Dormitório 801 escrita por Ste


Capítulo 62
Conflito




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— Primeiro você vai até o dormitório dela.

— Eu vou pro dormitório dela.

— Vai dizer que precisa falar com ela.

— Vou dizer que preciso falar com ela. — as mãos de Genna estavam suadas enquanto ela andava para um lado e para o outro do dormitório 801. Deitado, Guvensiz acompanhava os pesados passos dela e a tentativa quase frustrada de Tohe de acalmá-la.

— E então...? — o armador incentivou a continuação.

— Então eu... eu vou dar meia volta e me enterrar. —vela se jogou na vazia cama de Guz e enterrou o rosto no travesseiro.

— E depois vai se declarar?

— Ela é hetero! — a moça gritou através do travesseiro.

— Bom, você não sabe. E também não quer que eu pergunte ao James. A única alternativa é tentar você mesma. — Tohe se sentou próximo ao abdômen de Guz e o loiro roubou um beijou do armador enquanto o rosto de Genna ainda estava coberto.

— Ela vai me rejeitar. Tenho certeza. Lia é hetero.

— Ou ela pode não ser hetero e mesmo assim te rejeitar. — Guvensiz opinou.

— Guz!

— Muito obrigada, — ela disse sarcástica encarando-o. — me sinto bem melhor. — a garota se levantou — Eu vou embora. — anunciou.

— Vai dar certo. — Tohemmet a puxou quando ela passou por ele, encostando suas testas e narizes. — Eu sei como se sente. — ele murmurou, mas ela o afastou.

— Fácil falar. Nunca precisou se declarar e nunca foi rejeitado. Adoraria ver como ficaria se não soubesse o que a pessoa que você ama pensa. — ela parou, encarou a parede por um minuto e suspirou. — Desculpe, Tohe. Preciso esfriar a cabeça.

E bateu a porta.

— Satisfeito? — Tohemmet se virou para Guvensiz, voltando a se sentar.

— Não. — Guz murmurou e puxou o amigo pelo colarinho. — Mas espero que você me ajude com isso.

— Eu tenho que ajudá-la. — disse baixo depois que os lábios do loiro descolaram dos seus e segurou os pulsos dele quando as mãos de Guz quase desabotoaram sua calça. — Eu preciso.

— Você não sabe nem se ajudar. — observou passando seus dedos pelo punho machucado de Tohe.

— E de quem é a culpa?

Tohemmet encarou os olhos de Guz e os viu escurecer a medida que a velocidade de sua respiração aumentava; seus lábios tremiam, ainda vermelhos pelo recente beijo. O armador suspirou. Já estava cansado. Ele sentia que Guvensiz estava escapando por entre seus dedos. Queria apertá-lo, mas isso só aceleraria o processo. Suspirou.

Levantou-se e saiu.


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