Scream - Survival escrita por The Horror Guy


Capítulo 6
Quiz


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, os capítulos estão sendo entregues Sextas, Sábados, Domingos e Segundas. No capítulo de hoje... hora do famoso Quiz!



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Stacy estava na antiga Lan House de Keaton com ele e Marty. Eles a convidaram para ir lá depois da aula para conversar, e tentar fazer alguma coisa a respeito da situação. Chamar a polícia significaria a morte de alguém. Então, tinham que ficar de bico calado se virarem como podiam. A esse ponto, estava claro que o assassino não queria que as autoridades soubessem quem eram seus alvos, ou seus motivos. Se as 5 garotas fossem apontadas publicamente como alvo do psicopata, elas receberiam proteção 24hrs, e se isso acontecer, o mascarado continuaria matando inocentes. Isso seria algo do qual elas jamais se perdoariam. Deixando inocentes morrerem em seu lugar, as meninas não estariam sendo muito diferentes desse assassino impiedoso. Teriam que seguir as regras do jogo e estar um passo à frente caso quisessem sair vivas. As regras? Simples. As de um filme de terror. Keaton estava sentado em sua cadeira giratória em frente ao computador. Marty e Stacy estavam logo atrás observando tudo. Stacy, era leiga e para ela tudo que o Keaton fazia parecia em Grego. Abrindo os programas necessários, Keaton perguntou:

—Stacy, pode me dar seu celular?

Ela colocou o aparelho na mesa ao lado do garoto.

—Obrigado.

Ele deslizava o dedo na tela procurando as últimas chamadas:

—É esse o número? -Disse ele levantando o celular para ela dar uma olhada. Stacy inclinou a cabeça olhando para telinha:

—É esse mesmo.
—Tá. Quem quer que seja, é óbvio que está usando um número desconhecido na sua lista de contatos para não ser identificado. Mas isso não significa que ele seja um gênio. Porque ele nem colocou como "Número Privado".
—Número privado? -Questionou a garota.
—Sim. O número privado não apareceria na sua tela quando ele estivesse te ligando. Em outras palavras, é como receber a ligação de um fantasma. Não há identificação, o que te impede de retornar a chamada, ou ao menos salvar o número nos seus contatos. Mas, pelo jeito, Mas quando ele te liga o número aparece. É desconhecido mas ainda sim é um número. Aparece a identificação, tanto que você salvou nos seus contatos.
—E isso significa...? -Ela tornou a perguntar.
—Que é rastreável. Viu? Ele não é tão esperto.
—E Você consegue rastrear?
—Acho que sim. Isso se o chip que ele estiver usando estiver no aparelho. Senão... não.
—E como vamos saber disso? -Stacy estava confusa.
—Vamos ter que... que ligar pra ele.
—O quê? Nem morta.. não.
—Stacy, -Marty colocou a mão em seu ombro. -Pode deixar que eu ligo.
—Nossa, ficou corajoso de repente, Marty? -Keaton comentou.
—Meninos. Isso é perigoso.
—Stacy. -Keaton tentou acalmá-la. -Esse cara já conhece vocês. Sabe onde moram. E liga o tempo todo. Isso é só uma ligação. Não vai fazer diferença.
—Nossa, se isso foi uma tentativa sua de me deixar mais calma não funcionou.
—A questão é, isso não vai mudar nada. Vamos nos certificar de que ele ainda está usando esse número... se sim, então temos uma chance de rastrear.
—Tá, mas como? E outra, eu estou morrendo medo. Você não acha que ligar pro assassino vai atiçar a sede de sangue dele? Deixar ele ainda mais entusiasmado para matar todas nós?
—Não acho que seja bem assim. Olha, precisamos ter certeza de que ele está com esse número ainda. Quando ele atender, desligue na cara dele como se fosse acidentalmente. Nesse meio tempo eu vou plugar o seu celular no meu computador, e conectá-lo ao programa. Ele com certeza vai ligar de volta. Sua ligação vai deixar ele contente, ele vai querer saber do que se trata. Quando ele retornar a ligação, você só precisa segurar ele na linha por 60 segundos, até o meu programa rastrear ele.
—Eu tô toda cagada com isso.
—E por que não podemos rastreá-lo direto, na hora em que a Stacy já ligar pra ele? -Perguntou Marty.
—Porque esse meu programa só rastrea o sinal de quem faz a conexão ou uma chamada, de fora, entendeu? Então ele precisa ligar para que eu possa rastreá-lo.
—Então... -Stacy pensou alto -Então, por que não fazemos o seguinte? Eu venho aqui, todos os dias depois da aula. Se ele ligar, vamos estar prontos
—Olha.... -Keaton respondeu. -Não é por nada não. Mas até ele fazer outra vítima é só questão de tempo. Stacy, esse cara veio até aqui no meio da noite, deu um puta susto em mim e no Marty, e ainda deixou o celular de uma das vítimas na porta. Você mesma disse, não podemos ir á polícia. Mas se a polícia descobrir essas evidências, o celular que está comigo e com o Marty, ou até mesmo as fotos da Juliette morta, que você mesma disse, que ele ta armando pra incriminar a Claire, vamos todos pra cadeia. Estaremos até o pescoço com provas o suficiente para nos garantir uma condenação. Esse cara não está perdendo tempo em cobrir seus rastros e jogar a culpa na gente. E outra, até ele ligar.... quem sabe... metade da Galera de Ahsville já pode estar debaixo da terra. Não podemos perder tempo. Porque ele não está desperdiçando um segundo.

O Celular de Keaton tocou:

—Espera só um segundo gente -Disse ele, olhando pra tela de seu celular, curiosamente, marcava "Número Privado". -Alô?
—Não estou estou interrompendo nada, estou? -Era A Voz....

Keaton congelou, Não dizia nada, Marty se assustou:

—O que foi?

Keaton se virou com a cadeira vagarosamente encarando os dois:

—É ele...

Stacy tapou a boca, e Marty segurou sua mão.

—Então... -Keaton falava pausadamente. Em choque. -Ahm... pois não?
—Não devia falar tão alto garoto. As paredes tem ouvidos. -O Assassino falava em deboche.

Keaton pensava em plugar o celular imediatamente no computador, para iniciar o procedimento de rastreamento, mas mal sabia mantê-lo na linha.

—Então... o que você quer?
—Você parece bem nervoso. Estranho como estava bem á vontade a poucos segundos. Pensando em me passar a perna. A propósito, obrigado pela dica do número privado.
—Como você sabe disso?
—hahaha... Eu sou um fantasma, correto?
—Certo.... -Keaton estava péssimo de conversa. E Sabia disso.
—Pois então eu acho melhor te assombrar de outro jeito. Antes que você me "Rastreie"...

O Assassino desligou. Marty começava a histeria:

—O que ele disse?!!
—Ele sabe.
—Sabe do que?!

Keaton não sabia o que dizer. Stacy colocou as mãos no ombro do garoto e lhe deu um chacoalhão:

—Anda garoto!! Não enrola!!!
—Ele estava ouvindo.. ou vendo tudo.. tudo o que conversamos.

Neste momento, uma notificação apitou em seu computador. Keaton se girou com a cadeira clicando com o Mouse. Era uma chamada em vídeo. Marty não se conteve:

—Tenta rastrear agora!!
—Cala a boca, Marty!!! -O Amigo gritou tentando fazê-lo perceber como era má ideia dizer alto essas coisas.
—Ai meu Deus... -Stacy não se segurava.

Keaton atendeu, mantinha a mão no Mouse, prestes a clicar. Respirou fundo... e "Click!" A imagem abriu. Revelando do outro lado da tela, o mascarado! Os três gritaram, e Keaton deu um impulso brusco para trás com a cadeira devido ao susto.

—Ah!!!
—Puta meda!!
—Credo!!!!!

Stacy tremia toda agarrando em Marty segurando os gritos com a mão na boca, olhando fixamente para a tela, o assassino parecia estar em algum tipo de porão. "Ghostface" acenava um "Olá" do outro lado. Os três estavam estáticos. Quando puderam ver na tela, o psicopata clicando numa tecla, enquanto continuava acenando. Dois segundos após o clique, a imagem começou a se desintegrar, havendo falhas terríveis na conexão e um chiado agudo, alto, e escruciante era emitido das caixas de som! Stacy e Marty taparam os ouvidos fazendo expressão de agonia e a garota gritava:

—Desliga isso pelo amor de Deus!!!

Keaton se lançou para o computador dando impulso. As rodinhas da cadeira percorreram o chão. Ficando de cara com o monitor, o garoto clicou tentando fechar a aba... a cada clique, a tela piscava, ficando verde, e preta... o computador pifava como louco:

—É Vírus!!! -Exclamou Keaton, se abaixando rapidamente para arrancar a coisa da tomada. Antes que sua mão pudesse alcançar os fios, o computador emitiu estalos terríveis como se estivesse entrando em curto-circuito. Marty e Stacy deram um pulo para trás se afastando, e Keaton fez o mesmo, Se lançando para trás deslizando com a cadeira, parando ao bater contra bancada que antes servia para atender os clientes da Lan House. Tudo ficou silencioso. O Computador parecia desligado. A tela estava preta e a máquina já nem dava mais sinal de que um dia voltaria a funcionar. Keaton se levantou num impulso de raiva proferindo um grito de ódio:

—Ah!!!!

Enquanto gritava, se aproximava do computador pegando o monitor com as duas mãos, levantando-o da mesa e tacando a coisa no chão, que se estilhaçou se quebrando inteira. Acoplado ao monitor caído estraçalhado no chão, estava um fio, que fazia a volta subindo por trás da mesa, Keaton se abaixou para ver achando aquilo estranho, e lá estava, colado embaixo da mesa, uma escuta. Ele tirou os óculos limpando as lágrimas nos olhos. Eram lágrimas de nervoso, quando seu celular apitou de novo. Ele se levantou. Os três se aproximaram do aparelho, lentamente, prestes a ler a mensagem que chegara. Na tela, estampado com um emoji feliz, dizia "Acabam de mandar mais um porco para o abate :) "
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Edward, estava sentado com os pés em cima do balcão de atendimento. Durante as tardes, ele ficava na loja de discos como atendente. A loja era de um colega mais velho. Tinha todo tipo de Cds, Vinis, posters, e sua coisa preferida: A Máquina de doces e refrigerante. Edward trabalharia ali até de graça. Adorava ficar lá a tarde ouvindo música e relaxando. Não tinha muitos clientes, o movimento era baixo e por isso torcia para que a loja não fosse fechada. Ele e Dylan revesavam. Cada dia da semana era um que ficava ali. No começo, eles faziam isso para ter um dia de folga toda vez. Enganando o dono, que havia contratado apenas Edward, e não sabia que os dois eram gêmeos. A Trapaça parou quando Edward deixou o cabelo mais longo e Dylan, mais curto. Hoje, amigos do cara, riem dessa história sempre que contam. E Acabou que o sujeito, Tom, aceitou que os dois fizessem essa troca sem problemas. Esse era o dia de Edward ficar por lá. Ele sacudia os pés em cima da bancada bebendo um copo enorme de "SLUSHO!", uma bebida azul adocicada e extremamente gelada. Que no rótulo continha desenhos de peixinhos. O Vinil no fundo da loja tocava uma música e ele mexia a cabeça de uma lado para o outro acompanhando as guitarras e os vocais. Era "Stabbing Westward - So Wrong". A Loja ficava numa rua estreita, de frente á um ferro velho. Claire apareceu na porta, com Alissa e Juliett que ainda usava o uniforme da torcida, amarelo com aquela saia curta. A loira empurrou a porta de vidro eum pequeno sino tocou, ela foi entrando dando um tapa nas pernas de Ed que estavam sobre o balcão:

—Você tem que trabalhar, desgraça!

Juliett foi até a geladeira enquanto Alissa se dirigiu ao fundo da loja. Edward tirou os pés de cima do balcão, e Claire se sentou nele:

—Seguinte, amore. Eu quero aquele album da "Disturbed". Hoje eu vou explodir a casa.

Ele continuava tomando a bebida azul de olhos fechados balançando a cabeça, Claire chamou sua atenção:

—Hey! -Estalou o dedos. -Tô falando!

Edward pareceu acordar de um transe, prestando atenção nela:

—Fala...
—Disturbed. Cadê?

O Menino apontou para a prateleira ao lado da geladeira, onde Juliett se abaixava para pegar uma "SLUSHO!" para ela:

—Obrigada! -Claire foi dançando até a prateleira.

Alissa, lá no fundo, tirava a agulha do disco que estava tocando, a música parou:

—Hey!! -Edward exclamou. -Eu tava ouvindo!
—Desculpe, bebê. Mas hoje foi um dia tenebroso e eu estou necessitada. -Disse ela tirando o disco e colocando de volta na capa vazia ao lado. Ela se virou pegando um disco da prateleira a sua frente com naturalidade, já sabia exatamente onde estava o que ela queria. Claire perguntou enquanto vasculhava os Cd's:

—O que vai colocar?
—A minha diva.
—Adele?
—Não. Sem melancolia hoje.
—Lily?
—Humm.. não.
—A Bêbada?
—Também não.
—A Velha?
—Essa mesma.
—Jesus.....

Alissa colocou o vinil, e pousou a agulha. Levantou os braços como se louvasse, e abaixou a cabeça, mexendo-a de uma lado para o outro e seus cabelos ruivos caíram sobre o rosto. Quando começou "Stevie Nicks - Edge of seventeen". Juliett rebolava sugando a bebida azul, tentando ser sexy. Apenas.. tentando.... era hilariante. Edward tocava uma guitarra imaginária acompanhando o ritmo, mas não durou muito, seu celular tocou, ele som salto para pegá-lo, ele gritou:

—Alissa! Abaixa o volume aí rapidinho!

Ela fez uma cara triste e obedeceu.

—Obrigado. Alô?
—Alô, Edward.
—Quem é?
—Me coloque no viva voz.
—Me obrigue. -O garoto respondeu tirando sarro.
—Faça o que eu disse antes que alguém se machuque.

Ele estranhou, mas colocou mesmo assim.

—Pronto, figura.
—Ótimo... agora chame as donzelas.

Ele estava desconfiado. "Como assim alguém liga do nada, sabe meu nome e ainda dá ordens?"

—Meninas! -Chamou ele.

Elas se viraram, e viram ele apontando para o celular:

—Não estou entendendo nada, mas é com vocês.

As três travaram. O Olhar de preocupação era nítido. Elas se aproximaram, chegando ao balcão, e Alissa vinha lá do fundo, curiosa:

—O quê? -perguntou Claire.
—Não sei. -Respondeu Ed, levantando o celular para que Claire o pegasse, ela assim o fez:

—....Alô?...
—Hello, Claire.

O Arrepio lhe percorreu o corpo.

—O que você quer?

Alissa, Juliett e Edward chegavam mais perto para ouvir a voz do estranho.

—Há pessoas por aí.. que não estão jogando pelas regras. Por isso, está na hora da punição.
—E o que seria?
—O timming do filme está perfeito. Mas isso é um "Slasher", sabemos como funciona, não é?
—Não... -Claire realmente não sabia.
—Vamos fazer um joguinho. A Cada resposta certa, um de vocês pode sair, porém, a cada resposta errada, uma saída da loja fica proibida...
—E Se alguém sair?...
—Acho que você sabe mais do que ninguém o que acontece...
—E Como você vai saber se alguém sair?

Uma batida, distante foi ouvida nos fundos da loja, os quatro viraram o olhar para aquela direção, temendo que ele ou quem fosse, aparecesse ali. Porém, a pancada parecia vir do lado de fora.

—Eu estou de olho. Joguem pelas regras.
—Quem é esse cara? -perguntou Edward.
—O Assassino... é ele quem matou a Jill ,Edward. Depois eu te explico -Claire voltou a se concentrar, enquanto o menino arqueou as sobrancelhas, ao mesmo tempo que estava preocupado, não entendia porcaria nenhuma.

Os três se juntaram no centro do estabelecimento, e Edward , saindo de trás do balcão, estava incrédulo. Como Claire sabia de tudo isso? Ela estava envolvida? -Pensava ele.

—Vamos começar. -A Voz disse num tom maléfico.

Alissa cochichou para Ed:

—Quantas saídas tem nesse lugar?
—Duas... essa da frente, e a dos fundos, de funcionários. Mas também tem o banheiro, lá tem uma janela que dá pra passar.
—Três saídas... Mas estamos em quatro.
—Fodeu.

Claire mantinha o celular num ângulo bom para todos ouvirem:

—Está bem... -Dizia trêmula. -Que tipo de perguntas?
—Uma trívia. Vocês já estão vivendo um filme de terror. Vamos nos concentrar neles.
—Putz, aí você quer me foder. Eu não entendo muito do assunto.
—Eu não disse que era você quem ia responder.
—Então quem vai? Alguém aqui entende de filmes de terror, gente?

Entre olhares silenciosos, Ninguém respondeu. O Assassino continuou:

—Vamos com a Líder de torcida, ela é quem responderá o Quiz.
—Nós vamos morrer! -Gritou Edward.
—Não, não!! Por favor, eu não! -Juliett implorava.
—É, ela não!! -Alissa concordava aos berros.

Mas o psicopata nem se importou:

—Valendo, a Saída de Alissa...
—Ai meu Deus... -Claire olhava pra Juliett desesperada.
—Se alguém soprar a resposta para ela, morrerá antes que coloque o pé pra fora da loja.
—Gente... ferrou... -Juliett tremia tomando seu "SLUSHO!"
—Primeira pergunta...

Alissa segurou a mão da Líder de torcida.

—Em, "O Iluminado", o que Jack usa para arrebentar a porta na cena mais famosa do filme?

Todos estavam apreensivos. Torcendo para Juliett acertasse:

—Você viu esse filme, Juliett? -Perguntou Claire.
—Sim... vi sim.... -A Líder de torcida tentava se lembrar estalando os dedos.
—O Tempo está correndo Juliett. -O Assassino dizia.
—Ahm... um extintor de incêndio?
—Resposta errada. Humm... que pena. Era um machado. Alissa não poderá sair. E a saída da frente, está desclassificada...

Um notável som de carro de carro passando chamou a atenção dos quatro. Que, não puderam se conter em se distrair levando o olhar à rua. Era uma viatura da polícia, que passava vagarosamente. Juliett suspirou como se um homem num cavalo branco viesse até ela ao ver a viatura. Esperançosa deu um passo à frente em direção à porta:

—Nem pense nisso! -Exclamou a voz do assassino no viva voz.

A Garota parou chateada, vendo a salvação se afastar, seguir pela rua...

—Pergunta Nº 2, Valendo a saída de Edward...

O Menino, um tanto assustado, avisou:

—É Melhor você acertar. Eu não tenho nada a ver com isso.
—Qual o nome, do personagem principal em "Premonição"?...
—Alex!! -Gritou Juliett. -Eu vi esse filme umas Cem vezes...
—Edward. Está livre. Pode sair por qualquer outra saída.
—Como ele?.... -Edward perguntou interrompendo a si mesmo, pensando em como o assassino sabia sobre aquela saída. -Encontro vocês lá fora...

Ele se afastou dando as costas para as meninas. Parecia preocupado, bufando e passando as mãos nos cabelos. Foi indo para os fundos da loja, desaparecendo de vista.

—Se ele chamar a polícia, eu vou saber. E então estarão todas mortas.
—Anda logo palhaço, continua! -Claire dizia, nervosa.
—Muito bem.. valendo a sua escapatória, Claire... Juliett, responda. Em "Jogos Mortais", qual o nome do fantoche que anuncia os jogos para as vítimas?...

Juliett sorriu confiante:

—Ah, é Jigsaw!
—Resposta... errada...
—Como? Como pode estar errada? Todo mundo sabe que é Jigsaw! -Juliett implorava.
—Jigsaw é o homem que faz os jogos. O Nome do fantoche é "Billy". A Saída dos fundos, está desclassificada. Se vocês ficarem sem saída... eu entrarei...

Alissa pegou o copo da bebida azul de Juliett, dando um gole enorme:

—Humm... Juliett, acerta essa pelo amor de deus!
—Vou tentar... -A menina respondeu suspirando.
—Em "Pânico Na Floresta", o que os irmãos deformados usam para ferir as vítimas que estão distantes?...
—Um arco e flecha! -Claire disse. Em seguida, tapou a boca, percebendo a burrada que acabara de fazer.

Alissa deu um tapa em suas costas:

—Sua imbecil!! Era pra Juliett responder!

Juliett estava meio avulsa como sempre:

—Espera gente, eu não entendi direito a pergunta... faz de novo por favor?
—Tarde demais garotas, Claire soprou a resposta.
—Não, mas eu não prestei atenção!! Deixa eu responder, não ouvi o que ela falou!! -Juliett berrava balançando as mãos freneticamente.
—Ah, não ouviu? -O assassino perguntou.
—Não.... Não ouvi.... -Juliett estava com o coração aos saltos.
—Então, preste atenção, vou dar uma dica...

Ouviu-se cochichos saindo do viva voz, e Juliett aproximou o celular do ouvido, para tentar ouvir melhor o que quer fosse que ele dizia, quando o vidro da fachada da loja se trincou, como se algo o atingisse. Neste momento As três gritaram de susto!

—Ah!!!!

Mas o grito de Juliett não parava, não cessava de maneira alguma. Era um grito de dor e agonia. A Garota despencou no chão chorando aos berros:

—Ah!!!! Ai! Ai!

Alissa e Claire, ao verem a amiga atingindo o chão, perceberam que na sua panturrilha, havia um cabo, cravado! Era uma flecha!

—Ai! Ai ai ai!!!

O Vidro trincou novamente, e vários Cd's caíram de uma prateleira, era outra flecha sendo atirada.

—Se abaixe!! -Claire gritou, se atirando no chão, levando Alissa consigo.

A Líder de torcida estava berrando sem parar estirada no chão, com o sangue escorrendo pela sua perna, enquanto tentava puxar a flecha para tirá-la, sem sucesso. A única coisa boa, é que o objeto não atravessou sua perna, mas entrou bem fundo. A dor era agonizante, como uma câimbra infernal e qualquer movimento que a garota tentasse fazer com aquela perna, causaria uma dor ainda pior. Suas meias e tênis se tingiam do sangue que escorria, ainda que não em quantidade absurda, mesmo assim era aflitivo de ver aquele pequenos esguichos e leves jatinhos finos vermelhos. A Prateleira atrás de Claire e Alissa fora atingida por mais uma flecha. Um monte de Cd's sofreram o impacto despencando aos montes em cima das duas. A barulheira de todos eles atingindo o chão, enquanto elas gritavam cobrindo as cabeças afim de se proteger era aterrorizante. Os gritos tomaram conta da loja.
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Já anoitecia, Claire se sentava na calçada na frente da loja, cabisbaixa. A rua estava cercada por viaturas, e uma ambulância. Edward estava sentado ao lado da Loira, também cabisbaixo. Mais á frente, Alissa contava o que houve para o Xerife Nicholas, pai de Amelie e Bainca, encostado na lateral da viatura ouvindo com atenção o que a menina dizia em lágrimas. Claro, emitindo as ligações e tudo mais. Contava apenas que de repente alguém atacou a loja sem mais nem menos. Juliett era colocada dentro de uma ambulância, gemendo de dor deitada na maca na maca, com a flecha ainda espetada em sua perna. A Líder de torcida não dançaria nenhuma coreografia tão cedo. Podia ter sido muito pior, alguma delas poderia estar morta. Claire mandava mensagem para Stacy contando o ocorrido. Stacy, por sua vez, estava chegando na porta de casa com Marty. Os dois já estavam assustados com o que acontecera com eles hoje a tarde. Ela lia a mensagem:

—Ai meu Deus.
—O que foi, Stacy?
—A Juliett.... ela foi parar no hospital.. a Claire disse que elas foram atacadas.

Stacy, estava à beira da loucura. Aquela mensagem foi a cereja no bolo da desgraça, aquele dia estava sendo o pior de suas vidas. E ao seu lado, também em pavor ela tinha seu amigo de infância. A porta da casa de Stacy se abriu, sua mãe apareceu com um olhar diferente, era uma mistura de medo e raiva, querendo se impor para a filha:

—Stacy. Entra em casa agora!
—Mãe, eu vou ter que ir pro hospital daqui a pouco.
—Por quê? Está se sentindo mal?
—Não... minha amiga... ela se machucou muito feio.
—Ah não. Não mesmo. Você não vai sair hoje de noite!
—Mas mãe, ela foi atacada!!
—Entra! Não quero você na rua a essa hora com esse doido solto por aí!

A Mulher fechou a porta. Marty fitou sua amiga sem dizer uma palavra. Os dois a esse ponto queriam voltar anos no tempo e comer areia no parquinho ou brigar pelas bonecas Barbie como costumavam, sobre quem ia ser quem, que carro iam dirigir, quem seria mais rico ou com quem se casaria, só para não ter mais que enfrentar esse pesadelo. Abrindo os braços, Marty abraçou Stacy, que com um olhar vago, pousou sua cabeça em seu ombro, retribuindo o abraço. Incrível como essa situação horrenda trouxa a amizade dos dois de volta. Se sentiam cúmplices, como antes. As diferenças não ficariam mais no caminho. Era um abraço profundo, sem segundas intenções. E estranhamente, Marty nunca tivera segundas intenções. E Stacy, nunca se deu ao trabalho de falar nesse assunto. Os dois eram só bons amigos e era assim que se viam. E durante aquele abraço longo, Não se desgrudaram:

—Estamos juntos nessa. -Marty disse, apertando-a mais forte.

As lágrimas da amiga escorriam pelo rosto, e ela concordava com a cabeça deitada em seus ombros, enquanto seu corpo tremia durante o choro.

—Xiiu... estou aqui... estou aqui... não vou a lugar algum...
—Não me deixe, senão te mato. -Stacy tentava parar o choro.
—Não vou. -Ele tentava sorrir, embora não houvesse motivos.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Por favor comente o que achou. ^^ Como vão as suas teorias? Quem deve sobreviver?... você teria acertado as perguntas? Até amanhã galera! Muito obrigado por acompanhar!



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