Love Story escrita por Fofura


Capítulo 42
Happy Hour


Notas iniciais do capítulo

Hey pandinhas!
Uma decepção atrás da outra nesses capítulos, não é mexxmo? hausha
Tivemos Sara e Hank se pegando, depois Grissom e Heather nos amassos, e agora Sara descobriu que Hank é um canalha.
Pois é, não está fácil, produção.
Obrigada pelos comentários no capítulo anterior e não se preocupem que o desconforto de "ver" nossos geeks com outras people termina agora!
Enjoy ♥



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Noite chuvosa. Os CSI’s foram chamados para um caso num restaurante. Uma senhora que dirigia um carro em alta velocidade entrou com tudo no estabelecimento atravessando o vidro grande do mesmo. Grissom levou Catherine e Sara com ele para o local. O acidente deixou dois mortos, quatro em estado grave e os outros apenas feridos, dentre eles estava Hank Peddigrew. Sara ouviu a voz dele quando ela, Gil e Cath estavam falando com Brass, e foi falar com ele.

Hank estava ajudando a cuidar dos feridos, mesmo estando com a mão machucada.

— Oi Sara! - ele a saudou quando a viu se aproximando. _ Quinta feira típica né?

Sara observou o braço esquerdo dele e estava roxo.

— Hank, seu pulso está quebrado. - preocupou-se.

— É ... está mesmo...- parecia que ele só tinha reparado naquele momento. Pediu para outro paramédico assumir.

— O que aconteceu?

— Eu só sei que estava em uma mesa e quando eu vi...- sua atenção foi parar atrás de Sara, na senhora que estava dirigindo o carro, tinham acabado de conseguir abrir a porta. _ Com licença. - Hank correu até ela pra checar os sinais vitais, sem se importar com a lesão no pulso.

Sara juntou-se a Gil e Cath para analisarem a cena. Poucos minutos depois, Sara viu Hank ser atendido por outro paramédico e foi até ele. O paramédico estava enfaixando o braço de Hank.

— Posso terminar? - ela perguntou.

— Claro! À vontade! - respondeu o paramédico e se retirou.

Sara se agachou e passou a terminar o trabalho.

— Você está bem?

— Estou. Eu achei que não ia te ver hoje.

— Então, isso foi só um pretexto?!- ela brincou.

Ele sorriu sem graça e agradeceu por ela ter feito o resto do curativo.

— Não tem de quê. - ela sorriu.

— Bom, eu tenho que voltar pro hospital. E parece que você tem bastante trabalho né?

— É, mas... me liga se precisar de alguma coisa, meu celular está ligado.

— Uhum. - ele murmurou.

— Qualquer coisa. - levantou-se e viu ele partir, então voltou ao trabalho. Foi até Grissom.

— Você e a Catherine vão cuidar das evidências, o Warrick acabou com a corregedoria e está a caminho.

— Tabom.

— E vocês tem que falar com o gerente do restaurante.

— Mais alguma coisa?

— Não. - ele respondeu.

— Onde você vai? - ela quis saber.

— Eu tenho gases.

“Que?”

— Ah é?

— Um vazamento de gás na Henderson. - ele sorriu e foi embora.

Sara então foi falar com o gerente e terminou de analisar a cena com a ruiva.

Depois disso foi para o hospital saber como estava a senhora que causou aquilo tudo. Viu o neto dela num banco esperando pra poder vê-la e resolveu falar com ele. No meio da conversa, Sara direcionou os olhos pro fim do corredor e avistou Hank conversando com uma mulher que estava numa cadeira de rodas, ele parecia bem preocupado com ela.

Sara pediu pro garoto esperar um pouquinho e foi falar com o paramédico.

— Oi!

— Oi. - ele respondeu num tom não tão alegre quanto o dela.

— E o prêmio de paramédico do ano vai pra...?!- ela chegou perto dele sorrindo.

— Não pra mim, porque agora são três mortos e ... podem virar quatro. Elaine, a garota da cadeira de rodas, foi uma das sortudas.

— Você foi incrível. - ela tentou tranquilizá-lo.

— Em oito anos de serviço foi a primeira vez que eu estive em um acidente e eu não... eu não consigo... parar de pensar nele.

— É... Nunca se sabe quando sua vida vai mudar.

— Olha... eu tenho que sair daqui tá?

Sara o segurou pelas mãos e perguntou se ele queria uma carona.

— N-Não, eu estou de carro. - ele se soltou dela e se afastou.

Hank parecia estar querendo evita-la e Sara ficou um pouco confusa. Ela só queria cuidar dele e ele não deixava. O que era estranho porque ele sempre queria ficar perto dela quando a encontrava.

— Hank!

Ele se virou.

— Que legal que você está bem.

— Valeu! - ele sorriu e foi embora.

Sara permaneceu parada vendo ele sumir no corredor do hospital. Ele estava estranho. Bom, devia ser por causa do acidente, ele ainda estava muito abalado.

Voltou a falar com o neto da senhora Lambert, que não resistiu e morreu, e em seguida foi pra autópsia dela enquanto Catherine tentava conseguir as fotos das pessoas que estavam no restaurante e Warrick os registros das câmeras de trânsito.

Ao sair do necrotério, Sara voltou ao laboratório para refazer “os passos” da senhora Lambert de acordo com seu gps.

Greg viu que ela estava na sala de áudio e vídeo e foi ligeiramente lhe contar os resultados da toxicologia.

— Oi. Soube que está no caso do Hank.

— Acho que é o meu caso. - disse a morena, séria.

— Hm, possessiva. - ele zombou ficando bem do ladinho dela. _ Os homens não gostam disso.

— Você está muito perto, Greg. - ela sorriu.

— Bom, eu tenho uma informação que vai nos aproximar ainda mais.

Ela revirou os olhos e olhou pra ele.

— Mas pode começar. - ele se endireitou ficando em pé de novo. _ O que estamos olhando?

— Eu baixei a memória do gps do jaguar, ela não era daqui eu queria saber se ela se perdeu.

— E o que descobriu?

— Daiane Lambert mora em Laughlin. - levantou-se. _ Com licença. - Greg deu passagem a ela sorrindo e ela foi até a grande tela. Com o dedo ela foi seguindo os caminhos conforme falava. _ Ela pegou a 95 Norte até a Summerlin Pkwy, depois a Pkwy até a Rampart, pegou a esquerda na Main Street e seguiu reto até Meadows Lane. Meadows Lane Norte 16, era pra lá que ela ia, e foi lá que ela chegou.

— E esse gps te diz por quê?

— Oque que você tem aí, Greg?

— Talvez ela tenha ficado com larica. - ele sorriu. _ O exame toxicológico saiu. A senhora Lambert estava sob o efeito de Cannabis sativa.

— Erva????- Sara arregalou os olhos.

— Erva!!- Greg riu. _ Que anos 70!

Sara não estava acreditando! Como assim ela estava sob o efeito de erva??

— Back, ganja, caia, baseado, jamba, marijuana...! - Greg dizia tudo aquilo se divertindo muito com aqueles resultados.

— Espera, espera, espera aí! A vovó estava chapada???

— É.- ele continuou rindo.

— Vovó chapada?!

— Total!- riu.

Depois de ir falar com doutor Robbins sobre a vovó chapada, Sara voltou ao laboratório e encontrou Catherine no áudio e vídeo.

— Oi!

— Ah, oi! Olha, eu peguei fotos dos clientes do restaurante com o departamento de transito, e cruzei as informações com o mapa das mesas e o relatório da polícia. Ah, quem é Elaine Alcott?

— Quem??- ela franziu o cenho.

— Ah, ela estava com o Hank, eu achei que talvez você...

— Ah. - Sara foi olhar bem a foto dela e lembrou que era com ela que Hank falava no hospital, a garota da cadeira de rodas. _ Eles devem ser amigos, eu vi os dois conversando no hospital.

— Ah, tá. - Catherine passou mais algumas informações a ela sobre onde os clientes trabalhavam e três deles eram da Seguradora Sillmont, incluindo Elaine.

Então, depois de checar o carro da senhora Lambert, ir até o local do acidente com Warrick para testarem uma teoria, ir até o necrotério falar com doutor Robbins pra saber do exame de sangue da vítima, e falar com Catherine sobre possíveis alvos da senhora Lambert, Sara foi até a casa de Elaine falar com a mesma pra saber se a senhora Lambert era cliente da seguradora.

— Desculpe, eu não a reconheço. - disse a moça.

— Bom, talvez ela tenha comprado uma apólice.

— É possível. Eu supervisiono centenas de contas, eu posso checar a minha lista.

— Seria ótimo!

Sara acompanhou Elaine até o sofá onde estava o notebook da moça.

— Eu queria ter mais tempo de folga, mas sem Tom Krandall e metade do meu departamento no hospital, eu tenho que voltar a trabalhar amanhã.

Ao sentarem, Sara viu um porta retrato e na foto ela viu Elaine com Hank, ambos sorrindo na praia. Por impulso, pegou o porta retrato pra olhar de perto e ter certeza de que era ele.

Elaine viu que ela pegou o quadro pra olha e disse:

— É meu namorado. - sorriu. _ Fomos pro Havaí no ano passado. Ele vai me levar pro Taiti em algumas semanas, eu estou louquinha pra ir!

Ano passado? Sara já estava com ele nesse tempo. Ele deve ter mentido sobre passar o natal com as tias no Brasil. Como ele pôde ter feito isso com ela? Tê-la enganado assim? Mas que sem vergonha! Ele não só a fez de boba, traindo a confiança dela daquela forma e fingindo ser um homem solteiro, querendo leva-la pra cama ainda por cima, mas também enganou aquela moça que estava nitidamente apaixonada por ele pelo modo como ela falava. Sentia-se traída, sentia-se muito mal, ela tinha que sair dali.

— A senhora Lambert não está na minha lista. - informou Elaine. _ Mas se quiser eu posso checar o banco de dados da empresa.

— O-Obrigada. Ãhn... Olha, agora eu tenho que voltar pro laboratório, você pode me ligar depois? - estendeu seu cartão a ela e fez um esforço sub humano pra não dar sinal de tristeza ou decepção por causa da foto.

— Tabom. - Elaine achou estranho o comportamento da perita ter mudado assim, mas não se importou.

Sara levantou e foi embora o mais rápido possível.

Ao entrar no carro, não conseguiu conter o choro.

Ela confiou nele, se envolveu com ele, deu a ele seu precioso tempo, seu carinho, sua atenção e olha só o que recebeu em troca! Por que?

Estava decepcionada e de coração partido. Se já não bastasse Grissom não corresponder ao que ela sentia por ele, agora Hank que estava despertando um sentimento maior nela, fez o que fez, na maior cara de pau! Bonitão filho da mãe!

Por que gostavam de brincar com o coração dela dessa forma? Por quê? Estava doendo!

Sara voltou ao laboratório e seguiu direto pra sala da mesa de luz onde Catherine se encontrava.

Como Sara entrou na sala sem dizer nada e sentou-se ao lado dela ainda em silêncio, a ruiva perguntou como tinha sido com Elaine, e a morena respondeu que ela não tinha nada a acrescentar na investigação. Pelo modo como Sara falou, Catherine pôde sentir a tristeza naquelas palavras. Em todo o tempo de investigação desse caso, Sara não tinha ficado calada assim em nenhum momento. Alguma coisa lhe dizia que Sara havia descoberto uma coisa que não queria.

Descobriram que a senhora Lambert estava muito, muito brava com a empresa de seguros e resolveram ir até lá conversar com Elaine e o chefe.

Ficaram enojadas com o que descobriram. A senhora Lambert tinha câncer de colo e eles não queriam autorizar o tratamento, diziam que a aprovação demorava um tempo, mas um tempo que a senhora Lambert não tinha. Ela havia cometido suicídio e levado três mortos com ela naquele acidente, pois sabia que ia morrer se não autorizassem e não aguentava mais esperar essa demora toda. Como ela tinha uma apólice de seguros e o neto era o único beneficiário, mas como a morte dela foi dada como suicídio, o neto não iria ganhar nada, o que fez com que tudo o que ela havia feito ser em vão.

Saindo da sala de interrogatório, Cath e Sara avistaram Hank no corredor, ele estava esperando pela morena.

Catherine sabia que era problema, ela já tinha sacado que Hank havia traído Sara com Elaine, então resolveu deixa-la conversar com ele a sós enquanto a esperava no carro.

— Eu liguei pro laboratório, disseram que você estava aqui. - falou o paramédico.

Sara olhava pra ele e a magoa era nitidamente vista em seus olhos. Ela queria muito bater nele pelo que fez a ela. Foi muito baixo!

— Ãhn... Conheceu Elaine né?

— É. Ela é bem legal.

Hank continuou olhando pra ela, sem dizer nada. Então ela sacou o que ele foi fazer ali. Ele não queria se explicar, nem pedir desculpas.

— Eu não contei sobre a gente, se é o que quer saber!

— Eu sinto muito, Sara.

— É, eu também.

“Segura o choro, Sara! Não dá esse gostinho pra ele! Não vale a pena!” - ela pensava.

— Não sei mais o que dizer.

— A gente se vê por aí. - esperava que nunca mais o visse, mas como ele era paramédico, isso era um tanto impossível. Eles poderiam se esbarrar qualquer dia.

Sara saiu da delegacia com o coração doendo. Não era pra ser, então tudo bem! Mas não podia evitar de sentir aquilo. Ninguém merece ser traída assim. E ele, aquele bacaba, não se sentiu nem um pouquinho mal pelo que fez.

Sara entrou dentro do carro, e sem querer tocar no assunto, manteve o olhar pra frente, em qualquer ponto do lado de fora, apenas querendo que a ruiva dirigisse.

Catherine viu Sara saindo da delegacia, com o semblante triste e teve muita dó dela. Quando você acha que não vai se decepcionar com uma pessoa e o oposto acontece, é revoltante. E Catherine sentiu a dor dela de longe, e não queria vê-la daquele jeito, por mais incrível que pareça.

— Tem algum programa?

Sara suspirou.

— Nenhum.

— Topa uma cerveja?

Sara virou seu rosto para olhar pra ruiva que lhe sorriu pra lhe passar confiança. A morena voltou a olhar pra frente e concordou com o que foi proposto pela colega.

— Vamos nessa.

Catherine sorriu e deu partida no carro. No meio do caminho, Catherine viu uma lágrima desobediente escorrer pelo rosto de Sara que a secou bem depressa.

O caminho foi silencioso e ao chegarem no bar, acomodaram-se numa mesa ao fundo.

Catherine fez o pedido das cervejas e manteve o olhar fixo na morena que estava de cabeça baixa.

— Ele te enganou, não foi?

Sara assentiu.

— Já passou por isso? - Sara levantou o rosto e olhou pra ruiva. Seus olhos estavam marejados e sua voz embargada.

— Já sim. Não é nada bom.

— Eu vi... uma foto dos dois juntos num porta retrato. Ela disse... que eles viajaram juntos no ano passado. Eu sou tão burra. - sua voz embargou mais, mas não queria chorar.

— Não Sara. O burro foi ele. - Catherine se levantou e sentou mais perto dela. _ Olha, eu posso ter implicado com você no começo, mas eu gosto de você e já te conheço o bastante pra saber que o Hank não merece nem metade de você.

Sara a olhou surpresa, e lhe lançou um sorriso triste.

— Eu não quero chorar. - ela secou outra lágrima teimosa.

— Ele não merece uma lágrima sua também, mas chorar vai ajudar a aliviar a dor!

— Eu estou cansada, Catherine! Cansada de brincarem com meu coração desse jeito!

— Homens são tão tolos! Você vai esquecer essa decepção chamada Hank com o tempo.

— Não é só com o Hank que eu estou decepcionada.

— Não?

— Não.

Grissom era um dos motivos mais responsáveis por seu sofrimento emocional. Hank destruiu um pouco dela, mas Grissom parecia estar fazendo um estrago maior.

— Minha vontade é de encher a cara pra esquecer os problemas.

— Vamos fazer isso! Mas... não tanto. - ela riu.

Sara conseguiu sorrir pela primeira vez naquele dia de descobertas ruins.

— Que droga!

— Você vai superar. Confia! - Cath tocou o ombro dela pra tentar tranquilizá-la.

— Eu me apaixonei por um alguém que nunca quis amar ninguém, Catherine. Eu mesma me fiz sua refém, me prendi. Eu, que era livre para voar, cortei as minhas próprias asas. Eu fiz dele a minha casa, fiquei aqui com ele, e o que recebi?!

Catherine achou aquilo muito profundo e teve mais certeza ainda de que Hank não merecia Sara. Mal sabia Catherine que Sara não estava falando de Hank.


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Notas finais do capítulo

Tadinha da Sara. Oh meu Deus :c Só decepção na vida. O Griss tem que abrir os olhos logo, mds!
Me digam o que acharam, tá? Estou ansiosa pra saber ♥
Tem Relacionamentos chegando amanhã, porque atrasei hoje huahua Não é nenhuma novidade, amo atrasos! sqn
Espero por vocês ♥
Abraço de urso :3



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