Love Story escrita por Fofura


Capítulo 96
Até Que a Morte


Notas iniciais do capítulo

Heeey pandinhas! Tudo bem coisinhas lindas do meu coração?
Atrasei um pouquinho? Atrasei hsuahsa Não é novidade, maaas, levem em conta que esse episódio é épico e eu não podia resumi-lo todo. Ou seja, deu trabalho hsuahsa E ficou enorme! Desculpa!
Também tinha as cenas acrescentadas e inventadas que eu também tive que escrever, então levem isso em conta (Isso serve para os próximos capítulos até o fim da temporada). Não são todos os capítulos que estão adiantados, podem ver isso no cronograma. Os que já estão adiantados muito provavelmente vão sair no dia certo ♥
Enfim, quero dedicar esse capítulo a Dri Viana porque ela voltoooou! Eeeeeh o/. O capítulo é seu, Dri! Obrigada pelos comentários ♥ Responderei todos esse fim de semana :3
Sem mais delongas, boa leitura!



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Duas semanas se passaram. Nesse tempo, a equipe de criminalistas de Las Vegas começou uma caçada em busca de assassinos seriais chamados de Irmãos Fatelli.

Diane Chase, uma advogada muito conhecida – e até odiada – fora assassinada no dia do casamento do filho. Mais de duzentos convidados nessa grande festa, todos viram a “megera” ser arrastada pelo conversível “Recém Casados” dos noivos que não perceberam que ela estava amarrada no para-choque. Os CSI’s ficaram onze horas seguidas no local coletando evidências, depoimentos e amostras de DNA de TODOS os presentes na festa.

Assim que terminaram de coletar tudo, Sara e Greg resolveram ir comer no Frank’s, chamaram Nick pra ir junto também.

— Por que a gente sempre come aqui? - perguntou a morena.

— Fica aberto 24h.

— Tudo em Las Vegas fica aberto 24h.

— É barato!

Nick chegou no mesmo momento.

— Nossa! Que cheiro de bacon! - sorriu. _ Chega pra lá. - ele disse antes de sentar ao lado de Sara. _ Aquilo demorou uma eternidade. A gente ficou lá quantas horas? Nove?

— Onze! - corrigiu Sara.

— Uma advogada morta e duzentas testemunhas? Demora um bocado! - comentou Greg.

— É, venha pro casamento e fique pro funeral. - o texano fez Sara rir. _ Por que a gente sempre come aqui hein? - fez a mesma pergunta que a morena havia feito antes de ele chegar.

— É tradição. - Greg sorriu com a coincidência das perguntas.

— Ah claro, tradição! - ironizou Sara. _ Como deixar de ser propriedade do pai e virar propriedade do marido.

— Não, o casamento não é isso. - disse Nick. _ É uma declaração pública de amor.

Sara sorriu.

Falaram com a garçonete e em seguida viram que o caso já estava no noticiário. Sara até apareceu na TV.

— Passa o creme, por favor? - Nick pediu a Sara que o entregou rapidamente.

Greg olhou pra fora e notou algo.

— Cara... Cadê o seu carro?

— Está estacionado bem...- Nick logo parou de falar quando viu que seu carro havia sumido.

Sara abriu a boca chocada.

— Nick... seu carro foi roubado!

— Ai que droga! - levantou-se rapidamente pegando seu celular, saiu da lanchonete em seguida.

Greg e Sara se olharam, deixaram o dinheiro e seguiram o amigo pra fora. Nick estava contando a Brass o que tinha acontecido então Sara pegou o celular pra ligar para o chefe.

— Griss!

— Oi honey!

— Aconteceu algo muito grave. - ela fez uma careta de “estamos encrencados”.

— O que houve?

— O carro do Nick foi roubado. Todas as evidências do assassinato da advogada estavam no porta-malas.

— O que?? Essa não! Ele não trouxe as evidências pro laboratório? Onde vocês estão?

— É que... bem...

— Sara! - ele a repreendeu pra ela desembuchar logo.

— A gente parou pra comer no Frank’s. Como íamos saber que seria roubado? O que a gente faz agora?

— Esperem aí. Vou avisar o sub xerife no caminho.

— Nick já falou com o Brass.

— Certo, não saiam do lugar.

— Tabom.

Minutos depois estavam os cinco em frente a lanchonete esperando pelo sub xerife Jeffrey McKeen. Viram o mesmo chegar e Grissom foi logo dizendo:

— Eu vou falar, vocês só fazem cara de arrependimento.

Sara já começou a interpretar, Grissom achou fofa.

— Deixa eu ver se eu entendi isso direito...- começou o superior ao chegar perto deles. _ Você deixou um dos seus investigadores levar o carro pessoal à uma cena de crime mesmo tendo um veículo em perfeito estado lá. Depois, esse carro pessoal foi rebocado com cada peça de evidência de uma importante investigação de assassinato. Porque dois de vocês perderam tempo no almoço! - disse ele olhando para Greg e Sara que fizeram o que chefe disse “cara de arrependimento”. _ E o motorista do tal carro...- olhou para Nick. _ Em vez de levar as evidências ao laboratório, priorizou sua necessidade de ovos cozidos. - voltou a olhar para Grissom e Brass. _ E o veículo foi roubado de um estacionamento cheio de carros da polícia. Esqueci alguma coisa?

— Uma coisa. - respondeu o supervisor. _ Mesmo que recuperemos o carro, a cadeia de custódia foi quebrada, portanto, todas evidências foram comprometidas. Nenhum juiz permitirá nenhuma delas no tribunal. Também, liberamos a cena do crime, por isso ela também está comprometida nos deixando sem nada com que começar.

— Obrigado por esclarecer a situação. - nervoso, o sub xerife deu as costas e foi para seu carro.

— Poderia ter sido pior. - observou o capitão com otimismo.

Jeffrey saiu puto do estacionamento, cantando pneu, passando por cima e derrubando todos os cones que lá havia.

— Nick, conte ao Brass exatamente e o que aconteceu. - disse o chefe. _ Greg? Sara? Vocês vem comigo.

Os mais novos seguiram o supervisor e Nick suspirou. Minutos depois estavam os três reunidos na sala de descanso esperando por Grissom.

— A corregedoria está vindo pegar nossos depoimentos. - disse ele ao chegar. _ Querem saber o que foi perdido então não vamos deixar a situação pior do que já está. Escrevam tudo, evidências coletadas, entrevistas feitas, etc., cada detalhe. - eles assentiam enquanto ele falava. _ Ninguém sai daqui até que eles saibam tudo o que aconteceu.

Assim que Grissom terminou de falar, o celular de Greg começou a tocar uma musiquinha. O jovem caçou o celular nos bolsos em desespero com Nick, Sara e Grissom olhando pra ele. Assim que o pegou, desligou e voltou a olhar para Grissom. Nick e Sara fizeram o mesmo. O supervisor franziu o cenho para Greg e foi embora.

Não levou nem dez segundos e Sara começou a rir.

— O que foi? - perguntou o texano.

— O desespero do Greg pra desligar o celular. - respondeu ainda rindo.

Os dois homens não aguentaram e riram também.

Grissom conversou com Catherine, foi até a autópsia e enquanto isso, os três amigos estavam sentados lado a lado escrevendo seus relatórios.

— Era uma cena grande, eu joguei toneladas de coisas no porta-malas do seu carro. - Greg dizia. _ Achei que arrumava tudo depois. Digitais, amostras, minha câmera...

— Olha... Talvez se nós falássemos a coisa melhore. - falou a morena. Os três conversavam enquanto escreviam. _ Eu comecei com o conversível “Recém Casados”.

— Que felizmente não foi roubado. Onde ele está?

— Devido ao possível envolvimento dos Fatelli, o sub xerife ordenou que ele fosse examinado no local antes que o transportassem pra cá. Pode levar horas.

— Conseguiu alguma coisa dele? - perguntou Greg.

— Digitais. Eu lembro do David dizer “Quem imaginaria que ela usaria branco no dia mais importante da noiva”. E lá estávamos nós no Cupido’s Kiss, uma terra do nunca nupcial onde a euforia está perigosamente alta e as flores eram... obviamente falsas. - sorriu. Ela viu ao passar pelo “túnel” de flores e mato que tinha lá no meio. _ Pode o amor ser real se as flores não são? Vi duas convidadas se cumprimentando falsamente e vi você falando com as duas damas de honra.

— Você realmente tem algo contra casamentos, não tem?

— Espera aí, eu não falei com elas. Foi só uma impressão minha.

— Hm.

— Cheguei perto de uma galera e um cara veio cambaleando até mim.

— Ele estava bêbado? - Greg riu.

— Estava.

“_ Oi, eu sou Sara Sidle da criminalística.

— Bryce Gundy, convidado do noivo. - ele se apresentou meio grogue e alegrinho.

— Decoraram o carro do casamento com aquelas latas de cerveja?

— Claro. - sorriu.

— Beberam toda a cerveja primeiro.

— É.- ele riu.

— Incrível. - ela ironizou sorrindo. _ Também amarraram a mãe do noivo no para-choque?

— Não.

— Bom papo. É... Eu vou precisar das suas digitais pra poder comparar com as digitais que eu tirei do carro.

— Legal! - ele sorriu.

— Você sabe que uma pessoa morreu né?!!

— Ninguém vai sentir falta dela. A não ser o filho dela e o provedor de celular.

— O que quer dizer?

— Ela era grudada no Adam. Ligava pra ele quinze vezes por dia.

— Ah. Poderia colocar seu indicador aqui? - Sara foi pega de surpresa quando ele se jogou em cima dela dizendo que estava apaixonado por ela. _ Calma, calma. Ah, eu agradeço, sai pra lá. Toma um refrigerante. - o cara desequilibrou quando se afastou e caiu de cara, nem levantou, ficou lá mesmo. Foi cercado de pessoas tirando foto dele e o irmão da noiva se aproximou de Sara.

— Desculpe por isso. Por que elas gostam desses idiotas? - ele quis dizer as mulheres da festa.

Sara riu e se apresentou.

— Sara... Sidle, perita.

— Eu sou o Mikey, padrinho, irmão da noiva. Isso tudo é uma loucura, você não acha? Se chove no dia do seu casamento dizem que é boa sorte. E quando aparece um cadáver?

— O que você acha? - ela sorriu.

— Ah, minha irmã está bem melhor assim.- disse ele. _ Já pensou em se casar? - Sara foi pega de surpresa mais uma vez e não respondeu, fazendo uma cara engraçada de indecisão. _ Sério, Bryce podia fazer de você uma mulher honesta. - olharam pro cara desmaiado. _ Olha aquilo, sua rejeição partiu o coração dele.- ambos riram.”

— Escrevo flerte no registro do caso? - perguntou Nick.

— Eu só tirei digitais. Ele flertou.

— Ahh!

Sara sorriu.

— Seu namorado não vai gostar nada disso.

O sorriso de Sara sumiu.

— Quem disse que eu tenho namorado?

— Qual é, Sara! É óbvio! - Sara gelou, mas relaxou depois da próxima frase de Greg. _ Só não sabemos quem é.

Sara pigarreou.

— Bem, vamos continuar…

— Acho que ela não quer que a gente saiba, Nick.

— Também acho, Greg.

Sara revirou os olhos.

...

Estavam no mais puro tédio naquela sala, escrevendo e comendo, escrevendo e comendo... Nick colocou as mãos nos bolsos do casaco e encontrou um guardanapo do casamento com um nome e um telefone. Greg e Sara olharam pra ele.

— Pegou um telefone?

— Não! - ele logo tratou de negar a pergunta do amigo. — Não, não. Ela deve ter colocado no meu bolso.

Sara fez o biquinho fofíssimo dela apoiando o queixo na mão e o cotovelo na mesa.

— E como ela fez isso sem você ver?

— Eu juro que não pedi, Sara. Olha...- ele se recordou. _ Deve ter sido quando emprestei meu casaco pra ela.

— Hmm... Que cavalheiro! - Greg zoou.

— Cala a boca, Greg! Eu lembro que quando eu cheguei o David disse “Quem imaginaria que ela usaria branco no dia mais importante da noiva”. Passei pelo “túnel” de flores, peguei uma delas e dei uma cheirada, e fui até as duas damas de honra. Uma delas, Mindy, estava com frio e eu emprestei o casaco pra ela enquanto nós três conversávamos. Elas disseram que a Diane estava meio alta e cambaleando na hora do brinde.

Em seguida, Catherine chegou na sala perguntando se alguém estava interessado no DVD da cerimônia.

— Consegui com o dono do Cupido’s Kiss. - informou ela colocando o DVD e indo pro lado de Sara para se sentar. _ Ok. Por onde querem começar?

— Pelo brinde! - os três responderam.

Catherine deu uns cliques com o controle remoto e eles prestaram atenção na TV.

“_ Pessoal! Pessoal! - a advogada chamou a atenção de todos para o brinde. _ Quero agradecer por terem vindo. É como a bíblia diz “o amor é tão forte quanto a morte”, e sendo a mãe do noivo, o casamento é doce e amargo. Você está perdendo tanto quanto está ganhando. - nesse momento Diane já sentia os efeitos da “bebida” e começou a ter dificuldades em prosseguir. _ Em alguns casos você... está... p-perdendo... ah, muito mais...- deixou o papel do discurso cair e apoiou as mãos na mesa. Os convidados estranharam. Ela se recompôs. _ Dane-se o papel! Eu não preciso. - a galera gostou e sorriu. Diane tocou o rosto do filho. _ Meu Adam... Estudou em Oxford, fez administração em Harvard... E de todas as maravilhosas e lindas mulheres que ele conheceu... ele ficou com a Jill. Jill, nenhum atrativo.

A noiva olhou para a sogra indignada pelo que ouviu.”

O quarteto assistia do mesmo jeito. Sara estava de boca aberta assim como Catherine. Nenhum deles estava acreditando que a megera tinha falado aquilo da nora e continuaram com a mesma expressão enquanto assistiam o resto.

“_ Não há nada de errado com ela. Mas o que está certo nela? Até o nome dela é tedioso! - riu.

Jill estava morrendo de vergonha e de raiva, e tentava dizer para Adam fazê-la parar.

— Adam...- ela segurou o rosto do filho com as duas mãos. _ Tudo bem ter uma amante, mas você não precisa se casar com ela, meu filho!

Adam se levantou tentando conter sua mãe.

— Chega mãe...

— Você quer mesmo desperdiçar os seus genes com isso??

Jill abriu a boca chocada e tapou o rosto com as mãos.”

Catherine deu pausa e disse:

— Homicídio justificável?

Sara sorriu pressionando os lábios e desviou o olhar. Imagina se um dia ela se casar com Grissom e a mãe dele não gostar dela a ponto de dizer essas coisas pro filho! Tá repreendido!!

Chamaram Grissom e mostraram o vídeo pra ele, pois ele que tinha falado com a noiva.

— Isso parece um motivo. - disse Sara. _ Acha que foi ela?

— E quando ela teria tempo pra isso? Quando cheguei lá, passei pelo David que disse “Quem imaginaria que ela usaria branco no dia mais importante da noiva”.

— Ele disse isso pra todo mundo? - perguntou Greg. Gil ignorou.

— Passei pelo “túnel”, admirei uma joaninha e fui até Jill Shoemaker. Ela me disse que nos últimos seis meses, Diane transformou a vida dela num inferno. Disse que falou pra todos que ela teria uma morte terrível.

— Eu também diria isso se fosse tratada dessa forma pela minha sogra.

Grissom sentiu a preocupação de Sara nessa frase. Mas ela não precisava se preocupar com isso. Sua mãe iria adorá-la.

— Por mais que Jill tivesse mil e um motivos pra matar a sogra, ela não teve tempo pra isso. De acordo com os horários, ela não teve tempo nem de ir ao banheiro.

— Nossa!

...

Na autópsia, Doutor Robbins disse a Greg que Diane não foi vítima dos Fatelli pelo jeito como ela morreu. Então eles não tiveram nada a ver. Foi alguém da festa.

Já Catherine estava com Archie no áudio e vídeo assistindo o casamento, quando viu um intruso olhando tudo pela janela, parecia um suspeito. Chamou Nick e perguntou se ele já tinha visto. Nick disse que sim, que o sujeito era o pai do noivo. O homem foi levado para desintoxicação, o sangue foi transportado para Henry que chamou Nick e Sara para falar dos resultados.

— O nível de álcool no sangue era 0.21 e aquilo foi às quatro da tarde. Verificaram na delegacia uma hora depois e estava em 0.22. Ele estava na fase de eliminação. Isso significa que quando a vítima foi amarrada ao carro, o nível de álcool no sangue era alto. O Sr. Chase estava bêbado, não conseguiria amarrar o sapato.

— Presumindo que quem levou seu carro é o assassino e que o Sr. Chase estava tão bêbado, não podia ter sido ele.

— É. Um suspeito a menos.

— Falando nisso...- continuou o técnico. _ A Sra. Chase gostava de diazepam. Os níveis no sangue estavam entre terapêutico e tóxico.

— Isso é bem estranho. - disse Nick. _ O ex marido disse ao Brass que ela era totalmente contra medicamentos e drogas.

— Como técnico em toxicologia eu diria que aqueles que mais se expõe ao vício de drogas, são os que mais as usam. Como ela está morta, eu consegui a ficha médica dela. Não há receita para diazepam.

— Então ela ficou alta com o remédio de outra pessoa. - disse Sara.

— Bom, isso explica o que a Mindy falou sobre o comportamento dela... e o brinde.

— Não explica como ela acabou amarrada no para-choque.

— Acho que sei o que aconteceu. - disse Greg ao entrar na sala. _ Certo. David disse “Quem imaginaria que ela usaria branco no dia mais importante da noiva” quando eu cheguei, não é novidade. Agora vamos ao meu relato. Uma senhora morreu, mas chega de falar sobre ela. O ar estava quente, pesado de maldades, me deixando louco por um grande copo d’água. - Greg dizia numa voz meio sensual, Nick e Sara seguravam a risada. _ Foi então que eu a vi. Uma flor.- uma mulher, no caso. _ Mas não do tipo que você colocaria na lapela. Ela tinha um caule longo.

— Muito bem, Raymond Chandler, sacamos! - disse Sara o “comparando” com o romancista dos anos 90.

— Cheguei perto de duas damas de honra que estavam sentadas no murinho de concerto. Aqueles não eram apenas sutiãs milagrosos, eles estavam sustentando quatro maravilhas do mundo.

Sara não aguentou e deixou o riso escapar fazendo aquele barulhinho com a garganta.

Nick e Henry riram também. Greg ignorou.

— Elas estavam contentes por Diane ter morrido. E elas mesmas coletaram a amostra de saliva de um jeito bem sensual pra me provocar.

— E como isso ajuda a explicar como Diane Chase morreu?

— Estou chegando lá.

Greg contou que uma das damas de honra havia visto Diane pela última vez na suíte de hospedes quando foi arrumar o cabelo. Então Greg foi até lá e achou uma estátua de cupido apontando uma flecha, e na ponta da flecha havia sangue assim como no tapete havia dois pingos.

— Será que por ela estar alta demais, ela teria escorregado e BAAM! Batido ali com tudo? A flecha tinha quatro lados. O ferimento teria forma de diamante. - entregou uma foto do ferimento para Sara. _ Eles batem.

— Se o ferimento inicial foi acidental... por que ela foi amarrada na traseira de um carro?

— Ainda não sei.

— Isso limita a lista de suspeitos a quem tinha acesso àquela suíte. Cadê a estátua?

— No seu carro. - disse Greg.

— Ah!

Enquanto isso, na sala de Grissom...

— Eu sei que cada prova relativa a este caso é preciosa dada as circunstancias...- disse Hodges ao entrar. _ Portanto, só queria que soubesse que eu transferi o material das unhas da mamãe Chase para o topo da minha longa lista.

Grissom ignorou, era só mais puxa saquisse.

— Substância composta. Você não vai acreditar nisso...- Grissom o interrompeu.

— Claras de ovos, açúcar, manteiga, leite e colorante.

— Como você sabe?

— Cobertura de bolo feita de manteiga. Ela teve um incidente com o bolo de casamento.

Hodges suspirou e pareceu pensar, não foi embora, ficou parado ali.

— Terminou? - perguntou Grissom.

— Sabe... Você e eu não somos do tipo que se casa. Nossa natureza complexa nunca poderia ser compreendida por apenas uma mulher.

“Ah, faça-me o favor!”

— Poderia fechar a porta, por favor? - Grissom pediu.

Hodges sorriu achando que finalmente eles teriam uma conversa de “amigos”. Foi até a porta e a fechou. Olhou para ele em seguida.

— Com você do outro lado. - disse com um sorriso discreto.

O sorriso de Hodges sumiu e o mesmo saiu devagar da sala, constrangido.

Minutos se passaram e Catherine foi chamar Sara que estava dormindo no banco do locker. Sara acordou achando que era a corregedoria que havia chegado, mas não. O conversível já estava na garagem para ser analisado.

Sara foi correndo pra lá. Ela e Greg acharam uma sacola de snowboard com toalhas ensanguentadas.

No áudio e vídeo, Catherine descobriu que o irmão da noiva era mecânico e dirigia um guincho. Pediu para Brass checar, pois podia ter sido ele que roubou o carro de Nick.

Sara mandou uma mensagem para Nick pra ele ir até a garagem, quando Nick chegou ela estava vendo o interior das outras bolsas que estavam no conversível, e Sara segurava uma peça intima branca como se estivesse vendo como ficava nela.

— Me chamou?

— Preciso da sua mão. - ela virou ainda com a peça posicionada em seu peito.

— Achei que nunca pediria. - ele disse a olhando de cima a baixo pra zoar.

Sara sorriu.

— Preciso que tire as digitais do para-choque de novo porque as fitas foram roubadas.

— Qualquer coisa pra me deixar acordado.

Já estavam esperando a corregedoria há quatorze horas e estavam esgotados.

Acharam diazepam da noiva e suspeitaram que ela tinha “envenenado” a sogra na hora do brinde, mas acabou que não tinha sido ela. E sim as quatro damas de honra. Wendy encontrou duas contribuições epiteliais femininas que bateram com duas das moças, Mindy e Cindy.

O carro de Nick foi achado e voltou reformado. Todo grafitado com figuras que representavam Vegas e tinha até uma mulher seminua também. Engraçado foi ver a cara dele ao ver o carro, e engraçado também foi quando Greg foi analisar a estátua.

— Onde encontrou isso? - perguntou Sara ao entrar na sala da mesa de luz.

— Foi encontrada numa lata de lixo atrás da oficina de Mikey Shoemaker.

— Ele teve todo aquele trabalho pra roubar o carro e depois deixá-lo ali?

— Eles não acharam qualquer evidência biológica e ele provavelmente colocou as câmeras no prego, mas pelo menos a flecha do amor está comigo de novo. - sorriu.

— Você sabe que isso vai ser usado no tribunal, não sabe?

— Oh mulher do contra, eu sei disso e você sabe disso. - Sara sorriu. _ Mas os suspeitos podem não saber. Nós só temos que convencê-los de que sabemos o que aconteceu?

— Sabemos? - a forma como ela perguntou foi muito engraçada.

— Estamos perto.

Greg pediu para ela colocar o filtro UV na câmera e Sara conseguiu ver manchas na roupa da mamãe Chase. Ela havia sido empurrada e alguém tinha alguma coisa nas mãos. A análise foi feita e o resultado foi gel de cabelo. Uma das damas de honra, Lacey, não tinha ido arrumar o cabelo? Pois então. Mas quem drogou o velha? A última dama de honra que sobrou, que por acaso era esposa de um médico, Valerie.

Reunidos na sala de descanso, os três amigos esperavam pelo chefe que chegou rapidamente.

— Vocês me chamaram?

— Achamos que cada uma das damas é responsável pela morte. Não individualmente, mas em colaboração. - informou Greg. _ Cada uma teve o seu papel.

Grissom se sentou.

— Vocês sabiam que o papel original da dama de honra era agir como um escudo humano contra os inimigos da noiva?

Sara continuou.

— As mulheres se vestiam com roupas parecidas as da noiva pra tentar confundir espíritos do mal que pudessem querer atacá-la no dia do casamento.

Grissom assentiu.

— Olha só, pra alguém que é anti-casamentos você até que sabe muito a respeito.

— Eu não sou anti-casamentos, só anti-estupidez. Sabe, pessoas que fazem coisas por tradição sem nem saber porquê. - ela pareceu sem jeito ao falar. Acho que porque Grissom estava ali hehe.

— De qualquer forma, vamos começar pelo começo, tabom? - Grissom deu uma olhada rápida pra ela com o cenho franzido e prestou atenção em Greg que rodava o vídeo conforme contava.

— Valerie gentilmente pega um drink para a mãe (do noivo). E então durante o brinde, Diane começa a sentir os efeitos. Quando Mikey faz o brinde ela se dá conta da situação. Ameaçou tirar a licença médica do marido dela e culpá-la por tentativa de assassinato. A Lacey ouve a paranoia desconexa de Diane, ainda que correta, e acaba indo atrás dela, a empurrou, Diane caiu com a cabeça na flecha. Lacey a deixou muito ferida, mas não morta.

— Aí a Lacey conta pra Mindy e pra Cindy. - continuou Nick. _ Elas tramam um plano, tentar parecer que foram os Fatelli. Elas a amarram ao carro, colocam a sacola no porta-malas e voltam pra festa.

Sara então pega o controle e continua.

— E todos continuam celebrando o casamento até que...- o vídeo passa e os convidados estão desesperados dizendo aos noivos pararem o carro, pois Diane estava sendo arrastada.

— Meus parabéns, crianças! Resolveram o caso!

— E sem sair do laboratório! - disse Sara dando high five nos amigos.

Grissom sorriu.

— Hey Sara! - a ruiva chegou na sala e parou ao lado da morena. _ Parece que ganhou um admirador. - sorriu.

— Como assim?

— Não me diga que Mikey Shoemaker disse alguma coisa da Sara pra você. - falou Greg.

— Ah, quando eu fui interrogá-lo e o mesmo viu que era eu quem ia falar com ele, ele perguntou “Cadê a gracinha da Sara?”.

Nick e Greg riram. Sara tapou o rosto com as duas mãos.

— O que disse pra ele?

— “Oh Romeu, você não tem tempo pra romance”.

Os três riram alto.

— Reza pro seu namorado não descobrir, maninha.

— Para Nick! - ela riu.

O namorado estava bem ali. Grissom estava desconfortável com a situação e Sara notou.

— Bom, vocês ainda tem que esperar a corregedoria, não é? Gil? Warrick e eu podemos ir?

— Claro Cath. Até amanhã.

— Até. Tchau galera.

— Tchau Cath! - responderam.

Ficaram longos minutos mais esperando pelos atrasadinhos, Greg andava pra lá e pra cá na sala, Nick esperava deitado no sofá, Grissom fazia palavras cruzadas e Sara pensava na morte da bezerra.

Greg viu Jeffrey se aproximar com mais alguns caras e chamou a atenção de Grissom que se virou pra entrada assim como Sara, já que ambos estavam nas cadeiras que ficavam de costas.

— A corregedoria está aqui. - disse o sub xerife.

— Ótimo. Enquanto nós esperávamos, recuperamos o carro e resolvemos o caso. - sorriu.

— Essa não é uma situação sem danos não condenados. Uma ação disciplinar ainda pode ser tomada.

— Muito bem. - ele assentiu.

— Quem será o primeiro?

Grissom olhou para os três e respondeu.

— Acho que isso não importa. Com certeza nossas histórias são iguais.

Nick foi primeiro, depois Greg, Sara e por último Grissom. Ficaram falando com a corregedoria ao todo umas duas horas, meia hora cada um. Em seguida correram do laboratório pra casa.

Gil e Sara, ao chegarem na casa dela, tomaram um banho rápido e relaxante e foram direto pra cama.

— Deve estar o triplo de cansada. - ele comentou ao deitar-se na cama de lado, apoiando o cotovelo no colchão.

— Mais. - disse ela suspirando e se jogando na cama. Estava só o caco, não se aguentava em pé. _ Não quero passar por isso nunca mais na vida. Mais de quinze horas sem poder sair daquele laboratório esperando o pessoal da corregedoria que nos tratou como se fossemos culpados.

— Eles são assim mesmo. - disse ele acariciando seu braço. _ Quer dizer que o irmão da noiva te paquerou na “festa”?

Sara sorriu.

— Desculpe por ter ouvido aquilo. - ela se referiu aos amigos na sala de descanso. _ Mikey flertou comigo e o amigo bêbado dele se atirou em cima de mim dizendo estar apaixonado.

Grissom levantou as sobrancelhas surpresos.

— Vou colar um papel na sua testa escrito “comprometida”.

Sara riu.

— Ciumento!

— Não sou ciumento, Sara.

— É sim. - ela se inclinou para beijar-lhe os lábios e ao separá-los... _ Estava com saudade de te beijar, sabia?

— É mesmo? - ele lhe deu umas bitocas seguidas enquanto ela murmurava “Uhum” em resposta. _ Também estava. - lhe deu mais um beijo profundo e beijou sua testa quando abandonou sua boca. _ Não vai acreditar...

— O que?

— Hodges foi até minha sala puxar saco, como de costume...- Sara riu. _ E disse que ele e eu não somos do tipo que se casa. - Sara levantou as sobrancelhas. _ Ele disse que nossa natureza complexa nunca poderia ser compreendida por apenas uma mulher.

— E o que você disse?

— Mandei ele fechar a porta. Aí ele foi todo sorridente achando que íamos conversar, sabe? - Sara balançou a cabeça sorrindo e esperando ele terminar. _ Aí quando ele fechou a porta e me olhou, eu disse “Com você do outro lado”.

Sara soltou uma gargalhada super gostosa. Ele amou. Amava ouvir sua risada.

— Mentira! - disse ainda rindo.

— Juro por Deus. Você tinha que ver a cara dele, Sara. Eu me segurei pra não gargalhar que nem você agora.

Sara tentou parar de rir e conseguiu aos poucos.

— Tadinho.

Grissom riu e a puxou para colarem seus corpos.

— Vem. Vem dormir. - beijou o topo de sua cabeça.


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Notas finais do capítulo

Eu aaaaamo esse episódio *---* Divertido demais!
Consegui descrevê-lo bem? Qual a parte preferida de vocês? Digam aí ♥
Irei dedicar os próximos três capítulos pra mais três pandinhas sumidas haha. Quem são!? ♥
Lembrando que o formulário está pronto pra receber respostas até a fic acabar, então fiquem a vontade. Tem spoiler nele caso queiram dar uma espiada hauhsa
Links no meu perfil.
Espero por vocês ♥ Abraço de urso :3



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