Love Story escrita por Fofura


Capítulo 85
Morda-me


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Eu peço desculpas novamente, não consegui postar nos dias certos (Grande novidade!)
É que meu aniversário foi dia 15 agora e a gente estava na correria por conta da festa do dia 16 (ontem) e eu não consegui escrever durante a semana. Por isso eu peço desculpas mais uma vez pra vocês. Eu estava muito ansiosa com essa festa e não me concentrei em outra coisa nessa ultima semana. Algumas pandinhas me felicitaram lá no face e no whats, eu agradeço do fundo do meu coração todas as mensagens que recebi. Vocês são uns amores ♥ Aos que não sabiam, eu agradeço também por estarem aqui me acompanhando na fic. Dia 15 não foi só meu aniversário como também foi o da Rayle. Eu fiz um vídeozinho lá no face pra homenageá-la caso vocês queiram ver ^^
Bom, é isso. Gil e Sara vão ter seu primeiro desentendimento no relacionamento hoje hehe



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— No que está pensando?

Sara havia acabado de voltar da cozinha onde foi tomar um copo d’água e o questionou quando entrou no quarto.

— Ah... na vida. - Grissom respondeu enquanto ela deitava ao seu lado.

— Na sua ou na nossa? - ela brincou e abraçou sua cintura.

— Na nossa. - sorriu.

Houve uns instantes de silêncio.

— Sabe que... as vezes eu me pego pensando no futuro?

— Mesmo?

— É.- ela afirmou. _ Tipo... nós dois daqui uns... dez anos.

— Acha que dura tudo isso?

Sara estranhou a pergunta, se soltou dele e apoiou o cotovelo na cama para olhá-lo.

— Por que não duraria?

Grissom ficou sem resposta e Sara ficou chateada com isso.

— Gil, me diz que você não está mais com medo e insegurança.

— É, eu estou. Sara, isso não é fácil de perder.

Sara suspirou.

— Grissom, olha pra mim. Dentre todos os homens no mundo, meu coração escolheu você. Eu te amei quando te conheci, te amo agora e vou te amar pro resto da vida. Agora você só precisa enfiar isso na sua cabecinha.

Grissom não conteve o sorriso com aquela linda declaração.

— Isso foi lindo.

— É o que eu sinto. Não precisa ter medo, é você que eu quero.

Grissom sorriu mais uma vez e a trouxe pra perto com a intenção de lhe dar um beijo caloroso, e foi o que fez.

Ao separarem seus lábios, Grissom disse uma coisa que Sara amou ouvir.

— Você me faz muito feliz, sabia? - perguntou acariciando seu rosto. _ Eu nunca imaginei viver o que eu estou vivendo com você.

Sara abriu um lindo sorriso, lhe deu um beijo e voltou a abraçá-lo.

— Vai perder o medo?

— Não prometo nada.

— Griss! - lhe deu um tapa leve.

Ele sorriu.

— Já imaginou morar junto?

Sara se espantou, mas ele só perguntou por perguntar.

— Não acha que é muito cedo?

— Não, eu não quis dizer agora. Só perguntei.

— Ah... já pensei sim. - inúmeras vezes. Isso de ficar pensando no futuro incluía o “morar junto”, mas isso era quando já estivessem mais íntimos, com mais tempo de relacionamento. _ Acho que quando tivermos uns dois anos juntos seja uma boa ideia.

— Tudo isso? - agora ele que se espantou.

— Você acha muito?

— Acho.

— Olha Griss...- ela respirou fundo. _ Vamos supor que nós completamos... sei lá... oito meses de namoro e decidimos morar juntos. Pode acontecer da gente acabar se sufocando, sabe?

— Não, não sei. Como assim? - ele ficou um pouco bravo com essa palavra: Sufocando.

— Eu não sei explicar... a gente pode acabar... acabando com a magia, entendeu? Tipo brigando por coisas bobas...

— Então está dizendo que se um dia a gente se casar e passar a morar debaixo do mesmo teto, o amor vai acabar e vamos brigar o dia inteiro?

— Não Griss, não foi isso que eu quis dizer... você não está entendendo. - ela tentou se explicar. Ele já até tinha se levantado da cama.

— Olha, seja como for, falamos sobre isso depois. Eu preciso ir agora.

Sara percebeu que ele havia ficado magoado, mas ele entendeu da maneira errada, ele precisava compreender seu ponto de vista direito.

— Não Griss, espera. - ela se levantou. _ Você não precisa ir agora, o turno só começa daqui duas horas. Vamos conversar.

— Até mais tarde. - Gil beijou sua testa e saiu do quarto.

— Griss... Volta aqui, por favor...

Sara ouviu o barulho da porta batendo – normalmente, sem brutalidade – e suspirou levantando a cabeça pro alto. Sentou-se na cama e sentiu seus olhos arderem. Não! Pra que chorar? Tentaria resolver aquilo com ele depois. Como tinha duas horas livres, resolveu ir visitar sua pequena no orfanato. Estava com saudade de Abby. Até passou numa lojinha no caminho e comprou um ursinho de pelúcia pra ela.

...

A equipe foi chamada para investigar o caso de uma mulher que foi encontrada morta na escada do fundo de sua casa. O marido chamou a emergência desesperado e estava coberto de sangue da esposa quando os paramédicos chegaram. E eles foram super cuidadosos ao tentar reanimar a vítima, pisando no sangue e deixando pegadas pelo chão.

— Beck Laster. - disse Gil enquanto todos olhavam pra vítima lá caída na escada, virada pra cima. _ Catherine e eu chegamos meia hora depois do marido ter ligado pra emergência.

— As exterminadas das poças de sangue já estavam secas, as poças estavam meio grudentas. - falou Catherine.

— O que significa que ela já estava aqui pelo menos uma ou duas horas antes de vocês chegarem. - observou Nick.

— Por que o marido demorou pra pedir ajuda? - indagou a morena.

— Boa pergunta. - disse a ruiva.

— O legista não tocará no corpo até que Catherine e eu tenhamos registrado tudo, portanto... Sara, poderia por favor subir pela escada da frente e descer pela dos fundos?

— Pode deixar. - ela respondeu pegando a maleta e saindo de lá. Ele ainda estava meio estranho, seu olhar estava estranho. Ainda devia estar chateado.

— Warrick, poderia verificar o sangue desde a porta da frente até a escada dos fundos? Você vai perceber que ela não tem sangue algum nos pés.

— Então presumo que aquelas pegadas de sangue não são dela. - disse ele saindo em seguida.

— Nick, Brass está no escritório com o marido, ele está esperando você.

Nick assentiu e também saiu, sobrando só ele e Catherine.

Warrick analisou as pegadas e tudo o que achou na cozinha, Grissom fotografou o closet que tinha em frente a escada, Catherine analisou os respingos de sangue ao lado do corpo e Sara analisou a escada.

— Hey Grissom. - Catherine o chamou. _ O respingo na parede não passa de 45cm.

— Está coerente com uma queda.

— Mas...- Sara chamou a atenção deles pra cima, onde estava na escada. _ ... Se ela caiu, ainda que tenha sido empurrada, eu acho que teria marcas nas paredes.

— Ela teria institivamente tentado se apoiar.

— Não tem marca. Sem falar que se ela estava aqui em cima, antes de parar aí em baixo, teria batido a cabeça antes. A posição do corpo não corresponde a de uma queda.

— É, não corresponde caso tenha caído quando descia a escada. - continuou a ruiva. _ Talvez tenha caído quando subia.

Grissom ergueu as sobrancelhas e Sara pediu um favor a ruiva enquanto olhava a parede.

— Catherine, me empresta seu micrometro? - Cath entregou a ela e a mesma fechou um olho para olhar a gota de sangue com o outro. _ O respingo de sangue tem 2mm.

— Um tamanho médio. - disse o supervisor. _ Sugere impacto de um objeto sem corte.

— Se recebeu uma pancada, onde estão os outros?

Olharam pra cima.

— Esse é um teto baixo, difícil manipular alguma coisa.

— Às vezes a primeira impressão nos deixa confusos. - concluiu Catherine.

Enquanto isso Nick e Brass falavam com o marido. Ele contou que eles tinham ido jantar, chegaram em casa às dez da noite, pegaram a tequila e foram sentar lá fora – tipo uma área de lazer nos fundos –. A filha dele ligou e pediu pra falar com Back, a mesma disse que ia atender lá dentro e ele acabou pegando no sono. Quando ele acordou por volta da meia noite, levou a tequila pra dentro e foi quando a viu sangrando na escada. Correu até ela, tentou acordá-la, não conseguiu e chamou a emergência.

Depois que Warrick chamou Catherine e Grissom pra mostrar o que descobriu com as pegadas e afins, o supervisor subiu a escada pra dar uma olhada nos cômodos de cima. Passou pela quarto da filha do cara – que não era filha da mulher, era enteada –, e estranhou depois, pois passou por um quarto de solteiro masculino e por último um feminino que foi onde encontrou Sara. Apontou a lanterna pra ela para que ela notasse sua presença.

— Oi. - ela apontou a lanterna pra ele também. Ele nada disse. _ O marido dorme no outro quarto. Os óculos de leitura dele estão na mesa, as roupas dele estão na cômoda.

— Que estranho. - ele comentou. _ Um homem e uma mulher que não dividem o mesmo quarto. Planejam uma noite sozinhos, deixam a filha com um parente, vão jantar, tomam drinks na beira da piscina, mas dormem em quartos separados.

— Talvez… um deles ronque, ou tenha insônia, ou... talvez trabalhe à noite.

— Ou talvez estivessem se sufocando e ele não conseguia respirar.

Sara sentiu essas palavras acertarem em cheio seu coração. Precisava disso? Agora ela tinha ficado magoada. A morena nada disse e abriu uma gaveta.

— Lubrificante sexual. - ela pegou o produto. _ Está pela metade… e grudento. - já que ele soltou uma frase pra alfinetá-la, ela faria o mesmo. _ Quer saber, não é preciso dormir na mesma cama pra poder ter sexo… ou ter romance.

Grissom sentiu o impacto e resolveu sair de lá.

— Eu vou falar com o médico.

— Vou revistar a casa. - ela respondeu segurando o sorriso por ter conseguido afetá-lo com suas palavras como ele a afetou com as dele.

Grissom forçou um sorriso e saiu do quarto.

Sara não resistiu e riu sem emitir som. Aquilo que era a primeira discussão de casal deles? Leve. Mas Grissom tinha pegado pesado incluindo o “se sufocando” na conversa. Ainda estava chateada com isso.

Brass falou com o pai da vítima e a enteada enquanto Grissom estava na autópsia. Assim que saiu do necrotério, Grissom foi ao laboratório com um pote de ketchup testar uma teoria.

Colocou uma tela branca à sua frente, colocou um pouco de ketchup na boca e cuspiu nela. Catherine chegou bem na hora que ele ia fazer a segunda vez.

— Não quer uma batata frita?

Ele cuspiu e acertou um pingo nela, a mesma olhou pra baixo na hora.

— Robbins disse que a vítima mordeu a própria língua. Teoricamente, ela pode ter expelido sangue na parede, o que seria uma explicação alternativa para o respingo médio. Me faz um favor…- pegou o micrômetro e entregou a ela. _ Verifica isso.

Catherine pegou nada satisfeita. “Sério que eu vou ter que olhar teu cuspe, Gil?”

A ruiva bufou e olhou no micrometro a linda gota de cuspe do amigo.

— Bom, parece ter dois milímetros como sangue de lá. Então... Talvez tenha sido um acidente.

— Ela tentou se levantar, expeliu o sangue na parede, não conseguiu ficar em pé, bateu a têmpora e então ela caiu sob o osso occipital.

— Então temos duas teorias. As duas com evidências físicas. - ela concluiu.

— Se encontrarmos a arma do crime minha teoria termina aqui.

— Bom, eu sei que não se encontrou sangue no carro, por isso é improvável que Ray – o marido – tenha saído de carro pra se livrar da arma.

Gil assentiu e Brass entrou na sala no mesmo instante. Disse a eles que a ex esposa de Ray tinha morrido de derrame na escada porque não seguiu os conselhos médicos, e que o juiz estava emitindo uma ordem judicial para exumação do corpo dela.

Exumaram Jack Laster e Albert disse a Warrick que se a autópsia completa dele confirmar assassinato, eles podiam estar diante do primeiro assassino serial em escadas.

Enquanto isso, Catherine e Sara andavam pelos corredores conversando.

— Se havia uma arma do crime não estava naquela casa. - informou a morena. _ Procuramos por toda parte.

— O que tem aí no saco? - perguntou ao ver o pacote de evidências e os relatórios na mão da colega.

— Lubrificante encontrado na cena do crime. A autópsia revelou que a Beck era sexualmente ativa, mas o Ray alega que não fizeram sexo nos últimos quatro anos.

— E você queria saber se as digitais do amante dela estava no tubo.

Sara assentiu.

— Há duas digitais viáveis, ambas com uma camada de lubrificante. Uma de Beck e a outra de um tal de Adam Gilford. O cartão de trabalho está no sistema, ele é executivo da mesma empresa que a Beck trabalhava.

— Hm. Amantes e colegas de trabalho. Isso nunca dá certo.

Sara soube disfarçar bem, mas aquela frase lhe causou um pequeno desconforto. Ainda mais naquele momento que estava “brigada” com Gil. Custava a acreditar que aquilo podia dar errado.

— Olha, se o Ray descobriu sobre o caso, é um motivo.

— Vamos lá falar com o amante dela então.

Por coincidência Adam era chefe da Beck, ele mesmo havia contratado ela, e eles se conheciam há seis anos. Como assim produção?

Adam disse às duas mulheres que sabia um bom motivo para Ray ter matado a esposa. O seguro dela. Beck ia sair da empresa e ia perder o seguro, então de acordo com Adam, Ray teria a matado a tempo de receber o seguro.

Porém descobriram que Susan, a filha de Ray que foi a responsável pela morte da madrasta. Quando ligou para ela, não foi da casa do avô e sim de dentro da casa do pai. Susan pediu pra ela atender lá dentro e quando Beck chegou perto da escada, Susan a acertou na cabeça com uma bengala. A garota alegou que a madrasta era uma vadia, que fez aquilo para proteger o pai, pois ela ia deixá-lo. Disse que quando voltou pra casa mais cedo por faltar no futebol, ela escutou uma conversa da madrasta com o amante e descobriu que ela queria arrancar o dinheiro dele o chantageando. Susan se culpava pelo casamento do pai com a madrasta, achava que Ray só tinha casado com Beck porque ela – Susan -  precisava de uma mãe. Tudo o que Susan falou parecia certo, porém a cronologia não batia, pois se Susan tivesse matado Beck assim que a mesma entrou, Ray teria escutado tudo porque ele estava acordado. Catherine então foi falar com ele, e mesmo ele negando saber o que houve, Catherine sabia que estava certa. Assim que Ray entrou, ele viu Susan limpando o sangue das mãos, a mandou de volta pra casa do avô, inventou a história pra contar aos policiais e depois ligou pra emergência. Ele estava protegendo a filha, e a filha estava protegendo ele. Mas como não tinham como provar, Ray teria que viver com aquilo, de qualquer forma.

...

Ao fim do turno, todos foram para suas respectivas casas. Sara tomou um banho, se aprontou e foi direto pra casa de Grissom. Eles tinham que conversar sobre o assunto “morar junto” que Sara não conseguiu explicar.

Levou em torno de meia hora pra chegar e logo já estava batendo na porta do apartamento do namorado.

To Be Continued...


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Notas finais do capítulo

Quem está ansioso para essa conversa? hsuahsah
Quem acertou no formulário?
Deixem suas opiniões, tabom? Deixem seus comentários como presente de aniversário pra mim ^^ Seria o melhor presente ♥
Fuiii
Abraço de urso :3



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