Homem-Aranha: O Legado escrita por Wellington Junior


Capítulo 2
Notícias Sombrias


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, mas irei tentar lançar mais rapidamente os capítulos. Espero que gostem.



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 — Você está bem, Nathan? — Perguntou Peter.

Sim, só estou um pouco tonto — Ele olha para um recipiente cheio de aranhas no centro do laboratório — Peter, essas aranhas, são modificadas? Me lembro que você e meu avô trabalhavam em algo relacionado e foi dessa forma que conseguiu suas habilidades, certo? — Nathan e seus pais sabiam que Peter era o Homem-Aranha. As duas famílias eram muito próximas. Além deles, Kelvin também sabia. Apenas eles.

Peter ficou surpreso com a abordagem de Nathan — São sim, Nathan. Eu não faço a menor ideia como uma delas pode ter escapado. Mas não se preocupe, é pouco provável que algo aconteça com você. Essas aranhas não podem conceder as super habilidades pra alguém a menos que seja inserido na fórmula o DNA dessa pessoa. Normalmente, isso poderia te matar já que seu corpo não iria suportar o veneno da aranha. Mas essas que eu produzi, não possuem essa particularidade. Foi a forma que encontrei para que coisas como essa que aconteceu com você não sejam fatais.

Nathan chega perto do recipiente e as observa — Espera, mas e a Aranha que te picou? Por que nada aconteceu com você?

— Porque qualquer pessoa que fosse picada por aquela aranha iria adquirir as minhas habilidades. Era nisso que eu e seu avô trabalhávamos. Descobrimos a fórmula da substância contida no veneno da aranha que me picou. Ela é compatível com qualquer DNA humano. Desde então, tenho pensado em uma forma de acabar com isso. Se essa fórmula parar em mãos erradas, os problemas que podem surgir são imensuráveis. Essas aranhas nesse recipiente que você está vendo fazem parte dessa minha experiência. Elas não são compatíveis com qualquer DNA, precisam do DNA da pessoa em questão. Estou pensando em uma forma de afastar possíveis ameaças. Por isso não continuei com o projeto, seu avô era essencial nisso. Depois que ele partiu, eu resolvi parar. Até ele sabia que essa experiência tinha ficado perigosa demais. É uma arma de fogo grátis pra qualquer pessoa mal intencionada. É capaz de conceder super habilidades para qualquer um.

— Entendo — Diz Nathan — Você e meu avô são demais 

Peter sorriu — Gosta de Ciência, Nathan?

— Muito — Dizia Nathan enquanto observava as aranhas — Meu avô sempre me ensinava diversas coisas.

— Por que você não começa a trabalhar comigo aqui, como se fosse um estágio? Eu posso te ensinar muita coisa.

— Eu aceito sim — Sorriu Nathan.

— Se sentir algo me avisa imediatamente, ok? —Nathan confirma e os dois deixam o laboratório. Nathan estava bastante pensativo lembrando de seu avô. Ele estava impressionada com tudo aquilo que ele havia produzido e se culpava por estar sendo preguiçoso ao invés de fazer algo importante também e encontrar seu caminho.

                                       […]

Na parte de cima da casa de Peter, Mary jane estava na cozinha preparando a janta e Melissa estava sentada no sofá pensando sobre o que Nathan estava conversando com seu pai.

Mãe, sobre o que eles estão conversando? Já se passaram meia hora.

Não sei querida, o seu pai não me disse. Só falou que queria conversar em particular com Nathan.— No fundo, Mary Jane sabia muito bem do que se tratava, mas não podia contar para a sua filha.

Melissa estava aflita, ela não conseguia parar quieta, andava de um lado para o outro sem parar. Ela olhava para o relógio, continuava andando, parava, sentava, levantava, ela não sabia o que fazer.

No final, ela resolveu sentar no sofá e esperar a conversa dos dois acabar mas percebe que Nathan estava subindo.

E então?? Sobre o que vocês conversaram?— Ela perguntava.

Nada demais, depois a gente se fala.

Quando Nathan ia abrir a porta, Melissa o pega pelo braço e diz:

Me fala, eu sei que foi algo bem forte pra te deixar assim!— Nathan olha para a menina, mas rapidamente desvia o olhar. 

Nathan pega o braço de Melissa e o tira bem devagar. — Depois nos falamos.— Ele abre a porta e se vai.

Melissa ficou muito chateada, não com Nathan, mas com a aflição dele. Ela queria poder ajudar de alguma forma, no final, ela só disse o nome do amigo. – Nathan...

                                                   […]

No outro dia, de manhã bem cedo, Melissa estava andando pelos corredores da escola com Kelvin e ela contou sobre o ocorrido.

Kelvin, ontem aconteceu algo bem estranho. Nathan conversou por um tempo bem longo com o meu pai no laboratório, e no final saiu de lá bem estranho. Você sabe o que aconteceu?

Poxa, eu não faço ideia. Nathan sempre me fala quando algo de errado está acontecendo com ele.

Os dois chegam no refeitório, pegam seu lanche e se sentam. Melissa olhava de um lado pro outro procurando Nathan. – Parece que ele não veio pra escola. Acredita que ele não passou na minha casa hoje? Ele sempre vai.— Desabafava Melissa.

O Nathan é assim mesmo, quando está chateado se afasta, fica tranquila.— Tentava amenizar a situação, Kelvin.

Estão procurando o Nathan?— Perguntava uma aluna que aparentemente o conhecia.

Sim!— Confirmou Melissa.

Olhem lá no canto, ele está bem isolado. Na verdade parece que não está está comendo, só deitado com a cabeça na mesa.

Ahh, já chega!— Melissa vai até Nathan e diz: – Olha, se você está mal, tente conversar com seus amigos e não nos ignorar!— Gritava Melissa.

Porém, a garota percebe que Nathan estava muito deprimido e não falava nada. – Nathan?— Perguntava a menina.

Fala Mê.. o que você quer?

É que eu estou muito preocupada com você. Hoje você nem me buscou em casa. O que tá acontecendo?

Foi mal, eu não pude te buscar hoje.— Nathan se levanta e vai embora dizendo – Mais tarde a gente se fala.

Melissa olha para ele, e depois se vira. Kelvin rapidamente corre para tentar acalmar a amiga. – Ei melissa, não fica ass.. , quando Kelvin ia completar, ele percebe que sua amiga estava chorando.

Melissa... o que foi? Ele disse alguma coisa?— Perguntava Kelvin.

Não, é que... eu estou cansada de ser sempre tratada como segundo plano. Me importo com o meu pai e ele vive a maior parte do tempo salvando a cidade, e agora com o Nathan...! Segredos, segredos e mais segredos, EU ESTOU CANSADA!— Melissa se levanta e sai correndo. Kelvin olha pra amiga com um olhar de preocupação. E então, ele decide ir ao encontro de Nathan.

Casa dos Nolan

Ao chegar na casa de Nathan, Kelvin bate na porta. Kristine o atende.

Oi Kelvin, veio ver o Nathan?

— Sim senhora Kristine, ele está?

— Sim, está no seu quarto.

Kelvin sobe rapidamente e nem bate na porta, sai entrando dizendo: – Muito bem , você vai me explicar o porquê de você estar desse jeito.

Nathan se levanta e fala – Nada demais, Kelvin. Só estou pensando no meu avô. Eu queria ser igual a ele. Hoje fui no laboratório do Peter e ele me contou sobre o trabalho deles, é incrível. Eu fui picado por uma aranha também, acredita?

— Como?? Então quer dizer que você? 

— Não, as aranhas eram inofensivas de acordo com o Peter. Se bem que não estou me sentindo muito bem.

— Se estiver mal conversa com o Peter, você pode sofrer algum efeito.

— Sim, to sabendo — Diz um pensativo Nathan

 

  Casa dos Parker

Já era de tarde, e Melissa estava deitada na cama a bastante tempo, Peter percebeu isso e foi até o quarto da filha para saber o que estava acontecendo. Ele bate na porta e pergunta se podia entrar, Melissa confirma que sim.

 

Então filha, o que foi? Eu percebi que você está bem chateada hoje.

Não é nada demais, só estou cansada de ser jogada pra escanteio sempre. Hoje o Nathan nem falou direito comigo, não me buscou em casa como sempre faz, me tratou como uma qualquer. Ele não é assim...

Peter sabia que Nathan não estava bem por causa da conversa deles, e isso o deixa com um sentimento de culpa. Ele pergunta para a sua filha – Você gosta dele, não é?

A pergunta deixa Melissa muito sem graça. – Como assim?? Gostar? Ele é só meu amigo...acho que nem isso ele é mais.

Olha, não precisa ficar chateada com isso. Se ele está mal, tente dar um tempo pra ele pensar e o deixe ficar sozinho um pouco. Depois as coisas vão voltar a normal.

Tudo bem pai..

Os dois se abraçam e na TV do quarto de Melissa, o noticiário informava com urgência:

Eu nunca vi algo parecido antes, seis monstruosidades estão colocando terror aqui no centro de Nova York, os cidadãos estão muito desesperados e a polícia já deu a ordem de evacuação da cidade.

Peter!! - Gritava Mary Jane.

Eu sei querida, eu já estou ciente da situação.

Peter coloca seu uniforme de Homem-aranha. A seguir, olha pra sua mulher e filha que estavam abraçadas.— Amo vocês!

Nós também te amamos!

Peter olha pra Melissa e diz — Não importa o que aconteça comigo hoje, quero que saiba que você, ao lado de sua mãe, foi o meu maior presente até hoje. Eu te amo, e siga sempre em frente, não importa o que aconteça.

Melissa fica pasma, aquilo soou como uma despedida. — Pai, não fala assim, você vai voltar.

Peter passa a mão na cabeça da filha e olha para Mary Jane — Lembra quando nos conhecemos? 

Aquilo fez Mary Jane olhar fixamente para o marido. — Então, nada mudou, continuo te amando da mesma forma.

Ela beija profundamente o seu marido e retribui — Eu também te amo, você é o amor da minha vida!

Ele dá um sorriso e se vai.

 

Centro de Nova York

Chegando ao centro da cidade, Peter pergunta para um dos policiais como estavam os civis. – Eles estão bem, o problema mesmo são esses caras aí — O policial se referia aos seis vilões que estavam colocando o terror na cidade. Eram eles: Electro, Homem de areia, Rino, Duende Verde, Abutre e Octopus. 

Então, são eles.

Homem-aranha finalmente chegou.— Gritou o Duende Verde. – Estávamos a sua espera. Hoje vai ser o seu fim.

Pode até ser, mas antes, irei acabar com vocês!— Nesse momento, Peter parte para sua batalha final contra todos esses seis vilões.

Todos acompanhavam as notícias na TV, que a todo momento dizia como a batalha estava se encaminhando. Nathan e Kelvin estavam assistindo atentamente, assim como melissa e Mary Jane em suas respectivas casas.

Nesse momento, alguns membros dos Vingadores chegam para ajudar o Homem-aranha. A batalha aqui no centro de Nova York segue duríssima.— Disse uma repórter.

      Melissa e Mary Jane seguiam apreensivas, elas não tiravam os olhos da TV, a espera de novas informações. Já na casa de Nathan, o garoto acompanhava tudo com Kelvin. Até que ele resolve ligar para Melissa. — O que você está fazendo?— Perguntava Kelvin. Nathan olha para o amigo com uma expressão confusa e responde — Ligar pra Mê, preciso saber como ela está. Ela e a tia MJ.

 Kelvin se levanta, toma o celular do amigo e o aconselha — Acho melhor não. Você sabe que elas devem estar completamente assustadas e ansiosas. Ligar só iria atrapalhar. 

  Nathan abaixa a cabeça e fica em silêncio, enquanto Kelvin tenta tranquilizar  — Vai ficar tudo bem amigo, vai ficar tudo bem.

As horas passavam, a madrugada já estava chegando no seu fim, quase de manhã e nada da batalha chegar ao final. Até que a notícia tão esperada chega. 

A luta parece que chegou ao final. Duende Verde, Abutre, Doutor Octopus, e Electro parecem que estão mortos. Rino e Homem de areia muito debilitados e já foram pegos pela polícia. Mas o Homem-aranha segue caído, o que será que houve?

 

 

 Deitado em cima de um prédio, Peter começa a tossir muito sangue. Ele estava muito ferido.

 

E uma notícia que irá abalar a todos os moradores da cidade de Nova York, o Homem-aranha está morto. Ele não resistiu aos ferimentos.

Melissa começa a chorar e cai no chão, Mary Jane tenta ajudar a filha a se recompor, afinal, foi uma notícia muito chocante. Ela, Mary Jane, estava muito abalada, estava de joelhos, chorando, tentando falar com sua filha.

Nathan, não fica assim..— Dizia Kelvin. – O garoto estava devastado

Médicos chegavam ao local para tentar fazer um último esforço.  A chuva começava a cair.

                                             […]

Nova York amanheceu cinzenta e chuvosa, a cidade estava em luto. Na TV só se falava do Homem-Aranha e inúmeras homenagens foram feitas para o teioso. Muitas pessoas também foram as ruas prestar homenagem. Era difícil de acreditar no que havia acontecido. Após todo o ocorrido, a primeira coisa que Nathan faz é ir até a casa de Melissa. Ele vai acompanhado de sua mãe, Kristine, que era muito amiga de Mary Jane. Chegando lá, eles são atendidos pela própria MJ, que estava com o rosto vermelho de tanto chorar. 

 — Tia...

Nathan abraça Mary Jane e ela começa a chorar, colocando toda a sua tristeza para fora. Ela era uma segunda mãe para Nathan. Kristine também faz o mesmo e consola a amiga.

Kristine percebe que seu filho estava preocupado com Melissa e o tranquiliza — Filho, não se preocupe, eu vou ficar aqui com a Mary Jane. Pode ir lá ver como a Melissa está.

Ela foi para a escola, tentei impedir mas... — Mary Jane não conseguia terminar uma frase, ela estava completamente destruída por dentro.

Nathan fica um pouco curioso. Acontece que naquele dia não teria aula para eles, mas como Mary Jane estava muito triste com a morte de seu marido, ele não quis preocupar ela com aquilo. 

 Nathan se despede de Mary Jane e de sua mãe e logo pensa em Melissa – Eu sei aonde você está, naquele lugar onde sempre ficávamos quando éramos crianças.

Então Nathan decide ir atrás da amiga.


     Em algum lugar da cidade

Em um local muito estranho, um cientista fazia uma experiência em um humano que gritava de muita dor!

— Viu as notícias? — Perguntava uma figura misteriosa que se aproximava

É, eu vi. Deixe que pensem que o Homem-Aranha morreu. É perfeito para nós, vou esperar um tempo e então usar minha carta na manga.

— E quando pretende usar essa carta específica?

— Logo — Ele sorri.


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