Love Story escrita por Fofura


Capítulo 67
Sem Humanos Envolvidos


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Pra variar, eu atrasei. Era bom demais pra ser verdade husaha
Só estou postando agora porque fui num evento de anime que tem todo ano aqui em Guarulhos. Peço desculpas pelo atraso
Espero que gostem do capítulo. Logo as cenas GSR's voltam ♥



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— Ele dividiu a gente??

Sara ficou indignada com o que havia acabado de escutar. Grissom contou a ela e o resto da equipe, toda a conversa que teve com Conrad Ecklie naquela manhã.

A morena estava sentada entre os amigos, no meio da mesa, de costas pra janela. Contando da esquerda pra direita estava Catherine na ponta, ao lado dela estava Warrick, seguido de Nick, Sara, Greg e Grissom.

— Mas por quê?

— Conrad não sabe o que é uma boa equipe, Sara. Mas ele sabe o quanto vocês são importantes pra mim e como somos bons juntos.

— Ele não fez isso pelo bem do laboratório. - comentou Catherine. _ Ele fez pra deixar o Grissom mal. Vi isso nos olhos dele quando perguntei.

— Ele é muito babaca! - exclamou Sara.

— Esse cara cresceu puxando o saco...- disse Warrick. _ ... E agora ele quer nos dizer o que é um bom supervisor? Foi golpe baixo!

— Ele falou com todos nós. Ele armou pra gente. - concluiu Nick.

— Ele não só foi patético em fazer isso, como foi injusto também. - observou Sara. _ Dividiu Nick, Warrick e eu, abalou o Grissom, e não deu o turno que a Cath queria.

— Ele queria abalar a equipe inteira, Sara. - falou a ruiva. _ Se Ecklie me desse o turno do dia, seu plano não estaria 100% realizado.

— Bom, mesmo assim ... Parabéns ruiva.

— Obrigada. - lhe deu um sorriso triste. Mesmo conseguindo o que sempre almejou, Catherine sentiria falta de trabalhar com eles.

— Não vai ser tão legal agora. - Greg se pronunciou pela primeira vez. _ Não vamos mais trabalhar juntos.

— É, mas ainda vou encher muito o saco de vocês dois. - Nick fez os dois amigos sorrirem com esse comentário.

— Atrapalho?

— Sofia? - perguntou Grissom, surpreso. _ De maneira alguma.

A loira os viu pela janela quando chegou à lanchonete, já que agora fazia parte da equipe, quis ir falar com eles.

Sentou-se ao lado de Grissom e sorriu pro mesmo, o que deixou Sara enciumada. A morena olhou para a loira com certo incomodo.

— Aí Sofia! - Nick chamou a atenção da mesma. _ Eu sinto muito pelo que aconteceu com você.

— Obrigada Nick.

— Cara, foi uma queda bem alta. - comentou Greg. _ Quer dizer, você perder o cargo de supervisora do diurno pra ter que aturar a gente no noturno, é bem chato né?

Greg conseguiu arrancar risadas deles com essa frase.

— Vai ser um prazer trabalhar com vocês, Greg. - ela sorriu gentilmente.

Sara conseguiu captar que seria mais prazeroso pra loira trabalhar com Grissom do que com ela e Greg, e não gostou nada daquilo.

— Mas olha só...- continuou o CSI aprendiz. _ O Grissom ficou com mais CSI’s.

— Não Greg. - Sara sorriu. _ A Catherine ficou com o Warrick e o Nick. O Grissom ficou comigo e com a Sofia. Você é café com leite.

— Sara!

Todos riram.

— Mas até que foi bom pra esses dois supervisores, né? Já que eu sou café com leite... Catherine ficou com dois homens e Grissom com duas mulheres. Todo mundo saiu ganhando. Menos eu, claro!

Nick, Catherine, Warrick e Sofia riram. Grissom e Sara ficaram meio desconfortáveis com aquele comentário do amigo. “Grissom com duas mulheres” foi meio pesado pra eles.

— Relaxa Greg! - disse o texano. _ Vai conseguir ser CSI.

— Valeu cara! - sorriu.

— Bom, eu vou nessa! - disse a ruiva se levantando.

— Já? - perguntou Warrick.

— Já. E vocês deviam ir também, mocinhos! - ela sorriu. _ O turno da tarde começa às 4h.

— É melhor obedecerem a chefe de vocês. - Grissom sorriu.

— É, não quero ser demitido ainda não. - disse Nick sorrindo. _ Tchau galera.

— Tchau! - eles disseram.

Era uma grande mudança. Mas a vida é cheia delas.

...

Uma semana se passou. Eles até estavam se acostumando com a nova rotina e a ideia de não trabalharem mais juntos. Dava saudade das vezes que todo mundo se reunia na sala de descanso pra comer e debater os casos. Eles não faziam mais isso.

O tempo era curto para irem comer no Frank’s juntos, e se dava tempo sempre alguém não conseguia ir, como Grissom e Catherine que como supervisores tinham papelada pra resolver.

Sofia estava tentando se enturmar com Greg e Sara, mas Sara não dava muita brecha desde aquele dia no Frank’s há uma semana. Sofia estava muito próxima de Grissom e aquilo estava incomodando-a.

Foram chamados para um caso de uma vítima de tiroteio na periferia. Enquanto analisavam o local, o irmão da vítima chegou e disse que sabia quem havia matado o irmão dele e jurou que eles iam pagar. Assim que ultrapassou a faixa amarela, um cara correu até ele e atirou em suas costas, tentou fugir logo em seguida, mas os policiais foram atrás assim como Sofia que correu sabendo que o cara iria largar a arma. Era só ligar a arma às duas vítimas e o caso estava resolvido.

Enquanto isso acontecia, Greg estava com Grissom no beco ao lado da cena, pois o novato havia encontrado o corpo de um menino dentro de uma lixeira. O pobrezinho já estava quase esquelético.

Sara chegou na cena pela manhã e encontrou Greg e David com o garotinho.

O legista assistente afirmou que a criança estava morta há menos de 24 horas. Não era tempo o bastante para a mumificação, porém parecia que estava dias sem comer.

Na autópsia, Sara descobriu que o pequeno tinha cinco anos, tinha uma fratura no ombro indicando abuso infantil e que a causa da morte era desnutrição. Ele havia morrido de fome.

A morena foi até a sala de descanso dar uma pesquisada nas fichas de proteção a criança, pra ver se achava algum garotinho semelhante, pra ter uma identidade. Sofia apareceu na sala minutos depois.

— Eu procurei o DNA do menor não identificado na base de dados. - disse a loira. _ Sinto muito, não achei nada.

— É, não me surpreende. - disse a morena. _ Ele não era nem alimentado, porque se importariam se sumisse?

O que aconteceu com aquele garotinho foi cruel, muito cruel. Sara se sentiu mal ao ver o corpinho dele naquela lixeira, e mais ainda quando saiu do necrotério com as informações.

— O que está fazendo aqui? - Sofia quis saber.

— A vítima tinha uma fratura de abuso físico.

— E acha que o serviço de proteção a criança investigou?

— Com base na idade da vítima, na data da fratura e no tipo de lesão, encontrei dez candidatos.

— É ...- a loira se aproximou da mesa e deu uma olhada numa ficha. _ Você vai levar uma eternidade pra checar isso.

Sara levantou uma sobrancelha.

— Eu dou um jeito. - respondeu.

Sofia sentiu que Sara não queria ajuda.

— Eu levei muito tempo pra chegar onde eu estava, Sara. - a morena a olhou. _ Agora parece que eu estou começando do zero. Sinto falta de dormir à noite, dos meus colegas, e de...- ela parou.

— De quê?

— De que confiem em mim. - dito isso, Sofia deu uma última olhada para Sara e saiu da sala.

Sara ficou pensativa. Nem conhecia a loira ainda e já não queria papo com ela. Sara não era assim. Acho que só tem um motivo pra isso. Grissom.  Sara tentaria dar uma chance a ela.

A pesquisa não levou uma eternidade como Sofia havia dito. Sara baixou as radiografias dos candidatos mais prováveis, e com doutor Robbins ela descobriu o nome do garotinho pela radiografia. Devon Malton. A última residência conhecida era um lar temporário e a responsável não era de colaborar muito. Preferiu ir pra delegacia do que deixarem Brass e Sara entrarem na casa. As crianças que ela cuidava foram junto e ficaram na sala de espera. Sara resolveu ir falar com elas, mas quando disse “Oi” ninguém respondeu.

Sara tentou puxar assunto com a mais velha dizendo que a matéria que ela estava estudando era fascinante, mas a menina logo disse:

— Olha, você pode até me interrogar, mas não precisa fingir que está interessada em mim.

— Me desculpa, foi mal.- disse a morena. _ Eu só queria te deixar à vontade. Eu sei como é.

— Como é o que?

— Morar com estranhos, ter o destino decidido por assistente sociais, advogados, juízes...

— Esteve no sistema. - a garota entendeu.

Sara assentiu.

— Por um tempo.

A menina respirou fundo antes de começar a falar.

— Eu moro em lares temporários há dez anos. Mudando de uma casa pra outra. Acredite, a senhora Teney é uma das melhores.

— Ela não colabora muito.

— Ela só é desconfiada. Olha, eu sei que ela parece durona, mas ela se importa. O bastante pra dizer a verdade pra gente... mesmo que machuque.

— Lembra de um garoto chamado Devon?

— Lembro. Era um fofo! Tinha uns cinco anos.

— Sua mãe adotiva disse que o Devon foi embora há seis meses, é verdade?

— É.- disse ela. _ Por que as perguntas? - Sara fez uma cara que ela não soube decifrar. _ Tem algo errado?

— Tem.

A menina então entendeu.

— Ele morreu? - perguntou triste.

— Morreu.

— Eu não entendo. - a voz dela ficou embargada. _ Ele foi buscado pela própria mãe. Isso não acontece. Dava pra ver como ela amava os meninos.

Opa! Meninos?

— Glynnis... O Devon tinha irmãos no lar temporário?

— Tinha. - ela respondeu. _ Dois irmãos mais velhos. O Kevin e o Raymond. Como eles estão?

— Não sabemos onde eles estão.

— Mas vão encontrá-los, não vão?

— Faremos o possível.

...

Tentaram contatar a mãe. Uma assistente social informou Sara e Brass que os três meninos foram mandados para lares temporários enquanto a mãe cumpria a sentença. Mas que sentença? A mãe dos meninos cumpriu 47 dias de uma sentença de 90 por quebrar um tijolo na cabeça de um namorado abusivo. Mas foi legítima defesa! Foi, mas ela bateu cinco vezes e por isso teve que cumprir a pena. Ela conseguiu a guarda dos garotos de volta assim que saiu da cadeia. Porém, a assistente disse que já havia procurado em tudo quanto é lugar e não havia encontrado a mulher.

Enquanto isso, Greg e Sofia encontraram uma digital na lixeira, e pertencia a um homem do exército. O mesmo disse que dormiu com uma prostituta e só havia colocado o lixo pra fora, ele nem sabia que tinha uma criança morta dentro. Ele disse onde a conheceu e Brass foi checar com Sara.

Com base no fio de cabelo que encontraram no corpo, Sara encontrou a “mocinha” que usava uma peruca que combinava com o fio. Pegou o DNA dela e foi comprara com o da vítima no laboratório. Descobriram que ela era prima da mãe dos meninos.

Ela disse que a prima havia deixado os filhos com ela e que não tinha condições de cuidar deles. Não quis dizer onde os meninos estavam então Sara, Brass e Greg foram até a casa dela procurar.

Descobriram que a mãe deles sempre mandava dinheiro pra prima para a mesma cuidar dos meninos, dar alimento e roupas, porém a vagabunda usava o dinheiro pra comprar outras coisas, como uma TV novinha, em vez de cuidar dos meninos.

Sara os encontrou trancados num quartinho e gritou para Brass levar água e cobertores enquanto o mesmo chamava os paramédicos. Os meninos estavam bem desnutridos, um deles estava inconsciente e o outro estava chorando. Assim que o garotinho viu Sara, a abraçou como um pedido para tirar ele e o irmão daquele lugar.

Enquanto isso acontecia, Grissom resolveu ir faze ruma visita a sua melhor amiga. Apareceu na porta da sala dela com seu feto de porco junto a ele.

Cath franziu o cenho.

— Passeando com o bichinho?

Gil entrou.

— Eu sei como você gosta do meu feto de porco, então vou te dar de presente pro seu novo escritório. - sorriu e o colocou em cima da mesa.

— Ah, isso é tão simpático! - ela ironizou. _ Agora diga porque realmente está aqui. Veio me vigiar?

— Não! - ele estranhou a pergunta.

— O que você soube... Quem falou com você...?

— Viu? Começou há uma semana e já está paranoica!

Catherine riu.

— Quando eu era o seu braço direito... e o esquerdo, eu sempre sabia que se a gente vacilasse, quem se daria mal era você.

Todo esse papo era porque Warrick havia sido meio grosso com um suspeito e o mesmo – que era policial – foi se queixar com Catherine. A ruiva deu uma bronca em Warrick por conta disso. E assim que Warrick mencionou não ter falado com ela e sim, com Grissom, a ruiva achou ruim e disse que ela não era o Grissom, e que seu subordinado tinha que ir falar com ela e não com o ex chefe.

— Pois é, é o trabalho. - disse Gil.

— É ... é o trabalho. - ela concordou.

Ambos sorriram.

— Você já bancou o político?

Grissom respirou fundo e respondeu.

— Eu concorri a presidente do clube de ciências no ginásio. Mary ganhou de mim por um voto.

Catherine sorriu.

— Aposto que não votou em si mesmo.

— Nunca fui um bom político. E paguei por isso. Foi como perdi o Nick e o Warrick. - ele lamentou.

— E eu saí ganhando.

— É. Pelo menos estão em boas mãos.

...

Ao fim do turno, Greg, Nick e Warrick se reuniram na sala de descanso pra comer pipoca, e Grissom foi para sua sala ler. Já Sara ficou sozinha em outra sala que tinha visão das outras duas. A de descanso e a de Grissom. Abriu seu notebook e olhou para a sala do chefe. Ele estava lendo um livro e, Sofia chegou sentando na mesa dele e pegando o livro pra ver. Não gostou nada daquilo. Olhou pro outro lado e seus amigos estavam comendo pipoca, rindo do que Greg dizia.

Sara suspirou e olhou para a tela do notebook. Digitou no search do site LexisNexis, na aba de casos federais e estaduais: “O povo contra Laura Sidle. Modesto, Califórnia, 1984.” Pra ver o que encontrava.

Aquele caso havia mexido com ela e queria saber o que diziam sobre o que sua mãe fez quando tinha 12 anos.

Ia ser uma manhã longa e dolorosa pra ela.


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Notas finais do capítulo

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Bonecas de Luxo tá chegando. Vão lá responder o formulário ;)
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Nos vemos no próximo capítulo ♥
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Abraço de urso :3



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