Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 6
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Notas iniciais do capítulo

Hey, Hey, Hey, Pelo amor de Chuck! Desculpem a demora! Olha só o horário em que está saindo, plenas meia noite, a correria ta enorme aqui, semana de provas e até fiquei doente, mas enfim, desculpem a demora.

E, Meu Chuck! Devorem esse capítulo!

Boa leitura!!!



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O olhar entrecortado focou na barra de ferro, uma sombra mais escura estava ali, do outro lado, em pé com uma pasta na mão, e a sombra obviamente era feminina, por possuir um longo cabelo, mesmo que desgrenhado no momento. Ele se esforçava para enxergar ela direito, podia sentir a consciência recobrando, era só uma questão de tempo, e agora ele não sentia mais tanta dor de cabeça, mesmo parecendo estar espancado.

Alguns minutos se passavam, ele se sentiu exposto como a sombra ainda continuava ali, observando quieta, mesmo estando coberto ele sentia vontade de se esconder. Como humano ele sentia aquela necessidade. Não se recordava de nada, nem mesmo o que acontecera antes da cela, ou até mesmo de onde ele viera.

Alvo tinha apenas pequenos flashes do passado, como seus pais e seus irmãos, era difícil dizer quantos primos tinha, era uma familia grande e... Só isso. Era apenas sobre a sua origem que lembrava.

Assim que ergueu os olhos para ver a sombra, ele parou, agora para encarar os olhos dela, era um rosa acastanhado, agora a sombra era totalmente familiar para ele. Ele a conhecia, não lembrava de onde, mas conhecia. Os fios eram castanhos claros, combinando com seus olhos que raiavam, como o sol em sua órbita.

— Pare de encarar! É estranho! —A voz da mulher respondeu, ela deu um passo a frente encostando na cela, agora ela era visível

— O que...?

— Poupe a voz, você estava morto a poucos minutos

Alvo rapidamente arregalou os olhos e se sentou em alerta, "Morto"?

— Poupe as forças também! Assim fica difícil — Ela revirou os olhos bufando

— O que está acontecendo? — Ele perguntou coçando os olhos como se tivesse acordado de um sono pesado

— Esperávamos que você não sobrevivesse, dormiu por dias seguidos

— Dormi?

— Morreu na verdade, até fedeu um pouco no segundo dia

— Que?

— Tanto faz, como se sente?

— Morto?!

— Não fale assim! E as veias? Já estão cicatrizando?

Só então Alvo desceu os olhos percorrendo o próprio braço, procurando as veias no escuro, não foi legal o que vira. Várias veias estavam puladas, como se serpenteassem pelos braços, ele acompanhou o caminho da veia ate o ombro, foi extremamente estranho ver uma marca ali, como um traço brilhante, olhando mais de perto, eram vários traços como raízes que cobriam o pescoço, traços dourados, que deixavam a pele branca do mesmo bela.

— Que merda é essa?

Ele pôde escutar a risada da jovem do outro lado da cela, ela parecia rir de algo familiar, como uma risada abafada de quem já sabia de tudo.

— Não se exalte, vai que você morre de verdade

— Está brincando? O que vocês fizeram em mim?

— Nós não fizemos nada, Hirena fez

Alvo cerrou os olhos olhando em direção a menina, Hirena, era uma palavra tão familiar, porém que não lhe recordava nada, ele franziu o cenho e ficou em silêncio esperando mais alguma palavra.

— Você não lembra, não é? Não lembra que veio parar aqui por descobrir o que era Hirena, que no seu mundo, é apenas um jogo, um jogo mortal

As palavras que a menina pronunciava eram como agulhas no cérebro do moreno, como se injetasse memórias dentro da mente, ele lembrava-se de estar em uma casa, e do jogo, que seus irmãos estavam jogando, quando ele pegou aqueles papéis no cofre...

— Não temos ideia de como você sobreviveu, não é possível, você é um novo projeto para eles

— Como sobrevivi...?

— Ao Hirena, todos aqueles que carregam o sangue de Hirena, são escolhidos pelo rei para passar pelo jogo

— Rei...? Hirena é um... — A voz de Alvo sumiu quando os dois escutaram um som alto e explosivo no final do corredor.

***

Dominique saiu em disparada pela rua arrastando Rose consigo, ela sabia que não seria nada bonito para os que ficaram para trás na vizinhança, eles não eram de ter piedade, ou quem quer que os mandasse ali não tinha nenhum pudor se quer.

— Dominique! — Rose gritou apavorada enquanto ainda escutavam os vidros da casa estilhaçando, aquilo já começava a acordar a vizinhança 

Domi a puxou por uma viela entre duas lojas, que levava ate a rua principal, em disparada sem olhar pra trás elas saiam nos tropeços a cada esquina, o celular de Rose começara a chamar incansavelmente desde que pisaram na principal, ela controlou a curiosidade enquanto o medo pulsava em suas têmporas, ela nunca vira Dominique correr tanto, era medo, puro medo estampado em seus rostos.

— Domi! Tudo bem! Já estamos longe! — Rose reclamou puxando o próprio pulso da mão da loira, porém ela não soltava e continuava a correr, começou a correr pela pista e Rose prendeu a respiração enquanto era arrastada ate o outro lado.

De repente, em uma encruzilhada Domi freiou, se inclinou para frente apoiando as mãos nos joelhos, ofegando, em meio as listras brancas da faixa de pedestres ali Dominique quase desabou no chão, Rose tirou o celular que ainda chamava do bolso, passou o dedo pela tela rapidamente e levou ao ouvido

— Quem disse que seria fácil? — agora uma voz feminina sarcástica exclamava do outro lado — E então? Vai jogar ou não?

Antes que pudesse responder ela escutou o toque final, arfou e olhou para Domi, que estava a um metro de distância quase se estirando no chão, Rose bufou e arrumou o cabelo indo ate a amiga, porém antes que ela pudesse atravessar a encruzilhada, do lado oposto, um carro vinha a toda velocidade, com os faróis acesos. Rose momentaneamente cegou.

— Rose! — Tudo que ela ouviu foi o grito de Dominique quando olhou para o lado e esperou o impacto com o carro, a poucos metros.

A ruiva fechou os olhos com força, ouvindo o som do freio segurado com tanta força que podia a deixar surda. Ela esperou de olhos fechados, esperou, esperou, respirou fundo, sua morte havia sido tão rápida a ponto de nem sentir? Rose abriu os olhos devagar e os ergueu apavorada, o carro estava a poucos centímetros de seu próprio corpo, o vidro escuro da frontal dificultou sua volta a realidade. Rose bateu com o punho no capô agora já recobrando a própria raiva, uma raiva "pós morte".

— Está maluco?! — Ela esbravejou pela rua vazia, o som teve seu eco.

Dominique ficou ereta do outro lado da rua e olhou do carro para Rose, sucessivamente, como havia conseguido parar, quando ela observou o carro por trás dos faróis notou...

Rose tinha as bochechas vermelhas de revolta, com o punho ainda do capô, era um lindo carro de ultima geração preto como a noite, para Rose, agora parecia a própria morte. Antes que ela pudesse gritar mais ainda a porta do carro se abriu e alguem saiu dali tão rápido quantos seus olhos podiam acompanhar, com os fios castanhos bagunçados e um óculos que parecia ter mais de um grau no rosto, os olhos castanhos esverdeados tão brilhantes, como sempre foram, ela o encarou perplexa, sem mesmo notar quando o farol apagava e outra pessoa saia do outro lado do carro

— Rose? — a voz tão familiar murmurou.

— Potter's — Dominique revirou os olhos se aproximando do mesmo.

Rose havia esquecido sua própria indignação enquanto encarava o primo, que a poucos segundos, poderia ter matado a mesma.

— Jay?

***

Hermione sentou a mesa cansada e enfiou as mãos no próprio cabelo, ainda escutando as vozes de Hugo e Kyla na sala conversando sobre Rose. Ela suspirou fechando os olhos com força.

— Rose deve ter odiado isso — Ela murmurou pra ninguém em especial

— Ela já está bem grandinha, Hermione, é compreensível

Não se surpreendeu quando a voz de Rony invadiu a cozinha, com tantos anos já estava acostumada a ter o mesmo brotando em qualquer lugar da casa. Apenas ergueu os olhos para o ruivo, ele bebia um copo de água em frente a pia. Era o mesmo de sempre.

— Eu conheço a minha filha, Ronald! Os olhos dela estavam decepcionados

— Não é a primeira vez... — Ele respondeu a encarando

— Eu estou feliz! Ela não pode compartilhar isso comigo?

— Você nunca compartilhou nada com ela, como quer que agora ela a entre...

— Cale a boca, eu não tenho que ouvir sua ladainha e suas reclamações, se quiser ir embora a porta é logo ali

— Você vai mandar Rose embora também se ela reclamar um pouco?

— Ronald...

— No dia que os seus próprios olhos voltarem a brilhar eu vou acreditar na sua felicidade, Hermione, mas enquanto isso, eu mesmo vou ser feliz — Ele depositou o copo na pia com graciosidade e deu as costas, começando a sair dali

— Ron, volte aqui... — Ela sussurrou tão baixo, que não esperava que o mesmo escutasse, porém ele parou

— Os olhos de Hugo estão brilhantes, já notou?

— Notei, ele aceitou...

— Não, Hermione, os olhos de Hugo brilham por Kyla, porque ninguém entendeu o que você está tentando fazer, porque os olhos de Astoria, ah, esses sim brilham para o seu novo namorado

Hermione engoliu em seco e levantou da mesa, quase perdida com a afirmação

— Não diga isso, Ron

— Você sabe o que fez, Hermione, sabe como usou Kyla como isca, eu sei que você a ama tanto quanto Draco, mas você tem que aprender a dividir o que sente

— Você sabe que eu amo Draco

— Juro que se você repetir essa mentira mais uma vez para me fazer ir embora eu mesmo conto para Draco

— Você não faria isso com...

— O que? Você acha justo? Só por que está tudo perfeito para você, não está para os outros, pare com sua vida confortável, isso não é uma historia em que você pode remover e colocar...

— Astoria jamais aceitaria Kyla depois de Scorpius!

— Astoria jamais aceitaria que não tivesse cuidado da própria filha!

— Mas ela disse...

— Quando Hugo nasceu você o quis deixar lá porque ele poderia morrer?

— Não

— Você acha que Astoria é diferente? Só por conta de um "não sei o que farei" não significa que ela não tentaria, devolva Kyla a própria mãe

— Eu não consigo mais, depois de tanto tempo

— Não sei como Draco pôde acreditar em uma história tão mal criada, Hermione!

— Me desculpe

— Não é a mim que você deve desculpas

Com essas ultimas palavras no ar, o ruivo se retirou da cozinha, passando direto pelo corredor ate a porta. Os outros ainda conversavam na sala e ela agradeceu aos céus por não terem escutado.

***

Como em flashes de luz, a menina tirou uma chave negra do bolso, parecia pesada, ela levou ate a fechadura da porta da cela e a abriu

— É a sua deixa! Vamos logo, antes que Cal chegue — Ela falava com pressa

Alvo a olhou desconfiado por algum tempo, logo a seguiu de perto, tentando não tropeçar nos próprios pés, eles desciam, como se houvesse mais algo além do solo em baixo do calabouço, começaram a descer escadas, escadas em espirais, ela ia na frente o guiando, quando em um lugar indefinido ela parou e entre um buraco nas paredes de pedras úmidas do local ela puxou um tecido grande, uma túnica negra, com um capuz. Passou para o moreno e voltou a descer as escadas com pressa, ele continuou.

Quando achava que aquilo não tinha fim, ele enxergou uma luz no fim das escadas, então ela agilizou ainda mais os passos, quando chegaram em baixo era apenas uma sala, uma sala vazia, toda feita de pedras, pareciam estar ao lado do mar pelas pedras molhadas. A jovem a frente começou a tatear pela parede nos cantos das pedras, quando ele escutou um chicotear vindo do teto, uma pedra começou a desprender e tombar para o lado, a luz do sol quase o cegou. Ela o encarou

— Muito bem, Potter — Ela o ajudou a colocar a túnica, que Alvo percebeu, era pesada — Vá para o comércio, depois da feira de peixes

Ele olhou por cima do ombro da menina, a saída levava a areia, areia da praia, ele sentiu o cheiro forte salgado do mar e torceu o nariz

— Vá ate a pousada, procure por Emily, diga que Aurora o mandou, vá rápido e não olhe para ninguém

— Por que está me ajudando? — Ele perguntou pronto para colocar o capuz sobre a cabeça, aquilo deveria cobrir ate mesmo seus olhos

— Porque a partir de agora, Alvo, você é o futuro — Os olhos da mesma brilharam em esperança e ele apenas assentiu, ela abriu caminho para o mesmo sair

— Eu a verei de novo?

— Quem sabe no dia da coroação — Ela sorriu e o empurrou para fora, deixando um Alvo desolado ali enquanto as pedras voltavam a posição original.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Desculpem qualquer erro gramatical, foi tudo nas pressas e to tentando me esforçar pra fazer bonitinho.

Gente, socorro com esse capitulo né, tragam as ambulâncias.

Até o próximo :*