Scream - Survival escrita por The Horror Guy


Capítulo 28
Unmasked - Part 3


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo. Espero que gostem! Estamos chegando ao fim desse massacre.



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Não dava para ver nada. Marty só sabia que Keaton estava vivo e respirando por causa do peito do garoto que subia e descia embaixo de si, e o som do ar entrando e saindo tentando acobertar os gemidos de dor. Marty não sabia para onde ir, de certa forma, aquela escuridão os escondia. Estavam deitados bem no meio do saguão, mas enquanto ficassem quietos, seria como se não estivessem lá. Impossível de serem encontrados.

—Vamos tentar sair daqui? -Marty sussurrou.
—E Pra onde vamos?
—Lá pra fora... lá na frente... temos que sair da mansão.
—Mas eu não consigo.. ve..ver nada..
—Eu te levo.
—Tudo bem...
—Espera..

Marty se retirou de cima de Keaton, tateando o chão levantando-se desnorteado. Sua própria respiração estava evidente. Tentava se lembrar da geografia do lugar, para ir em busca de uma parede que lhe fornecesse o botão para acender a luz, se é que a luz naquele saguão funcionava.

—Cadê você? -Keaton sussurrou do chão.
—Estou aqui. Estou bem aqui. Espera só um segundo..
—Tá bem...

Esticou os braços para frente como um cego, tentando sentir algo. Deu um passo à frente naquele vazio, querendo tocar alguma coisa. Uma parede de preferência.

—O que você está fazendo?
—Xiiu...

Caminhou se imaginando no saguão aceso. Onde estava a luz? Onde estava? Memórias não muito úteis lhe diziam para continuar em frente na direção que estava indo. Não conseguia enxergar nem suas próprias mãos que faziam uma busca desesperada no escuro, quando sentiu finalmente uma parede, tateando a desesperadamente se aproximando mais depressa. Diante dela, Marty deslizava suas mãos para cima, baixo, lados qualquer direção que lhe levasse a um botão. Sua mão esquerda de repente não sentiu mais nada, a parede havia acabado bem ali do seu lado. A Colocou de volta onde estava, quando percebeu que o botão estava ali, na altura de sua cabeça. Apertou, a luz se acendeu, mas não a luz do saguão, e sim a da sala da lareira bem a sua frente. Com o acender, o susto foi inevitável ao ter Steve parado apoiado com o ombro na parede bem ao seu lado, todo torto devido a perna machucada:

—Ah!! Steve! -Gritou ele com o susto, sendo calado imediatamente com um golpe de dor aguda que o atingiu próximo a cintura. Perfurado com a faca de modo repentino, Marty soltou um gemido de dor rouco parecido com uma tosse, arregalando os olhos, descendo-os até sua cintura, no lado esquerdo onde podia ver o cabo da faca para fora, sendo segurado pela mão de Steve e um pouquinho de sangue que já manchava sua camiseta. Não conseguiu falar, mas Steve com os olhos lacrimejando de dor e ódio sim:

—Saia da minha frente! -Disse o garoto empurrando Marty para trás, fazendo-o sair da faca. O menino caiu se estabacando com as costas no chão. A Lâmina, semi banhada em sangue, pingava...

Steve passou direto por eles mancando em dor extrema com respiração ofegante, enquanto Marty se revirava no chão em expressão de agonia.

—Marty... -Keaton rolou para o lado, ficando mais próximo dele, que lhe estendia uma mão, conforme a outra ficava pressionada na cintura onde havia sido esfaqueado, tentando inutilmente parar o sangramento que escapava entre seus dedos. As duas mãos dos meninos se seguraram, a dor latejante os unia.

—Juliett!!!! Cadê você sua piranha?! -Steve andava se apoiando nas paredes, tomando cuidado para não levar um tombo com a perna que ameaçava não sustentá-lo. A Cada passo, seu rosto expressava dor.
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Juliett escutou a voz de Steve ecoando ao longe:

—Merda! -Sussurrou a si mesma, apoiando-se numa parede. Não conseguia ver absolutamente nada. Andando no escuro com a arma apontada para o vazio, sua mão tremia de nervoso. Sua perna comprometida a fazia mancar, deixando seus passos um pouco arrastados e mais pesados. O Barulho da sua caminhada era explícito, se Claire estivesse por perto em algum lugar na escuridão, com certeza a ouviria chegando, e era exatamente o que se passava.

Claire se mantinha imóvel encostada na parede. Podia ouvir os passos de Juliett. Tampava a boca tentando decidir se a atacaria ou ficaria quieta esperando a maldita passar direto por ela. Estavam no mesmo corredor, bem próximas. Claire mantinha sua lanterna desligada mantendo-a próxima ao peito, não querendo dar nenhum pio. Seu coração batia tão forte que tinha medo até que ele fosse ouvido. O piso de madeira rangeu com um passo de Juliett, era certeza. Ela estava bem ali, em sua frente. Com o ranger, Juliett parou. Ficou parada, atenta tentando perceber qualquer som ou movimento a sua volta. Claire por outro lado, prendeu a respiração. Ela tinha vantagem, a psicopata não sabia que ela estava ali. Porém, estava armada. Se Juliett atirasse, a coisa todos ia por água abaixo. Um momento tenso onde uma estava invisível para a outra, porém tão perto.

—Claire....

A Loira gelou, fechando os olhos mesmo que tal ação fosse inútil na escuridão. Juliett continuou:

—Claire?... Onde você está?! -Exclamou.

"Ufa, ela não sabe que estou aqui".

—Claire, a única que vai sair perdendo aqui é você! Steve está por aí... ele vai te matar... Vamos! Apreça logo! Podemos acabar com isso!.. ninguém mais precisa morrer.. bem, pelo menos não aqui em Ashville. De qualquer jeito você não tem nada a ver com isso.

Silêncio apenas.

—Claire! Pare, vamos! Eu sei que você não vai mais querer ter nada a ver comigo, e sinceramente não ligo. Vem, podemos sair daqui, e tudo vai ter acabado. Se o Steve te encontrar... você não vai ter chance... pensa bem! Não sou eu quem queria te matar lembra?.. eu não matei ninguém!... Bem, só a Jill... mas a vaca merecia. Hein?.. você está aqui?!... Responde.... vamos resolver isso.. ou serei obrigada a atirar em você, e ninguém quer isso, concorda?.... Claire?....

Num suspiro silencioso, Claire tomou uma decisão e cochichou:

—Aqui...

Juliett ouviu, mexendo a cabeça para os lados:

—Onde?

A Luz da lanterna se acendeu, iluminando o rosto de Juliett, cegando-a naquele segundo, fazendo-a cobrir os olhos por um instante:

—Bem aqui, sua puta!

Sem hesitar, a loira golpeou no rosto com a lanterna com toda sua força:

—Arrgh!!!!

Juliett gritou ao ser atingida, sendo lançada para trás deixando a arma cair. O Revólver bateu contra o chão enquanto a Líder de torcida se apoiava na parede em suas costas, nem tendo tempo para reagir com a mão da loira que lhe atingia um tabefe na cara, o estalo do tapa foi forte, fazendo o rosto de Juliett se virar e seus cabelos voarem contra o rosto.

—Puta!!!! -Claire exclamou de raiva deixando a lanterna cair, levando suas duas mãos no pescoço da líder de torcida, esganando-a com todas as suas forças. A Menina tentava usar os braços para bater em Claire, que nem se importava com os tapas que levava, tinha que tirar o ar do alcance da garota nem que fosse a tapas e socos! Juliett se asfixiava lutando para se soltar, agarrando nos pulsos da lora, cravando suas unhas neles mostrando os dentes de raiva como um cachorro, tentando gritar. Mas Claire não mostrava piedade, chacoalhava a garota pelo pescoço, batendo a cabeça dela na parede de leve com a ação. Eram os grunhidos e urros roucos de Juliett em sua agonia que fizeram uma lágrima escorrer pela bochecha da Loira, que demonstrava sua raiva mas acima de tudo tristeza. Sempre disse em como queria matar o assassino, mas estava sendo mais difícil do que imaginava. Tirar a vida de uma pessoa era tarefa para aqueles movidos a frieza, cujos corações eram tão duros quanto a parede a que Claire mantinha Juliett contra. Não estava conseguindo, seus cabelos ja´estava todos bagunçados, caindo sobre seu rosto que a toda hora era atingido por tabefes desesperados de Juliett que lutava para respirar. Ao vê-la ficando vermelha, seu coração amoleceu por um segundo, junto com suas mãos que sofreram do mesmo sentimento, sem querer não jogando tanta força no estrangulamento como deveria. Juliett, no segundo em que Claire demonstrava uma possível derrota e fraqueza ao tentar matá-la, lhe bateu no nariz com a palma da mão, afastando o rosto de Claire que se impulsionou para trás com o golpe levado com um grito. A loira bateu com as costas na parede paralela, enquanto Juliett tossia como louca, finalmente recobrando o ar inspirando-o com desespero.

—Droga!! -Gritou Claire ao bater contra a parede.

Juliett já se abaixava para pegar a arma que estava caída no meio do corredor entre as duas, sendo iluminada pela lanterna. Claire num reflexo rápido se curvou rapidamente, quase que ao mesmo tempo que ela. As mãos desesperadas das duas tateando o chão tocaram no revólver, que sem querer fora lançado mais para longe. Juliett no mesmo momento se jogou no chão, estendendo-se para pegá-lo, quando Claire se jogou em cima dela.

—Arrghh!! -Berrou a líder de torcida ao ter o peso da loira sobre si. Seu braço esticado lutava para pegar o revólver, a poucos centímetros de distância.
—Não!! -Claire a agarrou pelos cabelos, levantando a cabeça de Juliett que fora puxada, sendo levada para trás.
—Me solta!!!
—Nem pensar!!


Com uma mão, Claire a agarrava pelos cabelos com toda força que podia conforme esticava a outra, que ficara em cima da mão de Juliett, que por sua vez tentava alcançar a arma. A Loira dava tapas sobre a mão da líder de torcida, tentando tirá-la do alcance do revólver, as duas urravam de ódio, esforço e adrenalina. Os dedos de Juliett ameaçavam tocar na arma, quando Claire ainda com os dedos da mão direita entrelaçados no cabelo cor de chocolate da garota, impulsionaram sua cabeça para frente, fazendo Juliett dar com a cara no chão. A pancada arrancou gritos da menina, que tentou se arrastar a todo custo. Claire tentava prendê-la com as coxas, se remexendo em cima dela tornando impossível que ela se arrastasse. Juliett, com o outro braço, proferiu uma cotovelada em Claire, acertando-a no quadril, mas a loira não parava, mais uma vez, batera com a cabeça de Juliett contra o chão. O Baque da testa da garota atingindo o chão fora grotesco:

—Ai!! Sai de cima de mim!!!
—Agora eu entendo a Soraya Montenegro!! Maldita aleijada!!!

As duas se engalfinhavam sacudindo-se uma sobre a outra, quando de repente, Juliett jogou a cabeça para trás, acertando a nuca na testa de Claire, que involuntariamente a soltou por um segundo com um grito ao ser atingida.

Juliett se arrastava como a verdadeira cobra que era. Usando os braços para se levar para frente, quando Claire tomou atitude:

—Nem mais nem que a Puta que pariu, Juliett!

A Loira saiu de cima da adversária num pulo ágil, pegando-a pelo tornozelo. Com um impulso, Claire foi dando passos raivosos para trás levando a garota consigo, arrastando-a.

—Ah!!! -Juliett berrou ao ser arrastada, raspando a barriga e o peito no piso de madeira. Num tentativa fútil, cravou suas unhas no chão. Mas Claire era mais forte por estar de pé, a puxou por pelo menos um metro enquanto Juliett deixava para trás as marcas de arranhado no piso. Até que começou a sacudir as pernas. O tornozelo dela se sacudia tornando difícil para Claire a tarefa de segurá-lo. Aquela perna chacoalhava a ponto de acertá-la um chute no rosto, quando a loira usou suas forças para parar o movimento agressivo de Juliett, segurando sua canela com firmeza, se colocando a mordê-la. Cravou os dentes na canela grossa da líder de torcida que gritou de dor se sacudindo ainda mais, impulsionando o pé erguido para trás, acertando então o pescoço de Claire, que ao urros recuou levando entre os dentes um pouco do sangue de Juliett, soltando uma cusparada vermelha de nojo e repulsa.

Com um movimento rápido, a Loira debruçou-se virando Juliett de Barriga para cima, seu rosto era iluminado bem leve pelo flash da lanterna, Claire sentou-se sobre o abdômen da menina proferindo-lhe um tapa infame no rosto. Voltou com as costas da mão gritando de raiva, a cada palavra que dizia, era um tapa que Juliett levava.

—Por... que.... você... fez ... isso?! Sua... filha... de... uma... égua! Quem você pensa que é pra montar m culto de assassinos? Hã? Charles Manson?! Ah!! -Claire se preparava para lançar mas um tapa, os dois lados da cara de Juliett estavam absurdamente vermelhos pintados com as marcas da mão da loira que a agredia como uma mulher ciumenta que achou a amante de seu marido, quando as unhas da Assassina lhe atingiram o rosto, cravando em sua carne puxando consigo pequenas lascas de carne deixando para trás um rastro de quatro arranhões. -Ah!!! -Claire em desespero com suas mãos que balançavam para todo lado, tentava segurar Juliett pelos pulsos para que ela não a atingisse mais. E Conseguiria se uma joelhada da líder de torcida não tivesse lhe atingido as partes baixas, assim, Juliett conseguiu tirá-la de cima de si, tendo Claire caído para trás aos berros enquanto a Psicopata se virava, tornando a rastejar em direção ao revólver.

—Saco!!! -A diaba proferiu, levantando-se desnorteada. Enquanto Juliett chegava finalmente para alcançar o revólver, ela por sua vez tomava para si lanterna, pegando-a de modo feroz, voltando-se na direção oposta se colocando a correr em fuga disparada. Nos poucos metros que corria trêmula e lotada de adrenalina, Claire conseguia ver a frente uma janela no final do corredor. Foi neste momento que um estouro se deu, Juiett havia dado um tiro que veio com um rápido clarão, iluminando o corredor por uma fração de segundos como um relâmpago que ecoou por toda a mansão.


Edward, que caminhava perdido no escuro com sua lanterna, parou ao ouvir o tiro. Pendeu a cabeça para cima tentando analisar de qual direção havia vindo o estouro, quando um segundo tiro se deu. Agora ele tinha certeza de qual direção seguir.

Steve, que estava prestes a entrar na antiga cozinha, parou na porta, recuando. Em respiração ofegante, o garoto coberto pela capa preta empunhava sua faca, mudando de direção:

—Eu vou te pegar.... -Dizia ele possesso.

Claire berrou com o segundo tiro, por sorte não fora atingida mas a janela no final do corredor sim e se mostrava trincada com um buraquinho na lateral esquerda. Ela corria em ziguezague, cada hora se apoiando numa parede do corredor, tentando ficar fora da mira do revólver. Em sua corrida, se preparou. Puxou fôlego, acelerou os passos feito uma maratonista Queniana, cruzando aquela linha reta como um vulto. No último segundo, quando Juliett deu o terceiro Tiro, a Loira saltou jogando o corpo de lado atirando-se contra a janela. A Bala, que passara de raspão em seu braço, atravessou o vidro causando mais uma fissura, ajudando para que a janela se estilhaçasse quando seu corpo bateu contra a mesma. O Vidro se partiu em centena de milhares de cacos que eram lançados em todas as direções. Claire despencara do outro lado junto com os estilhaços, atingindo o chão ao mesmo tempo que eles, ainda que alguns bem pequenos ainda estivessem caindo sobre si. Notou que caíra num gramado. Estava de volta ao quintal dos fundos com aquelas luzes todas acesas. Que sorte estar no térreo. Jamais teria tentado tal proeza se estivesse num dos andares de cima. De joelhos, soltando rápidos e curtos gritinhos, Claire começava a engatinhar tomando cuidado para não se apoiar naquele monte de vidro quebrado.

—Socorro!! Edward cadê você?!!

Levou sua mão até o braço esquerdo, que sangrava um pouco e tampou o ferimento pressionando-o. Era dolorido até mesmo encostar.

—Ai... ai... cacete...

Ao dar um passo, Claire urrou de dor ao sentir uma fisgada na parte de fora da coxa. Abaixou a cabeça para olhar, quando seus olhos encontraram uma ponta de um caco de vidro que estava saindo para fora de sua calça jeans. Retirou a mão do braço, pegando com a ponta dos dedos o caco de vidro:

—Um... dois... (respirou fundo) -Três! -Puxou o objeto para fora de sua carne, sentindo uma fisgada ainda maior. Tentava caminhar, dando passos tortos. O local perfurado parecia fisgá-la a cada passo, como se tivesse acabado de tomar uma injeção ali. -Ai.. ai.. Edward!!!! -Gritou olhando para os lados, não vendo nada. O Local estava deserto, exceto pelo corpo de Dylan estendido a poucos metros.
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Ambos feridos, Marty e Keaton seguravam um no outro ao descer com muita cautela, os pequenos degraus da varanda da frente. Keaton, passava seu braço que não havia sido ferido em volta de Marty, o segurava pelo ombro.

—Vem.. com calma..

O Menino mal conseguia dizer uma palavra, cobria o ferimento em sua cintura com extrema agonia. Ao menos o sangramento não estava intenso, o que era um bom sinal. Porém, sua mão estava coberta de sangue.

—K..Keaton..
—Não, não fala nada. Vem...

Ao descer o último degrau, Marty dobrou levemente os joelhos ameaçando despencar:

—Hey, hey hey!... não. Continue, vamos sair daqui.
—Não consigo... -O Garoto revirava os olhos, parecia que estava prestes a ficar inconsciente.
—Fica comigo! Não apaga, por favor!
—Meninos! -A Voz de Edward surgiu na porta bem atrás deles.

Keaton torceu o pescoço para trás:

—Ed, ajude aqui.

O Garoto se prontificou, em passos rápidos desceu os pequenos degraus segurando Marty que mal se mantinha de pé, o deitando com delicadeza, se abaixando conforme o colocava no chão.

—Calma, Marty... você vai ficar bem.

Ele estava pálido, seu pescoço mole e os olhos que abriam por um segundo e fechavam no outro.

—Não faz esforço.
—Temos que fugir! -Keaton exclamou com olhos cheios d'água.
—Não, fiquem aqui e esperem Amelie. Ela vai vir com socorro.
—Nem sabemos se ela conseguiu fugir!
—Eu vou voltar. Se ela não aparecer, me esperem, eu mesmo carrego o Marty.

Keaton se abaixou diante de Edward em desespero sussurrando:

—E se ele não resistir?

Ed engoliu seco, fitando diretamente o garoto:

—Ao menos o assassino estará morto. Fiquem aqui. Deixe ele deitado.

Edward se levantou dando as costas.

—Prometo que vou voltar!
—Edward, espere!
—O quê? -Disse ele se virando.
—Tem algo que você precisa saber..
—Diga..
—A Juliett é a assassina. Ela o Steve.

A expressão no rosto de Edward mudou drasticamente. De preocupação à fúria num piscar de olhos.

—Eles dois vão morrer esta noite. -Deu as costas em passos velozes, seus ombros se moviam de forma tenebrosa enquanto cerrava os punhos seguindo em frente.

Keaton o via entrar de novo na casa, se abaixando para pegar algo que estava caído perto da porta, não conseguiu ver o que era, mas seja o que for, Edward levou consigo continuando sua rota desaparecendo dentro da mansão. Voltando seu olhar a Marty que parecia inconsciente, Keaton se desesperava. Fitava o peito do garoto prestando atenção para ver se ele ainda estava respirando, tudo indicava que sim. Suspirou aliviado, se aproximando, colocando sua mão ebaixo da nuca de Marty, servindo de apoio.

—Amor, você vai ficar bem....

Marty não respondeu. Apenas um gemido indicou que ele havia escutado. Keaton não aguentou, colocou a mão mais a fundo por trás da costas do menino, puxando para si, com a outra, pegou por baixo de seus joelhos, levantando-o como pode enfrentando a dor em seu ombro que estava coberto de sangue por conta do tiro. E num esforço tremendo e destemido, deitou Marty em seu colo como um bebê, parecia até que estava pondo-o para ninar conforme se balançava para frente e para trás com ele nos braços sentado no chão. O Beijou na bochecha, erguendo o tronco novamente, clamando aos céus que ele não morresse. Não suportaria. A amizade de tantos anos que havia virado algo mais, não podia acabar ali. Keaton tentava abraçá-lo como podia, tomando todo o cuidado do mundo para não machucá-lo. Veio em sua mente, a imagem de Marty sentado em seu jardim da frente portanto Stacy nos braços exatamente na mesma situação. Ele não poderia ter o mesmo fim dela. Não pode! Pendeu a cabeça para frente dizendo baixinho deixando uma lágrima molhar a testa de Marty:

—Eu te amo...

Mesmo não respondendo, a mão ensanguentada de Marty se ergueu, pousando no ombro de Keaton, como se tentasse trazê-lo para si, mas sem nenhum esforço. Com as testas coladas, Keaton só conseguia pedir a quem pudesse atender suas preces, que ao amanhecer tudo estaria bem... será?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Só falta mais um! Por favor, comente o que achou!



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