Until Your Last Breath escrita por Mrs Joker


Capítulo 11
Desígnio


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. (Aviso: 16+)



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Ele desce do carro e joga a chave para um de seus homens, todos estavam do lado de fora da casa esperando sua chegada. Coringa dá a volta pelo carro e abre a porta de Harleen, que tenha se afastar dele indo para o outro banco. Ele puxa ela pelas pernas e ela cai no chão de asfalto.

 — O que eu fiz? — Ela pergunta alto

Ele segura ela pelos cabelos fazendo ela se levantar, ela grita e ele acerta um tapa em seu rosto. Todos os seus homens olham a cena sem saber o que fazer. Coringa puxa ela pelo braço sem dizer uma palavra, ela tropeça algumas vezes e ele puxa ela com mais força. Ao chegar na casa ele joga ela no chão e fecha a porta.

Harleen tenta correr e subir as escadas e ele corre atrás dela, segurando ela pelos cabelos no meio dos degraus da escada. Ele bate sua cabeça no degrau e levanta ela pelos cabelos, Harleen sente seu nariz sangrar. Ela chora sem forças enquanto ele joga ela na parede e segura seu pescoço com as mãos.

— Por favor, por favor, por favor. O que eu fiz? — Ela diz com o pouco de força que lhe restava e o ar faltando

Ele não responde nada e arremessa ela da fileira de degraus. Ela rola os degraus batendo a cabeça e o corpo em todos eles, quando ela finalmente chega no chão de bruços, ela escuta um zunido pelo seu ouvido e só vê os pés dos seus homens pela sala antes de desmaiar.

Pela escada, Coringa vê o corpo de Harleen sangrando e inconsciente. Ele aperta sua cabeça com força e dá um grito, seguido por uma risada. Ele passa se desviando do corpo de Harleen e caminha até o escritório, quebrando tudo que via pela frente.

(...)

Harleen abre seus olhos devagar, mas não conseguia abri-los totalmente. Ela sente todo o seu corpo doer e se esforça para se lembrar o que aconteceu, ela reconhece a sala abaixo da escada, o lugar onde ela caiu. Ela se lembra de tudo que aconteceu.

O ambiente está escuro, do mesmo jeito que ela caiu, ela ficou. Ninguém a ajudou dessa vez. Ela tenta se movimentar mas um barulho a faz congelar, a porta do escritório de Coringa se abre e ela vê ele saindo. Ela fecha os olhos rapidamente e o medo a consome, seu coração acelera e ela tenta pensar no que fazer.

Coringa se aproxima dela e se abaixa, ficando de joelhos. Harleen tenta permanecer quieta e ele se abaixa para perto dela. Ele vira seu corpo de forma que ela ficasse de barriga para cima, ela quase se contorce de dor. Ele a ergue nos braços e a carrega para dentro do escritório, pelo caminho Harleen percebe que estão indo em direção ao quarto dele. Ele a deposita em sua cama, Harleen sente o colchão e travesseiro confortáveis, ele vai até a porta e a fecha. Harleen não escuta mais seus passos até que ele liga o chuveiro e ela abre os olhos, ela vê seu quarto e sente o seu perfume, sua cabeça e corpo estão doendo porém estão confortáveis.

Ela olha o redor e tenta ignorar a dor que seu corpo lhe diz. Ela pensa em correr e tentar sair da casa, mas lógico que não conseguiria. Não daquele jeito. O chuveiro se desliga e ela fica preocupada, se deitando como antes novamente. Ela vê de relance sua figura se aproximando e seu coração se acelera, ela não queria ser ferida novamente. Ela fecha os olhos e espera, então o outro lado do colchão se afunda e ela sente Coringa se deitando ao seu lado. Ela sente o rosto dele se aproximando e a mão dele toca seu rosto, afastando os cabelos para trás. Harleen se estremece e fica quieta, ele se aproxima.

— Por que? — Ele sussurra

Ela fica quieta e ele se deita novamente, virando para o outro lado. Harleen respira fundo em silêncio e aperta o travesseiro de dor para não gritar, seu nariz doía de forma bruta. Ela fecha os olhos e tenta dormir, seria a única forma dessa dor passar.

Ela sente o perfume do Coringa ao seu lado e se lembra que ele está dormindo a poucos centímetros dela. Apesar de toda a dor, ela sorri.

(...)

Coringa acorda e coloca a mão na cabeça, estava com uma dor de cabeça infernal. Ele olha para o lado e se lembra que deixou a doutora dormir no seu quarto, ninguém jamais havia estado lá dentro quem dirá dormido em sua cama. Ele levanta a cabeça e observa o rosto sonolento de Harleen, sua boca estava com um corte no lábio, seu olhos esquerdo estava roxo e seu nariz roxo e amarelo em volta. Seu pescoço também estava roxo. Ele passa os dedos nos cabelos dela e sorri se lembrando do quanto bateu nela.

Ele se levanta e vai até seu escritório agora completamente destruído.

Em alguns minutos Harleen abre os olhos e a primeira coisa que sente é o cheiro do quarto, ele só pertencia a uma pessoa, ela sorri e se mexe para o lado, a cama está vazia. Ela tenta se sentar e uma tontura enorme a invade, ela coloca a mão na cabeça dolorida. Seu nariz doía e suas pernas também, havia hematomas roxos em sua extensão que iam até os pés. Ela também sente seu pescoço doer e se lembra da imagem do Coringa o apertando, ela se assusta com a lembrança. Com dificuldade de firmar os pés no chão, ela se levanta e começa a andar. A curiosidade de entrar no seu closet e seu banheiro quase a consome, mas se fosse pega já sabia. 

Ela abre a porta do quarto que a leva até o escritório, ela se perguntou se ele estaria lá mas estava vazio. Ela observa o lugar completamente destruído, tem pedaços de copos e garrafas para todos os lados, há um forte cheiro de álcool e os móveis estão completamente desorganizados. Ela se pergunta se dois leões brigaram aqui.

Ela caminha até as portas para sair e na hora as duas portas se abrem. Coringa aparece ainda com as mãos nas portas e ela recua para trás, ele para ao vê-la e abaixa os braços. Não há nada a ser dito. Ele se vira e dá espaço para ela passar, ela vê seu rosto e vê novamente a imagem dele a empurrando da escada. Ela corre com os olhos cheios de lágrimas para fora, subindo as escadas, ela entra no seu quarto que estava aberto e vazio sem o seu "guarda" e fecha a porta. Ela se arrasta pela porta e começa a chorar sentada, ela vê seus joelhos roxos e se lembra como ele a machucou. Não sabia se tinha sido pior que os eletrochoques, mas com certeza deixou seu corpo pedindo por socorro. 

Depois dos olhos estarem inchados de tanto chorar, ela se lembra dele a carregando e levando para o quarto dele, quarto DELE, em seguida se deitando e dormindo. Ela sorri novamente e seu corpo se lembra da sensação de sua cama, ela esquece da dor física e se lembra dele passando a mão pelas mechas que estava em seu rosto. Ele vai me machucar, ele vai cuidar de mim.

Ela vai até o banheiro e se olha no espelho, seu corpo estava roxo e seu rosto todo machucado. Ela ignora o reflexo e entra em baixo do chuveiro. Depois de um longo banho, ela veste seu short e sua blusa e vai até a porta. Era estranho mas não tinha nenhum dos homens do Coringa na casa hoje, nem mesmo... O guarda?

— Oi? — Ela chama e espera alguém responder, mas não tem retorno

Ela abre a porta com sucesso e olha o corredor vazio. Ela vai pelas escadas e desce, Coringa provavelmente estava fechado em seu escritório. Ela entra na sala de jantar e vê uma cozinha, ela tinha visto antes mas nunca havia entrado, como hoje não tinha ninguém para "lhe servir" ela começou a procurar algo pelos armários. Ela encontrou biscoitos e suco na geladeira de metal, ela se sentou na mesa de jantar com as pernas cruzadas e começou a comer.

Após alguns segundos ela terminou e deixou o copo na pia, lavando-o. Ela volta para a sala silenciosa e se senta, a única coisa a se fazer agora era ir até o Coringa e tentarem conversar, mesmo se termine da mesma maneira da noite anterior. Ela sente que mesmo que ele a machuque, ele se importa com ela. E isso bastou para ela bater em sua porta.

— Entra. — Ele respondeu frio

Harleen abre a porta e olha para ele que estava na cadeira atrás da mesa, havia papéis por toda parte e ele não se incomodou de arrumar nada.

— Sobre o que aconteceu ontem...

— Quer que eu me desculpe? — Ele a interrompe 

Sem olhar para ela, ele pega um copo de whisky e vira a cadeira para outro lado. Felizmente ele tinha um armário inteiro de bebidas que durante seu surto não foi danificado. Harleen se aproxime da mesa.

— Não. Eu só quero saber... Como vai ser daqui para frente. 

— O que você espera? — Coringa diz ainda sem olhar para ela

Esta era uma pergunta que pegou Harleen totalmente de surpresa, ela não tinha resposta sobre isso nem para ela mesma, quem dirá para ele.

— Eu não sei. — Ela responde com sinceridade

Ele vira a cadeira finalmente encarando ela.

— Você não sabe? Depois de tudo que aconteceu? Você é tão louca quanto eu, Harley

— É, talvez eu seja, mas... Não quero ir. — Ela diz pela primeira vez em voz alta

— Então fique — Ele diz se levantando — Há um mundo imenso aqui fora, Harley Quinn. — Ele ergue os braços

Harleen sorri com a possibilidade.

— Harley Quinn? 

Ele sorri, ela se desmancha com o sorriso dele. Eu já sou uma criminosa.

— Eu não tenho nada mais a perder. — Ela diz baixo 

Suas palavras estavam mais sendo seu confessionário, ela nunca tinha dito essas coisas em voz alta.

— Mas tem muito a ganhar. — Ele lhe estende seu copo

Harleen pega e bebe dele. Coringa dá um sorriso.

— Mas pensando melhor... Acho que seria melhor se você fosse embora. — Coringa diz sério

Harleen junta as sobrancelhas.

— Vai ser muito mais fácil para nós dois se você for embora, Harley. — Ele diz passando a mão em seu rosto

Harleen levanta o copo e a mão de Coringa o segura.

— Eu não consigo mais ir embora, Mr. J — Ela diz baixo — O senhor precisa me tirar daqui.

Coringa a encara em silêncio. Ela estava pensando direito, ela estava convicta de que não conseguiria sair e nem fugir. Mesmo que se machucasse, ele estaria ali por ela, e ela estaria bem novamente.

— Você é uma arma, Harley — Ele se aproxima de seu ouvido — E vai ser tudo que você será.

— Eu sei — Ela diz calma — Não me imagino mais em uma vida normal, eu queria tanto, mas não consigo.

Ele lhe estende o copo de whisky novamente, criando uma distância entre eles.

— Você vai ter o dia para pensar, Harley. — Ele diz suavemente

Ela bebe seu conteúdo e se vira para colocar o copo na mesa.

— Eu já pensei. — Ela diz se virando novamente

Sem pensar ela vai em direção ao palhaço, que segue ela com o olhar. Harleen coloca as mãos sobre os ombros dele e o puxa perto, selando seus lábios. Uma corrente elétrica passa pelo corpo de Harleen, Coringa segura suas costas e a puxa para mais perto. O nariz de Harleen a incomoda pela dor mas ela ignora, ela passa as mãos pelo cabelo dele e sua nuca, ele se abaixa para poder aprofundar o beijo.

O nariz de Harleen começa a lhe causar uma grande dor pelo contato mas ela ignora e continua aquele momento que parecia mágico, uma lágrima de dor escorre pelo olho dela. Ela sente todo o seu perfume e não consegue mais se afastar, aquele momento resumia toda a situação, a dor imensa e o desejo misturados em um único ato. Quando o ar acaba os dois se afastam ofegantes, eles mantém as testas coladas e o Coringa é o primeiro a se afastar.

— Se troca, vamos sair hoje a noite.

Ele diz pegando o copo na mesa e o enchendo novamente. 

— Okay. — Harleen diz ainda parada no mesmo lugar

—Por favor, saia. — Coringa diz segurando o copo de costas para ela

Harley ouve suas palavras mas não presta atenção, ela se vira para ir embora e chega até a porta a abrindo e saindo. Ela vai em direção as escadas sem ter noção alguma do que acabou de fazer.

— Por que? Por que eu não consigo me arrepender? — Ela se questiona se sentando no quarto.



 


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ♥



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