Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 49
Transferência


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, minha sincera gratidão a duas recomendações incríveis que a história recebeu. A primeira foi da "Mrs Quinn" (aliás, adorei o nick ;) ) e a segunda foi do "Dark Sky", eu fiquei MUITO emocionada com as declarações, não tenho nem como agradecer pelo carinho! Muito obrigada por me incentivarem a continuar com a história, em maravilhosas palavras. Amo quando vocês se dedicam a fazer uma recomendação, é incrível! Fiquei muito feliz ♥
E aqui está o capítulo, espero que gostem.



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Todos os agentes se colocam em posição, checando pela última vez as suas armas.

— Lembrem-se, não se aproximem muito dela, apenas o suficiente para disparar o taser. É totalmente proibido usar as armas de fogo. — Um deles dá a ordem e se coloca na frente

Dentro da cela, Harley consegue ouvi-los se aproximar. Mas ela está de costas para a entrada, sentada no chão, olhando para o nada.

— Harley Quinn, temos a ordem de leva-la. — Um dos agentes diz se aproximando, enquanto outros abrem a cela dela

Harley apenas sorri, ainda de costas. 

— Estou cooperando. — Ela ergue os braços lentamente em um sinal de rendição

Vários agentes estão distribuídos ao redor da cela, protegendo aquele que fala com ela. O agente caminha em passos lentos, pronto para detê-la, mas acha estranho sua calmaria.

— Me desculpa, Harley. Mas eu não sou burro. — Ele atira o taser nas costas dela

Harley se contorce para trás e fecha os olhos, em sua mão estava uma lasca de ferro, possivelmente da sua cama. O choque parece terminar, mas ela mantém seus olhos fechados.

Abaixando sua arma, o agente se curva para examinar seu rosto. Inesperadamente, Harley desfere o ferro pela garganta do homem em uma linha reta. O sangue escorre imediatamente e o homem tenta gritar, mas consegue apenas cair no chão. 

— Não atirem! Não atirem! — O agente que liderava começa a gritar a medida que todos erguem as armas ao redor dela

Harley dá uma alta risada, ainda deitada no chão.

— Choque! Agora! — Ele grita novamente

Um agente atira mais uma carga elétrica em direção a ela, por trás das grades. A risada de Harley se torna palavras sem sentido a medida que ela recebe a corrente elétrica. Todos esperam alguns segundos até terem certeza que ela está desacordada.

Em passos cuidadosos, eles entram na cela. Harley está desacordada no chão, sua mão ainda com a lasca de ferro e um pouco de sangue. Ao seu lado, o homem está deitado em uma poça de seu próprio sangue.

(...)

 Terrebonne Parish, Louisiana

— Então ele será obrigado a abrir a porta. — Rocco termina o plano cuidadosamente elaborado

— Mas o que ainda estamos fazendo aqui? — Coringa bate as duas mãos na mesa de madeira, causando um grande estrondo

Todos ao redor pulam de susto perante a irritação instável dele. Eles se entreolham e Coringa suspira alto.

— Dentro dos carros. Agora. — Ele diz tentando manter a calma

Todos se levantam imediatamente.

— Senhor, nós vamos conseguir. Ela irá voltar com a gente. — Rocco tem um olhar amigável e reconfortante, como se tentasse conforta-lo

— Eu sei, ela irá. — Coringa realmente parece se acalmar — Agora vamos, sem perder mais tempo.

Rocco segue ele para fora do pequeno hotel. No caminho, nota-se a recepcionista e o gerente amordaçados e amarrados em uma cadeira, de costas um para o outro. Eles haviam tomado o hotel inteiro, cada um escolheu um quarto para passar a noite.

Todos seguem para os carros e logo dão partida. Coringa bate os dedos no carro impacientemente, seus anéis produzem um tilintar de metal contra metal. Em poucos minutos estão de frente ao endereço indicado, seus homens se colocam em posição.

Dentro da casa, uma mulher remexia uma colher de açúcar em seu café, se sentando e tomando o jornal diário em mãos. De repente, dois homens derrubam a porta. Ela se assusta e derrama seu café em cima do jornal. Eles carregam suas armas e rapidamente dominam a situação, amarrando a mulher, que implora para pouparem sua vida.

Coringa entra na casa por último, a mulher se assusta ao reconhecer o criminoso.

— Querida, isso não é pessoal. Seu marido tem um trabalho muito importante em Belle Reve, eu preciso da ajuda dele — Ele se aproxima da mulher, que estremece com sua presença — Você vai me ajudar. Agora vamos.

(...)

Belle Reve

Quando Harley Quinn abre seus olhos, ela sente seus músculos presos a amarras já muito conhecidas. Homens guiam ela em uma cadeira por vários corredores cinzas. A frente dela estavam outras pessoas sendo levadas da mesma forma.

— O que está havendo? Vamos ter que criar mais coisas? Ei, você pode me responder? — Ela pergunta olhando para os agentes ao seu redor

Eles a ignoram e continuam seu caminho, todos parecem parar em uma mesa. 

— Eu juro que se você encostar em mim, você morre. Ai! — Harley consegue ouvir de longe um homem dizer, ela dá um curto sorriso — Pode se considerar morta, amor.

Harley se remexe para tentar ver o homem, mas não consegue pelas amarras que mantém sua cabeça contra a cadeira. 

— Tudo bem, o que está havendo? — Ela começa a se preocupar a medida que se aproxima da mesa — O que você vai fazer comigo? — Ela finalmente chega na temida mesa, uma mulher vestida como médica segura uma grande e moderna seringa — Eu não te conheço, não encosta em mim! — A mulher aperta a seringa contra o pescoço de Harley, que dá um pequeno grito pela dor

É como se algo rasgasse sua pele por dentro. 

— Localização confirmada. — Um homem diz teclando algo em um computador

— Próximo! — A médica grita, olhando para trás de Harley

Eles empurram a cadeira de Harley para frente e outra pessoa parece parar atrás dela. Harley sente seu pescoço arder a medida que o tempo passa, quase consegue sentir uma gota de sangue escorrendo pelo furo que recebeu. 

Os agentes abrem espaço para uma grande aeronave parada e aberta, onde os outros prisioneiros também parecem ser levados.

— O que é isso? Vamos ser transferidos? — Ela tenta perguntar para as pessoas ao seu redor — Deus, não sei porque ainda tento falar com vocês.

— Harley Quinn? — Um homem sussurra se aproximando, Harley consegue reconhece-lo, era aquele que esteve ao lado dos agentes durante todos os seus momentos, apreciando a tortura que ela havia vivido, em seu colete estava escrito "Alpha 1" — Você está sendo transferida, não consegui saber para onde, é assunto do governo. Fique com isto.. — Ele coloca um celular na mão dela, que rapidamente esconde ele em sua palma contra a cadeira — Você dirá ao Coringa que eu cuidei de você, certo?

Harley morde o lábio e sorri.

— Cara, você estará tão ferrado. 

— O que? O que você quer dizer? — Seu semblante se assusta, ele é barrado a medida que se aproximam na aeronave — Harley Quinn, o que você quer dizer? — Ele grita mais alto, ficando para trás

Harley sorri despreocupada e extremamente feliz, ela sempre soube que seu pudinzinho voltaria por ela, não importa quando tempo levasse. 

Ela observa tudo atentamente a medida que é levada pela rampa, em seguida para o interior da aeronave. Lá dentro os outros prisioneiros estavam tão amarrados quando ela, vários agentes entravam e saíam do lugar.

— Pronto, é o último! — Um agente grita do lado de fora da aeronave

Um homem tatuado e com cara de poucos amigos está na cadeira, a rampa começa a se fechar uma vez que ele está do lado de dentro. 

— Uh, isso vai ser legal. — Harley diz sorrindo, a aeronave começa a se movimentar e indicar vôo — Eu sou Harley Quinn, quem são vocês? — Ela tem a voz animada e se esforça para olhar as outras pessoas

Todos ficam em silêncio, mais preocupados para onde estão indo. Mas não Harley, ela sabe que para qualquer lugar que vá, Coringa estará pronto para traze-la de volta, o celular em sua mão prova isso. Ela sorri na cadeira, se questionando se durante todo esse tempo ele havia se preocupado e pensado nela, assim toda a tortura terá valido a pena.

(...)

 Terrebonne Parish, Louisiana

— Você tem certeza de tudo que está dizendo? — Rocco treme com o celular no ouvido — Certo, obrigado. 

Coringa está segurando uma arma em uma das mãos, nervoso com a ligação que os interrompeu de cruzar a porta. A mulher amordaçada observa tudo atentamente, seu rosto molhado por suas lágrimas.

— Senhor, ela foi transferida. Mas teremos a localização! — Rocco acrescenta rapidamente

— Espera... O que? — Coringa ergue um dedo pedindo silêncio — Para onde ela poderia ser levada?

— Ainda não sabemos, mas dessa vez será fácil, ela está com um rastreador implantado no pescoço, tenho o nome da empresa responsável. 

Coringa ergue a sua arma, apontando-a para a cabeça de Rocco.

— Eu disse para entrarmos ontem, ela poderia estar aqui. — Coringa tem um olhar mortal no rosto, ele caminha em passos curtos e breves

— Senhor, não estavamos prontos, tudo poderia ter falhado, ela também poderia estar morta! E se ela foi transferida, será para uma penitenciária inferior, com menos segurança do que Belle Reve. Eu posso te ajudar. — Ele ergue as mãos, pedindo mais com os olhos para que o Coringa abaixasse sua arma

Coringa não é capaz de negar a inteligência de seu fiel funcionário, mas essa demora toda o está deixando extremamente nervoso. Ele movimenta a arma em direção a cabeça da mulher amarrada na cadeira, ela tenta gritar por trás da corda que a amordaça.

— Não vamos mais precisar dela? 

— Acredito que não, senhor.

Ele aperta o gatilho e a bala perfura a cabeça da mulher. Rocco fecha os olhos, parte do sangue espirrou em sua roupa e seu rosto. Coringa dá passos rápidos em direção a ele, obrigando-o a abrir os olhos.

— Se continuar me fazendo andar em círculos, você vai ser a pessoa na cadeira — Coringa diz baixo com muita frieza na voz e no olhar, fazendo todos se entreolharem — Entrem nas drogas dos carros, vamos até a... — Coringa segura um pedaço de papel improvisado em que Rocco estava anotando as informações que recebia pelo telefone — Laboratórios Van Criss. Onde eu já ouvi esse nome?

— Senhor, os laboratórios são uma divisão das Empresas Wayne. 

— Tinha que ser, parece que um dia esse cara dominará o comércio mundial. — Ele diz com desprezo para com o poder de Bruce Wayne, se ele soubesse que ele é mais do que um bilionário...

Todos começam a sair da casa, deixando a bagunça para a polícia. Se distribuindo novamente nos carros, todos partem em direção ao Laboratório Van Criss mais próximo, prontos para pegar a localização exata de Harley Quinn. Para enfim, poder traze-la de volta.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo está mais curto pois quero deixar a entrada do Esquadrão para o próximo capítulo, que não é nada mais nada menos que o capítulo 50!
Desejo a todos um Feliz & incrível Natal ♥ Mamãe ama muito todos vocês.
Até o próximo ♥