Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 2
Flow


Notas iniciais do capítulo

I'm here!!! É, cheguei rapidinho! But well...

Boa leitura!!!



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"Regras potenciais:

*Todos os desafios devem ser completos em 24 horas

*Só jogadores podem saber da existência do jogo

*Se você perder, você realmente perde

*Estamos observando você

*O vencedor leva o Hirena

Agradecemos a compreensão.


Você não já destruiu tantas pessoas? Por que não mais só um jogo destrutivo?
Você tem 24 horas para tirar uma foto com seus pais.
Se não o fizer você perde.

O desafio está lançado,
Hirena"

O que significava realmente perder? E o que era o Hirena?

Ao repousar os olhos sobre o desafio ela trancou a respiração... Mas... Era impossível. Se não o fizesse ela perderia, o que seria esse perder? De qualquer forma, ela não queria descobrir.

Como tirar uma foto com seus pais? Como estar em Londres em menos de 24 horas? Sua mente era um turbilhão de perguntas, os olhos arregalados ainda encaravam a tela do celular, parecia simples, porém apenas se seus pais estivessem por perto. E sua vida ali? Talvez ela pudesse só ir ate lá, tirar a foto e voltar, isso, ela poderia o fazer, não precisava ver ou contatar ninguém, apenas Rony e Hermione, apenas.

Ela mordeu o lábio inferior e ergueu o olhar para a sala, o coração disparado, o aperto na garganta, o que estava acontecendo?

Seus passos começaram a lhe guiar, a ruiva largou o celular no sofá, disparou para o quarto, subiu em cima da cama com pressa e se inclinou para frente, puxando de cima do guarda roupa a mala a muito esquecida ali. Jogou a mala em cima da cama e desceu da mesma, abriu o guarda roupa e piscou um tanto assustada, era real, mais uma vez em Londres, enquanto jogava as roupas na cama ela permanecia calada, assustada com o que iria fazer, depois de três anos tentando fugir, talvez, um risco de perca a trouxesse de volta.

***

As ruas do Brooklyn eram silenciosas em si, as crianças cochichavam entre elas nas esquinas, já do outro lado jovens gritavam e riam jogando basquete. A força de vontade depositada em uma bola, a esperança no olhar de crianças que nunca tiveram sonhos realizados, as luzes fracas que já começavam a acender com o aproximar da noite.

Saia do Brooklyn as 5:10 da tarde, as 5:30 provavelmente estaria no aeroporto de Nova York, apesar do taxista não ser tão rápido, talvez no trânsito ela atrasasse um pouco, a noite ela pisaria em Londres, talvez bem tarde.

O que ela queria fazer exatamente assim? Fugir de responsabilidades? Mas que responsabilidades? Se nem o trabalho satisfazia mais, aquele lugar se tornara uma prisão, essa era a verdade. Ela fugira na verdade das responsabilidades de Londres, mas ela queria bater o pé e ficar no Brooklyn esperando as consequências, porém a curiosidade gritava mais alto, ela aceitara a loucura.

Era totalmente insano, seguir mensagens que se quer ela sabia se eram reais, poderia ser uma brincadeira, mas de quem? E se Hirena fosse o governo? Afinal, o que era o Hirena? A ponto de ser tão importante para ser um prêmio, Talvez ouro... Ou talvez uma cidade... Era difícil imaginar, com um nome que nunca se quer vira na vida. Em certo, não podiam ser terroristas, podiam? Era perigoso, e surpreendente, era um jogo afinal, mas tinha um final, e ela não sabia bem, apenas queria chegar no final.

Era só uma foto afinal, nada de Weasley, Potter, Scamander ou Malfoy, simples, rápido, nada de lembranças, nada de desculpas para ficar, sem ressentimentos, fria, congelada e só, nada de tentativas, nada. Era só Londres, como qualquer outro lugar do mundo.

***

E não era só Londres, era a grande e majestosa Londres, o Big Ben já despontava ao longe, e ali naqueles breves minutos, ela quis voltar para o Brooklyn.

Era jovem quando deixou Londres, uma jovem se descobrindo ainda, agora com 24 anos, ela retornara, só com malas, sem coração, pois o mesmo havia ficado ali com seus sonhos, ela não sentia o peito arder a anos como sentia naquele momento, tomou uma respiração profunda, ela podia sentir as lagrimas por trás de seus olhos, e ela fechou os olhos e reencostou na poltrona, tentando limpar sua mente. Essa era Rose Weasley, perdida em um mar violento de sentimentos.

[...]

Ele piscou freneticamente cegado pela luz forte apontada para seu rosto, ainda meio inconsciente ele olhou para um lado e para o outro. Estava sobre uma maca, branca e enorme, a sala era certamente grande, e vazia, a única porta de saída parecia ser de ferro puro, não era lá muito diferente das paredes. Ele sentiu um fio do cabelo cair sobre os olhos e ficou inquieto, ao tentar erguer a mão para tirar a mecha notou que estava preso, braços e pernas, preso, ele só então entrou em desespero, começou a se debater ali mesmo.

O desespero pareceu ser tomado por aflição quando a maca começou a reclinar sua cabeça para cima, só então ele viu a janela de vidro ali na frente, com duas pessoas, uma mulher e um homem, não conseguia enxergar muito bem por ainda estar meio sem noção do que acontecia ao redor, a visão embaçada como se tivessem o entupido de analgésicos, sonífero ou anestesias.

— Acordou, Bela Adormecida? — A voz masculina ecoou na sala

A mulher ao lado dele parecia desconfortável e se mantinha parada olhando para ele com o cenho franzido.

— Pena que vamos ter que te apagar de novo...

— Agente! — a voz da mulher se fez presente

— Tudo bem, serei breve com o garoto, pode relaxar — O homem revirou os olhos estalando a língua

— Sentimos muito pela sua condição, Senhor, mas ao ter descoberto nós, não poderíamos deixar passar.

O jovem cerrou os olhos, a cabeça dolorida latejou quando ele tentou se lembrar de raça, ou qualquer coisa que o ligasse aquelas pessoas.

— Por tanto, ou o mataremos, ou você vai ter que esquecer tudo, mas se não esquecer, o mataremos, o que é mais fácil — Ele pode sentir o sorriso sarcástico do homem se alargar

— Já chega, Cal! Saia!

— Mas eu... Você está defendendo o garoto?

— Claro que não, ele nem é mais um garoto, você é só um ano mais velho que ele! Ele pode ter consciência do que está acontecendo

— Você está mesmo defendendo ele! Ai meu Deus!

— Você fica tão gay assim

— Esses olhos verdes te conquistaram? Veja só! Ele é ridículo, é um humano, de olhos verdes, mas é um humano!

— Vá plantar batatas, agente!

O menino ficou observando a cena, foi quase impossível não rir se quer um pouco daquilo, mas como assim ele era humano? Então ele finalmente percebeu que ainda tinha voz

— Parem, minha cabeça dói — ele reclamou

Os dois agentes olharam para ele através da janela e se calaram, o jovem viu o par de olhos meios rosados castanhos fitá-lo e encarou perplexo

— Humanos são chatos!

— Sua origem é humana, seu idiota! Não reclame com o garoto

— Agora ele é garoto?

— Ei! — O menino rosnou chateado

— Já chega, descanse garoto, nós voltamos depois — a voz do homem se tornou grave e sombria e ele saiu a passos largos da salinha do outro lado

O jovem fitou a mulher, ela suspirou e deu as costas indo para a porta vagarosamente.

— Pode descansar, Senhor Potter, não vamos te dar mais nenhum remédio ou qualquer coisa estranha.

E assim ela saiu, a garota de olhos rosados castanhos o deixou ali perdido.

[...]

Colocou a mala ao seus pés, respirou fundo, ela se recordava bem daquele cheiro, a torta de morango de sua mãe, ela só fazia aquela torta em ocasiões especiais, a ruiva até temeu bateu a porta com medo de quem poderia estar ali dentro. Mesmo com todo medo e todo o orgulho entalado, ela ergueu a mão e bateu na porta, já era escuro, o céu com seu nevoeiro de sempre, e ela torceu pra que pelo menos Hermione estivesse acordada. Com o cachecol no pescoço e as luvas nas mãos, já desacostumada com aquele clima ela tentou forçar um sorriso na cara.

De lá de dentro ela escutou chaves balançando e se aproximando da porta, ela torceu o nariz, ansiosa, até que a porta destrancou, ela sorriu, meio confusa e esperançosa. A porta deslocou para o lado e Rose franziu o cenho, uma garota alta, loira e de olhos estranhos atendeu a porta, por breves segundos ela achou que poderia ter visto os olhos dela amarelados, porém eram simples olhos castanhos escuros.

— Você é? — a loira perguntou com os olhos arregalados

— Quem é vo...

Rose foi interrompida por uma voz que gritou lá de dentro

— Quem é, amor?

Rose reconheceu exatamente a voz e engoliu em seco

— Hugo? — Rose gritou para dentro da casa e engoliu em seco, a loira lhe olhou confusa

Por breves segundos um silêncio se instalou, até que uma cabeça ruiva brotou no canto do corredor, olhando para fora, foi tudo muito rápido quando os olhos castanhos se arregalaram, Hugo pareceu tombar para fora e saiu em disparada para a porta, quase atropelou a loira e parou em frente a jovem.

— Rose? — Ele perguntou ofegante, os olhos esbugalhados e o rosto perplexo

Foi muito pouco para que os olhos dela se enchessem de lágrimas, ela deixou as lágrimas rolarem finalmente e abraçou o irmão, parecia uma boneca de pano, o irmão mais novo a apertou no abraço respirando pesadamente.

— Hugo, você disse Rose? Ta ficando lou... — Uma voz mais ao fundo do corredor exclamou, mas logo se calou como se engolisse as palavras — Rose! — a voz fina gritou aos quatro ventos.

Rose por cima do ombro do irmão enxergou o tufo de cabelo loiro avermelhado no fundo do corredor, dessa vez a menina veio correndo pelo corredor, empurrou a outra loira que estava na porta, arrancou Hugo da irmã e puxou a ruiva pra um abraço extremamente apertado. Rose riu sem graça respirando o perfume do cabelo de Domi, ela sorriu enquanto a loira ali começava a chorar incansavelmente.

E ela só queria encontrar seus pais...


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Notas finais do capítulo

E então? Se já sacaram o que é Hirena, se considerem gênios.

Tadinho desse Potter né haja

Até a próxima! :*