Hirena escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 10
King


Notas iniciais do capítulo

Opa
Voltei rápido e vou rápido.
Ta curtinho e fácil de ler.

Boa leitura!



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 Os olhos da menina estavam esbugalhados, o jovem praguejou se escondendo por trás de alguns homens evitando que sua prima o visse. Lucy não relutava, parecia estar sob efeito de alguma droga, que a deixava meio inconsciente.

— Contemplem a humana com o sangue tão sujo em suas veias – o rei esbravejou, sabendo que as suas palavras soavam assustadoras para a multidão – Hoje, meus súditos, vocês verão esse sangue jorrar.

Em um instante a multidão começou a murmurar em desaprovação. Alvo não poderia se pronunciar ou acabaria na mesma situação que a prima. O rei pareceu surpreso ao ouvir a reclamação das pessoas, seu orgulho pareceu eclodir em seu peito.

— Tragam a forca – o homem agora parecia raivoso o suficiente e impaciente, ele voltou a sentar em sua cadeira enquanto apreciava a cena, mais homens surgiram vestidos como carrascos empurrando algo como uma construção de madeira com um pilar do mesmo material no meio, que se erguia para frente no comprimento, e amarrada ao mesmo estava uma corda, Lucy pareceu tremer dos pés a cabeça ao ver aquilo.

O carrasco pegou a menina mais uma vez pelos cabelos e a puxou para cima do que parecia um mini palco, com uma atração horripilante em cima, ele desceu a corda revelando um mecanismo ali atrás e começou a amarrar no pescoço da menina, a morena até tentou relutar, mas não parecia ter forças o suficiente, o homem grotesco amarrou a corda no pescoço da menina e segurou na alavanca, que mais parecia um pedaço de madeira ali no canto, esperando a ordem de seu rei.

— O que você está esperando? – o rei reclamou impacientemente – contemplem, como é fácil fazer um deles sangrar, não...

— Pare! – uma voz gritou por trás do palanque interrompendo a declaração do rei.

Alvo observou chocado enquanto um jovem, com o que ele imaginava ter mais ou menos a sua idade, se aproximar do palanque, em seu encalço havia um outro homem, parecido demais com o jovem, o homem atrás dele soltava palavrões tentando segurar seus braços. O jovem que interrompera o show do rei, tinha os cabelos em um tom mel, ele vestia algo que parecia ser uma farda, tinha uma cor creme em suas extremidades e branca no centro, ele carregava uma espada na cintura, seus olhos eram brilhantes e roxos, ele só podia ser um...

— O que foi agora, Rowan? – o rei revirou os olhos colocando as mãos na cabeça em sinal de cansaço.

— Você não pode matar ela, pai – respondeu o jovem destemido.

— É majestade aqui, alteza – o cara que parecia o bobo da corte ralhou para o menino

— Por que isso agora, menino? – o rei já estava enraivecido.

— Porque ela é minha prisioneira, eu decido o que faço com ela – ele explicou mais cautelosamente.

— E quem é que te deu esse direito? – o homem continuava a demonstrar sua raiva através de sua voz.

— Meus guardas a pegaram, eu decido como ela deve morrer – ele era insistente, Alvo notou.

— Se não vamos matar ela, temos que matar alguém – o rei revirou os olhos, quando de repente pareceu ter uma ideia brilhante – vou deixar que seu irmão escolha, olhe e aprenda, Rowan.

— Por todos os deuses! – Rowan ralhou indo em direção a menina e tirando a corda de seu pescoço, ela o olhava confusa.

— Com todo prazer, majestade – agora o homem que antes estava atrás do menino Rowan se pronunciou e fez uma meia reverência, ele virou seus olhos para a multidão, e como se já soubesse quem queria matar, ele apontou para um homem – Este! – logo que ele falou alguns guardas surgiram, Alvo não sabia de onde, e arrastaram o pobre homem para a corda.

Os olhos do homem agora estavam em terror, enquanto os do rei pareciam muito empolgados, Alvo mantinha seus olhos fixos no príncipe mais jovem que pegava uma Lucy desabilitada pelos ombros, os olhos do jovem eram de alívio.

— Espere! Eu tenho algo que pode ser muito útil para sua majestade – O homem que estava prestes a ser enforcado suplicou, o príncipe mais velho bufou enquanto o homem falava

— Deixe que o homem fale – o rei agora parecia interessado.

— Eu sei de um dos esconderijos dos rebeldes – Ele exclamou.

— Traga o homem até mim! – O rei rapidamente chamou, e os guardas o levaram até o palanque, Rowan parou e girou a cabeça para olhar para o pai, foi quando Alvo percebeu...

— Isso foi de grande ajuda – O rei agradeceu depois de ouvir o que o homem tinha a dizer – Matem ele, ele é um traidor dos próprios, não toleramos traidores no reino – ele deu de ombros enquanto dava as costas e saia do palanque, sem dar satisfação alguma aos súditos, ele se retirou.

As pessoas continuavam paradas enquanto o homem era arrastado contra sua vontade, o carrasco o amarrou, e sem pensar duas vezes dessa vez ele puxou a alavanca, o homem foi erguido pelo pescoço e se debateu por alguns segundos, até que seus olhos se apagaram, ele estava morto.

Alvo observou tudo com um embolo em seu estômago, ele se sentia enjoado demais agora, ele recobrou quando viu as pessoas dispersando, os guardas tiraram o homem da corda e arrastaram o corpo morto dali. Alvo começou a andar de volta para sua prisão particular, uma coisa martelava incansavelmente em sua cabeça, de que a farda engomada do príncipe escondia raízes por todo o seu pescoço.

 

[...]

 

— Vocês podem ficar o quanto quiserem, meus queridos – Exclamou Molly do fogão enquanto cozinhava o almoço dos netos.

— Eu adoraria, vovó, mas tenho assuntos pendentes – Louis beijou os cabelos já grisalhos de Molly, pegou uma maçã em cima da mesa e saiu às pressas – Vejo vocês mais tarde, Domi, você vem?

— Claro, claro, eu tenho que dar um jeito na minha casa, depois da bagunça que houve – Dominique comprimiu os lábios, abraçou a avó carinhosamente e seguiu atrás do irmão acenando para as primas – eu mando uma mensagem mais tarde.

— Eu não vou a lugar algum – Rose falou baixinho esperando que ninguém a ouvisse, porém a avó foi a primeira a lhe lançar um olhar de pena.

— Eu sinto muito pelos seus pais, pequena Rose – Molly desligou o fogo e pegou suas luvas para retirar seu famoso prato de massa do forno – Ronald anda tão triste ultimamente, eu não sei o que deu em Hermione!

— Vovó! – Lily exclamou entre dentes um tanto envergonhada.

— oh, desculpe, Lily – Molly sorriu meio risonha – mas essa é a verdade, sua mãe tem minhocas na cabeça, Rose, Ronald nunca a fez mal algum, já não podemos falar o mesmo do Malfoy...

— Vovó! – Lily levou a mão a testa balançando a cabeça em negação.

— Deixe a vovó, Lilian – um James com o cabelo molhado de quem acabara de sair do banho entrou na cozinha rindo.

— Ah, Jimmy! Ela vai magoar Rose assim – Lily explicou.

— Você está magoada, Rose? – ele perguntou pegando um copo de suco.

— Não, está tudo bem, eu também não sei o que aconteceu com ela, entrar em casa e achar Malfoy em dobro é muito esquisito para mim – Rose baixou os olhos.

— Ah sim! Precisamos conversar sobre Kyla, Rose, eu juro que ela é uma boa pessoa – Lily falou calmamente, parecia que estava falando com uma criança, tentando a fazer entender.

— E linda demais também – James murmurou rindo baixinho, Lily pegou uma maçã e jogou na cara do irmão – Isso dói, Lilian – James reclamou massageando o rosto e pegando a maçã caída no chão.

— Você é impossível, Jimmy! – Lily revirou os olhos.

— Não briguem crianças! – Molly chamou a atenção dos netos colocando o almoço à mesa – Me pergunto o que se passa pela sua cabecinha depois de descobrir essa separação, pequena Rose.

— Acredite em mim, vovó, eu já deixei de acreditar nesse tal de amor a muito tempo atrás – Rose riu meio sem graça, puxando um prato pra si, todos lhe encararam como se olhassem para um cãozinho abandonado.

— Oh querida! – Molly sorriu maternalmente – Você ainda tem muito o que viver, não se prenda ao passado.

— Seja lá o que for, não pode te parar não é mesmo? Você está na melhor fase que eu já... – antes que James pudesse terminar Lily bateu em seu braço irritada.

— Meu Deus, que raça – Lily murmurou.

Todos começaram a rir enquanto se serviam, entre risadas eles até haviam esquecido o problema real que tinham ali. Era bom estar “em casa", pensava Rose, descansar era tudo que ela precisava. E foi o que todos fizeram até a hora do almoço, tudo estava calmo, calmo até demais, mas ela sabia que aquilo não duraria muito tempo, ainda mais depois que James saiu falando que havia recebido um chamado.


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Notas finais do capítulo

Me digam se gostaram rs.
Eu to super empolgada agora kkk.

Até a próxima,
XOXO.



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