Love Story escrita por Fofura


Capítulo 66
Mea Culpa


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Na data certa de novo! Só não no horário certo né, mas ok husaha
Eu já disse que odeio o Conrad nessas temporadas? Não?
EU ODEIO O CONRAD!



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Era a última quinta-feira do mês e já estava tudo pronto para a sua mudança.

Grissom havia pedido a ajuda de Warrick com as caixas para levar para seu novo lar. Ele resolveu vender aquela casa que era grande demais para uma pessoa só, e se mudar para um apartamento mais afastado do centro de Las Vegas, num bairro mais tranquilo. Teve que procurar bastante porque alguns dos prédios não permitiam cães, e como Grissom tinha um, teria que procurar um que não tivesse problema com animais.

Não teve nem tempo de tirar as coisas de dentro das caixas, pois surgiu uma emergência e ele foi imediatamente pro laboratório.

Um caso antigo foi reavaliado e Grissom teve que depor novamente. Em Dezembro de 1999, Grissom investigou um crime numa loja de ferragens. A vítima havia sido espancada e a arma do crime era uma chave inglesa. O réu estava presente sendo acusado por matar a vítima, pois suas digitais estavam na chave inglesa. Uma das evidências era um caixa de fósforos que o assassino havia deixado para trás quando tentou causar um incêndio na loja. Porém, ao pegar essa mesma caixa de fósforos, Gil notou uma digital que não estava lá antes, e estava rosa.

Ele pediu dez minutos para a juíza e saiu pra falar com o promotor. Aquela digital não estava ali antes e ele tinha certeza disso. E sabia que estava numa situação ruim, quando comparou a digital do réu com a da caixa. Não combinava.

Conrad ficou sabendo disso e claro que ele já tinha um plano na manga. Sempre quis derrubar Grissom e surgiu a oportunidade.

Encontrou com Grissom no corredor e o questionou sobre o ocorrido, depois o informou:

— Como o seu testemunho original difere da evidência física apresentada, achei melhor te informar que decidi abrir uma sindicância interna.

Grissom achou aquilo o cúmulo, mas não deixou transparecer para não dar aquele gostinho a ele.

— Olha, muito bom, Conrad! Não me lembro de um diretor assistente tão eficiente quanto você!

Não deu tempo de Conrad responder, pois um tiro dentro do laboratório roubou a atenção de todo mundo. Felizmente, foi só a arma do caso de Greg e sara que havia disparado na mão de Bobby Dawson sem querer.

Depois de irem falar com ele, Conrad disse para Gil mantê-lo informado e saiu de lá. Grissom foi até a sala da mesa de luz com Catherine, Warrick e Nick para explicar o que aconteceu e o que eles teriam que fazer. Catherine ia comandar aquela investigação para saber o porquê daquela digital ter aparecido do nada, enquanto Grissom ficaria afastado do caso já estava sendo “investigado”. Conrad não aprecia estar brincando quando disse que abriu uma sindicância interna. Só não sabia quem ia fazer aquilo pra ele.

E isso ele descobriu bem cedo, quando a pessoa em questão foi até sua sala avisar.

Sofia Curtis ia fazer o inquérito dele e a mesma lhe afirmou que ia ser imparcial. Grissom disse que não esperaria outra coisa. Tinham que ser profissionais e deixar o coleguismo de lado.

...

Brass alertou Grissom sobre o novo diretor assistente. Sabia da rixa entre os dois e agora Conrad tinha, digamos, mais poder naquele laboratório. Se tivesse alguma coisa que pudesse fazer pra ferrar a capacidade de Grissom como chefe, ele faria. Foi sobre isso que Brass foi falar com ele.

— Precisamos conversar, Gil. - ele começou. _ O Ecklie andou falando com o xerife e o departamento todo sabe sobre o inquérito.

— Eu não posso fazer nada. - disse o supervisor.

— Eu só queria te dar um aviso que vai acontecer o seguinte... Pra parecer objetivo o Ecklie vai seguir as recomendações da Sofia. O problema é que... ela é a supervisora interina do diurno então precisa da aprovação do Ecklie para ser efetivada.

— E você acha que ela vai dizer tudo o que o Ecklie quiser?!

— Sim, a questão não é só o caso Garbet, ele está avaliando sua equipe inteira e sua habilidade de liderar. - Brass estava preocupado com o amigo. Se Ecklie quisesse, ele conseguia derruba-lo com facilidade caso conseguisse algo concreto.

— Pobre Conrad! - tão desesperado por ser melhor que ele, que arma uma coisa dessas.

— Eu odeio admitir, mas quando o assunto é política, ele acaba com você. Fique atento, a briga vai ser feia. - aconselhou o capitão.

Gil agradeceu a preocupação do amigo e voltou para suas ocupações.

O plano de Ecklie havia começado naquele momento. Enquanto Sofia fazia o inquérito de Grissom – pra saber se ele havia agido certo em se afastar e todo o resto sobre a investigação de cinco anos atrás –, o diretor assistente ia interrogando a equipe de Grissom, um por um.

Se a equipe de Grissom soubesse do plano de Ecklie, não teriam dito nada. O problema é que eles não sabiam.

O primeiro foi Warrick.

— Eu vou direto ao ponto. - disse o careca. (Tá gente, Conrad não é careca, ele é calvo, mas eu prefiro chamar ele de careca) — O supervisor Grissom mandou que analisasse os pelos encontrados ao lado do corpo de Marx Larson?

— Era o meu trabalho levar os pelos ao DNA. - respondeu Warrick.

— E levou?

— Levei!

— Há cinco anos?

— Não, foi ontem.

Conrad não disse nada e se sentou em sua cadeira. Warrick ia falar, mas Conrad interrompeu o mandando sentar também.

— Como diretor assistente agora eu tenho acesso a arquivos pessoais. - ele fez aquela cara de convencido e Warrick se manteve sério. _ Você fez um trabalho notável ao longo dos anos, Warrick, de verdade. Vejo elogios de detetives e promotores... Também vejo que você é viciado em jogo.

Sempre pegavam pra esse lado, né? Não tinham argumentos melhores?

— Eu era viciado em jogo. - Warrick afirmou dando ênfase em “era”. _ Por que isso?

Conrad não respondeu a pergunta do perito e continuou sua observaçãozinha.

— Parece que o supervisor Grissom lhe deu o apoio adequado.

Warrick estava desconfortável, mas respondeu.

— É verdade.

— Então... ele deu acesso a recursos do departamento pra ajudá-lo a lidar com seu problema!?- Ecklie sabia que a resposta era não. Era o que Grissom deveria ter feito em sua concepção e não fez.

— Não. - respondeu o CSI. _ Ele me ajudou como um amigo.

Pronto, lascou!

Conrad 1 x CSI’s 0

— Ótimo. Você ajudou muito. Obrigado.

Warrick levantou sem entender e saiu da sala.

...

A segunda foi Sara.

A morena estava na garagem com Greg, seu jovem aprendiz, para ensiná-lo como pegar o número de série de uma arma que estava lixada para esconder o mesmo.

— Tá, pegamos uma cera de polimento e esfregamos no número de série apagado. Aí passamos um esmeril até ficar liso como um espelho...- ela passou a máquina na arma tendo a atenção total de Greg. _ Depois usamos o reagente de frague, ele corrói a área comprimida em velocidades diferentes.

— Expondo o metal mais denso do número de série. - concluiu o novato.

— Agora, dá uma olhada.

E lá estava do número de série!

— Veja se consegue o endereço na base de dados e nas lojas de penhores, tabom?

Greg foi fazer o que ela pediu enquanto a mesma limpava tudo. Greg ia saindo e Conrad chegando.

— Sara! - ele disse como um cumprimento “animado”. _ Tem um minuto?

— Talvez. - o humor dela estava ótimo, mas ele tinha que aparecer né?

Ele fez uma brincadeirinha pra descontrair ao ver o que ela estava usando pra polir a arma, achando que ela ia baixar a guarda.

— Está polindo suas joias no laboratório? Isso seria contra as regras. - sorriu.

“Ai que engraçadinho!”

— Como posso ajudar?

— Bom, como sabe é meu trabalho revisar as fichas de todos, eu só queria saber se já terminou com a terapia recomendada.

Quê?

— Não é da sua conta, Ecklie! - ela respondeu séria.

Ai! Conrad 1 x CSI’s 1

Ele riu da coragem dela ao falar daquele jeito com ele.

— Não só é da minha conta como pretendo falar com seu supervisor.

— Sobre o que?

— Ele sabe de tudo, não sabe?

Puta! A conversa que era pra ela ter com ele e ficou adiando! Se dissesse que não, ia prejudicar Grissom e ela não queria isso. Resolveu mentir.

— Sabe! É ... nós tivemos uma conversa bem rápida, eu estou bem. Eu terminei o número obrigatório de sessões há meses. - já isso era verdade.

— Ah, bom... o Grissom não incluiu essa conversa na sua ficha, mas... eu vou cuidar disso, tá? - ele fingiu ser legal com ela pra ganhar confiança.

Pobrezinho!

Sara forçou um sorriso sem mostrar os dentes, pra fazer transparecer que estava despreocupada.

— Obrigada. - ela respondeu com medo assim que ele se virou.

Agora fodeu tudo! Grissom ia ficar sabendo que ela mentiu e teria que se virar nos trinta pra inventar uma história que batesse com a dela.

Sara não poderia procurá-lo enquanto estivesse rolando aquele inquérito ou Ecklie ia ter a certeza de que aquela conversa que Sara afirmou ter tido com Grissom era mentira.

...

A terceira foi Catherine, que também não se deixou intimidar pelas perguntas de Conrad.

— Cinco anos atrás você fez parte da equipe que investigou um homicídio no 2028 da avenida Bolder?

— Você sabe que sim.

— Especificamente, quais tarefas o supervisor Grissom delegou a você?

— O Gil nos dá liberdade. Nós sabemos o que tem que ser feito.

Vish.

Conrad 2 x CSI’s 1

— Tá.

— Eu fotografei a cena, coletei amostras de sangue e encaminhei o jornal queimado pra análise.

— No estágio da análise o Grissom avaliou os relatórios com você?

Cath estava estranhando todo aquele interrogatório.

— Está perguntando se ele realizou uma avaliação como supervisor?

— Esse é o protocolo.

— É, provavelmente. Acredito que sim. - ela respondeu.

Conrad olhou bem pra ela e voltou sua atenção para os papéis.

Catherine sorriu.

— Está fazendo isso pelo bem do laboratório ou pra derrubar o Grissom?

Aeee! Conrad 2 x CSI’s 2

— Catherine...- a ruiva o olhou com indiferença. _ Diversos investigadores de talento como você se candidataram a vaga de supervisor. Só quero checar se as pessoas estão nas posições certas. - ele deu uma de João sem braço, como de costume.

Catherine não acreditou muito naquela desculpa.

— E quanto ao meu pedido... Eu queria muito ser a supervisora do diurno.

— Claro, você é mãe solteira, o horário é melhor, e a grana extra viria a calhar.

— Não, eu não estou ligando pro dinheiro. - ela respondeu na sinceridade e na tranquilidade.

Mas o que Ecklie disse em seguida, a fez ficar com raiva.

— Deve ser bom ter um pai milionário, não é?

Ela devia ter falado umas poucas e boas pra ele, mas isso não ia lhe ajudar em nada com o que queria conseguir.

— Encerramos aqui! - Catherine se levantou e saiu da sala.

...

O último foi Nick que estava na sala de evidências guardando as mesmas do caso solucionado.

— Excelente trabalho no caso Larson, Nick. - disse Conrad parado na porta. _ Se não fosse por você, o filho estaria livre.

Nick deu de ombros.

— Foi trabalho em equipe.

— Trabalho em equipe...- era onde ele queria chegar. Entrou na sala. _ Como foi no caso Westonson, não é?

Nick franziu o cenho. O quê que tinha aquele caso com esse? Onde ele queria chegar?

— O ano passado, uma mulher que foi queimada num barril de combustível.

— É. Eu me lembro bem do caso, Conrad.

— Eu revisei o relatório do Grissom, parece que você sozinho é uma máquina de investigação.

Nick forçou um sorriso e agradeceu com a cabeça o elogio. Não estava muito afim de conversar com ele não.

Conrad percebeu e persistiu.

— O Grissom rejeitou o testemunho de Faye Minden, mas você não.

— Não, o Grissom permitiu que eu investigasse uma nova pista... sob a supervisão dele.- deixou isso bem claro.

— Hm. Ele te ofereceu outro investigador como equipe de suporte? - Nick ficou meio desconfortável com aquela pergunta e ia responder, mas Conrad não deixou. _ Não se preocupe, eu respeito sua independência. - Nick fez aquela cara de “Oque que tá acontecendo aqui? Tô confuso” e Conrad se dirigiu pra saída da sala. _ Enfim, bom trabalho. - saiu e fechou a porta.

Conrad 3 x CSI’s 2

É... Acho que ele ganhou, né?

Conrad havia conseguido o que queria.

...

Ao final do inquérito, Sofia foi com Grissom até a sala de Conrad, sem nem sequer imaginar o que ia acontecer.

Sentados nas cadeiras em frente a mesa de Ecklie, Sofia ouvia e Grissom explicava o que havia acontecido com aquela digital.

— Se eu entendi corretamente... a digital latente na caixa de fósforos continuou se revelando sozinha depois que terminaram?

— Teoricamente sim. - Grissom respondeu.

— Como já deve saber, pedi que a Sofia avaliasse seu desempenho na investigação do caso Marx Larson. - Conrad se dirigiu a Sofia agora: _ O supervisor Grissom violou algum procedimento no trato com a evidência?

Sofia olhou para Grissom antes de responder.

— Acredito que ele agiu corretamente.

Como não foi o que Conrad queria ouvir, foi mais um motivo pra ele fazer o que pretendia.

Sofia continuou.

— Seguiu o protocolo do laboratório e quando viu que a evidência não correspondia aos seus registros, notificou o promotor e se afastou da reavaliação do caso.

— Está dizendo que... a forma como ele lidou com a descoberta de novas evidências no tribunal... está dentro do nosso protocolo?

— No que diz respeito a este caso, sim!

Ele pareceu decepcionado e ficou alguns segundos sem responder nada. Porém jogou a bomba depois. Olhou para Grissom e disse:

— No processo de investigação desse caso, sua capacidade como supervisor foi colocada em dúvida.

“Pera! Quê?”

— Isso não vai... um pouco além da alçada deste inquérito? - perguntou o supervisor.

Sofia entrou em defesa de Grissom.

— Repetindo, não temos nenhuma evidência de que Grissom tenha violado o protocolo...- Conrad a interrompeu, sendo grosso ao fazer isso.

— Obrigado pela sua ajuda!

Grissom achou ridículo.

— Tabom Conrad! O que você tem? Vamos ouvir.

— Em termos individuais, não há nada específico que exija medidas disciplinares, no entanto, minha investigação me levou a questionar a eficiência da sua equipe e ... sua capacidade de liderança. Decidi dividi-los!

— Como é que é? - Grissom, que estava sendo paciente até o momento, perguntou com pura indignação. Só podia ser brincadeira.

— Eu já falei com o diretor, a distribuição de pessoal é uma prerrogativa minha. À partir de agora, Catherine Willows passa a ser supervisora do turno da tarde...- Grissom o interrompeu.

— Espera aí! A Catherine queria o diurno!

— É pelo bem do laboratório! - Grissom continuava olhando pra ele com indignação, e Sofia idem. _ Eu decidi transferir o supervisor da tarde para o diurno.

Foi quando Sofia interveio.

— Eu sou supervisora interina do diurno há um mês, eu acredito que já provei minha competência.

Conrad fingiu não escutá-la.

— Warrick Brown e Nick Stokes responderão a Catherine. Greg Sanders, caso seja aprovado, Sara Sidle e Sofia responderão a você.

— Está me rebaixando!?

Tanto a loira como Grissom não estavam acreditando no que estavam ouvindo.

— Eu acho que você e o Grissom combinam. - ele disse na cara de pau e até sorriu.

— Por que está fazendo isso? - Gil queria muito saber o que Conrad tanto tinha contra ele. E pelo visto, contra Sofia, já que a mesma apenas havia feito o que ele mandou e mesmo assim foi rebaixada.

— Há uma falta crônica de supervisão no turno da noite, seus funcionários estão te acobertando, Gil! As suas deficiências! Antes que a sua incompetência ponha o laboratório em risco, eu vou retificar a situação!

Grissom riu de nervoso. Mas que absurdo!

Desde quando Conrad sabia o que era uma boa supervisão? Uma boa equipe? Ele de fato sabia o significado de incompetência? Não!

— Minha decisão é final!


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Notas finais do capítulo

MAS É UM FILHO DA @!*#?&
Mexeu com um, mexeu com todos, meu querido! A equipe ficou uma fera com ele, e com razão. Teremos essa indignação no próximo capítulo para o mesmo não ficar tão curto.
É isso. Espero pelos comentários de vocês ♥
Abraço de urso :3



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