-se que sou seu namorado — ele sussurrou antes de entrarem no apartamento, no fim da tarde. — E que provavelmente tivemos um dia bem romântico.

Aquelas palavras não teriam valido de nada se, ao abrirem a porta, Abigail não estivesse de volta, e com surpresas. Em mãos, tinha uma garrafa de vinho e uma mesa posta para duas pessoas — para eles dois, com certeza. Sorria como se tivesse visto a coisa mais bela da vida e, se fosse tudo verdade, ver Lily com alguém poderia ser tal coisa.

— Eu fiz um jantar para vocês, aproveitem. Petunia e eu estaremos fora esta noite, então, aproveitem — enfatizou mais a palavra dessa vez. — Não precisam dormir em quartos separados mais, ouviram?

— Obrigada e tchau, mãe.

Apesar de Lily estar sendo contra aquilo, não pôde negar que a comida estava ótima. Risoto de frutos do mar era seu prato favorito quando criança, principalmente por viver em uma cidade praiana, com mar à vontade, e poder comer aquilo de novo depois de anos era a melhor sensação de seu dia.

James não era o maior fã de vinhos, mas reconheceu a si mesmo que aquela garrafa de Saint Emilion — também tido como o melhor vinho francês — valia a pena. Valia a pena beber mais de uma ou duas taças, o que dificilmente fazia. Frutos do mar também não lhe apeteciam, mas aqueles estavam muito bem preparados.

— Eu ainda tenho um quarto só meu? — perguntou depois de já terem arrumado toda a bagunça do jantar. Era claro que a mãe de Lily não lavaria a louça que sujou.

— Acho melhor darmos um jeito de dormir no mesmo quarto.

A tentativa de colocar um colchão no chão falhou miseravelmente e não havia outro jeito de dormirem juntos, porém em cama separadas. Quando, enfim, aceitaram que iriam dividir a mesma cama, nem tudo pareceu estar tão em ordem como antes.

— Cada um dorme de um lado, com seu próprio cobertor e travesseiro. Sem movimentos espaçosos ou com a intenção de ter mais espaço na cama. Entendido? — James concordou.

Aquela foi a primeira de várias noites que dormiram juntos, no sentido literal da palavra.

···

Na manhã seguinte, foi tão estranho para um quanto para o outro acordarem lado a lado. Por bem, não tinha acontecido nada durante a noite com o que devessem se preocupar. Tinham acordado tão íntegros e inteiros quanto tinham ido dormir horas antes.

Lily se levantou primeiro e foi até a sala. Estava silêncio, nem parecia que, há dois dias, quatro pessoas falavam todas ao mesmo tempo, ali no mesmo lugar. Silêncio, aliás, era algo que vinha faltando no seu dia a dia, então, como quem contempla a mais bela obra de arte, ela contemplou a ausência de qualquer barulho.

Sua contemplação não durou muito, até ouvir o aviso de uma mensagem nova no celular.

Marlene McKinnon

E aí?

Me conta TUDO

Lily Evans

Tudo o que?

Meu desempenho como anfitriã é ótimo

Marlene McKinnon

EXATAMENTE

JAMES POTTER ESTÁ SE COMPORTANDO COMO DEVERIA?

Lily Evans

Áudio (0:03)

Áudio (0:09)

Áudio (0:04)

James alcançou o telefone de Lily a tempo de responder, com palavras, para Marlene que estava se comportando como deveria, e até melhor do que isso, se fosse possível. Aproveitou para dizer que tinha conquistado o coração da senhora Evans    e que ela agora achava que ele e Lily eram um casal. Por último, pediu que Lene desse um oi para Sirius, porque tinha certeza que os dois deveriam estar juntos.

Marlene McKinnon

SUA MÃE ACHA QUE VCS SÃO UM CASAL?

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

ISSO É HILÁRIO

AVISA QUE JÁ DEI MAIS DO QUE OI PARA O SIX HOJE

Lily Evans

Alerta de comentário desnecessário

— O que você quer fazer hoje? — Lily ignorou completamente a última mensagem de Marlene ao perguntar aquilo. — Preciso ir à faculdade, se quiser ir junto.

— Claro.

Se, dentro de casa, já não bastasse sua mãe achando que ela e James estavam namorando, pelos corredores da faculdade as coisas pareciam ainda piores — se fosse possível. Todas as pessoas por quem passavam os olhavam com sorriso ladeado e um olhar duvidoso.

Lily não era, e nunca tinha sido, do tipo que saía com caras da faculdade, ou ficava agarrada em ou outro pelo campus. Não era como se sempre a vissem acompanhada de alguém que não fosse suas colegas de turma, então, depois de todos a verem sozinha por quatro anos, era de esperar tal reação quando a viam acompanhada.

Nunca achou que aquele caminho, tão conhecido e tão fácil, pudesse ser tão difícil de percorrer — em especial quando desconhecidos se achavam no total direito de fazer comentários completamente fora da zona de intimidade que tinham com ela.

Um estudante de direito, o típico estudante de direito, com carro do ano, casa na praia e uma no campo, que se orgulhava em dizer que os pais tinham ótimos salários e que davam tudo o que queria. Alto, loiro, com corpo de academia — da cintura para cima — e toda a arrogância possível na voz. Lily não simpatizava com ele, e passou a odiá-lo quando ele se permitiu fazer comentários nada bons.

— Quem perdoa é Deus, não é, Evans? — falou alto o bastante, para todos ao redor rirem.

Ela fechou as mãos em punho e, se James não a tivesse impedido de fazer o que quer que estivesse pensando, talvez a visita ao campus não seria tão boa quanto deveria.

— Ainda bem que só Deus perdoa, e quem está com ela sou eu e não você — respondeu, pegando-a pela mão. — Ignore esse tipo de comentário.

Lily não se sentia menos confortável, ou mais à vontade, depois daquilo, pelo contrário. A resposta de James serviu apenas para que mais e mais pessoas alimentassem a ideia de que estavam namorando ou outra coisa do tipo. Por algum motivo, saber que os outros acreditavam que aquilo era verdade a fazia sentir um incômodo terrível.

O encontro com seus professores, no final das contas, nem chegou perto de ter o resultado que ela queria. As atividades no campus continuavam interrompidas por um tempo indeterminado. Isso significava que todo o planejamento pessoal da Lily estava comprometido, principalmente outra viagem a Londres.

Assim que voltaram para casa, ela seguiu para o quarto e deixou que James arrumasse suas coisas no quarto de hóspedes. Claro que, durante o tempo em que esteve ali, não pôde deixar de prestar atenção na conversa que vinha do cômodo ao lado. Aparentemente, a mãe de Lily já não estava mais ali, o que poderia ser um alívio imediato de todos os comentários e atitudes que o colocava em uma situação não muito confortável.

Quando terminou sua arrumação, sentiu que aquele quarto até poderá ser realmente seu, se as paredes estivessem repletas de pôsteres dos filmes de Star Wars. Sua mente funcionava como uma sequência de pensamentos, que às vezes era ativada por coisas muito pequenas, quase imperceptíveis.

Imaginar aquelas paredes com pôsteres de Star Wars o fez lembrar dos filmes e, por consequência, lembrar que, àquela hora, poderia estar assistindo-os com Remus. Pensou em como ele deveria estar, ou se tivera mais algum problema em relação ao emprego ou à menina Tonks. Esperava de verdade que tudo estivesse bem, e que ele ainda tivesse o emprego garantido.

Deixou de divagar sobre como seria o apartamento de Lily se este fosse seu, e, com um pouco de ajuda e muito jogo de cintura, deixou que todas suas coisas estivessem arrumadas. No quarto dela agora.

···

— Vamos sair! — Lily gritou animada demais, com direito a palminhas de excitação. — É sua vez de conhecer algum bar daqui.

— Eu tenho a opção de não ir?

— Não.

James deu-se por vencido e, mais uma vez, foi arrastado a contragosto para algum lugar altas horas da noite. E, graças ao funcionamento de sua mente, voltou a pensar em quem tinha ficado em Londres. Pensou em Sirius e, diferente de quando pensou em Remus, teve a certeza absoluta de que ele estava bem, talvez muito melhor do que poderia imaginar.

Parecia um flashback da noite em que a tinha conhecido, com exceção de que nenhuma outra ruiva desastrada havia trombado contra si e molhado sua roupa com Martini de maçã. De resto, a conversa com Lily, o fato de se darem tão bem mesmo se conhecendo tão pouco, e, claro, todas as doses de tequila com sal e limão.

Lá estava ela novamente, alterada demais para controlar seus pensamentos, embriagada demais para limitar suas palavras, e, certamente, chapada demais para dar conta de seus gestos. Na sua mente, nada fazia muito sentido, tudo à sua frente eram borrões desfocados, e as palavras eram zunidos distantes e desconexos.

Daquela vez, entretanto, James não desviou. Não porque não quis, e sim porque foi tudo rápido demais para que seu cérebro formulasse uma sequência de movimentos lógica. Lily, com toda certeza, também não pensou muito antes de inclinar-se para frente e, com isso, fazer o que alguma parte de seu subconsciente queria que ela fizesse.

Por que os dois tinham a sensação de que aquilo deveria ter acontecido há muito tempo, talvez da primeira vez, meses antes, em Londres? Nenhum deles tinha a resposta. Deixaram que o que quer que fosse aquele momento acontecesse por si só, sem se preocuparem com fatores externos.

Pouco se importavam se tinha alguém olhando, o que normalmente Lily faria — preocupar-se com o fato de alguma outra pessoa     estar a observando, a ponto de parar o que estava fazendo. A única coisa que lhe tirou a atenção, por meros segundos, foi ter aberto os olhos para se certificar de aquilo não era fruto de sua imaginação.

Algum tempo depois, afastaram-se devagar, sem dizer muita coisa. Aliás, sem dizer nada, por um longo período de tempo. Ficaram calados até o silêncio se tornar desesperadamente constrangedor e alguém precisar se pronunciar. Lily fingiu uma necessidade repentina de ajeitar a barra de seu vestido para que não precisasse trazer som algum ao momento.

James engoliu em seco antes de falar.


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Notas finais do capítulo

AEHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO. BEIJARAAAAAAAAAAAM.

agora a parte séria pq a parte mais animada é só sobre o beijo mesmo. rsssssss.

eu não sei oq aconteceu com vocês, mas sumiu uma galera dos comentários. não to aqui implorando pra vocês comentarem, longe disso. agora fico pensando se a fic tá ficando ruim pra ter tanta gente sumida. mas enfimmmmm, espero que volte todo mundo agora depois desse lindo bj ♥

ps: postei outra jily (risos). o link tá aqui: https://fanfiction.com.br/historia/717320/Looking_for_Lily_Evans/ podem dar uma passada lá, hehehe.

BEIJOS E ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO, EU PROMETO NÃO DEMORAR.



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