Love Story escrita por Fofura


Capítulo 88
“— Eu? Com ciúmes? Claro que não, Gil!”


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhaaaas! Feliz 2018!!! Muitas bênçãos, conquistas, paz, saúde, amor... e que esse ano seja maravilhoso pra todo mundo!! ♥
Como foi o Natal e Ano Novo de vocês? Se divertiram? Sentiram falta de LS? Hsuahsa
Eu esqueci de perguntar quem acertou no formulário a pergunta número 11 “No episódio 6x03 (Morda-me) há um certo atrito entre Gil e Sara, eles parecem ter brigado. Qual será o motivo?” A maioria colocou ciúmes e foi mudança. Duas pessoas colocaram mudança, quem foi levanta a mão õ/ hehe Deixo nas notas finais a próxima pergunta pra recordar.
Bom, Gil e Sara estão de volta e trazem pra vocês os acontecimentos de Bala Perdida, Coma o Quanto Puder e Vida Imaginária.
Desculpem pelo tamanho do capítulo, espero que não fique cansativo e espero que gostem ^^



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Duas semanas se passaram, semanas essas tranquilas, porém com um acontecimento trágico no fim delas. Brass e Sofia se envolveram num tiroteio e um deles, acidentalmente, atirou no policial Bell – que acabou falecendo, pois o tiro foi bem no pescoço – no meio desse tiroteio. A equipe, assim como o departamento de polícia, também teve que lidar com a furiosa comunidade latina da cidade quando um jovem garoto foi encontrado baleado e em estado crítico ao longo do caminho de um suspeito fugitivo do tiroteio.

Brass e Sofia estavam sob pressão e agoniados por não saberem ao certo qual dos dois atirou no Bell, Sofia foi a que mais ficou mal, tanto por culpa quanto por medo de perder o distintivo.

Grissom soube, à caminho de sua sala, que o jovem que foi baleado pelo fugitivo só foi ferido porque o criminoso queria sua bicicleta. Ele podia simplesmente roubar a bicicleta do garoto e se mandado, mas não, atirou nele pra isso.

Grissom então entrou em sua sala e Sofia estava lá...

— Oi. - obviamente ele se assustou. _ Eu deixei mensagens pra você!

— Ah! Ainda não verifiquei minhas mensagens, desculpe. - ela fez uma expressão de tipo “ah, não tem problema”. _ Mas você está de licença administrativa, devia estar em casa descansando.

— É eu tentei, mas eu ... não consigo parar de pensar na bala... que atingiu o Bell.

— É compreensível.

Tadinha. Ela estava péssima achando que tinha sido ela, mas eles ainda não tinham de fato descoberto o que aconteceu.

— Grissom, existe a possibilidade de eu ter ... talvez... atirado no Bel.

— Sofia...

Droga, ele não podia discutir isso com ela, e ela sabia disso.

— Não, eu ...- ela tentou explicar.

— Não podemos discutir sobre a investigação...

— É só uma coisa que eu lembrei quando estava dando meu depoimento...

— Então deve estrar registrado.

—Não, é uma coisa que eu não mencionei...

— Sofia...- ela o interrompeu desesperada.

— Por favor, me escuta!

Grissom não teve alternativa a não ser escutar. A coitada estava desesperada, precisava de alguém pra conversar mesmo que essa conversa não fosse apropriada nem permitida no momento.

— O Bel estava entre eu e o suspeito e ... eu estava atirando por trás dele, o que é uma violação do regulamento... Eu estava... só tentando permanecer viva, mas aí se...- ela foi interrompida por Sara que entrou na sala olhando pra pasta em suas mãos.

— Grissom, eu tenho uma pergunta...

Ela então tirou os olhos dos papéis e olhou para a loira.

— Sofia? - ela olhou para Grissom ao perguntar e depois para ela de novo. _ Você está de licença!

— Eu sei.

— Não devia estar aqui no prédio. - acrescentou “no prédio” pra não enfatizar o “aqui”, que era realmente onde não deveria estar.

— Eu só estava conversando com um amigo, se eu não puder conversar com um amigo, com quem eu vou conversar? - ela se alterou um pouco.

— Com qualquer amigo fora do departamento.

— E quantos amigos você tem fora do trabalho, Sara?!

“Mas que audácia! Quem ela pensa que é??” - pensou Sara.

Grissom observava a discussão sem dizer uma só palavra.

— Talvez eu deva conversar com a minha mãe. Ah não! Desculpa, esqueci, ela é tira também. - disse em tom de ironia.

— Eu posso te indicar um psicólogo do departamento. - Sara respondeu plena e civilizada, na maior calma do mundo. Não queria ser suspensa de novo.

Sofia suspirou.

— Está certo... - ela olhou para Grissom esperando que ele dissesse alguma coisa, mas ele não disse nada. _ Tudo bem. - olhou para o chão e voltou sua atenção para Grissom. _ Essa não foi uma boa ideia, desculpe. - ela passou por Sara na porta e saiu.

Olhares fuzilantes de Sara para Grissom que desde que Sofia havia começado a falar estava calado. Sara não gostou nada de Sofia ali e muito menos do jeito que a loira falou com ela por ter interrompido a conversa.

— O que você... queria perguntar? - ele finalmente disse algo.

— Esquece. - Sara ia se virar pra ir embora, mas Grissom tentou impedi-la.

— Sara espera. Não foi nada, ela só queria conversar.

— Por que é sempre com você? Por que ela não conversa com outra pessoa? Está na cara, Grissom! Ela gosta de você! - Sara não alterou o tom de voz pro pessoal de lá não escutar e pensar que era uma discussão de casal, o que de fato era, mas ninguém precisava saber.

Grissom abriu a boca pra tentar dizer algo, mas nada saiu. Ele não sabia o que dizer.

— Eu vou voltar pra cena. - Sara nem deu oportunidade de Grissom falar alguma coisa, disse e saiu de lá.

Grissom suspirou.

...

— Pronto, eu terminei. - disse Greg assim que Grissom entrou na sala de evidências onde ele estava com as fotos via satélite.

— E?

Greg lhe deu as informações e assim que terminou, Hodges entrou na sala.

— Ah, oi Greg! - disse o técnico. _ Estava de férias?

Greg ignorou.

Hodges se direcionou a Grissom com a seguinte fala:

— Olha, eu sei que o sub xerife está pressionando você, por isso achei melhor falar com você logo.

“Eita puxasaquisse!”

— Muito bem, você me achou! - disse Gil.

— Eu encontrei fragmentos de argila vermelha e poeira na 45 de Ricardo Steves. - entregou os resultados a ele. _ Ele era o sujeito na viela leste com Brass.

— Fragmentos de argila vermelha? - ele estranhou.

— O material bate com o de telhas e potes de cerâmica.

— Quem deixa a arma num pote de cerâmica? - perguntou Greg achando incomum.

— Na verdade, ninguém. Os vestígios são recentes, certamente vieram da viela. - terminou de informar. _ Em uma crise... conte comigo. - sorriu para Grissom e saiu da sala.

Greg olhou para Grissom e perguntou:

— Ele não te irrita?

Grissom deu de ombros.

— Não mais do que os outros por aqui.

Dito isso, ele saiu da sala e foi direto pra cena encontrar Sara. Levou uma escada e sua maleta com ele. Sua namorada estava sentada no porta-malas de sua SUV escrevendo alguma coisa.

— Sara? - a morena o olhou. _ Pode vir comigo pra viela leste, por favor?

— Achei que minha prioridade, segundo o sub chefe, fosse encontrar a bala que a tingiu o Bell.

— É, mas agora é comigo. - disse ele.

Sara ergueu uma de suas sobrancelhas.

— Vamos? Vai ser divertido. - ele sorriu.

Sara deu de ombros.

— Tabom. - levantou-se, colocou os papéis onde estava sentada e o seguiu.

Chegando na viela leste, Grissom pediu para Sara segurar a escada enquanto ele subia na mesma pra olhar a telha de argila vermelha.

Sara segurou, deu aquela bizoiada no traseiro do namorado porque ela não é de ferro, e esperou que ele explicasse porquê foram ali.

— Sara? - ele a chamou lá em cima olhando a telha.

— Oi.

— Liga pro Hodges no laboratório e peça pra ele trazer duas 45 pra cá, por favor. Vou pedir que o Ortega traga o Brass e o sargento Carroll.

— Vai me dizer oque que está acontecendo? - ela perguntou com um quase sorriso.

— Tudo o que sobe, uma hora tem que descer.

Sara sorriu. Ele e suas filosofadas no meio do diálogo!

— Então desce daí, espertinho. Você pode cair.

— Ainda está brava comigo?

Sara ignorou a pergunta.

— Ou você desce ou eu te derrubo daí.

Grissom sorriu e desceu.

— Pronto moça.

Sara sorriu de lado com os olhos semicerrados e pegou o celular pra fazer a ligação. Enquanto isso, Gil a olhava com um sorriso bobo. Sua morena era linda demais! Brava então...!

Pegou o celular e também fez a sua chamada para Ortega.

— Pronto, estão vindo. - Grissom disse ao finalizar a ligação.

— Agora vamos esperar.

Haviam alguns tijolos de pedras na viela e cada um pegou um pra se sentar.

— Posso te perguntar uma coisa?

— Fala. - ela consentiu e o olhou.

— Por que acha que a Sofia gosta de mim?

Sara suspirou.

— Eu vejo o jeito que ela olha pra você. Ela tem interesse.

— Acha que ela é interesseira?

— Não. Ela tem interesse em você, eu quis dizer.

— Ah...- ele desviou o olhar dela e olhou pra rua, a mesma coisa que Sara fazia. _ Acha mesmo?

— Por que? Está interessado? - ela o olhou ao perguntar.

— Claro que não, Sara. Eu só queria entender o porquê de ter ficado tão brava.

Sara olhou pra frente pra evitar o contato com os olhos dele.

— A não ser que...- ele a olhou. _ Você esteja com ciúmes. - sorriu discretamente.

— Eu? Com ciúmes? Claro que não, Gil!

Mentiroosa!!!

— Sendo assim, não tem problema se eu a convidar pra jantar de novo, não é?

— Não se atreva!

Grissom sorriu e Sara ficou emburrada até os oficiais chegarem.

— Então... Onde estava o Steves quando vocês o viram?

— Bem ali olhando nessa direção. - respondeu Brass para exatamente onde Grissom estava. _ E ele empunhava uma arma.

— E eu atirei no suspeito armado que estava atirando na polícia. - disse Carroll.

— Acredito em você, mas as testemunhas também podem estar certas.

— Ouça...- disse Brass. _ Não faça disso um exercício intelectual para o seu próprio divertimento, está bem?

— Veja só isso...- respondeu Gil. _ Hodges, fique aqui. - o mandou ficar do lado dele que respondeu com um “sim senhor”. _ Bem aqui. Está vendo o telhado?

Hodges olhou para cima.

— É argila vermelha.

Grissom assentiu.

— Jogue uma das armas lá pra cima.

— Ah, na verdade são as armas de Bobby Dawson. Ele me fez assinar por elas e eu tenho certeza que ele não gostaria que as arranhássemos.

— Tecnicamente, elas são minhas armas, portanto jogue uma delas.

Hodges abriu a bolsinha, mas foi logo dizendo antes de tirar a arma...

— Apenas pra ficar registrado, nunca me sai muito bem em esportes.

Grissom suspirou.

— Sara...- ele a chamou como se dissesse “honey, vem você antes que eu soque ele”.

— Ok. - ele nem precisou dizer mais nada, assim que ele disse seu nome ela ocupou o lugar de Hodges ficando ao lado do namorado. Assim, jogou a arma na telha, que permaneceu lá.

(Só agora que eu percebi que eles estão com a mesma cor de roupa huahsa ok, vamos continuar)

— Tá, e como isso prova que o sujeito jogou a arma lá? - perguntou Ortega. _ Você a recolheu no chão.

— Há uma telha rachada no telhado. Eu encontrei uma série de ranhuras, desde a rachadura até o final do telhado. - Grissom respondeu.

— Eu encontrei ranhuras e poeira de argila vermelha na 45 do suspeito. - acrescentou Hodges.

— Isso explica porque as testemunhas poderiam ter visto Steves com as mãos pra cima, e o sargento Carroll então o viu com a arma na mão.

Ortega assentiu e disse:

— A arma ainda está lá.

Grissom se virou para Hodges com a intenção de pegar a outra arma e chamou a namorada.

— Sara, tenta de novo. - entregou a ela que concordou e novamente jogou a arma na telha. A mesma caiu na telha e escorregou, caindo nas mãos de Sara. _ Aí está. - ele sorriu.

...

Voltando ao laboratório, Hodges encontrou sangue em uma bala, a que tinha atingido uma vela na casa de um dos latinos. Era a bala que tinha atingido o policial Bell. Uma 9mm que batia com a munição dos policiais.

— Brass, Sofia, Adams, David e Carroll estavam usando as 9mm. - disse Sara. _ Compare com as armas, eu vou avisar o Grissom.

Eles – Hodges e Bobby que estavam com ela – assentiram, e Sara saiu da sala.

Grissom estava na garagem com Nick.

— Oi gente! Achamos a bala que atingiu o Bell. Bobby está fazendo uma comparação, enviei uma amostra de sangue pra Wendy no DNA.

Grissom suspirou. Agora sim seria mais difícil.

...

Bobby conseguiu um resultado, mas apenas que o policial foi atingido pela arma que Jim e Sofia usavam. Como a bala foi quase completamente destruída, ele não podia dizer qual dos dois atirou. Então teriam que encontrar ouro jeito de descobrir. De qualquer forma, Bobby conseguiu descartar os outros três policiais, restando apenas os detetives Brass e Curtis.

Grissom então teve a ideia de fazer uma reconstrução do tiroteio. Colocou os carros exatamente nos lugares que estavam naquele dia, e levou Nick e Sara com ele.

— Muito bem... Nick você é o Brass, Sara você é a Sofia.

— Ótimo. - disse ela.

— Eu vou ser o Bell. - Gil foi em direção ao “seu carro” de polícia. _ O policial Bell estava agachado atrás da porta do carro dele.- Gil então se agachou.

— Griss! - Sara gritou. _ Não dá pra te ver daqui, está bloqueado pelos dois carros. - ela se levantou.

— É, eu também não vejo. - disse Nick. _ Eu teria que atirar através dos dois carros pra te atingir e não teve nenhum tiro vindo detrás dos carros.

Grissom então se levantou.

— Conseguem me ver aqui?

— Eu consigo. - gritou Sara.

— Agora sim!

— O que teria feito o Bell se levantar no meio de um tiroteio? - indagou a morena.

— Talvez tivesse que trocar de posição. - respondeu o supervisor. _ Sabemos que os suspeitos estavam começando a correr, certo?

— Tabom, então ele levantou e levou um tiro no colete. - disse Nick.

— Vamos supor que sim. Vamos alinhar as trajetórias de saída com a janela do apartamento. E vamos usar lazeres, mas temos que esperar escurecer.

Foram até laboratório buscar os lazeres, colocaram no porta-malas do carro e foram direto para o Frank’s comer alguma coisa. Ficaram lá por um tempo, pegaram Greg e voltaram pra cena quando escureceu. Greg foi até o apartamento para avisar a eles pelo celular quando a luz do lazer atingir o “x” que ele tinha colocado na vela bem no lugar onde foi atingida pela bala que atingiu o policial Daniel Bell.

— A vela está em posição? - perguntou Sara ao melhor amigo. _ Vamos ligar os lazeres.

— Tudo pronto aqui. - ele respondeu.

— Me avise quando o feixe atingir a vela. - disse ela e olhou pra Grissom gritando: _ Tudo pronto!

Grissom ligou o lazer e Greg pode vê-lo adentrar a casa pela janela.

— A altura está ok. Movimente quinze centímetros pra esquerda.

— Quinze centímetros pra esquerda! - ela gritou pro namorado.

Grissom movimentou pra esquerda, mas estava errado, então Greg disse.

— Não, não. Pra minha esquerda.

— Ele disse a esquerda dele! - gritou Sara.

Grissom a olhou e sorriu, movimentando pra “esquerda de Greg”.

— Um pouco mais... mais um pouquinho... Aí!

— Perfeito! - ela gritou e voltou a atenção ao amigo no telefone. _ Eu falo com você depois. - e desligou.

— Muito bem, temos a saída agora precisamos da entrada. Sara, ligue o seu lazer.

Sara fez o que o chefe pediu, porém o lazer dela não se alinhou com o outro.

— O caminho do lazer está bloqueado.

— É um ângulo ruim. - disse ele. _ Movimente pra esquerda.

Sara tentou, mas não dava de jeito nenhum.

— Griss? - ele a olhou. Ah! Como era fofo o jeito que ela o chamava. _ Ele fica bloqueado pelo carro. Não é possível.

Ele suspirou.

— Desliga. - Sara o fez. _ Nick, liga o seu.

— O meu já está ligado, Grissom. - ele respondeu. _ Continua bloqueado.

Grissom então pensou por m instante.

— Levanta um pouco.

Quando Nick levantou o lazer, o caminho do lazer se alinhou perfeitamente com a saída da bala que atingiu a vela. Brass quem atirou no policial Bell ao se levantar.

Os três fizeram cara de tristeza pelo amigo. Foi um acidente e Brass teria que conviver com aquilo. Não só o tiro, mas os olhares tortos das pessoas pra ele.

Greg foi ao encontro deles e ao ver as caras dos amigos questionou:

— Pelo jeito descobriram quem foi, não é?

— Foi o Brass, Greg.

Greg levantou as sobrancelhas e fez a mesma cara de tristeza. Pelo jeito desesperado que Sofia estava desde aquele dia, todos suspeitaram que realmente tinha sido ela. Mesmo se tivesse sido, ficariam do mesmo jeito que estavam ao descobrirem que foi Brass. Ninguém merecia passar por isso, matar um amigo por acidente e conviver com tal fato.

Grissom então ligou para o amigo e pediu que fosse até seu carro pela manhã, onde estaria esperando em frente sua casa. Teria que informar todos os superiores primeiro.

E lá estava Brass entrando na SUV de Grissom.

— Oi. Sua ligação foi meio modificada. Deve ter recebido o resultado do teste de balística.

— Recebemos. Mas era inconclusivo. Então eu voltei ao cruzamento e fiz uma reconstrução.

Brass suspirou.

— Não sei como se reconstrói uma zona de guerra. Não faz ideia de como foi, foi uma loucura.

Grissom nada disse.

— Falou com a Sofia?

Grissom respirou fundo e disse:

— Não foi a Sofia.

Brass então fez uma cara de chocado sem abrir a boca e desviou o olhar dele, milhões de pensamentos em sua cabeça...

— Você deve ter se levantado e atirado nos suspeitos por cima das viaturas. O policial Bell se levantou na mesma hora bem na sua linha de fogo. Fausto atirou nele no colete, o que o levou a virar um pouco, e ao mesmo tempo você o atingiu no pescoço.

Brass não estava acreditando, passou todos esses dias dando conselhos e apoio a Sofia, para que ela mantivesse a calma e aprendesse a lidar com a situação, e foi ele o tempo todo.

— Eu juro pra você que eu estava atrás do carro. - suspirou. _ E-Eu me levantei?

Grissom assentiu tristemente.

Brass lamentou em sua expressão, a expressão da derrota, da decepção, da culpa e do arrependimento. O que faria agora? O que diria a esposa de Bell? Os filhos dele? E o que estava pra chegar, que nunca irá ver o pai? Estava desolado.

— O xerife quer que eu apresente nossas conclusões em uma reunião da comunidade em uma hora.

Brass suspirou novamente e o olhou.

— Não os deixe esperando. - saiu do carro e foi pra casa.

...

Assim que deu a “palestra” e voltou ao laboratório para receber os relatórios de suas crianças, Grissom foi pra casa, estava cansado e morrendo de fome. Resolveu preparar um almoço bem reforçado e ligou pedindo uma acompanhante.

Sara chegou vinte minutos depois da ligação, pois tinha acabado de sair do banho quando atendeu o celular, saiu às pressas do banheiro pra atender até.

— Oi! - ele disse com um sorriso ao atender a porta.

— Oi! - ela respondeu lhe dando um beijo e entrando no apartamento.

— Hank está no pet shop, vão trazê-lo em uma hora.

— Já ia perguntar dele.- sorriu e sentiu o aroma da comida sendo preparada. _ Hmm... O cheiro está bom!

— Já está quase pronto. - ele sorriu e deu espaço pra ela descer as escadas primeiro.

— E o que é? - perguntou ao descer.

— Lasanha de abobrinha e tofu.

— Hmm... que delícia! - sentou-se na mesa aonde ele tinha deixado tudo arrumadinho, os pratos, os copos, a jarra de suco e os talheres. Sara olhou pra tudo aquilo e sorriu. _ Escuta Griss... você falou com o Jim... como ele reagiu?

— Da pior forma possível pra mim. - Grissom respondeu tirando a lasanha do forno.

— Como assim? - ela se assustou. _ Ele saiu quebrando tudo?

— Não honey...- colocou a forma no balcão. _ A expressão de surpresa e confusão... A culpa e tristeza nos olhos... Uma reação sem reação, sabe? - Grissom falava tudo com pesar. Seu melhor amigo estava passando por uma situação dessas e ele não podia fazer nada pra ajudar.

— Queria poder fazer alguma coisa...- ela abaixou o olhar.

— E se tivesse sido a Sofia? - ele parou e apoiou as mãos no balcão. _ Também ia querer ajudar?

Sara franziu o cenho.

— Sim! - ela disse num tom óbvio. _ Por que me perguntou isso? - indagou ainda com o cenho franzido. Grissom deu de ombros. _ Acha mesmo que tenho ciúmes dela? - fez outra pergunta.

— Eu não acho...- disse ele. _ Eu sei que tem. - ele sorriu discretamente.

— Gil, ciúme nenhum ia me fazer deixar de ajudar alguém. Eu não gostaria de estar na mesma situação que ela.

Grissom sorriu. Como uma pessoa tão boa pode já ter sofrido tanto? A admirava muito.

— Mesmo agindo daquela forma na minha sala? - ele continuou com uma expressão suave enquanto falava com ela e mantinha um sorriso escondido.

Sara suspirou desviando o olhar dele, apoiou os cotovelos na mesa e olhou para um canto qualquer à sua frente.

Grissom deu a volta no balcão e se ajoelhou ao lado de sua cadeira.

— Não estou querendo discutir, nem estou dando bronca em você.

Sara suspirou mais uma vez sem olhá-lo.

— Olha pra mim?

Sara abaixou o olhar antes de olhá-lo nos olhos.

Grissom nada disse e sorriu sem mostrar os dentes fazendo Sara fazer o mesmo e balançar a cabeça.

— Admita que sente ciúmes e eu paro de te encher o saco. - disse ele.

Sara o olhou desconfiada e ao mesmo tempo com uma expressão de divertimento.

— Você está bem soltinho, o que aconteceu com você?

— Você! - respondeu ele. Ela tinha “acontecido” na vida dele. Se estava conseguindo se soltar e se expressar melhor, a razão era ela.

Sara sorriu.

— Mas se quiser que eu volte a ser como eu era, é só avisar. - ele brincou.

— Não...- ela sorriu e chegou perto de seu rosto, segurando o mesmo com as duas mãos, para lhe dar um beijo.

“Mel, tua boca tem o mel

E melhor sabor não há

Que loucura te beijar” ― Belo

O beijo durou apenas alguns segundos e quando separaram seus lábios, Sara sorriu.

— Amo você.

Foi a vez de Gil sorrir.

— Amo você também. - ele acariciou o rosto dela e enfim disse: _ Vamos comer?

— Só se for agora!

...

A semana seguinte chegou e com ela a Ação de Graças, porém os investigadores ficaram tristes por não poderem comemorar. A razão? Dois casos surgiram e eles precisavam resolver. Grissom, Catherine e Greg ficaram com um – um homem bem gordo morto dentro de uma lixeira, que pode ter tido um distúrbio alimentar grave – e, Nick e Sara com outro – um casal à beira de um divórcio, ambos mortos em sua casa com seu cachorro sendo o suspeito número um. Warrick estava de folga. Sortudo!

Pelo menos essa Ação de Graças não foi de todo ruim para os outros, pois durante o caso de Gil, Cath e Greggo houveram três momentos engraçados.

O primeiro foi quando Hodges teve que analisar o conteúdo estomacal da vítima. Ao chegar na sala, Catherine presenciou o técnico esperando por ela com um prendedor no nariz.

— Belo visual! - disse ela. _ Vai funcionar com as garotas.

— O baterial prateado no rosto da vítima era baquiagem de teatro. - por conta do prendedor no nariz, Hodges trocou as letras “m” por “b” na frase. _ A cor é luar prateado.

Catherine não aguentou e riu. Nesse mesmo momento Gil entrou na sala.

— Olha aqui, eu não suporto o cheiro de cachorro quente! Be deixa enjoado.

— Então tudo isso estava no estomago da vítima? - perguntou o supervisor.

— Entre outras coisas. Sabe qual é o pior tipo de arroto? Arroto de cachorro quente! - Catherine franziu o cenho com aquele papo. _ Sabe quando seu pai dá um arroto... talvez um ex namorado...? Arrrg!

Gil e Catherine se olharam com o rosto franzido.

...

O segundo foi quando Greg, ao ver que tentar identificar a salsicha no estomago da vítima estava difícil, foi as compras e em seguidas foi até a sala de Grissom.

— Fui fazer compras. Comprei todas as marcas de salsicha à venda em Las Vegas. - Gil o olhava com as sobrancelhas erguidas.

— Quem vai pagar por isso?

— Então o laboratório não vai me reembolsar? - perguntou o loiro.

— Não. - disse o chefe simplesmente, voltando a fazer o que estava fazendo antes do jovem entrar.

— Eu não consegui identificar o logo, então achei que poderia relacionar uma dessas marcas com a salsicha encontrada no estomago da vítima. Talvez comparando aquela extremidade torcida.

— Parece uma boa ideia, Greg. - sorriu. _ Mesmo assim não vou pagar. - ficou sério novamente.

— Tudo bem. Vou comer Hot Dog até o final do ano!

...

O terceiro e último momento foi quando doutor Robbins estava passando em frente a sala de convivência e viu Warrick vestido com um terno. Ele iria levar Tina a um espetáculo e tinha esquecido os ingressos no armário.

Como estava com sua torta na mão, resolveu oferecer para o moreno.

— Se está procurando alguma coisa pra beliscar, encontrou. Noite agitada, achei que o pessoal do laboratório gostaria de algo saído do forno.

— Ah, sua mulher fez uma torta!

— Eu fiz a torta! - o repreendeu sério. _ Ruibarbo com morango.

— Estou impressionado...- disse Warrick, e ao ver doutor Robbins cortando a torta muito mal, disse: _ Cuidado como corta isso, doutor. Parece aquela vítima de atropelamento na sua mesa na semana passada. - sorriu.

— Experimente. - entregou a ele e Warrick colocou uma garfada na boca. _ É vegetariana, pouca gordura, pouco açúcar, poucos carboidratos...

— E pouco sabor. - disse ainda mastigando.

Doutor suspirou e viu Catherine passando, então a chamou.

— Catherine! Catherine! Venha cá, preciso da sua opinião. - colocou um pedaço pra ela e lhe estendeu o prato. _ Experimente.

— Não, obrigada. - ela recusou sorrindo sem jeito. _ Eu acabei de voltar do torneiro Nel’s de Hot Dog. Eu não aguento ver comida.

— Está gostosa.

— Eu estava assistindo aquilo na TV.- comentou Warrick. _ Um japonês comeu 64 hot dogs em 12 minutos.

— Verdade. - disse a ruiva.

— Experimente...- Robbins insistiu enquanto os dois peritos conversavam.

— Por que ele não transforma aquilo num esporte olímpico?!- continuou a ruiva.

— Por favor! - pediu o legista.

Catherine olhou pro prato e sentiu um pouco de ânsia.

— N-Não dá, eu não consigo.

— Quer saber? - disse Warrick antes de sair. _ Se quiser limpar suas papilas, eu sugiro que experimente a torta do doutor Robbins.

— Mesmo? - perguntou o próprio.

— Sei...- disse a ruiva. _ E por isso tá deixando a sua no prato.

...

Ficaram de se reunirem no ano seguinte para a Ação de Graças e, uma semana depois Gil e Sara tiraram folga depois de solucionarem um caso de uma mãe que “perdeu o filho” num parque. A equipe toda trabalhou nesse caso e no final, a mulher apenas tinha um filho imaginário, seu filho de verdade havia morrido quando pequeno. Foi um caso bem confuso e Gil até contou uma coisa da infância para Catherine enquanto estavam na casa da mulher.

— Depois que meu pai morreu, minha mãe continuava lhe comprando presentes todos os natais. Ela os colocava debaixo da árvore. - Catherine o olhava surpresa, seu amigo nunca tinha lhe contado nada da infância. _ Na manhã de natal, o papel de presente estava todo rasgado e ... a gravata ou agasalho, o que fosse, estava dependurado no armário deles.

Catherine então perguntou:

— Quantos anos tinha quando ele morreu?

— Nove. - disse ele.

— Um garotinho...- disse ela tristemente.

Gil nada disse. Era difícil pra ele tocar no assunto, então Catherine disse que ia olhar o quarto da moça quando Gil a impediu dizendo:

— Ele ensinava botânica. - Catherine então voltou para onde estava e escutou, mais surpresa ainda. _ Ele... voltou pra casa da escola num dia quente e úmido... Deitou no sofá... eu estava assistindo televisão. Minha mãe trouxe uma bebida gelada pra ele... mas não conseguiu acordá-lo.- Catherine nada disse, continuou olhando pra ele que não a olhava. _ Ninguém me disse porquê.

...

— Hey. - Sara o cumprimentou assim que estacionaram ao mesmo tempo em frente ao prédio dele.

— Oi! - respondeu ele.

— E aí? - disse ela se aproximando dele. _ Pronto pra faxina?

Grissom sorriu.

— Prontíssimo!


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam desse capítulo? Sara ciumenta é a coisa mais fofa, mas nada se compara ao Gil com ciúmes dela hsaushah
E a torta do doutor? Huashuasa eu tive que colocar essa cena, dsclp hsauhsa
Tadinho do Gil, eu senti muita dó dele, e do Brass também por causa do tiroteio.
Como será essa faxina? Siiiim, ela vai estar no próximo capítulo, eu não vou pular não ♥
Eu sempre imaginei o Griss e a Sah arrumando a casa juntos, e vocês?
A próxima pergunta do formulário é “Como você acha que Gil e Sara comemoram seu 1º ano de namoro?” Quem ainda não respondeu, corre lá ♥ Será revelado no capítulo 98.
Link do formulário:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc6Rs5kxVH0FzUHbd3WgU4WelkwrTH0RquYH9kurLkdVNdsiw/viewform
Até o próximo, pandinhas!
Abraço de urso :3



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