Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 58
Lealdade


Notas iniciais do capítulo

Boa noitinha, meus monstrinhos, como estão?
Tenho certeza que vocês vão adorar esse capítulo porque eu, particularmente, estou muito orgulhosa do rumo.
E sim, já era Esquadrão, acabou, end, fimzinho, enterrado, acabado.
Espero que gostem! ♥



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— Gente, eu não sou fã desse negócio de união, mas parece ser uma boa. Alguém tem alguma outra ideia? — Harley quebra o silêncio, os olhos ardendo de se manterem abertos enquanto a chuva cai

— O que? Ela é do mal — Boomerang replica

— E a gente também! Qual é, eu não sou preconceituosa — Harley ergue os ombros

— Ela está tentando dominar o mundo! — Pistoleiro exclama

— Alô? E o que esse mundo fez por nós? — Harley se coloca na frente deles — Esse mundo odeia a gente! E depois do que fizeram.. com meu pudinzinho.. eu o odeio ainda mais.

Ela dá as costas a eles e caminha em direção à Magia, que observa tudo com cautela.

— Ô moça da roupa gótica! — Harley coloca a mão sobre os olhos com a intenção de impedir o salpique da água, chegando enfim à presença de Magia — Eu perdi o amor da minha vida hoje, e está doendo.. muito! Mas, você pode trazê-lo de volta, não pode?

— É claro que eu posso, qualquer coisa que você quiser. — Magia responde de forma fantasmagórica, seus olhos tem uma luz inexplicável

— Você promete? — Harley se aproxima dela.

— Mas é claro.. Você só precisa se curvar e me jurar lealdade.

Um frame de luz invade os olhos de Harley, a espada da Katana estava bem próximo aos seus pés, a energia das almas guardadas nela pareciam clamar por alguém que a empunhasse. Harley começa a se ajoelhar como se fosse prestar reverencia a bruxa.

— É um acordo muito bom e eu gosto do seu estilo, mas só tem um probleminha.. — Ela se abaixa e agarra a espada — Você ferrou com os meus amigos!

Harley se ergue, dilacerando o tórax de Magia com a katana, uma luz verde sai do corte feito por ela, e no fundo, vê o seu coração pulsando. Em um movimento rápido, ela enfia a mão na abertura e arranca o coração, que emite uma luz ainda mais forte e faz Magia cair para trás.

— Meu Deus, que coisa horrorosa! — Harley exclama vendo o órgão pulsar em suas mãos.

Enquanto isso, Flag arremessa a bomba em direção a fonte de poder, aproveitando o momento de vulnerabilidade da feiticeira. Tudo explode em uma torre de chamas que atravessa o teto da estrutura e derruba diversas pedras em direção a eles, Harley se ajoelha e cobre a cabeça com as mãos para se proteger. Toda energia contida é dispersada e a gravidade traz os objetos de volta, em direção ao chão. A poeira causada cobre todo o ambiente e demora alguns segundos para ter uma visão clara.

Magia está encolhida em um dos buracos, assustada, suja, humana.

— Eu quero me unir ao meu irmão! — Ela exclama para Katana, que acaba de recuperar sua espada, até sua voz está fraca

— Não! — Flag grita para todos, obviamente não poderia deixar sua amada partir com a bruxa.

— Isso, tome o controle da situação e tira essa coisa nojenta de perto de mim! — Harley entrega com nojo o coração, que ainda pulsava.

— Traga a Julie de volta ou eu esmago isso! — Ele grita com lágrimas nos olhos, todos podem sentir um pouco da dor dele.

— Você não tem coragem! — Magia tenta gritar em resposta, sua voz falha.

Ele fecha os olhos e aperta o coração com força, a bruxa se contorce de dor, a luz que o coração emitia começa a se apagar. Ela está morta.

Todo o ambiente passa a ter um ar abatido, era o certo a se fazer, apesar de doloroso. Ele enxuga o rosto de qualquer jeito e se levanta, sem coragem de encarar o corpo adormecido daquela que um dia lhe jurou seu amor. Com passos fracos, ele dá as costas e passa a caminhar, querendo estar o mais longe possível de lá.

— Flag, acho que devia ver isso. — Harley exclama ao ver o corpo de Julie se movendo, ele parecia acordar.

— Amor? — Ele grita e corre em direção à Julie, que se esforça para se sentar.

Ele a abraça com força e seus olhos se enchem de novo, dessa vez, de plena felicidade. Ela estava viva.

O coração de Harley se aperta, não havia absolutamente nada no mundo que ela não daria para ter aquele momento, ver seu amor ressurgindo dos mortos. Ela sabia que era egoísmo ter inveja, mas tudo bem, ela era egoísta.

— Se não se importam, vou voltar para o meu esgoto. — Crocodilo quebra o momento melodramático.

— E eu tenho algumas coisas para resolver em Gotham — Pistoleiro limpa suas armas e as enfia nos coldres.  

— Me dá uma carona? Eu mataria outra bruxa só para comer um x-burguer. — Harley também guarda seu revólver. — Vou ver se tem algum carro inteiro pra gente roubar.

— Ah, mas você não vai dirigir não. — Pistoleiro exclama preocupado.

— Por que? Sou uma motorista licenciada!

— Licenciada por quem?

— HA HA, muito engraçado.

Os dois sorriem.

— Que porra é essa? — Boomerang grita colocando as mãos na cabeça.

Amanda Waller surge levantando o dispositivo eletrônico que controlava as bombas presas em seus corpos. Ela estava suja e machucada, mas o olhar determinado permanecia no lugar.

— Não acredito! Você ainda está viva? — Harley diz com aborrecimento. — A gente acabou de salvar o mundo inteiro! Não vai rolar nem um "obrigada"?

— Vão ganhar um obrigada e 10 anos a menos em suas sentenças.

Boomerang ri e Crocodilo solta um som assustador, não acreditavam que ela estava falando sério.

— Não mesmo, eu quero ver a minha filha! — Pistoleiro se coloca na frente dela.

Amanda respira fundo, o que eles fizeram não havia preço, mas ela nunca iria admitir isso.

— Está bem. Mais alguma coisa?

— TV à cabo. — Crocodilo responde.

— Você deve estar brincando! — Boomerang levanta a voz mais uma vez — 10 anos a menos de 3 perpétuas? Escuta, ou eu saio daqui livre ou nós vamos começar a nos divertir.

— Então começa a se divertir. — Amanda levanta o dispositivo para a altura dos olhos dele.

— Olha, ele está certo, isso é muita sacanagem... — Harley cruza os braços — Eu não vou voltar para aquele buraco esquecido por Deus, e se me lembro bem, não tem mais bombinha em mim! Me declaro uma mulher livre.

— Flag! — Amanda exclama.

O oficial olha para ela e para a Harley, receoso ele ergue sua arma em direção a Harley. Ainda era seu trabalho.

— Ei, o que é isso? — Pistoleiro se coloca na frente da arma. — Lealdade não significa nada para você? Salvamos sua vida e a sua mina.

Flag olha novamente para a Amanda, como se pedisse para deixa-los ir, mas ela mantém o mesmo olhar.

— Todos vocês vem conosco. — Amanda exclama com ênfase no "todos".

— Você deve estar desatualizada sobre as notícias — Harley caminha em direção a ela — O helicóptero que eu estava com o Mr. J caiu, e só eu estou aqui, o que significa...

— Eu sei. Eu dei a ordem. — Amanda ergue o queixo.

— Você.. o que? — Harley diz baixo, estava perante a responsável pela morte dele, seus olhos saíram faíscas.

Uma explosão na entrada principal faz com que todos se assustem, pedaços voam em todas as direções. Uma equipe da Amanda invade o local, aparentemente uns dez homens, uniformizados, armados, cercando todos eles.

— Como sabiam da minha localização? — Amanda pergunta. — Tudo bem, não importa, a festa acabou.

Os homens permanecem em posição, todo o Esquadrão está de mãos erguidas, somente Amanda, Flag e Julie continuam normais. Harley não tirava os olhos de Amanda, o desejo de mata-la queimava, mesmo que morresse por isso, não era o melhor jeito? Vingando a morte dele? Não conseguia imaginar um melhor.

— O que estão esperando? — Amanda ergue a sobrancelha ao ver que seus homens estão demorando demais para deter os criminosos.

Os homens começam a se separar e abrir caminho, alguém parece se aproximar. Amanda percebe que não há nenhuma identificação naquela equipe. Eles.. não trabalhavam para ela.

O verdadeiro líder daquela equipe se aproxima, todos se viram para encará-lo, até mesmo Harley. Ele se posiciona de frente para todos e cuidadosamente retira sua máscara.

Pele branca, lábios vermelhos, olhos fundos e tatuagens espalhadas pelo rosto. A garganta de Harley se seca. Coringa.

— Pudinzinho! — Ela grita desesperada e se joga nos braços dele, que a aperta em retribuição.

O coração dela batia de forma descontrolada, como era possível ele estar lá? Como sobreviveu a queda? Como reuniu aqueles homens? Mas, nada disso importava, naquele momento só existia os dois. Sem Esquadrão, sem Amanda, sem destruição. Apenas ela vivendo o momento mais feliz de sua vida.

— Vamos para casa, amor. — Ele sussurrou no ouvido dela.

Harley segura a mão dele, as lágrimas embaçando sua visão.

— Matem todos. — Coringa ordena dando as costas.

— Espera! — Harley e Pistoleiro gritam juntos.

Harley caminha em direção ao Esquadrão.

— Eles são meus amigos! Criminosos, como nós! A única pessoa que me fez mal aqui é essa vadia de penteado muito bonito — Harley aponta para Amanda. — E foi ela que mandou derrubar nosso helicóptero.

Coringa lança um olhar assassino a ela, que tenta manter a mesma postura, mesmo deixando transparecer sua preocupação.

— Mesmo que ela morra de forma mais cruel que os outros —  Coringa sorri. — Não quero outros criminosos atrapalhando meus negócios, não existe competição na minha cidade.

— Isso não é um problema, eu vou pro lugar mais longe possível daqui, você nem precisa lembrar que me conheceu! — Boomerang se precipita.

— Estão esquecendo que a vida de vocês estão nas minhas mãos. — Amanda ergue o dispositivo mais uma vez, como uma cartada final.

Coringa ergue a arma que estava em sua mão e atira no objeto, que despedaça em mil pedaços. Todos fecham os olhos com medo de todas as bombas explodirem. Mas não acontece. O sinal deve ter sido comprometido com todo o ambiente sendo distorcido por Magia.

— Mais alguma coisa? — Coringa diz abrindo seu uniforme.

— Que loucura! Como você sabia que não ia explodir? — Pistoleiro pergunta, Coringa ergue os ombros. — Meu Deus! Você não sabia, não é?

— Bom, agora que está resolvido, atirem nela e manda meus amigos embora! — Harley dá um pulinho, Joker não parece convencido — Qual é, amor? Estamos perdendo tempo! Eu quero explorar aquele tapete que você me prometeu... — Ela manda um olhar malicioso.

Coringa para um pouco para pensar e revira os olhos.

— Que seja! —  Todos suspiram aliviados — Mas se eu ver um de vocês, qualquer um, mais uma vez, não vai ter ninguém para me impedir de arrancar a medula de vocês com uma faca e enfia-las em suas bocas.

Todos se entreolham. Os homens de Coringa se aproximam de Amanda e a seguram pelo braço.

— Eu nunca implorei pela minha vida, faça o que tiver que fazer. — Ela se impõe.

— Ah, mas eu vou fazer... Hoje, amanhã, depois de amanhã. — Coringa ri de forma sombria, dando as costas para eles.

Os homens a levam com eles, deixando o Esquadrão livre.

— Você vai ficar bem, baixinha? — Pistoleiro pergunta a Harley.

— Claro que vou! — Ela exclama. — Podem ir, vocês estão livres, cortesia do meu pudinzinho, só não vão para Gotham, ele sempre cumpre o que diz.

— Harley Quinn! — Coringa grita, impaciente com sua ladainha.

— Estou indo, benzinho! — Ela grita de volta e manda beijinhos com a mão para o Esquadrão.

Ela corre para alcança-lo e entrelaça seu braço no dele, escorando a cabeça em seu ombro. Ele revira os olhos, mas era bom tê-la de volta.


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Notas finais do capítulo

Ok, vamos lá. Eu NUNCA vi sentido no final do filme. Harley acha que perdeu seu amor (por causa das mesmas pessoas que estão prendendo ela), salva o mundo e então decide voltar a prisão? Ela nem tinha bomba mais, o que foi aquilo? Eu 100% não ia manchar minha história com esse enredo. Mas, e então... Gostaram?
Até o próximo. ♥



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