Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 12
Direção


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. (Capítulo inédito u-u)



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Harleen permaneceu em seu quarto até o final do dia, apesar de toda a casa estar "aberta", ela valorizava o tempo para poder pensar. Por mais que ela tenha medo do que será seu futuro, há algo a se perder? Se ela ir embora, a cadeia a espera. Se ela ficar, ela iria ter problemas com o homem de cabelos verdes e uma personalidade duvidosa, mas ela poderia entender melhor tudo o que estava sentindo. Não há tantas opções.

E Harleen queria ficar. Não por falta de escolhas, mas queria por si mesma. Ela segura uma bolsa de gelo no rosto, que aliviava seus incômodos e hematomas momentaneamente. Ela sempre teve uma vida sem aventuras e muito parada, não que matar pessoas e roubar bancos seja divertido, longe disso! Mas seria um grande começo, ela não pretendia se envolver em crimes, tentaria apenas ser útil.

Mas pelo que aconteceu semanas atrás, seu modo de ser útil foi atirando e matando um homem. Ela não gostou nada daquilo e a culpa bate até hoje, mas foi maior do que ela, ela se assustou com a possibilidade do Coringa ter morrido. Ela não deveria se sentir assim, mas se pudesse controlar ela estaria em casa, não é?

O dia passa depressa, os dois não se viram durante todo o resto da tarde. Até que Coringa abre a porta do escritório enquanto Harleen subia as escadas, ela se vira e desce as escadas indo até ele.

— Acho que irá querer. — Ele lhe estende um pano azul

— Obrigada.

— Não desistiu ainda? — Ele diz sério

— Não conte muito com isso. — Ela responde no mesmo tom

Ele se vira sem dizer mais nada e entra. Harleen volta e sobe as escadas, indo até seu próprio quarto. Ela abre o pano e eis que toma forma, era uma blusa social dele azul, o perfume da blusa preenche todo o seu olfato e ela abraça a blusa contra o próprio peito. Agora sim ela estaria disposta a ficar por tudo que isso representava.

(...)

Harleen toma banho e veste a calça jeans preta, em seguida veste seu sutiã e a blusa social do Coringa. O perfume vindo dela deixa Harleen tonta mais vez, era incrivelmente suave e reconfortante.

Harleen, sem ser chamada, desde as escadas e se senta no sofá da sala. Um relógio na parede marcava 20:08, ela enrola uma das mechas entre os dedos e se coloca a esperar. Após quatro minutos, a porta do escritório se abre e o coração de Harleen se agita, Coringa sai do lugar e se assusta ao ver Harleen sentada em seu sofá.

Ela lhe manda um sorriso de lado e ele ignora.

— Levanta. — Ele diz sério

Harleen obedece e o segue para fora de casa, ele vestia um de seus casacos grandes, uma blusa social vinho e suas armas nos coldres.

Dessa vez eles não vão ao caminho habitual, Coringa dá a volta na casa e ela o segue, chegando logo a uma garagemque ficava no lado de trás. Ele abre o portão e o seu carro logo aparece a medida que o portão sobe, já que seus homens não estão na casa hoje, Harleen imagina que ele mesmo teria que tirar o carro.

— Posso perguntar por que seus homens não estão aqui hoje? — Harleen pergunta calmamente

— Não posso te responder isso. — Coringa diz ainda sério

— Sabe que eu poderia ter fugido, certo?

— Eu estava contando com isso.

Harleen se surpreende com a resposta.

— E sua resposta não deveria ser: eu queria que você fugisse?

— Não. Porque eu não queria que você fugisse.

Ele quebra os olhares e entra no carro, Harleen fica um pouco alienada com essas palavras. Ela entra no carro logo em seguida.

O carro dá a volta pela casa e sai por entre as árvores, sempre se elevando e se abaixando pelas elevações de terra.

— A parte menos divertida de morar no meio do mato. — Coringa diz olhando ao redor

Provavelmente preocupado se algum galho encostaria em sua pintura.

— Onde vamos?

— Você vai ver.

(...)

O carro começa a diminuir a velocidade lentamente e eles param em frente a um lugar que de longe parecia abandonado. Harleen abre a porta curiosa enquanto Coringa recua, mas desde do carro. Harleen levanta a cabeça e vê uma grande placa iluminada dizendo "ACE Chemicals".

— Isto é... Por que estamos em uma fábrica química? — Harleen pergunta com estranheza — Você precisa roubar alguma coisa?

— Não. — Ele diz passando por ela

Ele, nada discreto, dá dois chutes na porta principal.

— Isso não tem alarme? — Harleen diz preocupada

— Você parece bem nervosa. — Ele diz entrando no lugar sem se preocupar se seria pego

Ele sobe as escadas e a Harleen o segue. O lugar parecia completamente vazio e sem iluminação alguma, ela facilmente se perderia se estivesse sozinha. Ao subir três andares, Harleen já estava cansada quando Coringa para em frente a duas portas presas por uma corrente.

— E agora? — Ela pergunta tomando fôlego

Coringa ergue uma de suas armas, Harleen imediatamente tapa os ouvidos. Ele dá dois tiros na corrente, que se parte e bate no chão. Ele abre as portas e olha para trás, esperando Harleen passar.

— Mas o que é isso? — Harleen pergunta ao se ver em uma sala enorme com cilindros gigantes que produziam fumaça

— São toneis químicos, mas ainda não chegamos. — Ele responde andando

Ele abaixa uma escada de ferro parecida com a de saída de incêndio e encara Harleen para subir primeiro. Harleen sobe a escada sem questionar e começa a avistar a superfície, ela termina a escada e se encontra em outra base feita de ferro que a sustentava como chão.

Ela chega perto da ponta e lá de cima, vê os toneis químicos ferventes, eles borbulhavam um líquido verde. Ela se vira novamente e o Coringa a encara por entre a pouca iluminação do lugar.

— Por que estamos aqui? — Ela não estava com medo, não dessa vez

— Por que eu tenho uma pergunta. — Coringa responde se aproximando

Harleen o segue com o olhar.

— Pode perguntar.

— Você... Morreria por mim? — Harleen se surpreende com a pergunta, ele a mandaria pular e se matar? Mas essa é uma pergunta interessante

Ela pensa por minuto, se ele a pedisse, ela pularia de onde estavam? Todas as imagens e memórias do que viveram passa diante dos seus olhos, os momentos em que brigaram, ela como sua psiquiatra, a forma como se beijaram horas atrás.

— Sim. — Ela responde franca

— Muito fácil — Ele revira os olhos — Você poderia... Você poderia viver por mim?

Essa pergunta lhe parecia mais complexa, mas ela com certeza estaria disposta a isso.

— Sim.

— Tenha cuidado — Ele diz se aproximando com um dedo próximo do rosto — Depois não diga que isso foi impensado, você quer isso?

Seus rostos estavam a centímetros de distância, Harleen o encara como se sua resposta fosse positiva, ele passa os dedos pelos lábios dela.

— Diga. — Ele pede baixo

— Eu quero. 

Ele com o mesmo dedo que estava em seus lábios, aponta para os toneis abaixo deles. Harleen segue sua mão com o olhar e entende o que ele estava pedindo, ela pensa mais uma vez, ainda poderia ir embora, não estava tudo perdido. Mas ela mais uma vez não queria ir.

Ela o encara novamente. Pela última vez.

Ela vai até a ponta de costas, ao sentir que estava em seu limite ela abre os braços e desligando seus pensamentos, ela deixa seu corpo cair. O vento bate contra seus cabelos e ela abre a boca chegando perto do líquido tóxico.

Coringa a observa cair e ao vê-la se afundando, ele lhe dá as costas. O plano era esse! Como ele havia pensado desde a noite anterior. Quando ele olhou em seu rosto e ela retribuiu, quando ela se sentiu nervosa por estar com ele, quando ela o observava tentando disfarçar. Ele reparou em tudo isso. O ódio lhe consumiu por completo quando se deu contra que não conseguia parar de olhar para ela na noite passada, ele a atacou por acha-la linda demais, a atacou porque temeu o que sentiu quando a sentiu tão próxima. Ele a espancou para que ela fugisse, o deixasse completamente e ele armou esse plano quando não conseguiu deixa-la no chão. Ele mandou todos os seus homens irem embora e deixou a casa aberta para que ela partisse, e como resposta ela o beijou. Quando ele sem perceber retribuiu, seria a prova concreta de que ele a traria aqui hoje e a deixaria nesse momento.

Mas novamente ele fracassaria. Assim como ela, ele está assustado com o que está começando a sentir, mas um dia ele prometeu que não a deixaria fugir.

Ele retira o casaco e corre até a ponta, se jogando da mesma. Ele se afunda no mesmo líquido corrosivo e busca o corpo de Harleen que estava no fundo, ele a alcança e a leva para superfície. 

O líquido corrói a roupa de ambos, deixando-as rasgadas e espalhando sua tinta ao redor. Em um vermelho e azul que sem perceber colore parte do cabelo de Harleen, o mesmo líquido clareia sua pele e desaparece com suas hematomas. Coringa a beija lhe mandando oxigênio, Harley acorda puxando todo ar que conseguia.

Ela sorri ao ver que ele pulou por ela, beijando-o novamente. Eles se afastam e Coringa manda sua risada medonha para trás, ela se segura nele e o líquido colorido se espalha até as pontas do tonel.

Nenhum dos dois sabiam, mas ela estava mais viva do que nunca.
 


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Notas finais do capítulo

Amei escrever esse capítulo.
Até o próximo ♥



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