Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem.
Harley Quinn se reunia com os homens do Coringa no hall do prédio, onde tudo estava quebrado, destruído e pisado. Havia sangue e corpos no chão, assim como restos de munição e pólvora. A raiva de Harley Quinn fazia todos olharem em seu rosto e em sua arma enquanto ela andava, tinha pelo menos uns 7 homens ativos, quase 10 feridos e muitos, muitos mortos. Todos faziam um círculo em volta da mulher, enquanto esperavam uma ordem.
— Muito bem, quem são eles? — Harley pergunta impaciente
— Era a gangue do Ramirez, com certeza — Um dos homens fala — Eles devem ter se reagrupados.
— Meu amorzinho matou o chefe deles, alguém o substituíu? — Ela olhava para todos eles, que já estavam intimidados pela a raiva dela
— É... Possivelmente. — Mais um deles responde
— Fazem ideia de onde estejam? — Ela pergunta arqueando uma sobrancelha
O silêncio percorre todo o ambiente.
— Fantástico — Harley revira os olhos — Sabem por que estavam atrás de mim?
O silêncio domina todos mais uma vez.
— Eu sei que sabem de alguma coisa! E enquanto o pudinzinho não está aqui, euzinha toma conta de tudo... Eu acho. Podem abrir o bico — Ela fala levantando a arma despreocupada, os homens dão passos curtos para trás para desviar dos movimentos dela, ela percebe — É... Desculpe. — Ela abaixa a arma
Daron sai do meio dos homens, ele havia levado um tiro de raspão da perna esquerda, mas isso não parecia impedi-lo de continuar lutando.
— Não sabemos mais do que você, mas... — Daron arrisca dizer, todos os homens olham para ele em sinal de reprovação, mas ele continua indo em direção dela ignorando os olhares — Hoje pela manhã o Coringa recebeu uma encomenda, tinha um ursinho vermelho e azul, ele se assustou e mandou quase todos seguirem ele e disse que queriam te buscar. Ele levantou o ursinho e ele não tinha olhos e estava com uma marca de bala na cabeça, logo entendemos o que aquilo queria dizer, tentaram falar para ele te avisar antes mas... Ele não ouviu ninguém.
Harley observava atenta a cada palavra, quase se surpreendeu com a história.
— E... Estou viva, por que levariam ele?
— Talvez porque sabem que você vai atrás dele. — Um outro homem diz
— Mas por que ME querem morta? Quer dizer... Não faz sentido! Eu sou uma pessoa legal — Ela diz, os homens se entreolham — Não é?
Harley não recebe resposta. Ela suspira.
— Tudo bem... Não deve ser tão difícil assim achar uma gangue, fala sério. Eles devem dar sinal uma hora ou outra, assim que isso acontecer iremos até eles e resgatamos o Coringa, certo? — Ela diz sorridente
Os homens se entreolham mais uma vez e dão de ombros.
— Certo. — Alguns repetem
— Eu não ouvi — Ela diz levantando a arma, mais uma vez alguns homens se desviam dela — Vamos encontrar o pudinzinho, certo? — Ela fala mais alto
— Certo! — Eles repetem em coro
— Ótimo! — Ela dá as costas, os homens se desviam da arma mais uma vez
Daron se coloca ao lado de Harley Quinn, eles vão em direção a saída do prédio.
— Nunca vamos encontra-lo — Harley diz soltando a arma e colocando as mãos na cabeça desesperada
— Mas você disse que... — Daron diz confuso
— Eu sei o que eu disse! Aparência, querido, aparência. Uma gangue enorme dessas, já devem até ter saído da cidade! — Ela fala baixo
Ela olha ao redor, a rua estava vazia e dessa vez a polícia logo chegaria. Ela fecha os olhos e respira fundo, pensando em uma saída.
— Não tem nenhum lugar abandonado, nada? — Harley diz abaixando a voz ao ver os homens do Coringa saindo do prédio
— Eu não sei, o único que saberia disso é o Coringa! Ele não fala muito conosco.
Harley fica de costas para ele.
— Imagina o que ele está passando... — Os olhos dela ficam marejados
(...)
— HAHAHA, você é péssimo nisso — Coringa diz mostrando suas cartas
— Não acredito! — O homem lamenta com uma careta
— Já pode passar o relógio. — Coringa comemora do outro lado das grades, apontando ainda sentado para o braço do homem
A porta se abre com força e mais homens entram no lugar, indo furiosos em direção ao Joker.
— O que estão fazendo? — Um deles que parece estar no comando grita — Você nunca vai entender que não se joga com os prisioneiros? E ainda perde?
O homem que antes jogava com o Coringa dá de ombros. Coringa sorri olhando a situação, já fazia uma hora que estava preso naquele lugar, em uma especie de jaula em um celeiro abandonado.
— E você, "senhor C" ? — O mesmo homem fala com ironia, fazendo aspas com a mão
— Pelo menos o cachorro tem educação. — Coringa diz sorrindo
Os olhos do homem se cobrem de fúria, que rapidamente saca uma arma. Coringa ri alto.
— Acha que eu estou brincando? — O homem grita vermelho de raiva
— Você, não — Coringa diz parecendo óbvio — Era nós dois que estávamos brincando — Ele aponta para o homem que estava jogando cartas com ele.
— Seu...
A porta de madeira se abre mais uma vez, um homem entra seguido de dois homens ao seu lado. Todos parecem olhar para trás, menos Coringa e o homem que antes o ameaçava.
— Já ameaçando ele? — O homem com um sotaque bizarro diz, todos abrem caminho para ele
Possivelmente, é o que está no comando.
— Desculpe, senhor. Ele sabe ser irritante. — O homem se justifica, guardando sua arma
Coringa sorri todo o tempo.
— Nada da moça? — O mesmo homem fala em seu sotaque forte
— Não, senhor. — O homem que antes ameaçava Coringa fala baixo, parecendo que engoliu toda a sua coragem e ousadia
Joker permanece sentado e sorridente, eles parecem conversar entre eles mas logo se afastam. Com um aceno de cabeça os homens deixam o lugar, restando apenas o homem no comando e Coringa atrás das grades da jaula.
Logo ele se aproxima e cruza as mãos em seu terno branco, o homem parecia ter uns 50 anos, mas estava em forma.
— Sabe quem eu sou? — O homem fala em tom superior
— Não, e você não sabe quem eu sou. — Coringa fala calmamente
— Eu sei quem você é.
— Não, não sabe — Coringa sorri — Se soubesse quem eu sou, não teria me pegado.
O homem olha sério para ele.
— É uma ameaça?
Coringa morde o ar duas vezes, fazendo seus dentes de metais se chocarem e causarem um som estridente, logo acompanhado de um sorriso.
— Sabe por que nós queremos Harley Quinn? — O homem diz sério
Coringa mantém sua pose.
— O homem que matou era meu irmão, e eu sei que foi você — O homem se ajoelha a frente de Coringa, observando-o entre as grades de aço — Ele estaria lá apenas naquela noite, pois meu vôo ao país se atrasou. Ele se aposentaria naquela mesma semana, adivinha quem iria ficar no lugar dele e com aquele Cassino? Sim, eu. Mas você fez o favor de destruir isso, se achando o Rei da cidade, achou que o que fez sairia impune? Evidente que não. Eu quero a Harley pois quero que você tenha uma noção do que eu senti quando soube que o meu irmão morreu, quero que saiba como é perder alguém próximo a você!
Coringa ri muito alto quando ele termina de falar, sua risada medonha domina todo o ambiente. Ele aproveita e enxuga uma lágrima em seu olho esquerdo, enquanto o homem do outro lado olhava sério para ele.
— Se aquele projeto de criminosa morrer, eu não vou dar a mínima! Você vai estar me fazendo um grande favor, eu até posso te recompensar por isso. — Coringa ri novamente
O homem dá um sorriso de lado.
— Não foi o que me disseram... — O homem se levanta e cruza as mãos de novo — Alguém bem próximo de vocês tem me dado informações preciosas, amorzinho. — O homem diz friamente, imitando a expressão de Harley
Coringa desmancha o sorriso. O homem continua andando e deixa o lugar em um completo silêncio. Coringa aperta os dentes com força, quem seria o traidor?
(...)
Daron caminha ao lado de Harley, em direção ao carro roxo do Coringa, estacionado abaixo do prédio.
— Até agora não entendi, o que esses carinhas malvados querem comigo? — Harley diz despreocupada, adentrando na escuridão do lugar
— Querem matar você. — Daron fala sério
— Aquele teimoso! Poderia ao menos ter me dito antes ou me deixado com a minha amiga Hera, eu estaria mais segura. — Ela fala entrando no carro
— Acho que ele não confia em todos. — Daron abre a porta ao lado do motorista
Se não tirassem o carro de lá e a polícia aparecesse e o levasse seria bem pior, Coringa poderá viver com a ideia de que alguém dirigiu aquele carro, mas ainda teria o carro.
— Custava ele ter avisado? Era sobre mim tudo isso — Harley suspira pesadamente — Bem, acho que ele só queria me proteger. — Ela sorri
Daron liga o carro.
— Você está bem para dirigir? Tomou um tiro. — Harley fala olhando para ele
— Estou bem. — Ele fala dando a partida
— Okay...
Em pouco tempo os dois saem de lá, seguidos por uma van preta com alguns integrantes da gangue.
— Acha que é seguro voltar para casa agora? E se derem um jeito de nos seguir? — Harley fala preocupada
— Tem alguma ideia, senhorita Quinn? — Daron mexe a perna desconfortável pela dor
— Eu só queria meu pudinzinho. — Harley fala com seus olhos se enchendo
— Ele saberia o que fazer! Ele tem razão quando diz que sou uma idiota, não me surpreendo que ele estiver morrido por minha causa! Sempre minha causa! — Ela começa a chorar e coloca as mãos no rosto
Daron olha para ela e em dúvidas coloca uma mão nas costas dela, em uma tentativa falha de reconforta-la.
— Vamos achar ele. — Ele fala calmo
— Como você sabe? — Ela fala levantando o rosto
— Eu tenho certeza que vamos acha-lo. — Ele fala firme, com um meio sorriso
— Espero que esteja certo — Ela fala segurando as lágrimas, ainda havia muitas para vir — Fico feliz que esteja aqui, o Coringa nunca sabe como tem bons amigos!
Harley manda um pequeno, porém verdadeiro sorriso. Daron retribui e volta o olhar para as ruas, rapidamente.
(...)
Coringa tentava repassar todos os homens que tem estado por perto dele e de Harley, seja na casa ou fora dela. São muitos e pela perspectiva do Coringa, eram todos iguais! Poderia ser qualquer um esse maldito traidor.
Ele tentava esconder sua evidente preocupação, e se Harley estiver confiando nesse cara?
(...)
— Eu não me lembro de sair por esse caminho... — Harley diz confusa, olhando pela janela
— Estão construindo uma ponte ao leste. — Daron se justifica
— Ah... Então tudo bem — Harley sorri — Temos que ir para a casa da Hera, ela vai ajudar, tenho certeza. Talvez ela tenha um jeito de acha-lo com a ajuda de suas plantas mágicas! É só seguir pela mesma estrada, é uma especie de pântano, só que ele é bem tóxico.
O carro fica silencioso e a estrada aparece.
— Sabe, é bem estranho eles atacarem depois que eu cheguei ao prédio — Harley começa a pensar enrolando uma de suas mechas entre os dedos — E quando saímos, não tinha nenhum carro rival como você havia me dito! Lembra? Que eu não poderia sair? — Harley solta o cabelo — Eles são mesmo rápidos! — Ela sorri
— É, coincidência. — Daron fala apertando o volante
— Bem, eles não são espertos como eu imaginei, estou viva e livre! E o meu pudinzinho? Também, com certeza.
— Talvez... Estejam armando tudo ainda...
— Meu Deus! Como você é pessimista! Vamos ficar bem, todos nós, deu para entender? — Ela fala séria
— Desculpe, senhorita Quinn.
— Desculpado — Ela fala olhando pela retrovisor, a van que estava atrás deles parecia chegar bem perto agora — O que eles estão fazendo?
Daron olha pelo seu retrovisor e vê a van contornando o carro.
— Mas o que...? — Ele fala aumentando a velocidade
A van acelera e começa a ficar ao lado do carro, na pista contrária. O vidro rapidamente se abre.
— Para aí, precisamos conversar! — O homem lá dentro diz
— O que houve? — Harley grita para ele
— Acho que o pneu está furado! — O homem que dirigia grita novamente, o que estava no banco do passageiro permanece calado
Daron olha para Harley e começa a ir para o acostamento.
— Só o que faltava — Daron bufa
Harley faz um sinal negativo com a cabeça.
— Tem algo estranho... — Ela fala baixo
A van para atrás do carro do Coringa.
— Sempre tem algo estranho, senhorita Quinn. — Daron diz abrindo a porta do carro
Harley vê a cintura e pernas de um homem que se aproximava deles. Daron se levanta e sai do carro.
— Tudo bem, o que acont... — Ele dizia mas é interrompido por um estrondo alto
Harley se assusta e puxa o ar com a boca, o corpo já sem vida de Daron cai no chão.
O homem abaixa a arma e se abaixa em direção ao carro, Harley consegue ver seu rosto. Ela se lembra dele na casa, foi o primeiro a olhar para ela quando ela desceu as escadas nesse mesmo dia, depois se lembra dele na porta de entrada do prédio e depois se lembra de ter visto de relance dando as costas, em seguida se lembra dele subindo a escada de emergência ao lado do Daron. Homem que ele acabara de matar.
— Vamos, querida. Meu chefe está te esperando. — Ele fala sorrindo
Harley arregala os olhos.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Atire a primeira pedra quem pensou que fosse o Daron! Okay, me desculpem, na verdade ele era um cara legal.
E ainda não acabou todos os esclarecimentos! Tem mais uma revelação desse ataque.
Até o próximo ♥