Love Story escrita por Fofura


Capítulo 60
Irmãos de Sangue


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas! Quanto tempo né?
Consegui concluir esse capítulo e por incrível que pareça, eu não estava empacada no final e sim no começo. O final já estava escrito há tempos hsuaha
Não tenho nada do 61 ainda, mas farei o possível pra postá-lo sem demora. Assim poderemos seguir com a quinta temporada.
Alguém ansioso aí? O capítulo tão esperado está cada vez mais próximo. Vou me empenhar mais pra mostrar algo legal pra vocês :)
Enfim, desculpem a demora com mais um capítulo. Quero dedicá-lo a Vicky77, pois ela fez aniversário na terça e é um amorzinho de leitora ♥ Mais uma vez, parabéns pandinha!
Espero que gostem.
Enjoy



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Depois de ter descoberto que não foi indicada pra promoção, Sara ficou chateada, mas tentava não deixar transparecer. A situação estava ruim? Estava. Mas parecia que o mundo conspirava pra ficar ainda pior.

Naquela semana eles tiveram que investigar um caso de uma mulher que foi atacada na estrada. Ela foi estuprada e quase foi morta. Linley Parker conseguiu escapar, toda machucada e conseguiu ser resgatada. Foi levada pro hospital pra fazer exames e aguardar pra dar o depoimento a polícia. Nos casos de violência, Sara sempre queria pegar o depoimento da vítima e ficar o mais focada possível na investigação, mas naquela semana não foi o caso. Além de que, o sobrenome da vítima era o mesmo de sua amiga que ela perdeu contato. Parker. Não estava sendo fácil. Sara não quis pegar o depoimento e quis ficar com a parte “externa” da investigação, justamente pra não se envolver. O mesmo não aconteceu com Catherine que no lugar de Sara, se envolveu e muito no caso.

Catherine achou estranho Sara não querer pegar o depoimento de Linley, mas mesmo assim o fez.

No laboratório, enquanto Linley estava com um artista forense dando a descrição do homem que a estuprou, Sara assistia do lado de fora da sala. Até que Grissom juntou-se a ela.

O supervisor também notou a mudança repentina de Sara, e ficou olhando pra ela.

A morena percebeu e, ainda sem olhá-lo, perguntou:

— Que foi?

— Quantos dias de folga você tem acumulados, Sara?

Ela não parecia bem, e ficava com a cabeça no trabalho o tempo todo desde a última semana. Aquilo era comum pra ele, não pra ela.

— Umas… dez semanas, eu acho. - ela respondeu e o olhou. _ Por que? - voltou a olhar pra dentro da sala.

— Acho que devia tirar uma ou duas.

— Eu ainda estou no caso. - revezava o olhar dele pra sala, da sala pra ele. Sara entendeu onde ele queria chegar e explicou. _ Só não fiz a entrevista pela primeira vez na vida.

Ele nada disse e continuou olhando pra ela.

Sara, que já mantinha o olhar fixo na sala novamente, completou:

— Quando foi que Você tirou férias?

Grissom pareceu assimilar o que ela quis dizer.

— Nunca, não é?

O supervisor resolveu não insistir, se ela não queria tirar férias, tudo bem. Pelo menos ela não se envolveria no caso por vontade própria.

— Tabom. - dito isso, ele a deixou sozinha.

No corredor do laboratório, Grissom foi parado por Greg que tinha algo pra ele.

— Grissom, eu tenho informações que você vai achar úteis, mas antes de mais nada, eu quero uma decisão.

— O que é?

— Eu estou cansado de ficar em cima do muro. Ou eu fico trabalhando aqui, ou trabalho lá fora. - disse o técnico, sem enrolação. _ Qual vai ser?

— Assim que você encontrar e treinar um substituto, pode ir a campo. Até lá, fica no laboratório. Agora fala.

Greg amou ouvir aquilo, mas resolveu não demonstrar.

— Ah, chegou o resultado do sêmen coletado da vítima. O DNA bate com um caso de estupro de um ano atrás.

— Ainda aberto?

— Warrick foi puxar o arquivo.

— Obrigado. - Gil piscou e foi embora.

Greg disse a si mesmo sorrindo:

— Imagina! Eu que agradeço! - se virou pra voltar à sua sala e sou um “Yeah!” em comemoração.

Grissom foi atrás de Warrick pra saber o que as duas vítimas tinham em comum – no caso, o estuprador – enquanto Catherine assistia Linley falar detalhadamente do estuprador pra artista forense desenhar. Encontraram um suspeito que batia com a descrição e o levaram para reconhecimento, onde Linley deu absoluta certeza de que o homem que levaram, Todd Coombs, era seu estuprador.

Mas, ao pegarem o DNA de Todd, não foi compatível com o do sêmen que coletaram em Linley, então ele foi solto. Porém, o DNA tinha um parentesco com Todd, isso significa que o estuprador podia ser irmão dele.

Então Sara, que estava em seu canto na investigação, soube do resultado do DNA e foi falar com Grissom, mas só para que ele soubesse que ela estava trabalhando também, e ele pareceu ter notado.

A morena chegou na sala do chefe – que estava de costas pra porta – e já foi falando.

— Soube que estão procurando o irmão do Todd Coombs.

Ao ouvir sua linda voz, Gil virou o rosto para olhá-la.

— Ou irmãos. - ele respondeu e voltou a olhar os papéis.

— Eu faço a árvore genealógica.

Sara não esperou ele dizer nada e saiu da sala.

Gil franziu o cenho e se virou, assim viu a morena se afastar.

Sara encontrou quatro irmãos: Roger, Larry, Kevin e Bailey. Brass e Warrick foram falar com dois que trabalhavam juntos, e Sara foi com o detetive Louis Vartann falar com outro. Pegaram o DNA de todos, mas um deles não foi encontrado.

Enquanto a polícia procurava o quarto irmão, Catherine recebia uma ligação de Linley Parker desesperada precisando de ajuda. Catherine ouviu Linley gritar no telefone e o vidro do carro dela ser quebrado. Mais que depressa ela foi até o local, mas não tinha nenhum sinal de Linley lá. O carro estava realmente com a janela quebrada e nela havia sangue.

Começaram uma busca atrás de Linley enquanto Sara e Vartann também tentavam encontrar o quarto irmão de Todd Coombs.

Antes de encontrarem o cara, Grissom, Catherine e Nick encontraram o corpo de Linley no deserto, perto de uma estrada. Ela havia sido atacada e estuprada novamente antes de ser morta.

Enquanto Catherine analisava o corpo de Linley no necrotério, Sara e Vartann prendiam Kevin Coombs.

Analisaram o sangue na janela e combinou com o sêmen de todos os estupros, e a nenhum dos irmãos. Mas Catherine havia encontrado um fio de cabelo no corpo de Linley e Greg confirmou que era de Todd Coombs.

Levaram Todd novamente pra delegacia para examinar suas roupas e ver se tinha alguma lesão recente em seu corpo. Enquanto tirava fotos das costas de Todd, Grissom percebeu algo incomum. Manchas na pele. Mas não eram manchas comuns, essas manchas só podiam ser vistas com o flash da câmera ou com a luz UV. Grissom então foi pesquisar sobre o assunto e depois pegou uma amostra de sangue de Todd pra ter certeza. Descobriu que Todd Coombs tinha dois códigos genéticos no corpo e que ele tinha um irmão gêmeo que morreu. Às vezes gêmeos fraternos, dois óvulos fertilizados separadamente, acabam virando uma só pessoa. Na prática, um dos embriões morre, mas seu DNA sobrevive no outro. Era por isso que o DNA da saliva dele combinava com o do sangue, mas não com o do sêmen. Um pertencia a ele, e outro do irmão que morreu. Ao ser preso, Todd confessou que estuprou e matou as duas mulheres.

...

Ao final do caso solucionado, Warrick, Sara e Nick passeavam pelas ruas de Vegas.

— Que noite hein! Estão com fome? Querem comer alguma coisa? - o negro alto perguntou.

— Não, acho que eu vou pra casa.

— É, eu também. - Nick concordou com a frase de Sara, também queria ir pra casa.

— Tudo bem. Descansem. - Warrick se despediu deles e seguiu seu caminho.

Sara agarrou o braço de Nick e resolveu dizer o que ainda não tinha dito.

— Vem cá, Nick... Parabéns pela sua quase promoção. Sério, você merece.

Nick a fitou e resolveu provocá-la.

— Nossa! Foi difícil pra você falar isso, não foi?

— É.- ela sorriu e largou o braço dele o empurrando um pouco. _ Foi. - o deixou lá e foi embora.

Nick riu do esforço da amiga de não parecer chateada. Sara podia estar um caos por dentro, mas isso nunca a impediu de tentar fazer seus amigos se sentirem bem. Sara não deixava que nada mudasse quem ela é.

A morena resolveu mudar o rumo e ir pra um bar. Precisava beber para afastar os problemas.

E o problema foi esse. Bebeu mais do que devia, pegou o carro e saiu dirigindo pra casa.

...

Em sua sala lendo uns papeis, Grissom estava concentrado até ser interrompido pelo telefone. Pegou o mesmo e atendeu.

— Grissom!

— Senhor Grissom, é o supervisor da senhorita Sidle?

— Sim. - Grissom já estranhou ligarem pra ele falando de Sara.

— Ela estava dirigindo em alta velocidade. Tivemos que pará-la.

— E ela está bem?

— Poderia comparecer à delegacia, por favor?

— Claro, estou indo.

O policial não respondeu sua pergunta e Grissom ficou preocupado, saiu correndo pra delegacia saber se Sara estava bem.

Ao chegar lá o policial lhe explicou a situação.

— Sorte que ela não estava na Strip. Seria jurisdição da polícia rodoviária. Ela assoprou 0,09. Tecnicamente, ela estava acima, mas como acabaram de abaixar o limite, deixamos quieto e não a fichamos. Mas tínhamos que chamar o supervisor dela. - ao terminar de falar, o policial apontou para a morena sentada na sala de espera da delegacia.

— Obrigado. Eu agradeço a gentileza.

— Sem problema. - o simpático policial se retirou em seguida.

Grissom entrou na sala e foi devagar até Sara que já havia notado que ele estava ali, mas não demonstrou. Sentou-se ao lado dela e a fitou. Sara manteve o olhar fixo num canto qualquer a sua frente, até Grissom pegar em sua mão. Ela desviou o olhar para suas mãos unidas e, sentindo-se mal, nada disse.

— Vamos. Eu te levo pra casa. - Gil não foi rude, nem insensível. Ao contrário, foi compreensivo. Era a primeira vez que aquilo acontecia e Gil sabia o porquê.

Sara abaixou a cabeça e suspirou.

— Está tudo bem, Sara. - seu tom de voz era doce. Brigar com ela não ia resolver nada. _ Vem, vamos embora. - levantou-se devagar ainda segurando em sua mão. Sara fez o mesmo.

Sara não quis sair da delegacia cabisbaixa. Mesmo estando com os níveis de álcool um pouco elevados, ela reconheceu que o que fez foi errado e devia explicações ao chefe. Saiu com a cabeça erguida e com a expressão séria, só voltou a ficar do mesmo jeito da delegacia quando entrou no carro de Gil.

O caminho foi em total silêncio. Nenhum dos dois se manifestou sobre o assunto.

Ao parar em frente ao apartamento de Sara, Gil saiu rápido do carro e foi abrir a porta pra ela. Sara sabia que as consequências de seus atos não seriam boas, mas ia enfrentá-las sem medo.

Frente a frente, com a rua vazia e nenhum barulho em volta, Gil se pronunciou.

— Quer que eu suba?

— Pra quê? Pra me dar bronca? Pra fazer eu me sentir pior do que eu já estou? - ela abaixou a cabeça.

— Não Sara. Olha pra mim. - tocou seu rosto com a mão direita fazendo-a olhar pra ele. _ Eu não vou brigar com você.

— Mas deveria.

— Eu sei que deveria. - acariciou com o dedão sua bochecha rosada. _ Mas não vou. - colocou uma mecha do cabelo dela atrás de sua orelha.

Sara abaixou a cabeça de novo e ele a embalou em seus braços.

— Me desculpa. Quero cuidar de você, como eu cuidava antes.

— Agora?

Só porque ela tinha feito besteira? Depois de toda a dor que ele lhe causou, agora ele quer cuidar dela?

Mesmo chateada, como recusar?

— Me deixa subir?!

Ainda em seus braços, Sara balançou a cabeça em permissão.

...

Assim que entraram no apartamento, Gil pediu licença para usar a cozinha e preparou um chá pra ela. Quando ficou pronto, levou a xícara pra ela que se mantinha imóvel sentada no sofá. Sentou-se em sua frente, na mesinha de centro.

— Camomila?!- ela perguntou olhando o líquido dentro da xícara.

— Pra você relaxar e tentar dormir um pouco.

Ela assentiu e bebeu um gole.

— Sabe que se fosse qualquer outra pessoa, você já estaria suspensa e já teria ouvido milhares de sermões. Mas eu não irei fazer nada disso.

— Por que não?

— Porque eu sei que a culpa de você estar assim é minha.

Não só por causa da promoção que ele não a indicou, mas por se distanciar dela e por fazê-la sofrer com seu “amor não correspondido”. A última coisa que ele queria no mundo era magoá-la.

Sara se surpreendeu. Imediatamente o fitou.

— Assim como?

— Triste... e fria.

Sara suspirou e bebeu mais um gole do chá.

— Quer saber porque não te indiquei pra promoção?

— Aquele motivo não era o verdadeiro? - ela perguntou num tom irônico.

— Não. Um dia você me disse “eu quero confirmar que o que aconteceu ou não aconteceu entre nós não será um fator”, e isso me fez lembrar de São Francisco.

— Ainda sente algo por mim, não sente? - ela torcia para que a resposta fosse sim, mas o que ouviu...

— Aquela fase já acabou, Sara.

Sara logo se recostou no sofá com uma expressão de indignação e ao mesmo tempo tristeza.

— Fase? - ela não estava acreditando no que ouvira. _ Eu fui uma fase pra você?

— Sara...- ele tentou se explicar, mas ela não deixou.

— Vai embora. - ela desviou o olhar dele, e pra não parecer grossa tentou um...: _ Por favor. - sua voz quase embargou, mas manteve-se firme.

— Ok. - Gil, sem nenhuma alternativa, se levantou. _ Se precisar de alguma coisa me liga, tá? - beijou o topo de sua cabeça e saiu de lá.

“Fase” ...

“E se você se sentir só, eu serei seu ombro

Com o toque suave que você conhece tão bem

Alguém disse uma vez: é a alma que importa

Baby, é ela quem realmente pode dizer

Quando dois corações se pertencem” ― Michael Jackson


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Notas finais do capítulo

Pensaram que ele seria duro com a Sara? Não, não.
Mas mesmo sendo bonzinho, ele foi burro. Óh o que ele foi inventar de dizer! "Fase"
Meu Deus, Grissom!
Espero que tenha compensado esses 16 dias sem nada.
Vão lá responder o formulário, ele ainda está esperando por vocês. É facinho de responder ;)
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc6Rs5kxVH0FzUHbd3WgU4WelkwrTH0RquYH9kurLkdVNdsiw/viewform
Deixem suas opiniões que irei responder com todo o amor do mundo ♥
Abraço de urso :3



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