Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 36
Father


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Antes de começarem respirem fundo, ta? Rs

Boa Leitura!!!



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Ela acordou ligeiramente assustada quando alguém chutou suas costas, ela sentiu a dor do espasmo se espalhar por todo corpo, não quis abrir os olhos mas atentou a abri a boca buscando ar.

— Vamos, acorde – A voz grave ordenou atrás de si

Rose relutou em fazer o que ele estava mandando, ela estava acordada, ele deveria saber disso, porém lhe acertou com outro chute nas costas, ela se encolheu a abriu os olhos, agora ela estava arrependida por não ter comido nada aqueles dias.

— Temos algo muito importante para você – Ele exclamou debochado.

A menina abriu os olhos vagarosamente, o seu coração batia lentamente no peito, ela se virou aos poucos, para encarar uma cena que custou a acreditar que era verdade o que via, já estava alucinando aquelas alturas?

Rowan, Cal e Alvo estavam a frente, com os olhos afiados para o homem que tampava todo o resto da visão da ruiva, ele estava atrás dela mesma, ela podia jurar que conhecia aquelas pernas de algum lugar...

 

[...]

 

— Não temos o que fazer, alteza – Lucy estalou cruzando os braços, seus olhos estavam opacos como da ultima vez.

— Não temos ideia do que aquele maluco pode fazer, fora que estamos procurando a dias já – Alvo indagou estalando a língua – E ele ate parece estar gostando desse cativeiro.

Cal lhe lançou um olhar atravessado que logo o fez calar a boca.

A expressão de Rowan mudou, acendeu, de repente o menino abrira um meio sorriso encorajador, como se tivesse uma ideia brilhante.

— Vamos solta-lo – Ele exclamou e os outros o olharam confusos

— Como é? – Cal perguntou franzindo o cenho

— Se tem uma coisa que sei que meu irmão não é, é muito inteligente, vamos soltar ele e o seguir – Rowan virou as palmas das mãos em cima da mesa

Os outros três entenderam o plano do menino e suas expressões também mudaram igualmente.

— Como não pensaram nisso antes? – Lucy perguntou sendo direta a Alvo

— Nenhum prisioneiro em sã consciência volta ao seu esconderijo depois de ser liberto – Cal indagou colocando a mão no queixo se apoiando.

O homem parecia cansado e tinha olheiras profundas.

— Eu lhe dou minha palavra, ele fará isso – Rowan rebateu fitando Lucy, a menina assentiu veemente.

 

[...]

 

— Você tem tanto potencial quanto eu, menino – Murmurou o homem começando a andar de um lado para o outro.

Ele estava falando com Rowan, Rose notou.

Ele tinha o rosto impávido e aquilo a deixou orgulhosa. Alvo olhava diretamente para ela, as suas mãos tremiam levemente e ele respirava profundamente tensionando os músculos, enquanto Cal por sua vez não expressara nenhuma emoção, como se aquele momento fosse neutro para ele, poderia não estar ali.

— A sua mãe era assim como você... Ninguém conseguia mandar nela – Ele suspirou – Ela era rebelde, a mais rebelde de todas, ela não se curvava nem um minuto, eu me pergunto porque ela decidiu ficar comigo depois de matar toda a família dela... Talvez ela fosse um pouco sádica...

— Cale a boca – A voz de Rowan ressoou pela primeira vez no local, o vento levara suas palavras com firmeza ate o homem.

Agora Rose sabia de onde o conhecia, esse homem que iria matar James, esse homem que fugiu bem ao seu lado enquanto a torre desabava por cima do castelo, ela o reconhecia e o repudiava, a sua raiva era contida apenas pela sua fraqueza que a impedia ate mesmo de se movimentar.

— Você não gosta que fale dela? – Outra voz invadiu a conversa, essa era mais mesquinha, ela sabia de quem era, deveria ter atravessado a flecha na sua cabeça quando teve a chance.

Ao movimentar do homem mais velho Rose notara que eles estavam só em dois contra vários soldados junto a Rowan, estavam em minoria e mesmo assim ousavam rebater o menino, eles estavam muito afiados.

Rose observou por cima de seu ombro e engoliu em seco quando vira estar na borda de um precipício, ela entendeu, ela era a chave daquela discussão. Rapidamente seus olhos se voltaram para Alvo que já a encarava, ela fez menção de abrir a boca para falar, mas sua voz simplesmente não saia, sua boca estava seca e ela não conseguia nem se quer salivar, nunca achara que água lhe faria tanta falta assim...

— Apenas liberte ela e nós iremos embora – Rowan pediu firme

O velho rei riu.

Rose tentava pensar um jeito de sair dali enquanto aquela discussão continuava.

— Você me tirou tudo, menino, ela é só mais uma peça nesse quebra-cabeça.

Ela teve certeza que algo estava errado, quando estava presa ela podia jurar que escutara vários soldados acima de si, fora os que faziam ronda em seu corredor... Mas é claro...

A ruiva começava a se esforçar agora para esboçar qualquer palavra, suas mãos estavam amarradas e não podiam gesticular, tão pouco seus pés correrem dali, Alvo arregalara os olhos quando percebeu que a prima queria lhe contar algo, ele franziu o cenho prestando a devida atenção, demorou um pouco para perceber que o que Rose dizia, apenas movendo os lábios era “Atrás de você”.

O Potter do meio entendendo o recado foi discretamente até Cal e sussurrou algo em seu ouvido, Cal sem demora virou para os soldados e ordenou em alto e bom tom que eles virassem as tropas, a troca fora rápida, os arqueiros rapidamente se posicionaram onde antes estavam os soldados e vice versa.

Rowan não balbuciou nada, demonstrando sua confiança no soldado ao seu lado.

O Rei voltara seus olhos para a menina ruiva sem entender o que estava acontecendo, quando a vira acordada, com a boca aberta e a cabeça levemente inclinada ele se preparou para dar outro chute em suas costas, porém foi interrompido quando Rowan proferiu palavras como um rugido.

— Não toque nela – Ele ordenou entre dentes

O homem pareceu achar aquilo cômico e apenas ignorou.

Rowan suspirou pesadamente, como se estivesse lutando dentro de si, ele ergueu as duas mãos e as mesmas se incendiaram. Rose quis coçar os olhos para ter certeza da cena, por cima do ombro do rapaz o cabelo loiro de Dominique despontou brilhando ao sol.

Antes que pudesse raciocinar qualquer coisa uma bola de fogo passou por cima do ombro do homem mais velho, queimando de raspão sua roupa.

— Eu disse para não tocar nela – Rowan rugiu

O rei agora se voltou contra ele, o encarando nos olhos, agora Rowan podia ver aquele olhar de desprezo sobre ele, era a magia, o pai odiava o que corria nas veias do menino, eles nunca tiveram nada em comum, apenas esse parentesco, mas aquele olhar de nojo o acertou como um soco na barriga. O homem agora avançava contra o menino tirando suas adagas do coldre, a intenção dele era matar.

Dominique deu meia volta como um vulto, silenciosa, parando ao lado da ruiva e se agachando, ela carregava nas costas um arco muito familiar, Rose observou calada, a loira estava pensando em como soltar a perna da menina, ela já estava ávida desamarrando os nós do pulso da ruiva, Rose massageou os próprios pulsos aliviada.

As duas se viraram para o tornozelo dela, a ruiva pensou rápido, pegando na mão da menina e colocando sobre o ferro, a mesma colocou a mão por cima. As marcas percorriam todo o pescoço da prima, ela deveria ser dominadora de algum elemento, e não tinha nada mais que combinasse com Dominique do que...

Os pensamentos dela foram interrompidos com o trincar do gelo no ferro, engraçado, Rose estava pensando em fogo... A algema quebrou e escorregou por sua perna ate o chão de terra, o seu tornozelo estava vermelho e inchado.

Antes que a ruiva proferisse palavras Dominique tirou o arco das costas e a entregou junto a aljava.

Rose sorriu agradecida pegando aquilo com a pouca força que tinha.

Rowan já segurava o braço do pai sobre a própria cabeça com a adaga apontada para baixo, prestes a ser encravada em seu crânio.

Rose precisava pensar em algo...

— Ah, já ia me esquecendo – Dominique murmurou antes de se levantar e ajudar a prima a fazer o mesmo – James pediu para te dizer que você deve matar.

O olhar de Rose repousou sobre ela pesarosamente, sem rodeios a menina puxou uma das setas da aljava, encaixou no arco, respirou profundamente enquanto focava no alvo e fechou os olhos, ela deixou a flecha correr por entre seus dedos e ser lançada ao ar, comprimindo os olhos com força para não ver aquela cena.

O grito foi solto no ar, junto de um berro de susto vindo do irmão do príncipe.

Rose abriu os olhos, o velho rei já estava de joelhos no chão com a flecha atravessada em seu peito e sangue escorrendo pela sua boca, ele estava engasgando. Rowan observou atônito enquanto a adaga caia das mãos do homem e sossegava no chão.

O jovem príncipe se aproximou do velho homem prestes a morrer, o olhar da tristeza que só Rowan conseguia sentir, o homem abriu um sorriso diabólico do qual assustou o menino, ele puxou o jovem pela gola da camisa ate sua boca estar a altura da sua orelha, o suficiente para que só ele escutasse.

— Eu matei o seu pai – O rei sussurrou em um tom de firmeza.

Rowan não pensou duas vezes, se agachou pegando a adaga daquela pedra negra que tanto aquele homem usara para matar milhares dos seus, girou a mesma na suas mãos e enfiou no peito do velho, atentamente no coração permanecendo ali ate que a vida se esvaísse por completo, os olhos de Rowan estavam escurecidos, frios.

Seja lá o que aquele homem falara para ele antes de morrer que apenas ele escutara, Rose pensou, mudara Rowan para sempre.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?
Meu Deus! Até eu fico chocada com essa cena!

Até o próximo,
XOXO.



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