Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 33
Arrow


Notas iniciais do capítulo

Hey!
Mais um capítulo pra vocês, meus amores.

Espero que gostem.
Boa Leitura!!!



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Na linha de frente, ele olhava para os lados confuso, bolas de fogo voavam por sobre sua cabeça, soldados vestidos de preto como a noite berravam de dor enquanto seus corpos ardiam em chamas, por outro lado alguns eram jogados no ar, batendo em paredes de casas ou sendo arremessados em tocos de madeiras afiados criados pelos dominadores, eles estavam trabalhando em conjunto, poucos homens usavam espadas, mas as mesmas faziam estragos, atravessando troncos, pescoços e cabeças.

Rowan estava anestesiado observando e não percebeu um dos soldados chegar por suas costas, quando virara alarmado o homem parara a poucos centímetros com a espada parada no ar acima de sua cabeça, uma flecha atravessava seu peito, a ponta da flecha se eclodiu em chamas e o soldado caiu no chão, sangrando e queimando, por trás de seu corpo a uma certa distância uma Rose com o rosto totalmente vermelho segurava o arco ainda apontado para a mesma direção, Rowan lhe lançou um sorriso de agradecimento e ela retribuiu rapidamente virando para o outro lado para acertar outro soldado.

Rose desviou da multidão procurando por Alvo, havia muito sangue por todos os lados, ela avistou o primo e correu em disparada, ele estava do lado de uma casa, puxando uma estaca de volta para si, tirando a de dentro da barriga de um dos soldados.

— Al, eu preciso subir – Ela exclamou por entre os gritos da batalha

Alvo a observou apreensivo, ele agachou no chão e respirou fundo fechando os olhos, por entre as entranhas da terra ramos de plantas subiram, serpenteando pela parede da casa ao seu lado ate o telhado, ele terminou se levantando e lhe lançando um olhar confiante, Rose sem pestanejar subiu pelos ramos da planta, como uma escada, logo ela se encontrou no telhado da casa, ali ela tinha uma visão ampla, da entrada do vilarejo vários soldados de preto irrompiam todos bem armados.

Os olhos da menina ardiam em raiva, ela prometera que não mataria ninguém, mas eles estavam matando seu povo a sangue frio, Rose precisava reagir, ela puxava as flechas com avidez e as atirava acertando em cheio os soldados ela sabia que era mais devagar acerta-los um por um com flechadas, porem agradeceu que James não estava ali no meio daquela bagunça, no seu interior ela sabia quanto era seguro.

A ruiva não podia deixar que os soldados ultrapassassem a linha de frente e invadissem o castelo, todos os que não podiam lutar, incluindo as crianças e os mais velho estavam lá dentro, indefesos e provavelmente com medo. Ela podia sentir esse medo na pele.

Foi interrompida dos seus pensamentos quando uma flecha passou de raspão pelo seu cabelo, seus olhos percorreram o campo de batalha, um soldado segurava um arco apontando para ela, ele abriu um sorriso debochado, Rose sabia quem era aquele soldado desenfreado, o irmão mais velho do príncipe, ele tinha uma expressão diabólica.

Puxou mais uma flecha e atirou em direção a menina, Rose levantou furiosa, ela estendeu a mão para a frente, a flecha que vinha a toda velocidade em sua direção parou bem a frente de sua mão, interrompendo a velocidade e fazendo pressão sobre a flecha a mesma se despedaçou, Rose apertou a mão em um punho enquanto os pedaços da flecha caiam aos seus pés, se ele estava a desafiando provavelmente esquecera que ela poderia manipular o vento na palma de sua mão.

Rose pegou uma seta da sua aljava e mirou no soldado, ele arregalou os olhos pronto para correr, a menina não mirou para matar, mirou um ponto atrás dele, onde um dominador de terra cravava galhos afiados em seus adversários. Rose o encarou torcendo para que ele a notasse, como se pudesse ler sua mente o menino virou para ela, ele devia ter poucos menos de 17 anos, os olhos de Rose correram das mãos deles ate o chão, ele assentiu feroz, virou suas mãos para o outro lado, erguendo do chão um tronco de madeira extenso, o chão tremeu ao se romper em um buraco para que a madeira saísse por ali, pouco antes de terminar Rose lançou a flecha, apontada diretamente na madeira, o choque da seta com o tronco o fez explodir em chamas.

Robert se virou confuso, tudo fora muito rápido no seu campo de visão, ele virou para ver aquilo enquanto o fogo se espalhava pelo chão, Rose acertou em cheio sua perna, o homem gritou e tombou no chão, bufando de raiva, ele gritou ordens para seus soldados, para que acertassem a mesma, Rose sorriu sarcástica, aquilo duraria o dia todo?

Quando perceberam que o fogo estava se espalhando pelo chão os dominadores de água começaram a agir, jogando lufadas e jatos para todos os lados, Rose se distraiu com aquilo e se agachou sobre o telhado, para não ser atingida por nenhum outro atentado.

Ela observou em silêncio, os soldados negros já estavam em menores números, vários corpos estavam espalhados pelo chão, Rowan lutava com uma espada, justamente, travava batalhas como uma dança de lâminas, enquanto Alvo do outro lado abria buracos no chão, como rachaduras, fazendo os soldados caírem dentro aos montes enquanto os dominadores do fogo faziam deles churrasco, na entrada uma Aurora ofegante cortava gargantas com suas adagas, ela era rápida e não era vista correndo por entre eles, próximo ao ponte do castelo Cal barrava os poucos que chegavam ali, os cortando um por um com sua lâmina, quase partindo-os ao meio.

Eles estavam diminuindo, Rose torcia com todas suas forças para que aquilo acabasse logo, ela fechou os olhos com força segurando a ânsia dentro de si, ela não queria admitir que estava com medo, encolhida ali no teto ela escutava o gritos de um batalha travada que se desenrolava vagarosamente.

 

***

 

Os gritos passaram a diminuir, o silêncio voltava outra vez, ela ouvia apenas algo como uma chama crepitando de algum ponto longe dali, ela ergueu a cabeça para olhar, a visão era horrível, eles não tinham apenas matado soldados, eles tinham perdido soldados.

Dois soldados estavam logo atrás de Rowan, arrastando o irmão do príncipe que ainda tinha a flecha encravada em sua perna, ele carregava um olhar de desprezo e parecia não querer ceder a própria dor.

Rose pensou estar seguro para descer dali, ela desceu do telhado suspirando, antes que pudesse caminhar de volta para onde estava alguém envolveu o seu rosto, com um pano contra seu nariz, antes de pensar qualquer coisa Rose apagou.

 

[...]

 

Ela batucava pacientemente na mesa, a casa no mais repleto silêncio, não sabia ao certo se devia estar calma com toda aquela situação ou se ainda precisara se preocupar. James agora dormia tranquilamente no quarto ao lado do seu, ela não deixara seu irmão sair de perto depois do ocorrido, mesmo tendo se passado muitos dias.

Mesmo que as palavras dele a tentassem tranquilizar, como “Alvo está melhor do que nunca" ou “Rose sabe lutar por si", ela não conseguia se aquietar, como se dentro de si soubesse que aquilo era incerto.

Absorta em seus pensamentos não notou a presença na cozinha ate que ele tocasse o seu ombro, com um aperto confortante ela logo o reconheceu pelo cheiro.

— Você continua tensa – Ele murmurou, sua voz soava doce e melodiosa, como quem acabara de acordar.

Ele puxou a cadeira ao lado e ela o encarou, ele realmente acabara de acordar, os fios loiros estavam bagunçados e as pálpebras ainda pesavam sobre os olhos acinzentados.

— Não posso evitar – Lily sorriu fracamente

— Está tudo bem agora, você pode finalmente respirar em paz...

— Não até Alvo, Lucy e Rose estarem em casa – Ela voltou a batucar com os dedos na mesa

Scorpius elevou seus olhos ate os da menina, apreensivo.

— Você acha que eles vão voltar? – A pergunta fora cautelosa, se sentia pisando em ovos diante da situação

— Por que não voltariam? James voltou!

— James foi obrigado a voltar...

— Ora, Scorpius! Não fale besteiras, eles tem de voltar para casa – A expressão dela rapidamente fechou

— Ei – Ele sussurrou pegando na mão da menina – Você não precisa se preocupar tanto assim, Lils, eles podem tomar decisões sozinhos...

Lily respirou fundo, procurando palavras para rebater aquilo, mas ela sabia que era verdade, torcia com todas suas forças para que os outros voltassem para casa. A ruiva fez menção de dizer algo porém foi interrompida quando se deparou com o irmão na porta da cozinha, ele parecia atordoado, com o celular na mão, o coração dentro do peito da ruiva apertou.

James não disse nenhuma palavra se quer, apenas se aproximou dos dois, virando a tela do celular para que os dois pudessem ler.

 

“James,

O jogo saiu dos limites.

Eles levaram a salvadora,

Eles querem todos em troca, nós não vamos negociar

Precisamos de força.

Você sabe muito bem como encontrar a entrada.

O desafio está lançado,

Hirena.”


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Só um pouco mais de ação pra vocês não reclamarem depois rs.

Até o próximo,
XOXO.



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