Scream - Survival escrita por The Horror Guy


Capítulo 5
The Usual Suspects


Notas iniciais do capítulo

Hora de dar uma olhada nos suspeitos. A primeira vista, quem é ou não confiável?



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Após toda aquela tensão no estacionamento, Já dentro do colégio, Na sala de aula tudo estava silencioso. As 5 se sentavam nas duas fileiras do canto da janela, lá no fundo, óbvio. Stacy rabiscava uma folha, pensativa. Atrás dela se sentava Anna, que estava com a cara deitada na mesa olhando para o nada quase catatônica, não conseguia tirar da cabeça a mensagem, a foto horrenda da garota morta, talvez o que era pior, pelo menos para ela, a máscara infame que o sujeito usava, como mostrado na foto. Juliett se sentava atrás de Anna, encostada na parede, era a última da fileira. Limpava as lágrimas com um lenço enquanto se olhava no espelho de bolso. Na fileira ao lado, Claire que se sentava ao lado de Anna e batia o lápis repetidamente na mesa fazendo pequenos batuques, sua mente estava explodindo no momento. Atrás dela, Alissa, com os cotovelos na mesa, apoiando o queixo nas mãos. Claire olhava para a porta da sala de aula, aberta. Fugir era tentador. Sair correndo e ficar em casa embaixo das cobertas sem falar com ninguém, desejando que sua existência não fosse lembrada. Dava para ver um pouco do corredor... e para piorar ainda mais seu nervosismo, dois homens apareceram próximo á porta. Dois policiais. A Menina ficou congelada, cobrindo os olhos com as mãos. "Eu vou ser presa, já era, é o fim. Vou levar a culpa nessa merda". Por fora, era apenas Claire. Por dentro, uma louca desesperada gritando. Um dos dois policiais passou direto pela sala, o que lhe causou um certo alívio, mas o outro entrou:

—Com licença, professora. -O homem robusto adentrava dando leves batidas na porta com o dedo falando alto e grosso.
—Toda, pode entrar. -A professora se levantou encarando a classe com aquele olhar que ordenava silêncio.
—Ah, bom dia jovens. Eu sou o oficial Rhodes, e tenho um comunicado. Devido aos acontecimentos recentes, o Xerife, e todo o departamento de polícia de Ashville, ordenou um toque de recolher para menores de idade. Todos abaixo de 18 anos, não poderão circular pela cidade sem estar acompanhados de pais ou responsável a partir das 22:00. O toque de recolher se estenderá por tempo indeterminado. Obrigado, tenham uma boa aula.

Ele se retirou, e imediatamente os comentários da classe se misturaram numa algomeração de vozes, a professora tornou a se sentar, não impedindo os alunos de conversar, como se não se importasse. Claire respirava aliviada. Pelo menos não saíra da sala algemada como temia. A Paranóia ja lhe consumia.
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Mais tarde, Marty e Keaton estavam no corredor. Era hora do almoço e os estudantes passavam para lá e paa cá batendo papo antes de irem ao refeitório. Os armários dos dois eram um do lado do outro. A área estava movimentada e eles conversavam discretamente enquanto colocavam suas coisas no armário. Keaton é quem tocou no assunto:

—Não acredito que você foi lá todo de bom grado contar pra elas o que aconteceu.
—Keaton, a Stacy é minha amiga. E Com tudo o que está acontecendo... eu não podia deixar de contar pra ela.
—Cara, até onde a gente sabe... sem querer parecer um detetive aqui, mas uma delas pode muito bem ter matado a Jill.
—Que isso, tá louco?
—Não, só estou sendo lógico, e objetivo.
—Não pode ter sido uma das meninas.
—Ué, e por que não?
—Elas já foram amigas da Jill.
—Exatamente, já foram. Jill não falava com elas há semanas. As vezes, tem gente que surta por qualquer coisa.
—Se eu parasse de falar com você, você me mataria? -Marty perguntou com sarcasmo.
—Depende.... -Keaton sorria maliciosamente.
—Besta.
—De qualquer jeito, quase caguei nas calças.
—Eu também, foi demais pra mim.
—Não, não estou falando de ontem na Lan House.
—Do quê então?
—De hoje. Na hora que a polícia veio falar do toque de recolher. Quase me caguei. Não sei como, mas nessas horas passa cada coisa pela cabeça da gente. Morri de medo achando que estavam atrás de mim, por causa do celular da Jill.
—Eles não tem como saber.
—Eu sei, mas na hora que eu vi aquele cara fardado...
—Imagino.
—O que você acha que foi aquilo, ontem?
—Sinceramente, não faço ideia.
—Acha que foi o assassino da Jill quem deixou o celular lá?
—Espero que não... mas acho que a resposta é sim.
—Pior, que seja quem for... sabe onde eu moro. E onde nós passamos o tempo. E isso é uma merda.
—Nem me fale.
—É foda ficar encurralado numa situação dessas e não ter com quem conversar.
—Ué, mas você tem eu.
—Eu sei, mas se você morrer, vou conversar com quem?

Marty lhe deu um soquinho no braço enquanto ria:

—Cala a boca....
—Ai! -Keaton fingiu dor.
—Você pediu por isso.
—Acho que você devia se entrosar mais com aquelas meninas, tentar descobrir alguma coisa. Porque se for uma delas, e a gente tiver certeza, isso já acaba logo.
—Não acho que vai funcionar bem assim....
—E por que não?
—Elas também receberam coisas.
—Eita! Me conta.

Marty esfregou a cabeça, na dúvida se contaria. Keaton não gostou nada:

—Ah não acredito. Você foi lá na hora contar pra elas sobre a nossa treta, e agora não quer contar a delas para mim?
—Tá...
—Fala tudo, Sherlock.
—A Stacy, e as outras meninas estão recebendo ligações, mensagens...
—De que tipo?
—Do tipo "Vocês vão morrer"... desse tipo.

Keaton terminou de por os livros no armário, fechando-o:

—E Demorou pra me contar por quê?
—Desculpa.
—Nossa cara... eu passando o maior perrengue aqui me cagando de medo achando que eu era o único a ter esse tipo de problema... Bom... se alguém vai vir atrás de mim, quero saber o motivo. Quero arrancar toda e qualquer informação que eu puder dessas garotas...

Keaton ficou olhando para Marty significativamente, e o magrelo respondeu:

—Não... não eu não vou ficar de espião não, Keaton.
—Não precisa ser "Espião"...
—Então faço o quê?
—Olha... vamos chamar a Stacy para ir lá na Lan House. A Gente convida ela pra beber, conversar, sei lá. E já bate aquele papo.
—Só Stacy?
—Só! Eu não confio naquela Claire. Pra falar a verdade quando a polícia chegou, até passou pela minha cabeça que ela poderia ter chamado. Achei que ela tinha denunciado eu ou você para a polícia.
—Credo..
—Admita, você foi meio babaca em ir mostrar o celular pra elas. Se fosse um celular qualquer, mas não, tinha que ser o da garota morta.

Marty fechou seu armário:

—Podemos almoçar, pelo amor de Deus?
—Vamos nessa.

Os dois seguiram em frente no corredor, sem notarem que atrás de Marty, a porta de um dos armários de fechava. Violet estava lá o tempo todo ouvindo a conversa. Ela os encarava séria, desconfiada enquanto eles se afastavam indo para o refeitório.
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No refeitório, "A Gangue das 5" se sentavam na mesa de sempre cada uma com sua bandeja. Juliett atacava a comida, enquanto as outras ainda decidiam se estavam ou não com apetite. Stacy olhava a "Burrinha" comendo feito louca:

—Eu não sei como você consegue...
—O quê? -Perguntou a menina de boca cheia. -Eu estou nervosa. Quando estou nervosa fico com fome. -Tonrou a mastigar a comida como se sua vida dependesse disso.

Claire bebia seu suco, e após o gole, já foi falando:

—Era só o que faltava... nunca pensei que eu fosse dizer isso.. mas... temos que ficar unidas. Por alguma razão, só o capeta sabe, mas estamos em perigo. E não podemos pedir ajuda...
—Sabemos muito bem o motivo de estarem atrás de vocês. -Anna disse seca e grossa, ainda olhando para o nada, em transe.

Claire se sentiu ofendida:

—Hã? "Atrás de vocês" o cacete. Atrás de nós querida! Nós! -Claire fez um círculo com o indicador indicando a rodinha das 5.

Anna tomou fôlego, e totalmente melancólica, despejou suas palavras:

—Gente.. desculpa... Eu amo vocês. De verdade. Mas... não estou segura com vocês..
—Do que você está falando? -Alissa questionou.

Anna pegou sua bandeja se levantando, enquanto Stacy gritou:

—Anna volta aqui!!

A Menina nem deu atenção, continuou andando procurando outra mesa para se sentar. Alissa ficou impressionada. Ela jamais esperava uma atitude dessas da amiga. Juliett olhou como quem já esperava por isso ainda dando garfadas, e Claire fazia cara de nojo ao dizer:

—Vagabunda...
—Eu não estou acreditando... -Stacy ficou pasma.
—Tá, que se dane. -Disse a Loira abanando as mãos, em seguida empurrou sua bandeja mais para o lado e tirou do colo um caderno, tascando-o na mesa para que todas vissem:

—Pra que isso? -Alissa perguntou.
—Esse, queridas, vai ser meu guia nesse pesadelo.
—E para o que exatamente você vai usar isso? -Stacy questionou.

Claire tirou a caneta de dentro do arame do caderno, abrindo-o:

—Vamos fazer a lista de suspeitos.
—Gente isso parece C.S.I. -Comentou Juliett rindo com a boca cheia.
—Eu posso ser várias coisas nessa vida amiga, mas sou melhor ainda em foder com os outros. Principalmente com quem fode comigo. E Vocês vão me ajudar.
—Mas agora? -Alissa disse num tom desanimado.
—Já!!

Claire abriu nas últimas folhas, e começou:

—Então, vamos observar quem nós temos próximos de nós. Pessoas que conhecemos, que sabem coisas sobre nós, ou pelo menos de uma de nós.
—Nem sei por onde começar. -Falou Stacy.
—Ah querida mas eu sei! -Claire escreveu "Marty" no caderno.
—O quê? Claire ele é meu amigo.
—Mas é esquisito!
—E por que seria o Marty? -Stacy já estava ficando chateada.
—Bem, vamos analisar. -Claire pigarreou. -Marty, o esquisito Nº 1. O que sabemos sobre ele?

Stacy ficou quieta, e o restante das meninas também. Mas Alissa não segurou:

—Ele vende drogas!
—Alissa! -Stacy a fitou surpresa.
—Que foi? Miga, foi você mesma que disse isso uma outra vez.
—Okey! -Exclamou Claire anotando "Esquisito Nº 1-Traficante" ao lado do nome dele. -E não se esqueçam queridas, ele estava naquela festa onde tudo aconteceu. Stacy fez o favor de convidar ele.
—Mas ele não queria ficar sozinho em casa naquele dia! Eu chamei ele pra festa achando que seria divertido....
—É, mas não foi. Voltando, ele estava lá, sabe do que aconteceu e com certeza odeia a gente.
—E apareceu com o celular da garota morta, não se esqueçam. -Alissa afirmava.
—Alissa, você ouviu ele contando o que aconteceu! -Stacy já estava histérica.
—Eu também ouvi, Stacy. Mas até que se prove verdade... ele é um ótimo suspeito! Voltando.. próximo? -Claire esperava uma resposta das duas com a ponta da caneta na boca.
—Amelie? -Alissa sugeriu.
—Nossa Alissa hoje você está atacada hein, apontando dedo geral! -Stacy disse horrorizada.
—Ela não está "Atacada" nada Stacy, ela pode estar certa. Amelie é toda de dar mole pro Steve, pode ter muito bem matado a Jill para o espaço ficar livre pra ela ser a próxima Sra. Willis.
—Você é maligna, Claire hahaha!! -Juliett gargalhava de boca cheia com a comida quase saltando da boca.

Alissa questionou:

—Tá, ela é meio doidinha, e sim, é apaixonada pelo Steve.. mas por que viria atrás de nós?
—Eu não sei -Disse Claire anotando o nome da garota. -Mas... é melhor prevenir do que remediar. -"Amelie - Viúva Negra" escreveu Claire. -Quem mais temos?... Ah é mesmo! O esquisito Nº 2, como pude me esquecer... -Claire escreveu "Keaton" no caderno.
—Agora você pegou pesado. -Stacy protestava.
—Nada a ver -Claire respondeu. -Você mesma disse que a voz no telefone era estranha. Pode muito bem ser um aplicativo. E quem manja dessas coisas minha filha? Começa com "K"...
—Karinne? -Juliett perguntou, avulsa.

Todas se viraram pra ela, debochando de seu raciocínio lento, e Stacy disse:

—Juliett, come sua comida....

A garota não entendeu nada, e voltou a comer, Claire foi a favor:

—Isso... come amore... continua pastando... então... -Claire Escreveu "Keaton - Nerd/Esquisito Nº 2", e continuou: -Eu colocaria Juliette nessa lista, mas todas sabemos o que aconteceu..
—Eu?? -Juliett tornou a perguntar.

Todas reviraram os olhos, Alissa comentou:

—Tenha santa paciência....
—Okey, continuando... o que acham da "CNN" ?

Alissa enrolava o cabelo olhando para cima, até que deu sua opinião depois de uns segundos pensativa:

—Hummm......Ela é fofoqueira, mas não acho que seja uma assassina.
—Verdade. -Concordou Stacy
—E ela e a Amelie são filhas do Xerife.... será que seriam capaz de cometer um crime?
—É, duvido disso também.

Claire cortou as duas:

—Ah, mas elas são irmãs bem unidas. E o pai delas é um emprestável. Se ele fosse esperto nem tinha deixado elas saírem ontem. -Escreveu "Bianca/CNN -?" -Ah, ela está ficando com o Chris...
—Acho ele gatinho.. -Juliett comentou.
—Entra na fila querida. Aliás, ele é galinha e não vale um centavo. E..... Também estava na festa! O que o torna suspeito. -Afirmou Claire.
—Eu queria tanto esquecer que aquele dia existiu, mas o destino não deixa! -Reclamou Stacy.
—O "Destino" aqui, tem nome e usa uma máscara. -Retrucou Claire. -Bem, eu não tenho certeza quanto a ele... mas mesmo assim.. -Escreveu "Chris- Será?"

Alissa estalou os dedos repetidamente indicando que tentava se lembrar de algo:

—Humm... qual o nome daquela menina?
—Qual? -Stacy perguntou esperando uma descrição.
—A Que estava com a gente hoje lá no estacionamento, a trevosa.
—Violet? -Questionou Stacy
—Essa mesma... ela tava pescoçando nossa conversa, se intrometeu.. eu hein.
—Ah mas ela tava com o Dylan. Ele chegou perto e ela acabou vindo junto. -Explicou Stacy.

Claire ficou pensando se adicionaria ela a lista:

—Ahm... não sei quanto a ela.. de verdade. Ela é esquisita e tudo mais... mas nós nunca tivemos nenhum desentendimento com ela. Ela também não era amiga da Jill, as duas não se falavam eram como estranhas.. ela em si já é estranha. Mas, ela parece legal. E ela não estava na festa.
—Meu deus, vai chover. Claire disse que alguém diferente parece legal -Alissa comentou impressionada.
—Posso dizer o quê? Acho o estilo dela um arraso. E Até me arrependo da patada que dei nela hoje. Ela veio tão de boa, tão simpática.
—Mas gente.... quem é você, o que fez com a minha "Diaba"? -Stacy riu.

Claire não se importou com os comentários, e prosseguiu:

—Preciso colocar os gêmeos nessa equação?

Todas as três responderam ao mesmo tempo:

—Não.
—Nem pensar.
—De jeito nenhum.

—Está bem... -Falou Claire, concordando. Os dois aos olhos delas jamais entrariam numa lista de suspeitos. Dadas a todas as vezes que eles as defenderam de brigas, acobertaram suas encrencas, e sempre foram amigos leais. Nem sequer uma vez, os dois deram em cima delas ou as trataram com falta de respeito, qualquer comentário malicioso que viesse dos dois, não passavam de piadas. Mas a loira não parou: -Okey... cheguei a estaca zero. Não sei mais quem pode ser... Steve?
—Nossa... olha pra ele, ele tá acabado. -Disse Alissa apontando discretamente pro garoto, que estava sentado numa mesa do fundo com Bianca, Amelie e Chris.

Todas torceram o pescoço para olhar. E era explícito. Ele conversava normalmente com os três na mesa, porém as olheiras, e o olhar de quem fora devastado estavam nítidos.

—É, também não engulo essa do Steve. -Stacy disse se voltando para as amigas.
—Tá bem. -Claire verificou sua lista. -Então temos, "Esquisito Nº 1", "Esquisito Nº 2", "A Viúva Negra", que pode estar numa parceria maligna com a "CNN", e... Chris, o incógnito. Ao todo, 5...
—E No que isso vai ajudar? -Alissa questionou.
—Vamos ficar de olho neles, é claro. Qualquer movimentação que pareça estranha, fora do comum.... puxem papo quando tiverem oportunidade. Mas mesmo assim, é muito cedo pra acusar alguém. Fiz essa lista como precaução! Porque, no momento..... -Claire pegou seu celular exibindo a tela com a foto do mascarado. -Qualquer um por aqui pode estar embaixo dessa máscara....

As meninas olharam em volta, o ar de desconfiança pairava no ar.
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Na outra mesa, Bianca e Amelie fofocavam com Chris e Steve, Bianca parecia particularmente mais animada ao contar a história:

—Foi muito louco! Na hora que Claire levou o tabefe, a Juliett já veio que nem louca com o taco de bilhar "Pa!" e o negócio quebrou nas costas da menina hahahaha.... ela nem veio hoje pro colégio, de tão humilhada, aposto.

Steve ria ouvia a história:

—Caraca... eu queria ter estado lá...
—E por que não foi? -Bianca perguntou.
—Ah, minha mãe tava enchendo o saco. E tá toda preocupada por causa dessa história toda.

Bianca já pensou logo em cortar o assunto, não queria ver o amigo magoado então mudou o assunto rapidinho:

—Sei. Mas nossa você tinha que ver a Amelie, se enturmando... tava uma graça.
—Pára! -A Irmã a repreendeu.
—Ué, que foi? Você tava se divertindo pra caramba. Jogando lá com a Juliett. Vai falar que não tava se divertindo?
—É, foi bem legal. Ela é bem legal...
—"Ah ela é legal" -Bianca imitou a irmã falando com uma voz debochada. -Menina, você precisa sair mais. Falar com as pessoas, se "Aproximar" -Bianca disse "Aproximar" olhando discretamente para Steve, para que irmã entendesse o recado nas entrelinhas. Amelie logo ficou toda vermelha, Bianca achava muito patético a timidez dela. E Chris concordou:
—É Verdade. Olha só Amelie, você é bonita. E Cabe num shortinho, por que não tenta entrar pra torcida? Isso podia fazer você se soltar mais.
—Concordo -Bianca balançou a cabeça positivamente.
—Ai gente... não sei.
—Eu acho que você ia ficar uma graça. -Steve comentou.

Bianca imediatamente arregalou os olhos fitando Amelie fixamente e Chris tapou a boca para não rir, os dois pensavam a mesma coisa: "Agora vai! Finalmente!" Amelie não sabia onde enfiar a cara, queria se enterrar debaixo de um buraco e nunca mais sair. Embora no fundo, implorava que Steve fizesse mais comentários do tipo, elogiando. Bianca cochichou para Chris:

—Se ela não tomar uma atitude agora, chamo ela de tapada ou bato nela?
—Bate nela.

O Caso de Steve era complicado. Ele e Jill terminaram há umas duas semanas. Quer dizer, ela terminou com ele dias depois da tal festa. Mas não se sabia ao certo se ele ainda mantinha sentimentos amorosos por ela. Os dois brigavam tanto que mais pareciam inimigos forçados a ficarem juntos. E era sempre Steve quem cedia e tentava reconstruir a relação. Se dependesse de Jill, estariam separadados desde o primeiro término de namoro, que aconteceu quando ainda estavam na 7º série. Mesmo com o fato de Jill ter morrido, se Steve ainda a amava era uma incógnita. Ele parecia extremamente abalado quando o nome dela ou a situação eram mencionados, mas também pudera. Os dois, namorados ou não, eram pessoas que se conheciam desde a infância. A Morte de alguém que ficou tão próximo de uma pessoa desse jeito, era de abalar não importam as circunstâncias. Mas eis a questão, a fila andou? Ou não? Amelie teria chance com o jogador? Primeiro, ela tinha que reagir ao melhor comentário que ouvira o dia todo: "Eu acho que você ia ficar uma graça". Essas palavras ficariam se repetindo na sua cabeça provavelmente o dia todo. "Reage mulher!" -Pensava ela. Até que o impensável aconteceu:

—Você tem razão -Amelie disse.

Bianca sentiu um choque! Chris paralisou como se tivesse sido acertado por um tiro. Ela falou isso mesmo?? Amelie continuou:

—Talvez seja uma boa ideia eu.... tentar.... ("Não acredito que vou dizer isso").. entrar pra torcida... ("Meu Deus, me socorre, eu não falei isso. Retiro o que eu disse! Retiro o que eu disse! Cristo!!!").
—Yes!! -Exclamou Bianca, dando um beijo em Chris.

Os dois se beijavam sem vergonha na cara nenhuma, Steve e Amelie se entreolharam, constrangidos, com aquela expressão de "E Agora?". Ela já tinha dito provavelmente a frase mais corajosa de sua vida, nem ferrando iria direto pra boca de Steve hoje! Não mesmo, fazer isso seria sinônimo de infarto. Bianca desgrudava os lábios da boca de Chris, quando sentiu seu celular tocar:

—Opa, só um segundo. -Ela meteu a mão no bolso, tirando o aparelho para atender. -Alô?... -E Ficou ouvindo atentamente o que diziam. Dando respostas vagas do tipo "Aham, tá bom. Entendi! Meu deus!". Enquanto isso, Chris falava baixinho:

—Steve. Ela tá na sua. Para de ser idiota.
—É... percebi já faz algum tempo.
—E por que não fez nada?
—Não é óbvio?
—Desencana. Vai nessa. Olha pra ela tadinha.

E Lá estava Amelie, com cara de tonta, olhando pra cima.

—Viu?

Steve riu:

—Você é do mal....
—Bom, se você não for tomar nenhuma atitude hoje, chama ela pra sair no fim de semana.
—Cara, eu não sei se estou em boa forma pra encontros, acho que perdi a manha...
—Mas é um jumento mesmo. Tá, vamos fazer assim, eu armo o esquema, a gente sai pra tomar um café, sei lá, qualquer bobagem com elas. Pode até ser lá na cafeteria onde eu trabalho, tanto faz. Pode ser?
—Tá. Você tá no comando.

Chris lhe deu um tapinha no peito:

—Quase lá...

Bianca desligava o telefone:

—Gente.... eu pedi pro meu pai me ligar pra falar que história era essa de toque de recolher e vocês não vão acreditar.

Todos se inclinaram para ouvir a "Notícia", caladinhos epserando ela terminar a frase enquanto seu rosto passava de sorridente a preocupada:

—Mais uma pessoa morreu. Hoje.
—Quem? - três perguntaram ao mesmo tempo.

Bianca respirou fundo:

—Juliette....

Steve voltou seu olhar em direção a mesa da "Gangue das 5", e Amelie, Bianca e Chris fizeram o mesmo, quase que imediatamente. Eles fitavam as meninas com desconfiança, Chris se pronunciou:

—O que está acontecendo nessa droga de cidade?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Por favor comente o que achou! Quem são seus suspeitos? Quais as suas teorias? Concorda com a Claire? E mais importante, quem é o próximo?



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