Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 7
Deslocamento


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/705009/chapter/7

 

Coringa estava possesso de um sentimento de raiva e rancor, não ter respostas estava começando a deixa-lo louco. 

Primeiro, ela se interessa por sua história e sua mente, sem se preocupar se ia se machucar. Segundo, ela o enfrenta verbalmente. Terceiro, ela implora pela sua vida. Quarto, ela ri e pede para ele machuca-la mais. Como alguém pode ser assim?

Ele achava que o Morcego era complicado como o inferno, mas isso?

Ele observa seu corpo machucado ao seu lado no helicóptero, ele sorri ao ver seus machucados, desde que ela o enfrentou ele desejava tanto corta-la e vê-la gritar. Mas, quando ele viu suas "mudanças de personalidade" não poderia a deixar morrer! De início era uma raiva por ela não se intimidar, mas agora era uma raiva por não entende-la. 

Quando se tortura alguém você busca ver a alma da pessoa, seu sangue e sua verdadeira face. Por mais que ele tenha achado ela uma pessoa complicada, ele pensou que ao feri-la ele ia ver mais uma pessoa normal: Temente a morte e disposta a qualquer acordo. De cara foi o que pareceu, mas quase perder as mãos para poder fugir e rir pedindo mais choques foge completamente do racional, até ele via isso. E quando ela atendeu por Harley? Sua mente chegou a estremecer.

Ele estava levando ela para um de seus esconderijos e o mais próximo de ser uma casa, ele estava intrigado e começando a pensar que ela teria uma dupla personalidade masoquista. Se ela morresse, ele perderia uma oportunidade de estuda-la e assim, doma-la. Se ele conseguisse uma assassina como aliada, seria de grande ajuda. Por mais que ele ainda deseje machuca-la, ele teria que se controlar para deixa-la viva, depois de hoje ela não poderia apanhar por alguns dias.

Mas ele precisava ver aquele lado novamente, ela tinha um olhar, uma risada e uma pose completamente diferente que a "Doutora certinha" anterior possuía, por mais que pareça loucura ele estremeceu pois viu nela seu próprio reflexo. Mais do que nunca ele não ia deixar ela fugir. Em meio a seus pensamentos ele nem percebe que Harleen abriu seus olhos de leve, quase acordando.

O helicóptero pousa no quintal da casa, ele se levanta e procura levantar Harleen de uma maneira menos bruta possível, seus homens abrem espaço para que ele a leve, abrindo todas as portas e facilitando seu trabalho. Ele sobe as escadas.

— Abrem a porta de hóspedes. — Ele ordena e logo é obedecido

Ele entra e pensa em coloca-la na cama, mas seu sangue mancharia todo o lugar. Ele para em frente ao banheiro e um de seus homens abre a porta, a banheira branca está vazia e limpa. Ele se abaixa e coloco o corpo inconsciente de Harleen na banheira, o ajeitando para que coubesse. 

— Podem sair. — Ele ordena a seus homens, que o obedecem imediatamente

Coringa segura o braço de Harleen e observa se seu pulso precisaria levar pontos, era apenas uma ferida externa, por mais que seja uma região sensível e tenta saído muito sangue, aparentemente estava fora de perigo. Ele encosta a mão em sua própria testa e tenta pensar sobre o que fazer com ela agora. Ele acha que ela ficaria irritada de ele a lavasse e lhe trocasse de roupa, mas era o que devia ser feito agora!

— Quando ela acordar, ela se vira. — Ele diz em voz alta

Ele chega até o quarto e grita por uma caixa de primeiros-socorros, em menos de um minuto um de seus homens atende a seu pedido, ou melhor, sua ordem.

Ele caminha com a caixa e se abaixa ao corpo de Harleen novamente, pegando o álcool e limpando seus machucados, ele fica preparado caso ela acorde pela dor que o álcool está causando. Mas ela não acorda.

Após livra-la de infecções ele liga a torneira da banheira e deixa a água se espalhar, isso não seria considerado um banho mas já era um grande começo. De início seus ferimentos espalham um pequeno contraste vermelho em contato com a água, quando a água atinge a superfície e alcança seu pescoço ele desliga sua passagem.

Ele coloca a caixa em cima do espelho da pia e ao se abaixar vê seu próprio reflexo, ele passa a mão para ajeitar o cabelo. 

Ele pensa em deixar uma agulha junto com a caixa caso ela faça um movimento rápido com a mão e precise de sutura, mas ela com certeza atacaria um de seus homens ou ele mesmo, então deixou apenas gazes e curativos leves. Seria um risco necessário.

Passa também por sua mente a possibilidade dela quebrar um desses espelhos e se matar, mas ela não seria tão burra. Mas seria outro risco deixar esses espelhos ai, caso ela quebre algum e tente atacar alguém, mas ela também não seria tão burra.

Ele se certifica de que as portas estejam trancadas, com a exceção da do banheiro que está com a chave. Ele deixa um dos homens no corredor para que cuidasse de garantir que ela estaria trancada, viva e acordada. Ele desce até seu escritório, que ficava ao lado da sala de jantar, também era aberto por duas portas correntes mas nunca ficava trancado, ninguém seria louco de respirar perto daquela porta. 

— Lar doce lar. — Ele sorri vendo seus whiskys e seus papéis, suas gavetas cheias de munição, sua enorme coleção de facas e suas cortinas vinhos gigantes

Ele caminha até a outra parede e abre outras duas portas correntes que revelam seu quarto, o lugar que ninguém jamais entrou a não ser eles. Seus capangas entravam em seu escritório mas nunca foram convidados a entrar no quarto, ele era cinza e parecia mesmo com o quarto de uma pessoa normal, toda a sua loucura ficava guardada em seu escritório. Este cômodo visto de fora era praticamente fora da casa, como havia mais o espaço do closet e do banheiro, era um lugar desproporcional ao resto, e só podia ser visto por todos pela porta de vidro da sala de estar.

Antes de se entregar a um relaxante banho ele pede a um de seus homens para comprar um vestido, um calçado e roupas íntimas para Harleen e coloca-las dentro do quarto. Logo ela estaria acordada e com certeza se sentiria mais confortável assim, ele entrega umas notas para ele e se fecha em seu banheiro.

Ele entra no chuveiro e a água corre pelo seu corpo, ele revê o rosto de Harleen implorando para ir embora, seu corpo sendo tomado pela descarga elétrica controlada por suas mãos, como ela pediu que ele continuasse. Todas essas lembranças o fazem se arrepiar e se orgulhar, foram tantas reviravoltas em uma só tortura, foi tão clássico.

(...)

Ele volta ao quarto apenas com uma calça de moletom e seu cabelo ainda molhado, chega no escritório e o homem encarregado das roupas lhe espera.

— Tudo certo chefe, as roupas estão lá em cima e acho que acertei nos tamanhos, sobrou $47. — Ele estende as notas para o Coringa

— Não, pode ficar, amanhã avisem que quero meu café pronto às 7:00. — Ele diz "convidando" o homem a se retirar

— Sim, senhor.

Coringa não daria mais que uma roupa a Harleen, ele não queria que ela já se sentia parte da casa e sim uma prisioneira, que é o que ela é. Joker enfim se fecha em seu quarto e se joga na cama, já estava de madrugada. Ele não dormia muito, mas queria estar disposto amanhã e hoje foi um longo dia.

O rosto de Harleen invade a mente psicótica de Coringa mais uma vez, e ele finalmente dorme.

(...)

— Assim que você ver que ela acordou, diga que quero vê-la. — Ele ordena ao homem que guarda o quarto de Harleen

Ele desce as escadas bebericando seu whisky, na prisão não se tem boas bebidas, como sentia falta disso. Ele caminha pela sala de estar e corre os dedos pelos livros da prateleira, por incrível que pareça, de tempos em tempos Coringa gostava de uma boa leitura. Não eram satisfatórias como se ver na primeira página do jornal por um crime cometido, mas ajudava a passar o tempo.

Ele entra na sala de jantar mas torce o nariz para os alimentos, seu whisky parecia o bastante por hora. Ele se senta e começa a olhar para um ponto aleatório, pensa nos seus negócios, coisas que precisava resolver agora que voltou, um roubo, Harleen. Harleen sempre aparecia querendo roubar toda a atenção de sua mente para ela, ele toma o resto do copo e o enche novamente.

Em alguns minutos ele houve passos pela escada, aquela humana problemática com certeza acordou. Ele olha para a porta já esperando sua convidada. Ela aparece com um pequeno vestido azul que possuía duas alças finas em seus ombros, sua pele estava limpa, seus pulsos e tornozelos estavam cobertos por curativos, o cabelo molhado e duas marcas roxas deixadas pelos cabos elétricos. Por um instante Coringa deixou de vê-la como um objeto, isto é, 2 segundos.

Eles conversam secamente, ele se enfurece quando ela tenta enfrenta-lo de novo, mas se lembra que não pode machuca-la pois seu corpo ainda estava se recuperando. Ele procura se acalmar e manda mais ameaças para ver se ela calava a boca, se ela não sossegasse ele mandaria tudo pro inferno e a mataria de tanto bater ali mesmo. Toda paciência tem um limite, nesse caso é um limite muito curto.

Ele sai da sala indo para o seu escritório e deixando ela comer. Ele se debruça na mesa e tenta organizar seus pensamentos, que como sempre estavam a mil, a maioria deles diziam que ele deveria mata-la, ele nunca capturaria o Batman e o deixava em cativeiro, ele o mataria. E se ela também se tornar uma ameaça? Mas tê-la ao seu lado parecia tão tentador, como arma, claro. Beleza não era exatamente o X da questão, se ela fosse como todas as outras, apenas uma casca, ele a mataria sem dó. O X da questão é a mente, e isso é algo precioso nela, é o que está mantendo ela viva até agora.

Assim que ver que ela está fora de perigo pelo machucados, ele tentará novamente trazer sua "outra personalidade" à tona, nem que seja sob tortura e agressões, na verdade ele prefere que seja assim. Contactar a 'Harley' novamente é algo vital, então ele tentará de todas as formas possíveis e sabia disso. 

— Acho melhor você se preparar, amor. O show está só começando. — Ele diz se sentando na cadeira e tomando mais uma dose

Ele pendura sua cabeça para trás e visualiza o rosto dela cheio de lágrimas. Sua medonha risada ecoa por todo o cômodo. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acharam que o Coringa estava derretendo? Nope.
Até o próximo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Until Your Last Breath" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.