Dormitório 801 escrita por Ste
— Primeiro você vai até o dormitório dela.
— Eu vou pro dormitório dela.
— Vai dizer que precisa falar com ela.
— Vou dizer que preciso falar com ela. — as mãos de Genna estavam suadas enquanto ela andava para um lado e para o outro do dormitório 801. Deitado, Guvensiz acompanhava os pesados passos dela e a tentativa quase frustrada de Tohe de acalmá-la.
— E então...? — o armador incentivou a continuação.
— Então eu... eu vou dar meia volta e me enterrar. —vela se jogou na vazia cama de Guz e enterrou o rosto no travesseiro.
— E depois vai se declarar?
— Ela é hetero! — a moça gritou através do travesseiro.
— Bom, você não sabe. E também não quer que eu pergunte ao James. A única alternativa é tentar você mesma. — Tohe se sentou próximo ao abdômen de Guz e o loiro roubou um beijou do armador enquanto o rosto de Genna ainda estava coberto.
— Ela vai me rejeitar. Tenho certeza. Lia é hetero.
— Ou ela pode não ser hetero e mesmo assim te rejeitar. — Guvensiz opinou.
— Guz!
— Muito obrigada, — ela disse sarcástica encarando-o. — me sinto bem melhor. — a garota se levantou — Eu vou embora. — anunciou.
— Vai dar certo. — Tohemmet a puxou quando ela passou por ele, encostando suas testas e narizes. — Eu sei como se sente. — ele murmurou, mas ela o afastou.
— Fácil falar. Nunca precisou se declarar e nunca foi rejeitado. Adoraria ver como ficaria se não soubesse o que a pessoa que você ama pensa. — ela parou, encarou a parede por um minuto e suspirou. — Desculpe, Tohe. Preciso esfriar a cabeça.
E bateu a porta.
— Satisfeito? — Tohemmet se virou para Guvensiz, voltando a se sentar.
— Não. — Guz murmurou e puxou o amigo pelo colarinho. — Mas espero que você me ajude com isso.
— Eu tenho que ajudá-la. — disse baixo depois que os lábios do loiro descolaram dos seus e segurou os pulsos dele quando as mãos de Guz quase desabotoaram sua calça. — Eu preciso.
— Você não sabe nem se ajudar. — observou passando seus dedos pelo punho machucado de Tohe.
— E de quem é a culpa?
Tohemmet encarou os olhos de Guz e os viu escurecer a medida que a velocidade de sua respiração aumentava; seus lábios tremiam, ainda vermelhos pelo recente beijo. O armador suspirou. Já estava cansado. Ele sentia que Guvensiz estava escapando por entre seus dedos. Queria apertá-lo, mas isso só aceleraria o processo. Suspirou.
Levantou-se e saiu.
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