Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 57
Sombras


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde! Nenhum dos meus leitores se manifestaram no último capítulo.. vocês podem fazer isso hoje, uh?
Espero que gostem.



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As lágrimas desceram quentes, inundando seus olhos,  que naquela altura estavam completamente vermelhos. Ela cobriu o rosto com as mãos e escorregou as contas pela pilastra até se sentar no chão, completamente abatida. Seu soluço era alto e pesaroso, a dor em seu peito era sufocante, e ela precisava puxar o ar com toda a força pois mal conseguia respirar.

— Isso não é real! — Diablo gritou com todas as suas forças. — Nada pode mudar o que aconteceu, nem mesmo ela!

Ele repetiu várias vezes, mas todos pareciam mergulhados em sua própria mente, pareciam estar vendo o mesmo que Harley: seus maiores sonhos se tornando realidade, tudo o que sempre quiseram. Quem iria querer acordar?

— Ele se casou comigo! — Harley gritou entre soluços — Mesmo que não seja real, olha em volta, quem quer viver essa merda?

— Você não pode viver uma mentira! Vocês não querem isso!

— É claro que eu quero! — Ela falou na mesma intensidade

— Ela está ferrando a cabeça de vocês, isso não é real! Vocês precisam sair desse transe ou todos iremos morrer! — Diablo tentou falar com mais calma, pois podia ver que todos estavam desorientados.

Todos foram voltando para a verdadeira realidade, cada um no seu tempo. Mas, todos estavam visivelmente abalados. Mais um ponto para a bruxa: destruiu mais uma de suas defesas. Ela sabia como agir, e a esse ponto, todos estavam com medo de até onde iria esse poder.

— Vamos acabar com isso. — Flag deu as costas.

Ele caminhava com visível raiva e frustração, se pondo no ambiente feito pela bruxa e encarando seus olhos completamente negros. Todos o seguiam, como deveria ser.

— Saúdam sua deusa! A única capaz de trazer felicidade aos seus corações despedaçados. — A bruxa dizia encarando um a um.

Todos a encararam com grande raiva e rejeição, que tipo de monstro é capaz de invadir sua mente e seus desejos mais íntimos? Ninguém gosta de se sentir vulnerável dessa maneira.

A bruxa se volta para o monstro ao seu lado e diz algo em uma língua desconhecida por eles, aquela coisa  se ergue e o chão treme ao seu redor. Cada passo que ele dava criava diversas rachaduras abaixo de seus pés. Era como se ele fosse feito de metal, pedra e luz — o próprio poder fornecido pela bruxa.

— O que vamos fazer? — Bumerangue grita, todos estavam terrivelmente pasmos, nenhuma ideia se passava entre eles.

— Acho melhor a gente correr! — Harley grita em resposta.

O monstro estica suas mãos e dois ferrões parecem sair de suas palmas, com pontas afiadas, e indo na direção deles. Todos se jogam no chão e o ferrão passa direto até a parede mais próxima, destruindo-a completamente e fazendo sua estrutura voar pelos ares. Imagina o que poderia fazer com uma pessoa?

Todos correm buscando abrigo atrás dos pilares de concreto, enquanto o monstro tenta atingi-los, até então sem sucesso. Todos os esforços em ataca-lo são falhos, nenhuma arma é capaz de ferir aquela monstruosidade.

— Precisamos coloca-lo naquele canto! É lá que a bomba vai estar! — Flag grita com os demais companheiros.

— Eu consigo! Eu coloco ele lá! Eu já perdi uma família, não vou perder outra. — Diablo diz sem esperar uma resposta, e já caminha em direção ao ataque.

Alguns tentam protestar sua decisão, mas já é tarde demais, ele já incendeia o monstro, que parece atordoado com tanto fogo, mas ainda está em posição de ataque e chuta o Diablo para longe. Pistoleiro atira diversas vezes nele, que não se fere com suas armas. Katana salta e corta uma das mãos do monstro, que cai no chão sem vida, ele ergue o braço e outra mão nasce no lugar — como se nunca estivesse saído. Ele arremessa todos pelos ares, como se fossem bonecos de pano. Já estava óbvio: era uma luta perdida.

Então uma chama enorme cresce do chão ao teto, todos olham na direção. Do meio do fogo sai uma coisa feita das chamas, da altura do monstro, com feições humanas. Era o Diablo, em sua verdadeira forma. E todos entenderam o motivo daquele nome. Era como se ele fosse uma entidade antiga, que retinha o poder do fogo em seu corpo, podendo controla-lo. Ele foi em direção à coisa e arremessou seu poder em direção a ele, fazendo-o cambalear para traz. Então começou uma verdadeira luta entre gigantes, com eles se debatendo e destruindo tudo ao redor.

— Diablo, leve ele para aquele canto! — Flag gritou apontando.

Então ele segurou o monstro pelos ombros e foi empurrando-o em direção a um dos cantos da sala, no rádio Flag explicava a localização exata em que a bomba deveria ser detonada.

Diablo usava todo o seu poder para tentar derreter o monstro, que parecia sentir a dor e absorve-la, ao inves de sucumbir. Assim, Diablo ficou em desvantagem e parecia ser lentamente dominado pela outra criatura. De modo que o monstro estava sob ele, empurrando-o no chão e segurando seu corpo contra o concreto, rachando tudo ao redor.

— Diablo, sai daí, a bomba está em posição, precisa sair! — Flag gritava.

— Explode! — Diablo respondeu gritando com todo o ar de seus pulmões.

Todos se entreolharam, não queriam perder um amigo, mas havia outro jeito de derrotar aquela coisa? Flag ficou desorientado e tremia com o comunicador na mão.

— Explode — Pistoleiro falou baixo, no fundo todos eles sabiam que não havia outro modo, se não destruíssem aquela coisa, todos iriam morrer.

Flag olha para eles e levanta o comunicador com receio, falando tão baixo que mal poderiam ouvir, mas a mensagem era clara: a bomba vai ser detonada.

— Todo mundo pro chão! — Pistoleiro gritou, se abaixando bruscamente.

Todos se ajoelharam e protegeram os próprios rostos. No mesmo segundo, um alto som foi ouvido e tudo se partiu, a bomba havia sido detonada no subsolo e aberto uma enorme explosão que destruiu todo o chão e a superfície, fazendo com que todos os pedaços voassem. A bruxa gritou percebendo o que havia acontecido, seu poder se desequilibrou, e ela caiu no chão com pesar. Todos se levantaram e contemplaram a bruxa chorando, vendo o corpo destroçado da criatura em diversos pedaços pelo chão.

Todos se ergueram e tentaram procurar no meio da fumaça o mínimo vestígio de que o Diablo havia sobrevivido, mas aquilo era impossível.

— Meu feitiço está completo! — A bruxa gritou com toda a fúria que sentia — Logo minha escuridão tomará o mundo e ele será meu para governa-lo como eu quiser.

Ela ergueu as mãos e seu corpo emitiu uma luz que não podia ser encarada, fazendo com que todos cobrissem os olhos. A bruxa fez com que seu poder estourasse sob o céu, espalhando-o ao redor da atmosfera e abrindo caminho por entre os estados, em poucos segundos sua escuridão estava cobrindo todo o país e se dispersando pelos oceanos.

— Precisamos arrancar o coração dela! — Flag gritou sem poder abrir os olhos.

A bruxa se tornou uma silhueta negra e se transportou por entre o Esquadrão, se deleitando com sua forma inalvejável e usando-a como vantagem para se espreitar entre eles e atacar de forma rápida. Harley foi arremessada no chão e teve seu braço cortado por diversos cacos de vidro que estavam caídos.

Ninguém era capaz de atingi-la: estava de um lado, em outro, em cima e em baixo, movia-se tão rápido quanto um relâmpago. Até que Katana parecia ter premeditado onde ela estaria a seguir e passou a espada em sua sombra, que desapareceu.

— Enquanto estamos lutando a vadia está destruindo o mundo todo! — Flag gritou.

O poder dela estava completamente descontrolado, se dispersando pelo céu, fazendo chover e relampejar. O sangue no corpo de Harley se desmanchava com a água que caía sob ela, fazendo-o escorrer por suas roupas e pingar pelo chão.

— Onde ela está? — Harley gritou tentando procurar ao redor.

Tudo o que viam era escuridão, e o que podiam ouvir era o barulho da chuva e das pedras que ainda voavam em cima deles. A confusão criada pela bruxa era extremamente eficaz.

Até que ela surgiu saltando por cima da Katana, com duas espadas na mão, pronta para cortar sua cabeça. Felizmente, por consequencia de anos de treinamento, seus sentidos eram aguçados e foi capaz de se desviar a tempo. A bruxa passou a atacar quem quer que estivesse na sua frente, estava furiosa.

As espadas faziam um tilintar ao se baterem e criava pequenas faíscas que era apagadas pela chuva. Todos estavam correndo, se desviando e tentando acertar a criatura que parecia aparecer e desaparecer como num passe de mágica. Espadas eram ineficazes, armas de fogo muito menos. Então, quando pareceu cansada de atingi-los, a bruxa voltou ao seu ponto de origem, sua fonte de poder.

Com uma só palavra, fez com que todas as armas caíssem no chão, e todos passaram a ser vulneráveis.

— De todos que me enfrentaram, vocês mereceram misericórdia — A bruxa pareceu justificar o motivo de não ter matado eles ainda, o que já havia mostrado que seria capaz de fazer sem muito esforço — Pela última vez eu vos digo! Unam-se a mim ou morram.

Todos se entreolharam, completamente vulneráveis. 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo. ♥
Se pronunciem, hein? Preciso saber se estão acompanhando.



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