Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 25
Cativeiro


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. (Recado nas Notas Finais)



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O sol estava quente, as formigas trilhavam seu caminho, o corpo de Daron com o furo perfeito da bala em sua testa estava caído no asfalto.

Harley Quinn encarava o assassino com temor e receio, não sabia o que fazer, sua mente estava em um completo vazio. Impaciente, o homem avança e puxa as pernas de Harley, obrigando-a a sair do carro. Mesmo se debatendo e arranhando os bancos de couro, ela se vê de encontro com o chão. Ela olha para o lado e observa o corpo do seu então amigo completamente sem vida, ela cobre a boca com a mão para abafar um grito.

— Vamos parar de drama? — O homem diz revirando os olhos

Harley está coberta por sua sombra e levanta o olhar para encarar seu rosto.

— Você matou ele — Harley diz tirando sua mão da boca — Como pôde fazer isso?

— Achei que tivesse estômago forte. — Ele diz com um sorriso sádico

Os olhos de Harley se enchem de raiva e tristeza, ela aperta os lábios e fecha os punhos. O homem que ainda segurava uma arma, a aproxima da cabeça de Harley Quinn, que em nenhum momento retira seu olhar do rosto do homem.

— Te dou a opção de entrar no carro ou eu atiro na sua perna e te faço entrar no carro, o que prefere? — Ele fala com o olhar firme, Harley observava suas expressões

Harley pressiona as palmas de suas mãos no chão e se impulsiona para cima, se levantando. A arma do homem acompanha cada movimento dela.

— Boa garota, agora vai. — Ele movimenta a arma em direção ao carro

Harley vê um segundo homem sentado no banco passageiro, que observava toda a cena. Ela caminha lentamente na direção da van preta, sem encarar o homem sentado e indo direto até a porta lateral. O que seguia Harley com a arma se movimenta para abrir a porta, Harley olha para a arma e em seguida olha para o homem no banco do passageiro, que olhava para ela. Em um rápido movimento a porta estava aberta, Harley olha para trás e em seguida sobe no veiculo.

Ela fica em pé perante o homem armado a sua frente, ele bate a porta, encerrando seus olhares.

(...)

Coringa estava deitado no chão observando as imperfeições das grades de aço, as vezes passando os dedos por ela. Em pequenos assobios, ele esperava o tempo passar.

Seus pensamentos são mandados para longe quando a porta do celeiro é aberta e dois homens passam por ela, ele passa a encara-los. Os dois se aproximam da jaula, estando lado a lado e a frente do Coringa. Eles se abaixam e algo parece estar nas mãos de ambos.

Coringa se senta e se inclina para frente, os dois soltam algo no chão e se levantam, dando as costas. Coringa pisca duas vezes ao reconhecer parte das madeixas coloridas de Harley Quinn, cada um lhe deixou uma cor. Ele estende a mão e pega as curtas mechas de cabelos da mulher, abrindo a boca e pressionando os olhos de irritação.

(...)

Na casa localizada a poucos metros do celeiro, um homem mantinha a cabeça de Harley Quinn submersa na água de um barril, segurando-a pelos cabelos. Harley gritava, formando longas bolhas de ar que estouravam na superfície.

— Já chega. — O homem que mais cedo visitara Coringa, ergue a mão em uma ordem

Harley sentia a água queimando suas narinas quando é violentamente puxada para trás. Ela puxa o ar com força e sente também a água passando por sua garganta, lhe causando uma grande dor interna. Ela tosse caída no chão de olhos fechados.

— Quero ela acordada. — O homem diz acendendo um charuto

Dois homens se abaixam até Harley e levantam o rosto dela, dando leve tapas para garantir sua consciência. Ela abre os olhos que também queimavam pelo longo tempo dentro da água, rapidamente ela se solta das mãos deles e se rasteja para trás, até bater em uma parede.

Eles olhavam para ela em divertimento, enquanto ela respirava pela boca e mechas que tampavam seu rosto pigavam gotas finas.

— Vão, vão — O homem diz com a voz um pouco abafada pelo charuto em sua boca — Eu cuido dela.

Harley ria alto olhando para os homens que saía.

— Tchau tchau, rapazes. — Ela acena balançando os dedos

Eles se poupam de olhar para trás e saem, batendo a porta. O homem encara Harley e retira seu charuto da boca, liberando sua fumaça.

— Acha isso divertido? — Ele diz com um meio sorriso

— Não, é bem estressante — Ela diz se espreguiçando — Pelo menos meu cabelo agora está limpo e cortado, economizei uma grana.

Ela sorri para o homem, que retibui e arremessa seu charuto no rosto de Harley. Ela se desvia e bate a mão nele, que cai no chão. Rapidamente o homem se abaixa e coloca o braço ao lado do rosto de Harley, encarando-a com raiva.

— Você não tem ideia de com quem está brincando — Ele diz baixo com seu sotaque pesado — Eu vou fazer questão de quebrar cada pedaço do seu corpo se não me levar a sério aqui.

Harley Quinn sorri largo, acompanhando os olhos do homem com os seus.

— Eu conheço o perigo, e você não tem o sorriso dele. — Ela diz com seus olhos brilhando

O homem encara os olhos da mulher por entre suas mechas molhadas, lançando-lhe um tapa na bochecha.

(...)

A porta do celeiro é aberta de forma brusca e o Coringa corre até as grades, se segurando nelas. O homem que aparentemente comandava tudo entra pela porta carregando uma caixa de metal. Ele tem ao seu lado dois homens.

— Espero que esteja gostando da nossa hospitalidade — O homem diz se aproximando de Coringa — Harley Quinn com certeza está, acredita que ela consegue prender a respiração por quatro minutos sem desmaiar? Não vi muitos conseguirem isso.

Coringa aperta os dentes mas não deixa isso transparecer, colocando em seu rosto sua expressão mais cínica.

— Bom saber. — Joker diz com um meio sorriso

O homem sorri de volta e se abaixa, colocando a caixa de metal no chão.

— Nessa caixa tenho seis instrumentos que com certeza você conhece, vou deixar você escolher três, por educação vou te informar que serão usados na moça, então escolha sabiamente. — O homem diz abrindo a caixa de metal

Coringa coloca no rosto na grade de metal e olha para baixo. Poderia reconhecer facilmente um bisturi, uma tesoura cirúrgica, um estilete grande, um martelo pequeno, um vidro circular plástico com agulhas, um grampeador de pregos e um maçarico portátil manual. Ele ergue novamente o olhar ao homem, que estava animado por uma resposta.

— Esse jogo psicológico já te garantiu algo notável? — Coringa pergunta cruzando as pernas

— Estou te dando escolhas, mas tudo bem, eu decido — O homem diz fechando a caixa de metal — Vou usar todos.

Ele sorri largo ao Coringa, que o encara sem expressões. Seguido de seus homens, ele deixa o lugar.

(...)

Harley Quinn estava com as mãos e pés presos a correntes de metais, que estavam fortemente presas ao chão. Ela tentava se movimentar mas isso lhe dava mais dores e machucados, ela estava sentada em uma cadeira de madeira. A porta é aberta e ela dá um sobressalto para trás, sorrindo em seguida.

— Vieram fazer o que agora, rapazes? Se quiserem cortar mais meu cabelo vão ter comprar mais tintas depois. — Ela diz afastando seus cabelos do rosto

O homem carregava sua mesma caixa de metal e dá um sorriso a moça. Harley desmancha seu sorriso e se encolhe um pouco para trás. Aquele porão estava empoeirado, seco e com cheiro de coisa morta.

— Eu fui falar com o seu namorado sobre o que devíamos fazer com você, e adivinha? — O homem diz abrindo a caixa e a deixando na visão de Harley Quinn — Ele nos disse para usar todos!

Harley junta as sobrancelhas ao ver aqueles instrumentos na caixa, e se pergunta se o Coringa disse tal coisa.

— Ele não te diria isso, eu sei. — Harley diz afastando seus medos e fechando os olhos

O homem ri, deixando a Harley com calafrios.

— Você não entende, não é? — O homem tinha uma expressão divertida no rosto

Harley abre um dos olhos.

— Não entendo o que? — Ela abre o outro

— Você só está aqui por causa dele.

O homem se aproxima de Harley, deixando sua caixa aberta em cima de uma mesa pequena de madeira ao lado dela.

— Se ele quisesse te salvar, ele teria te tirado da cidade assim que soube que estávamos trás de você! Mas não, ele a levou até o prédio que foi o motivo de tudo isso. Acha mesmo que ele estava te protegendo? Meu palpite? Ele ia te entregar e depois desistiu, ou ia te entregar e te pediu para fugir e ele sair como a vítima da história. Ele estava se livrando de um grande fardo — Harley ouvia suas palavras assustada — Ele queria você exatamente aqui, só lamento que te matar o deixará contente...

Os olhos de Harley ficaram totalmente marejados, ela sentia as lágrimas se aproximando mas apertou seus lábios para evitar que elas caíssem. O homem coloca seu dedo indicador no queixo de Harley, o levantando.

— Mas tudo bem, querida. Eu prometo que vou te deixar desmaiar.

(...)

Coringa olhava ao redor procurando algum ponto cego, qualquer coisa que lhe resultasse em liberdade. Ele encontra uma pequena fenda da grade de metal, como uma ponta pouco afiada. Rapidamente ele levanta as mangas de seus braços e passa sua pele por ela, causando cortes em seu próprio braço. Assim que passa o seu corte por ela ao ponto de escorrer seu sangue, ele respira fundo pela queimação.

Coringa no mesmo momento ouve passos e conversas de pessoas se aproximando do celeiro, ele se joga no chão próximo a grade, deixando seus braços cobertos de sangue um pouco do lado de fora.

— Ela me paga. — Ele diz baixo para si mesmo, fechando os olhos

Dois homens abrem a porta e entram no local, ambos conversavam sobre algo pouco importante. A conversa deles é interrompida quando vêem o corpo de Coringa aparentemente inconsciente.

— Vai chamar alguém! — Um dos homens fala alto rapidamente correndo para próximo do Coringa

O outro corre para fora, em uma tentativa de buscar ajuda.

— Meu Deus. — O homem olha com estranheza, se ajoelhando próximo do Coringa

Ele olha para seu sangue e depois para seus olhos, que estavam fechados. Rapidamente Coringa agarra seu braço, puxando com força e trazendo seu corpo em contato com as grades de metal, o homem desmaia e Coringa sente o braço do homem deslocado, pela força que usou.

— Ai, foi tão fácil — Coringa revira os olhos — Acho que vou deixar ele acordar...

O homem que antes procurava por ajuda entra no celeiro, ele se assusta ao ver o amigo desmaiado. Rapidamente ele ergue uma arma e começa a atirar na direção do Coringa, que se abaixa ao lado do corpo do homem desmaiado.

Os tiros batem no aço da jaula, soltando faíscas. Coringa pega com cuidado a arma que estava na mão do homem inconsciente do seu lado e a engatilha. Os tiros parecem se cessar e o homem que atirava se aproxima com a sua arma em punho, Coringa se levanta e atira duas vezes na direção dele, acertando em cheio seu rosto.

O corpo cai no chão e Coringa atira no cadeado enorme que lhe mantinha preso, a uma primeira vista ele mal se arranhava. Havia um motivo daquele cadeado estar ali. Ele gasta quatro balas até que enfim ele parece se soltar, Coringa abre a jaula e respira fundo, sentindo o ar e seu sangue pingava pela sua mão e pela sua arma.

Ele se abaixa até o corpo do homem que matou e pega sua arma, olhando para a porta do celeiro que já estava aberta.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem por não postar ontem a noite, eu fiquei ocupada e só terminei o capitulo pela manhã. Sendo assim, amanhã terá mais um capítulo, pois este estava programado para ontem.
Até o próximo ♥