Love Story escrita por Fofura


Capítulo 76
Flerte Suspeito


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Dri, meu amorzinho, fiquei chocada que você acertou quase tudo naquele comentário do capítulo 48. Você acertou, é isso mesmo haha ♥
A pergunta de número 10 do formulário será respondida agora. Eu adorei as respostas de vocês, continuem mandando ♥
Link do formulário:
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Vamos ao capítulo
Enjoy :3



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Gil estava lendo algumas das papeladas de sua mesa que ele havia levado pra casa, enquanto Sara dormia na cama dele.

Uma hora e meia depois Sara começou a se mexer na cama falando alguma coisa bem baixinho. Gil achou que ela havia acordado então a chamou.

— Sara?

Ela não respondeu, então ele resolveu se aproximar.

Ela ainda estava dormindo e gemia dizendo a palavra "não" com uma expressão de medo.

— Ela está tendo pesadelos. - pensou alto.

De repente Grissom viu uma lágrima rolar pelo rosto macio dela.

Ele precisava acordá-la, tirá-la daquele pesadelo.

Começou a chamá-la e sacudir de leve seu corpo para que ela acordasse. Estava sendo doloroso ver Sara tendo pesadelos e chorando por conta deles.

— Sara? Honey, acorde.

— Não! Pai! Não! - ela se encolhia e continuava sonhando.

— É só um pesadelo, meu anjo. Acorde...- ele gostou de chamá-la assim. Se ela estivesse acordada provavelmente ele não conseguiria dizer.

— Mãe! Para! - soluçou. _ Não!!!- num grito ela acordou, se sentou ainda chorando e olhando para os lados. Era sempre assim.

— Hey, hey...- ele tentava chamar a atenção dela para si.

— Griss! - ela o abraçou forte e voltou a chorar.

— Calma...- acariciava suas costas. _ Shiii... Está tudo bem. Foi só um pesadelo, tudo bem.

Era horrível presenciar aquilo. Nunca seria bom ver Sara chorar, doía nele também.

Quando os soluços cessaram, ele a fez olhar pra ele. Ela ainda chorava.

— Sempre tem pesadelos?

Ela assentiu.

Ele então entendeu uma coisa ao olhar nos olhos dela.

— É por isso que ficava tanto tempo sem dormir...

Ela não precisou confirmar, apenas desviou o olhar triste.

— Oh Sara...- a puxou para seus braços.

Ela apoiou a cabeça em seu peito e ele beijou o topo de sua cabeça.

Ela amou aquele gesto. Abraçou a cintura dele.

— Sabe aquele filme de terror? Que as pessoas ficam com medo de dormir?

— A Hora do Pesadelo?

— É. Freddy tinha garras. Minha mãe tinha uma faca e muita raiva. - ela fungou. _ Eu já sou adulta, madura. Tenho que aprender a enfrentar meus medos. Mas não consigo.

— Vai conseguir.

Gil a fez deitar apoiando a cabeça dela em seu travesseiro macio e acariciou o cabelo dela.

Ficaram em silêncio por alguns segundos.

— Me ligaram da clínica hoje de manhã.

— De São Francisco? O que disseram?

— Que ela quer me ver.

— Você não quer ir?

— Eu não sei. - secou as lágrimas. _ Ela roubou uma garrafa de vinho e tomou até a última gota. Quando tomaram a garrafa da mão dela, ela começou a gritar meu nome.

— Mas por quê? Eu não entendi.

— Porque eu já fiz isso com ela. Eu sabia que ela não podia beber, eu joguei a garrafa no chão antes de ela pegar de volta. Ela ficou furiosa e me mandou pro quarto enquanto limpava o chão.

Ele ouvia tudo atentamente, sem pronunciar uma palavra sequer.

— Quando o enfermeiro tirou a garrafa da mão dela, ela lembrou de mim e começou a gritar.

Passaram-se alguns segundos.

— Posso ir com você, se quiser.

— Sério?

— É. Tiramos dois dias de folga, eu dou uma boa desculpa e ... ninguém vai desconfiar de nada.

— Está bem. - sorriu de lado. _ Obrigada.

Segundos depois de dizer essa última palavra, Sara se sentou.

— Droga!

— O que foi?

— Eu estou com sono.

Ele sabia que ela não queria dormir com medo daqueles sonhos ruins. Então teve uma ideia para ocupar a mente dela. Algo bom e bonito para que ela pudesse esquecer, ao menos um instante, daquele dia horrível que temia.

— Tenho uma ideia.

— Qual?

— Surpresa.

Foram até o carro e Gil pediu para que ela ficasse o caminho inteiro de olhos fechados.

Já estava quase anoitecendo, o sol já estava se pondo.

Ao chegarem lá, ela queria abrir os olhos.

— Não, ainda não. Espera um pouco. - ele saiu do carro e deu a volta para ajudá-la.

Já andando com uma das mãos tapando os olhos e a outra segurando a dele para ser guiada, ela perguntou:

— Pra onde está me levando, Griss?

— Pro topo da montanha.

Aquela montanha que ele havia gostado tanto.

— Montanha?

— É.

Ao chegar na metade do caminho que não era longo, ele disse que ela já podia abrir os olhos.

Ao abrir, seus olhos brilharam. Uma montanha com um gramado muito bonito e uma única árvore no topo.

Sara ficou encantada e virou-se pra ele.

— Como descobriu esse lugar?

— Voltando de Jackpot, estava exausto, resolvi parar o carro um pouco, foi quando vi a árvore.

— Hm. - ela o fitou. Sempre se admirava com a intensidade dos olhos dele.

— O que foi? - ele sorriu sem jeito.

— Nada. É que... não canso de olhar pra você.

Ele desviou o olhar, tímido.

— Será que vai demorar?

— Pra quê? - ele a olhou novamente.

— Para nos acostumarmos.

Eles não estavam acostumados com a intimidade que tinham agora e esperavam que não fosse tão longo esse sentimento estranho, mas que era tão bom.

— Eu não sei.

— Espero que não.

Sorriram de lado e ela o beijou.

De repente pássaros passaram por eles, ela sorriu e correu atrás deles soltando a mão de Gil.

Ele riu e caminhou atrás dela. Era engraçado vê-la correndo de pijama.

Ao chegar no topo, Sara ficou mais encantada ainda.

— Que vista linda!

Sentou como índio encostando as costas na árvore e olhou para Grissom.

— Vem Griss!

Ele foi até ela e sentou-se ao seu lado.

Sara apoiou a cabeça em seu ombro mantendo o olhar fixo no céu.

— Obrigada por me trazer aqui.

Ele sorriu.

— De nada.

Gil mantinha as mãos juntas sobre as coxas, Sara resolveu segurar uma delas. Entrelaçou sua esquerda na direita dele.

Ele adorou. Sorriu olhando para suas mãos unidas.

Ficaram em silêncio por uns cinco minutos e Sara perguntou sem olhar pra ele:

— Posso deitar no seu colo?

— Claro. - permitiu meio sem jeito.

Sara deitou de lado para continuar vendo a paisagem.

Ele pousou a mão no braço dela e acariciou com o dedão.

Sara suspirou.

Mais alguns minutos se passaram e Sara voltou a ter sono.

Ela se virou ficando de barriga pra cima e o olhou.

— Estou quase dormindo aqui...- sorriu sem jeito.

— Pode dormir. - pôs a mão esquerda em sua cabeça. _ Quando... quando der a hora eu... te levo pro carro.

Só de imaginar Gil a pegando no colo, ela já queria ficar acordada pra ver.

— Tabom. - sorriu de lado.

Ela ajeitou mais a cabeça nas coxas dele e fechou os olhos.

Gil tinha se fascinado por essa visão: Sara dormindo. Parecia o mais perfeito anjo!

“Eu poderia ficar acordado só para te ouvir respirar

Ver você sorrir enquanto está dormindo

Enquanto você está longe e sonhando

Eu poderia passar a minha vida nesta doce rendição

Eu poderia ficar perdido neste momento para sempre

Cada momento gasto com você,

É um momento que eu valorizo” ― Aerosmith

Uma hora e meia depois, quando já estava quase no horário do turno começar, Gil a pegou no colo sem esforço nenhum e a levou até o carro para poder levá-la pro apartamento dela.

...

Aquele turno estava agitado, todos estavam trabalhando e a única que estava sem fazer nada era Catherine, estava de plantão. Ela tinha ido pra casa depois de sair de um bar, tinha bebido com um cara e ele ficou cadinho por ela. Rolou uns beijos no estacionamento e quando ela não quis continuar e mandou ele ir pro inferno, ele puxou a porta e a ruiva deu de cara na mesma causando um corte em sua bochecha, em seguida o cara disse que ela não valia a pena. Estava dormindo quando Grissom ligou pra ela pedindo sua ajuda, uma mulher havia sido assassinada. Antes de sua morte, ela foi vista com o mesmo homem que estava com Catherine no mesmo bar. Uma caixa de fósforos encontrado na vítima com o mesmo telefone dado a Catherine entrega mais pontos a este homem como o principal suspeito. A ruiva não havia contado nada pra ninguém, ela descobriu que aquele homem era suspeito quando viu a caixa de fósforos que Sara mostrou a ela na sala da mesa de luz, estavam analisando as roupas da vítima.

— O juiz Wilson falou que eu ia ter mais sorte com o terno azul do que com o cinza. - Sara comentou com ela. _ O que foi isso? Acha que ele falou sério? Ou será que ele estava flertando comigo? Sei lá...- nem ia comentar com Grissom sobre isso.

— Eu achava que a justiça era cega. - ela respondeu.

— Haha, engraçado.

— Encontrei umas partículas na jaqueta, eu não sei bem o que é, vou levar pro Hodges.

— Conteúdo dos bolsos: cartão de crédito, chaves do carro, batom e fósforos.

Catherine gelou.

— Eu posso ver?

— Não tem nome, só tem um telefone. - entregou a ela.

Mesma caixa, só não tinha certeza se era o mesmo número, mas só podia ser, precisava da dela pra ter certeza então tinha que ir em casa procurar em seu lixo. Tinha que dar uma desculpa pra sair do laboratório.

— Eu vou pedir pro Vartann checar.

— Sabe... eu tenho que pegar a Lindsey, pode cobrir pra mim?

— Claro! - a morena respondeu.

— Obrigada.

— Manda beijo!

Catherine chegou em casa e quando foi procurar no lixo, Lindsey já tinha levado pra fora e o caminhão de lixo já tinha passado. Mas mesmo não tendo o fósforo conseguiram levá-lo pra interrogatório e ele cagoetou Catherine revelando que ela tinha ficado com ele naquela noite e não disse pra ninguém. Grissom ficou bravo por conta disso, por ela não ter confiado nele e dito o que aconteceu mesmo não sendo mais sua subordinada, ainda era sua amiga. Conseguiram achar o verdadeiro culpado, que não era o tal homem chamado Adam Novak – coincidentemente ele era advogado e pegou birra com Catherine – e o prenderam. No fim do turno a ruiva foi falar com o amigo e ele não estava afim de papo.

— Oi Gil! - ele olhou pra ela, mas não respondeu, continuou andando. Ela o seguiu. _ Eu te convidaria pra beber, mas... dadas as circunstâncias. - ela sorriu.

Gil novamente não disse nada.

Catherine suspirou.

— Quanto tempo isso vai durar?

— Eu não sei, Catherine.

— Gil, foi só um ato de omissão. - ela tentou se explicar.

— Quantas vezes ouvimos o defensor público dizer isso?

Calmamente, e sentindo-se culpada por ter omitido a verdade dele, ela lhe disse:

— Eu saí depois do trabalho, é um crime querer um pouco de contato humano?

— Acho que é por isso que eu não saio. - ao dizer isso, Catherine parou de andar e ele seguiu em frente.

Ia pra casa abraçar sua morena que ele ganhava mais.


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Notas finais do capítulo

Eeeeh! Grissom vai pra São Francisco com a Sara ♥ Vamos relembrar os velhos tempos.
Que desculpa será que o Gil vai inventar? O que vai acontecer nessa visita? Vai ser boa ou ruim pra Sara? O que acharam dessa ida na montanha? Foi fofo o Gil ter pensado em levá-la lá ♥
Deixem suas opiniões, tô doida pra saber o que acharam :3
Abraço de urso e até o próximo ♥
Fiquem de olho no cronograma
https://docs.google.com/spreadsheets/d/19SCN6x5HOHZfaKLKbJIHS--Fc-xkEk-uVe_ywMt48AQ/edit#gid=0



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