Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 21
Castle


Notas iniciais do capítulo

Opa!
Voltei no tempo né?
Eu quero agradecer a Girlseries pela recomendação e dedicar totalmente o capitulo a ela porque ela é maravilhosa. Muuuuitissimo obrigada!
Espero que gostem, meus amores.
Boa leitura!!!



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O menininho abriu os olhos, abrindo a boca como em um bocejo, ele coçou os pequenos olhos, estava com sono.

— Eu nunca vi isso antes, Senhora Lupin.

O médico murmurou recolhendo o estetoscópio e colocando de volta no bolso, depois de uma boa olhada no menino, apertando aqui e ali, para saber se o mesmo sentia dor, e nada, estava perfeitamente normal.

— O que você quer dizer com isso? – Victoire perguntou aflita

— Que vamos ter que estudar isso mais profundamente – Ele assentiu tirando um bloco de dentro do seu outro bolso e anotando várias coisas ali – Vou precisar de exames.

Victoire apenas concordava, ela pegou o filho no colo e o abraçou com avidez, com firmeza, enquanto o menino dormia tranquilamente, seria uma doença rara aquela? Uma doença mortal?

Ela afastou os pensamentos quando a mão de Louis encontrou seu ombro, confortando a mesma.

— Esta tudo bem, Vic – Louis indagou, a voz não era muito precisa.

— Como pode estar? Eu também nunca vi isso antes em toda minha vida – Ela sussurrou

— Pode ser só uma reação alérgica.

— Ele não comeu nada de diferente de todos os dias, não mexeu em nada que pudesse estar sujo ou contaminado, ou alguma coisa do tipo...

— Victoire! – Louis a interrompeu, suspirando

— Desculpe, mas é o meu filho – Os olhos dela marejaram

Antes que Louis pudesse abraçar a irmã, o celular dele tocou, o mesmo atendeu, Victoire observou curiosa a feição do irmão se transformando em uma expressão de alívio.

 

[...]

 

Rose segurou com firmeza a cintura da prima enquanto ela guiava o cavalo, nunca havia feito isso antes, ela não se lembrava se algum dia Lucy tinha se interessado por cavalgar, mas era bem possível que não.

— Então, querem nos contar como conseguiram essas armas? – Alvo questionou, desacelerando para acompanhar os outros lado a lado.

Aurora estava com Rowan, mais a frente, ela olhava vez ou outra de relance para trás, alerta.

— Se eu disser você vai achar que estamos loucos – James respondeu rindo

— Eu não duvido mais de nada – Alvo arregalou os olhos assentindo e Lucy riu

— Bem vindos a Hirena – Lucy abaixou a cabeça levemente, como uma breve reverência

— Então Hirena é isso... – Rose olhou ao redor, muitas perguntas rodeavam sua cabeça.

— É muito maior que essa floresta, garanto – Alvo murmurou

— Como viemos parar aqui? – A ruiva perguntou

— Eu acho que são portais, do nosso mundo até aqui.

— Você disse “Nosso mundo”? – James o olhou surpreso – Isso aqui é algum tipo de dimensão vizinha?

— Mais ou menos – Lucy riu observando o mesmo

Antes que os quatro pudessem continuar a caminhar, Rowan parou o cavalo e desceu junto a Aurora, Aurora segurou nas rédeas do cavalo e permaneceu parada, Rowan andou a alguns poucos metros.

Rose observou ao redor, a floresta se tornara fechada, de alguma forma, os topos das árvores se encontravam, adornando arcos pelo caminho de terra e grama, terra úmida, ela notou.

Rowan estava perto do que parecia uma cortina de plantas, com seus ramos descendo e serpenteando uma pedra, ele encostou a mão na pedra e começou a andar em sentido para a esquerda, a sua mão continuava na pedra dedilhando a mesma, então ele parou, aparentava ter achado algo, ele virou de frente para pedra e impulsionou sua mão, a mão do garoto afundou e desapareceu por dentre os ramos das plantas que se atrelavam umas as outras.

Um estalo veio em seguida, Rowan puxou sua mão de volta, a cena era ate fantasiosa, como em algum filme de ficção científica, a grande pedra, que tinha o triplo do tamanho do menino, se partia no meio, abrindo em dois, se arrastavam sozinhas, cada uma para o lado. Os outros cobriram os olhos com a poeira que subiu e ricocheteou na pedra.

Rose foi a primeira a ver o que vinha lá de dentro, por trás daquelas grandes paredes de pedras, se encontrava o que parecia uma vila, mas algo inusitado a chamou atenção.

— Um castelo... – Rose murmurou arregalando os olhos.

Da entrada para dentro da vila, o caminho era de pedras brancas, como aquelas do mágico de oz, que ela se recordava, só que brancas. As casas eram como casas de contos de fadas, algumas feitas de pedras, outras feitas de madeira, os telhados eram de algum tipo de folha, muitas folhas. Com janelas e portas, de pedras empilhadas, tudo era muito bonito, se estivesse sonhando ela juraria que entrara no universo da Cinderela, ou quem sabe da Bela e a Fera.

Ao longe, onde o sol despontava, cedendo e encerrando o dia, estava o majestoso castelo, com torres tão altas que podiam tocar as nuvens, ele não parecia ser feito de pedras, mas algo como ouro ou prata, ele refletia toda a luz que passava por dentro de si, e tinha várias janelas de vidros de um lado ao outro, emparelhadas, de todos os tamanhos e formas, ela contou quatro torres, e um prédio central, no topo do prédio central havia uma sala, completamente a vista por suas paredes serem de vidro, era um cômodo nada privado, a cor das paredes do castelo adornavam do branco até o cinza e então o dourado, ela não podia ver muito mais abaixo por conta das casas, que tampavam sua visão, mas ela sabia que de alguma forma aquele caminho de pedras, levava ao castelo.

Rowan foi a frente, entrando e parando do lado dos paredões de pedras, ate que todos passassem, eles entraram boquiabertos, Aurora e Alvo já aparentavam estar acostumados com esse tipo de lugar.

— Agora sim eu me sinto uma princesa da Disney – Lucy sussurrou cutucando a prima e a menina riu

Eles passaram pelas paredes de pedra, Rowan fez o mesmo processo, só que dessa vez do lado de dentro.

— Eu não me lembro de ter visto um castelo assim, na vida real, sabe? – Rose murmurou de volta

— Eu já – Lucy sorriu se recordando de como chegara em Hirena

Rowan se voltou para os mesmos e continuou a caminhada a pé, mais uma vez a frente, os guiando pelo caminho de pedras brancas.

As primeiras casas estavam vazias, eles andaram ao menos uns cinco minutos até encontrar pessoas, primeiro crianças correndo, brincando por entre as casas, os mesmos pararam quando viram a pequena caravana se aproximando, eram quatro menininhos e duas menininhas, eles arregalaram os olhos ao vê-los e fizeram uma longa reverência, pareciam nervosos e atrapalhados.

— Não está ficando um pouco tarde para correrem por aqui? – Rowan perguntou abrindo um sorriso e colocando as mãos na cintura

— S-sim, Vossa Al-Alteza – A menininha de cabelos castanhos respondeu, assentindo rapidamente e empurrando os outros.

A trupe de crianças saiu aos tropeços, um dos meninos ficara emburrado, e estava chutando terra no caminho, Rowan riu com a situação e continuou a andar.

Eles começaram a acompanhar as crianças, e observaram cada uma delas entrar em suas casas e saírem os pais, irmãos, tios, avós, eram famílias, famílias viviam ali.

Todos eles faziam uma reverência com a passagem do pequeno Príncipe, Rowan não erguia a cabeça em sinal de superioridade ou coisas do tipo, ele passava por cada uma das casas com calma, Aurora ia ao seu lado, escoltando o garoto para lá e para cá. Rowan afagava o cabelo das crianças e apertava as mãos dos mais velhos e perguntava se estavam bem e se precisavam de algo.

Lucy admirava a cena sorridente, Rowan era muito gentil com todos e não perdia a sua postura, ele nascera para governar. E se houvesse alguma democracia ali, eles o escolheriam, ela tinha certeza ao ver a gratidão estampada nos olhares da multidão.

Chegaram a ultima casa antes do castelo, e agora era possível vê-lo, agora de perto a aparência dele era grandiosa, ao redor do castelo um lago o guardava, um lago profundo e bem abaixo do nível do castelo, a ponte já estava abaixada sobre o lago, diretamente para dentro do castelo, olhando para dentro dali, ele parecia um lugar abandonado, com teias de aranha por todos os lados, e muita poeira.

— A quanto tempo ninguém vem aqui? – Lucy sussurrou

— Pelo estado, uns séculos – Rose respondeu torcendo o nariz

Alvo caminhou a frente, curiosamente, em direção ao castelo, ele esticou a perna e pisou na ponte de madeira, fez um pouco de pressão, e observou com cautela, ele colocou o outro pé a frente, acompanhando o mesmo, continuou a fazer pressão sobre o começo da ponte, tinha algo estranho ali, ele podia sentir.

Os primos observaram a pouca distância tentando entender o que o menino estava fazendo.
Quando Rowan terminou de cumprimentar os mais velhos e se voltou para os outros, Alvo já colocara seu pé a frente para fazer pressão novamente, e no mínimo toque, a ponte desabou debaixo do seu pé, Alvo pulou para trás enquanto toda a ponte caía sobre a água, afundando e desaparecendo, uma queda de uns cinco metros, ele não contava com a profundidade do lago.

— Eu acho que não vai dar entrar por aqui – Alvo virou a cabeça os olhando e sorrindo amarelo.

 

[...]

 

Passavam das onze horas, quando Victoire acordou na maca do hospital, ela havia deitado ali com o filho para que o mesmo descansasse, acordou com o choro do menino, ele ainda tinha os olhos fechados, pesadelo, ela pensou, ele estava tendo um pesadelo, Victoire aninhou o filho ao seu peito.

— Shhh – Ela sussurrou, suspirando

Virou a sua cabeça para o outro lado para observar, o hospital tinha alguns andares, ela não lembrava em qual deles estava, mas das suas costas, ela podia contemplar o céu pela janela, cheio de estrelas.

Como tanta coisa acontecera em tão pouco tempo? Primeiro Alvo viajando para fora do país sem avisar a ninguém, sucessivamente, Rose estava em Londres! O apartamento de Dominique simplesmente... Explodiu?! Eles começavam a sumir um por um, primeiro Alvo, Lucy, depois Rose e James, quem iria agora?

Ela olhou a poltrona a direita da maca, um Teddy cansado dormia profundamente, ele ainda vestia as roupas do trabalho, tinha vindo as pressas para o hospital, ele estava preocupado.
Por que diabos alguém começaria a mandar mensagens de mal gosto? Seja lá de onde fosse, não podia ser alguém com muita maturidade, mas com certeza alguém muito poderoso, capaz de matar pessoas em um piscar de olhos.

Ainda bem que eles não haviam escolhido ela para essa brincadeira boba, ela teria achado um jeito de contrariar o jogo, Victoire precisava fazer alguma coisa, investigar o que havia por trás daquilo.

O celular vibrou em seu bolso a assustando, ela rapidamente o puxou e observou a tela, piscando ate sua visão acostumar com a claridade, uma ligação de Dominique.

— Domi? – Ela atendeu levando o celular ao ouvido

— Victoire... As mensagens, Vic... – A voz de Dominique do outro lado da linha estava embaçada, ela estava chorando

— O que tem as mensagens? O que houve, Dominique? – Victoire rapidamente se sentou na maca, alerta

— Eles querem que eu... – Dominique começou soluçando, mas logo se interrompeu, Victoire a ouviu suspirar do outro lado da linha

— Que você o que? O que eles querem que você faça? – Victoire passou de calmaria para um estado de desespero, passando as mãos no cabelo nervosamente.

— Eu amo você – Dominique respondeu e encerrou a ligação.

Victoire levantou da cama em um pulo, com o coração a mil, segurando com cuidado o filho, ela o colocou no colo de Teddy ainda adormecido e os cobriu com um lençol, deu um beijo na cabeça do filho, pegou a bolsa e saiu as pressas do hospital.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo?
Garanto que o proximo é ainda melhor rs.
Espero que tenham gostado!
Me contem o que acharam!
Ate o proximo,
XOXO.



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