Por maior que tivesse sido o esforço do time, ganhar as finais sem o capitão e com o psicológico abalado de todos não era sequer uma opção, Tohe se recusara a jogar e Drake ficara a maior parte do tempo no banco da reserva. Não jogou nem um quarto. Não que o restante do time se importasse, eles mal se lembravam de quanto perderam no fim da competição.

Noah já tinha saído do quarto de observação, contudo ainda teria que ficar no hospital por mais uma semana. Até Margot parecia melhor.

— Eu soube que você chorou tanto que os médicos não engoliram que não temos um caso. – Noah brincava com a voz rouca. – Tem que ser mais cuidadoso com as pessoas ao redor, querido. – sorriu para Tohe. – E você, – virou-se para Guz – soube que não chorou uma lágrima. Que cruel.

— Eu estava ocupado demais escolhendo a cor do caixão. – retrucou - Agora vou ter que devolvê-lo. Quero reembolso.

— Não vai precisar. – virou-se para Margot. – Me lembre de matá-lo quando eu receber alta.

— Não sou sua secretária. - rebateu.

Noah sorriu, o humor dela estava bem melhor. Quando acordou da superdose de morfina que os médicos lhe deram, o Capitão encontrara a namorada com profundas olheiras e sem seu típico sorriso. Demorou um tempo para que ela risse e voltasse a dormir todas as noites.

— Só fico triste pelo time não ter vencido. – suspirou.

— Não tinham cabeça para isso. – Tohe objetou com uma expressão fechada.

— E você, seu inútil, - Noah jogou um dos travesseiros nele. – devia ter ido ajudar ao invés de ficar aí vagabundeando. – apesar das palavras, tinha um enorme sorriso no rosto. Era bom estar vivo.

— E você, seu imprestável, devia ter ido coordenar o time ao invés de ficar dormindo o dia todo e recebendo comida na boca! – rebateu jogando o travesseiro de volta.

Os dois passaram a tarde discutindo.