Dormitório 801 escrita por Ste


Capítulo 60
Acompanhado




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A música da boate estava tão alta que Guvensiz não conseguia ouvir seus próprios pensamentos, no momento que o garoto abaixou seu drink na mesa Tohe jogou-se ao seu lado. Sentados no outro canto do banco estofado estavam Noah e Margot, bebendo e flertando um com o outro; a mesa a frente estava com um número razoável de copos e o assento era espaçoso o suficiente para que ainda coubesse os outros cinco amigos espalhados pelo local.

Tohemmet pegou a bebida de Guz, ainda na metade do copo, e bebeu de uma vez só. O loiro franziu o cenho.

— Está se divertindo, Tohemmet? — gritou para ser ouvido.

— Sim, meus pés doem! — respondeu sem pestanejar.

— Que bom! — ironizou virando-se para as pessoas na pista de dança.

Mas sua atenção foi logo chamada por duas mulheres que sem discrição alguma encaravam o armador ao seu lado. Guz virou-se para ele. Tohemmet obviamente já tinha percebido as nada tímidas damas, mas ele não parecia querer fazer algo a respeito. E elas logo começaram a se aproximar. Guvensiz franziu o cenho e engoliu a seco. Tohemmet estava dançando com pares diferentes a noite inteiro, Guz já tinha parado há quase meia hora. O garoto não entendia seu desconforto logo naquela hora. Talvez o olhar de cobiça delas tivesse mexido com ele. E não é como se as mulheres fossem horríveis.

O garoto sentiu o braço direito de Tohe abraçar seus ombros, suas mão desceu até a clavícula do loiro e logo se direcionou ao maxilar dele, empurrando levemente o rosto de Guz para que ele o olhasse.

— No que está pensando? — perguntou próximo ao ouvido dele. — Guvensiz se arrepiou e direcionou o olhar para aquelas que já estavam razoavelmente próximas. — O quê que tem? Você as conhece? —vo garoto fez que não. — Então qual é o problema?

Guvensiz demorou alguns segundos para pensar se estava bêbado o suficiente para responder, mas não teve tempo de concluir. Elas já estavam lá.

— Oi, — a de vestido branco iniciou o diálogo com Tohe. — minha amiga quer saber que se você quer dançar com ela! — A de vestido verde deu um beliscão na outra. — Ai! Mas você não quer? Larga de frescura, garota!

Já é a quarta que vem chamar Tohemmet para "dançar."

Guz virou-se para ele quando o mesmo desfez o abraço. O coração do loiro apertou. O moreno estava sorrindo. Paquerando, talvez?

As luzes reduziram até quase a penumbra quando uma música lenta e chula começou a tocar. Com certeza alguns casais deveriam estar fazendo certas indecências na pista. Nessas condições Guz temeu que Tohemmet aceitasse o pedido.

— Não! — Guz respondeu pelo amigo. — Ele está acompanhado, sinto muito!

O loiro só conseguia achá-la pelo mexer do vestido.

— Ah, desculpe, não sabia que tinha namorado!

— Não tenho! — o armador respondeu. — Mas obrigado pelo convite mesmo assim!

Guvensiz conseguiu ver precariamente as silhuetas das duas se afastando e indo em direção ao mar de silhuetas da pista de dança.

— Está me devendo uma dança! — Tohe disse no ouvido de Guz.

O loiro virou-se para ele e seus lábios quase se encontraram.

— Nós dois sabemos que ela não queria dançar!

— Então está me devendo uma foda!

Guvensiz sorriu.

— Está me tentando, Tohe?

O armador desceu os lábios para morder o maxilar do outro e passeou por lá até chegar no lóbulo da orelha dele.

— Por quê? Está se sentindo tentado?

Guz levantou-se e puxou Tohemmet em direção ao banheiro masculino, o armador nem se prontificou a perguntar mais nada.


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