Love Story escrita por Fofura


Capítulo 56
XX


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey pandinhas!
Obrigada a todas que comentaram no capítulo anterior ♥
Três de dezesseis acertaram a pergunta número 5. Foi chute? hushaua
Vou deixar o link aqui pra vocês verem o gráfico.
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Enjoy ♥



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“Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida… Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega.” ― Martha Medeiros

Mais uma manhã de quinta-feira. No dia anterior Sara havia ido novamente ao salão de beleza mudar o visual de seu cabelo. Já tinha enjoado do estilo esticado, então resolveu dar um up. Como já estava grande, ela cortou e repicou ele um pouco dando aquele volume dos lados. Super combinou com ela esse estilo, ficou mais linda ainda.

 

Naquela manhã, Catherine, Sara e Nick ficaram encarregados de investigar o caso do corpo de uma mulher presidiária que foi encontrada amarrada na parte de baixo de um ônibus. A primeira suspeita é a de uma fuga que deu errado, mas então descobre-se que a mulher já estava morta quando foi amarrada ao ônibus. Enquanto isso, Grissom e Warrick investigavam a morte de um homem apunhalado até morrer em seu próprio apartamento.

A presidiária era conhecida como Baby Girl na prisão e ela tinha uma tatuagem que foi analisada por Hodges no meio do caso, assim como a fibra do pano que foi usado para amarrá-la no ônibus. Nick foi até lá ver o resultado.

— As fibras brancas do ferimento podem ter vindo de qualquer loja de roupa. 78% algodão, 8% poliéster, e 7% nilon elástico. - informou Hodges.

— Pelo jeito a gente está procurando um tipo letal de calcinha branca.

— É.- ele sorriu. _ Ou um sutiã, ou um par de meias. A descoloração da pele, essa foi um desafio. Sabe, no antebraço? Parecia uma marca de nascença.

— A amostra de pele deveria ter sido mandada pra histologia.

— É, eles mandaram de volta pra mim. - nesse momento, Sara entrou na sala enquanto ele continuava sua fala. _ Ãhn... A coloração era um adulterante. Quelato de alumínio de ácido carminico.

— Quelato de alumínio? Nunca tinha ouvido falar disso.

— É uma cochonilha. - disse a morena.

— Uma o que? - perguntou Nick.

— Uma cochonilha, é um tipo de inseto. O ácido carminico é encontrado no intestino dele, é amargo pra desencorajar predadores. Como corante é valorizado há séculos.

— Desde quando você é especialista em insetos? - o técnico indagou.

— Livro de entomologia. O Grissom me deu de natal e quando eu não consigo dormir, eu leio.

— Que estranho. - comentou Nick. _ Eu não ganhei presente de natal do Grissom, e você? - indagou a Hodges que respondeu que não. Ambos fizeram expressões muito engraçadas ao saberem que não tinham ganhado presente de Grissom, somente Sara.

A morena franziu o cenho.

— Me diga uma coisa... Presumindo que ela foi tatuada na prisão, onde ela arranjou os insetos? - Hodges perguntou a especialista que ali estava haha.

— Bom, as cochonilhas se alimentam de cactos. Devem se reproduzir no pátio da cadeia. A Baby Girl pode ter esmagado alguns insetos e usado o ácido carminico pra se tatuar. - os meninos assentiram. _ Tem uma foto da tatuagem?

— Tenho. - respondeu o técnico, em seguida estendeu a foto a ela.

Sara deu uma olhada junto com Nick.

— Parece uma lua crescente. - observou o texano. _ Símbolo de gangue, talvez.

Mas Sara já soube de cara o que era.

— Toda mulher sabe o que é isso. É um coração. Bom, meio coração.

Nick virou a folha e realmente era um coração.

— Ah, é. Cadê a outra metade?

A outra metade estava no braço de outra presa, Juanita. Baby Girl tinha um relacionamento com ela, porém Juanita achou que Baby havia mentido sobre ter sido obrigada a trocar de cela, pois achou que era só pra se ver livre dela, então a matou por conta disso e também por conta do envolvimento de Baby com o motorista. Mas Baby só havia sido punida por contrabandear um colar para Juanita. Ao saber da verdade, Juanita se arrependeu muito, mas aquele ato já tinha esticado sua pena.

...

Assim que o caso foi concluído, toda a equipe saiu pra comer. Tinha tempo que não faziam isso. Foram no Frank’s como de costume.

— Nossa! - exclamou Greg. _ Faz um tempão que não nos reunimos aqui, não é?

— Realmente! - concordou Catherine. _ Já estava sentindo falta.

— Aí Sara! - Nick pegou seu garfo e aproximou ao prato dela. _ Me dá um pedaço desse bolo! - pegou um pedaço e comeu, antes de ela deixar que ele pegasse.

— Hey! - ela deu um tapão na cabeça dele que fez todos rirem, até Grissom. _ Por que sai pegando antes de eu deixar? Que coisa chata!

Aconteceu a mesma coisa com Brass um tempo atrás e ela também ficou brava.

— Chata é você! - ele apertou a barriga dela.

— Nick! Eu vou te dar outro tapão!

— Tabom, tabom, parei! - ele riu.

— Sara, sua gulosa! - Warrick brincou com ela.

— Eu não sou gulosa, Rick. O bolo do Nick está todinho no prato dele e ele vem pegar o meu?

Todo mundo riu.

— Verdade Nick, sacanagem! - Warrick concordou com a amiga ainda rindo.

— Come o dele também, Sara. - a ruiva sorriu.

— Ah não, eu sou educada, Cath. Não sou que nem essas pessoas, né Nicholas? - a cara dela de brava estava ótima.

Novamente Sara fez os amigos rirem.

— Chamou pelo nome inteiro, se lascou!

Agora Greg que fez a galera rir.

— Sabe o que isso me fez lembrar? - Warrick perguntou ao pararem de rir. _ A festa de gala. Teve uma hora que o Greg tentou pegar um petisco do prato da Sara e ela deu um tapão na mão dele.

— Bem feito! - disse a morena.

Os amigos não tiravam o sorriso divertido do rosto.

— A Sarinha é muito brava quando o assunto é a comida dela.

— Verdade. - Nick concordou com Greg e deu um beijo estalado na bochecha da “irmã”.

— Grissom? Vai continuar quietinho? - Catherine questionou o amigo que até o momento não tinha dito nada.

— Só estou observando. - sorriu de lado.

— É legal quando você interage. Vai, conta uma piada!

Greg fez todos rirem.

— Não sei contar piadas, Greg. - ele respondeu.

— Eu sei, e vou tentar fazer você rir.

— Lá vem. - Grissom revirou os olhos de um jeito muito engraçado fazendo os amigos rirem.

— Essa você vai gostar. Por que a aranha é o animal mais carente do mundo?

— Essa eu sei, essa eu sei! - Sara se adiantou.

— Duvido! Qual é, Sara?

Todos olharam pra ela esperando a resposta.

— Porque ela é um aracNEEDYOU.

Grissom não aguentou e riu.

Sara amou aquilo.

— Que bosta! - Nick não conseguia parar de rir.

— Que droga! Achei que ninguém sabia essa. - Greg fingiu estar decepcionado.

— Sabe outra, Sara? - perguntou Warrick.

— O que são dois pontos pretos no microscópio?

— Ah, essa eu sei! - Greg quase gritou.

— Então fala, espertão!

— Uma blacktéria e um pretozoário.

Catherine foi a que mais riu dessa.

— Vocês são muito bestas!

Aquele lanche da tarde deles foi muito divertido e não demoraram muito pra irem embora.

Catherine disse que deixava Greg e Nick em casa, Warrick foi embora também, restando apenas Gil e Sara que preferiram ir a pé, por isso não aceitaram carona. Foram pro Frank’s nos carros de Cath e Rick.

Eles caminhavam lado a lado em total silêncio. Em tempos antigos teria sempre um papo rolando, mas agora estava meio diferente.

Quando estavam quase chegando perto do apartamento de Sara, a mesma não aguentou e resolveu questioná-lo sobre uma coisa.

— Quem é ela, Gil?

— Ela quem? - ele foi tirado de seus devaneios pela pergunta dela.

— A mulher de quem falou quando interrogava o médico que matou a enfermeira.

Aquilo pegou Grissom de surpresa. Ele até parou de andar na calçada da praça. Não esperava por isso e ficou sem fala – não que isso não fosse normal.

Sara tinha quase certeza de que era ela a tal mulher de quem ele falava, mas antes de qualquer coisa, teria que ter total certeza.

— Você... assistiu o interrogatório?

Ela ignorou a pergunta.

— Você disse que não teve coragem de arriscar sua carreira por ela.

Gil tentou dar uma desculpa.

— Era... só pra ver se ele confessava.

— Mesmo? Parecia muito real.

— Sara...

Ela o interrompeu.

— Sua carreira é mais importante que ela, Gil? O verdadeiro amor só se encontra uma vez.

Mais uma vez ficou sem o que dizer. Ela estava certa, mas o que podia fazer? Sair correndo seria uma boa ideia.

Como ele não disse nada, ela perguntou mais uma vez.

— Quem é ela?

Não obteve resposta. Gil não podia dizer que era ela a tal mulher, mas também não podia dizer que não era ninguém, afinal, esse alguém exista, e era ela.

— Lembra de quando nos conhecemos?

Ele assentiu. Como poderia esquecer? Foi um dia marcante, mesmo que não tenha acontecido nada demais. Aquele tempinho que passou com ela na lanchonete foi maravilhoso.

— E de quando me beijou... Você lembra?

Ah, aquele dia! Foi o dia mais mágico de sua vida! Aquela boca, aquele gosto... Só o que ele queria era senti-los novamente. Mas aquilo não era certo.

— Lembro.

— Não sente falta? - se aproximou ficando quase colada nele.

Gil até prendeu a respiração por um instante. Sara o deixava nervoso, e ficar tão perto dela lhe causava uma certa tremedeira nas pernas e um arrepio em todo seu corpo.

— Você está perto demais.

Ele não conseguia ser discreto em olhar para os lábios dela e ela, com certeza, reparou. Céus! Como queria beijá-la! Sara era tentadora, isso ele não podia negar.

— Não necessita mais ficar perto de mim?

Gil recordou-se que havia dito isso a ela no dia em que a beijou e, pra ser sincero, ainda sentia aquilo, ainda necessitava ficar perto dela, só não admitia.

— Sara... É melhor a gente ir.

Ela perdeu um pouco a paciência.

— Eu queria muito te entender, Grissom. Queria mesmo. - afastou-se um pouco dele meio confusa. _ Você começa a gaguejar quando me elogia; você “se declara” num interrogatório, mas não me diz o que sente; eu peço pra você dizer que não me ama, e você não consegue; quando eu saio com alguém você fica incomodado; fala pra eu “ter uma vida”, mas quando eu tento fazer isso você me tira da minha folga; eu digo que quero ir embora e você não deixa; você me diz coisas que me faz ter esperanças, mas quando eu te convido pra sair você recusa; você não tira os olhos dos meus lábios, mas quando eu chego perto de você...- se aproximou como fez momentos antes e ele recuou. _ ... você recua. Qual o problema? O que eu sou pra você?

Nem ele sabia explicar o porquê de fazer tudo aquilo. Agora que ela jogou na cara dele todos esses acontecimentos, ele não soube responder, e levaria um tempo pra descobrir como.

— Eu fiz de tudo pra você perceber que era eu.

Gil estava perplexo. Ela estava mesmo dizendo tudo aquilo na cara dele. Ele apenas abria a boca, mas nada conseguia pronunciar.

— Eu estou cansada, Gil! - fez uma pequena pausa sem desviar o olhar dele. Em seguida prosseguiu. _ Cansada de te amar e não ser correspondida!

Dito isso, Sara lhe deu as costas e foi embora.

Agora sim Gil ficou embasbacado. Ela disse que está cansada de amá-lo! Ela o amava mesmo? Não conseguia acreditar. O que foi que ela viu nele? O que ele tinha de especial? O que ele tinha a oferecer?

Bem lá no fundo ele sabia que correspondia ao amor que ela sentia por ele, mas ele ainda estava aprendendo a lidar com esse sentimento. Ele nunca sentiu isso antes e tinha medo do que esse sentimento poderia causar. Se arriscasse ficar com Sara e acontecesse a mesma coisa que aconteceu com aquele sujeito, ele também ficaria perdido, desolado. Não estava pronto pra isso, e tão cedo não ficaria.

Doía saber que estava a magoando, mas o que ele podia fazer? Entregar-se a ela, lhe dar todo amor que ele tem pra depois ela se cansar dele e deixá-lo? Não, isso não podia acontecer!

Já longe dali uma certa morena respirava aliviada e ao mesmo tempo nervosa.

Sara havia tirado um peso de suas costas. Ela tinha que pôr tudo pra fora ou explodiria. Estava cansada de tentar fazê-lo enxergar que o amava e que estava disposta a enfrentar qualquer coisa por ele. Mas do que adianta lutar por um amor sozinha? Nada.

Por mais que quisesse desistir, as dúvidas martelavam em sua cabeça, todas aquelas coisas que disse sobre as atitudes dele ainda a confundiam. Se ele não a amava, por que fez tudo aquilo? Levando em conta todos os momentos que passaram juntos, a festa em especial. Ela viu amor nos olhos dele enquanto dançavam. Ela viu paixão, viu saudade.

Sara queria respostas, queria que ele tomasse coragem, queria que ele reagisse e tomasse uma decisão. Já estava em Vegas há quase quatro anos, não aguentava mais esperar.

As únicas certezas que Sara tinha na vida era que amava Grissom e que, de maneira alguma, seria feliz com qualquer homem que não fosse ele.

“Nunca confunda ‘eu cansei’ com ‘eu desisto’, porque uma pessoa mesmo cansada pode continuar tentando.” ― Desconhecido


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Notas finais do capítulo

Opaaa! Sara lacrou!
É só lacre essa mulher, santo Deus!
O que acharam? Deixem suas opiniões e criticas ^^
Link do formulário:
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSc6Rs5kxVH0FzUHbd3WgU4WelkwrTH0RquYH9kurLkdVNdsiw/viewform
A 6 só será respondida no começo da 5ª temporada, pois a pergunta é a seguinte: "Após Sara ter sido pega dirigindo bêbada e obrigada a fazer terapia, Grissom fica mais atencioso com ela?"
Simples, não? É só responder com "sim", "não", "às vezes", ou a opção "não muda nada".
É com vocês. Só terá essa pergunta até eles começarem o romance deles, e é aí que vocês vão saber as respostas da 7 e da 8 também.
É isso. Espero ansiosa os reviews de vocês ♥
Abraço de urso :3



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