Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 24
Amigo Oculto


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Harley Quinn se reunia com os homens do Coringa no hall do prédio, onde tudo estava quebrado, destruído e pisado. Havia sangue e corpos no chão, assim como restos de munição e pólvora. A raiva de Harley Quinn fazia todos olharem em seu rosto e em sua arma enquanto ela andava, tinha pelo menos uns 7 homens ativos, quase 10 feridos e muitos, muitos mortos. Todos faziam um círculo em volta da mulher, enquanto esperavam uma ordem.

— Muito bem, quem são eles? — Harley pergunta impaciente

— Era a gangue do Ramirez, com certeza — Um dos homens fala — Eles devem ter se reagrupados.

— Meu amorzinho matou o chefe deles, alguém o substituíu? — Ela olhava para todos eles, que já estavam intimidados pela a raiva dela

— É... Possivelmente. — Mais um deles responde

— Fazem ideia de onde estejam? — Ela pergunta arqueando uma sobrancelha

O silêncio percorre todo o ambiente.

— Fantástico — Harley revira os olhos — Sabem por que estavam atrás de mim?

O silêncio domina todos mais uma vez.

— Eu sei que sabem de alguma coisa! E enquanto o pudinzinho não está aqui, euzinha toma conta de tudo... Eu acho. Podem abrir o bico — Ela fala levantando a arma despreocupada, os homens dão passos curtos para trás para desviar dos movimentos dela, ela percebe — É... Desculpe. — Ela abaixa a arma

Daron sai do meio dos homens, ele havia levado um tiro de raspão da perna esquerda, mas isso não parecia impedi-lo de continuar lutando.

— Não sabemos mais do que você, mas... — Daron arrisca dizer, todos os homens olham para ele em sinal de reprovação, mas ele continua indo em direção dela ignorando os olhares — Hoje pela manhã o Coringa recebeu uma encomenda, tinha um ursinho vermelho e azul, ele se assustou e mandou quase todos seguirem ele e disse que queriam te buscar. Ele levantou o ursinho e ele não tinha olhos e estava com uma marca de bala na cabeça, logo entendemos o que aquilo queria dizer, tentaram falar para ele te avisar antes mas... Ele não ouviu ninguém.

Harley observava atenta a cada palavra, quase se surpreendeu com a história.

— E... Estou viva, por que levariam ele?

— Talvez porque sabem que você vai atrás dele. — Um outro homem diz

— Mas por que ME querem morta? Quer dizer... Não faz sentido! Eu sou uma pessoa legal — Ela diz, os homens se entreolham — Não é?

Harley não recebe resposta. Ela suspira.

— Tudo bem... Não deve ser tão difícil assim achar uma gangue, fala sério. Eles devem dar sinal uma hora ou outra, assim que isso acontecer iremos até eles e resgatamos o Coringa, certo? — Ela diz sorridente

Os homens se entreolham mais uma vez e dão de ombros.

— Certo. — Alguns repetem

— Eu não ouvi — Ela diz levantando a arma, mais uma vez alguns homens se desviam dela — Vamos encontrar o pudinzinho, certo? — Ela fala mais alto

— Certo! — Eles repetem em coro

— Ótimo! — Ela dá as costas, os homens se desviam da arma mais uma vez 

Daron se coloca ao lado de Harley Quinn, eles vão em direção a saída do prédio.

— Nunca vamos encontra-lo — Harley diz soltando a arma e colocando as mãos na cabeça desesperada

— Mas você disse que... — Daron diz confuso

— Eu sei o que eu disse! Aparência, querido, aparência. Uma gangue enorme dessas, já devem até ter saído da cidade! — Ela fala baixo

Ela olha ao redor, a rua estava vazia e dessa vez a polícia logo chegaria. Ela fecha os olhos e respira fundo, pensando em uma saída.

— Não tem nenhum lugar abandonado, nada? — Harley diz abaixando a voz ao ver os homens do Coringa saindo do prédio 

— Eu não sei, o único que saberia disso é o Coringa! Ele não fala muito conosco.

Harley fica de costas para ele.

— Imagina o que ele está passando... — Os olhos dela ficam marejados 

(...)

— HAHAHA, você é péssimo nisso — Coringa diz mostrando suas cartas

— Não acredito! — O homem lamenta com uma careta

— Já pode passar o relógio. — Coringa comemora do outro lado das grades, apontando ainda sentado para o braço do homem

A porta se abre com força e mais homens entram no lugar, indo furiosos em direção ao Joker.

— O que estão fazendo? — Um deles que parece estar no comando grita — Você nunca vai entender que não se joga com os prisioneiros? E ainda perde?

O homem que antes jogava com o Coringa dá de ombros. Coringa sorri olhando a situação, já fazia uma hora que estava preso naquele lugar, em uma especie de jaula em um celeiro abandonado.

— E você, "senhor C" ? — O mesmo homem fala com ironia, fazendo aspas com a mão

— Pelo menos o cachorro tem educação. — Coringa diz sorrindo

Os olhos do homem se cobrem de fúria, que rapidamente saca uma arma. Coringa ri alto.

— Acha que eu estou brincando? — O homem grita vermelho de raiva

— Você, não — Coringa diz parecendo óbvio — Era nós dois que estávamos brincando — Ele aponta para o homem que estava jogando cartas com ele.

— Seu...

A porta de madeira se abre mais uma vez, um homem entra seguido de dois homens ao seu lado. Todos parecem olhar para trás, menos Coringa e o homem que antes o ameaçava.

— Já ameaçando ele? — O homem com um sotaque bizarro diz, todos abrem caminho para ele

Possivelmente, é o que está no comando.

— Desculpe, senhor. Ele sabe ser irritante. — O homem se justifica, guardando sua arma

Coringa sorri todo o tempo.

— Nada da moça? — O mesmo homem fala em seu sotaque forte

— Não, senhor. — O homem que antes ameaçava Coringa fala baixo, parecendo que engoliu toda a sua coragem e ousadia 

Joker permanece sentado e sorridente, eles parecem conversar entre eles mas logo se afastam. Com um aceno de cabeça os homens deixam o lugar, restando apenas o homem no comando e Coringa atrás das grades da jaula.

Logo ele se aproxima e cruza as mãos em seu terno branco, o homem parecia ter uns 50 anos, mas estava em forma.

— Sabe quem eu sou? — O homem fala em tom superior

— Não, e você não sabe quem eu sou. — Coringa fala calmamente

— Eu sei quem você é.

— Não, não sabe — Coringa sorri — Se soubesse quem eu sou, não teria me pegado.

O homem olha sério para ele.

— É uma ameaça?

Coringa morde o ar duas vezes, fazendo seus dentes de metais se chocarem e causarem um som estridente, logo acompanhado de um sorriso.

— Sabe por que nós queremos Harley Quinn? — O homem diz sério

Coringa mantém sua pose.

— O homem que matou era meu irmão, e eu sei que foi você — O homem se ajoelha a frente de Coringa, observando-o entre as grades de aço — Ele estaria lá apenas naquela noite, pois meu vôo ao país se atrasou. Ele se aposentaria naquela mesma semana, adivinha quem iria ficar no lugar dele e com aquele Cassino? Sim, eu. Mas você fez o favor de destruir isso, se achando o Rei da cidade, achou que o que fez sairia impune? Evidente que não. Eu quero a Harley pois quero que você tenha uma noção do que eu senti quando soube que o meu irmão morreu, quero que saiba como é perder alguém próximo a você!

Coringa ri muito alto quando ele termina de falar, sua risada medonha domina todo o ambiente. Ele aproveita e enxuga uma lágrima em seu olho esquerdo, enquanto o homem do outro lado olhava sério para ele.

— Se aquele projeto de criminosa morrer, eu não vou dar a mínima! Você vai estar me fazendo um grande favor, eu até posso te recompensar por isso. — Coringa ri novamente

O homem dá um sorriso de lado.

— Não foi o que me disseram... — O homem se levanta e cruza as mãos de novo — Alguém bem próximo de vocês tem me dado informações preciosas, amorzinho. — O homem diz friamente, imitando a expressão de Harley

Coringa desmancha o sorriso. O homem continua andando e deixa o lugar em um completo silêncio. Coringa aperta os dentes com força, quem seria o traidor?

(...)

Daron caminha ao lado de Harley, em direção ao carro roxo do Coringa, estacionado abaixo do prédio.

— Até agora não entendi, o que esses carinhas malvados querem comigo? — Harley diz despreocupada, adentrando na escuridão do lugar

— Querem matar você. — Daron fala sério

— Aquele teimoso! Poderia ao menos ter me dito antes ou me deixado com a minha amiga Hera, eu estaria mais segura. — Ela fala entrando no carro

— Acho que ele não confia em todos. — Daron abre a porta ao lado do motorista

Se não tirassem o carro de lá e a polícia aparecesse e o levasse seria bem pior, Coringa poderá viver com a ideia de que alguém dirigiu aquele carro, mas ainda teria o carro.

— Custava ele ter avisado? Era sobre mim tudo isso — Harley suspira pesadamente — Bem, acho que ele só queria me proteger. — Ela sorri

Daron liga o carro.

— Você está bem para dirigir? Tomou um tiro. — Harley fala olhando para ele

— Estou bem. — Ele fala dando a partida

— Okay...

Em pouco tempo os dois saem de lá, seguidos por uma van preta com alguns integrantes da gangue. 

— Acha que é seguro voltar para casa agora? E se derem um jeito de nos seguir? — Harley fala preocupada

— Tem alguma ideia, senhorita Quinn? — Daron mexe a perna desconfortável pela dor

— Eu só queria meu pudinzinho. — Harley fala com seus olhos se enchendo

— Ele saberia o que fazer! Ele tem razão quando diz que sou uma idiota, não me surpreendo que ele estiver morrido por minha causa! Sempre minha causa! — Ela começa a chorar e coloca as mãos no rosto

Daron olha para ela e em dúvidas coloca uma mão nas costas dela, em uma tentativa falha de reconforta-la.

— Vamos achar ele. — Ele fala calmo

— Como você sabe? — Ela fala levantando o rosto

— Eu tenho certeza que vamos acha-lo. — Ele fala firme, com um meio sorriso

— Espero que esteja certo — Ela fala segurando as lágrimas, ainda havia muitas para vir — Fico feliz que esteja aqui, o Coringa nunca sabe como tem bons amigos!

Harley manda um pequeno, porém verdadeiro sorriso. Daron retribui e volta o olhar para as ruas, rapidamente.

(...)

Coringa tentava repassar todos os homens que tem estado por perto dele e de Harley, seja na casa ou fora dela. São muitos e pela perspectiva do Coringa, eram todos iguais! Poderia ser qualquer um esse maldito traidor.

Ele tentava esconder sua evidente preocupação, e se Harley estiver confiando nesse cara?

(...)

— Eu não me lembro de sair por esse caminho... — Harley diz confusa, olhando pela janela

— Estão construindo uma ponte ao leste. — Daron se justifica

— Ah... Então tudo bem — Harley sorri — Temos que ir para a casa da Hera, ela vai ajudar, tenho certeza. Talvez ela tenha um jeito de acha-lo com a ajuda de suas plantas mágicas! É só seguir pela mesma estrada, é uma especie de pântano, só que ele é bem tóxico.

O carro fica silencioso e a estrada aparece. 

— Sabe, é bem estranho eles atacarem depois que eu cheguei ao prédio — Harley começa a pensar enrolando uma de suas mechas entre os dedos — E quando saímos, não tinha nenhum carro rival como você havia me dito! Lembra? Que eu não poderia sair? — Harley solta o cabelo — Eles são mesmo rápidos! — Ela sorri

— É, coincidência. — Daron fala apertando o volante

— Bem, eles não são espertos como eu imaginei, estou viva e livre! E o meu pudinzinho? Também, com certeza.

— Talvez... Estejam armando tudo ainda...

— Meu Deus! Como você é pessimista! Vamos ficar bem, todos nós, deu para entender? — Ela fala séria

— Desculpe, senhorita Quinn.

— Desculpado — Ela fala olhando pela retrovisor, a van que estava atrás deles parecia chegar bem perto agora — O que eles estão fazendo?

Daron olha pelo seu retrovisor e vê a van contornando o carro.

— Mas o que...? — Ele fala aumentando a velocidade

A van acelera e começa a ficar ao lado do carro, na pista contrária. O vidro rapidamente se abre.

— Para aí, precisamos conversar! — O homem lá dentro diz

— O que houve? — Harley grita para ele

— Acho que o pneu está furado! — O homem que dirigia grita novamente, o que estava no banco do passageiro permanece calado

Daron olha para Harley e começa a ir para o acostamento.

— Só o que faltava — Daron bufa

Harley faz um sinal negativo com a cabeça.

— Tem algo estranho... — Ela fala baixo

A van para atrás do carro do Coringa.

— Sempre tem algo estranho, senhorita Quinn. — Daron diz abrindo a porta do carro

Harley vê a cintura e pernas de um homem que se aproximava deles. Daron se levanta e sai do carro.

— Tudo bem, o que acont... — Ele dizia mas é interrompido por um estrondo alto

Harley se assusta e puxa o ar com a boca, o corpo já sem vida de Daron cai no chão.

O homem abaixa a arma e se abaixa em direção ao carro, Harley consegue ver seu rosto. Ela se lembra dele na casa, foi o primeiro a olhar para ela quando ela desceu as escadas nesse mesmo dia, depois se lembra dele na porta de entrada do prédio e depois se lembra de ter visto de relance dando as costas, em seguida se lembra dele subindo a escada de emergência ao lado do Daron. Homem que ele acabara de matar. 

— Vamos, querida. Meu chefe está te esperando. — Ele fala sorrindo

Harley arregala os olhos.


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Notas finais do capítulo

Atire a primeira pedra quem pensou que fosse o Daron! Okay, me desculpem, na verdade ele era um cara legal.
E ainda não acabou todos os esclarecimentos! Tem mais uma revelação desse ataque.
Até o próximo ♥