Love Story escrita por Fofura


Capítulo 30
O Dedo


Notas iniciais do capítulo

Hey amorzinhos!
Mais um capítulo pra vocês. Desculpem a demora :)



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Foram três semanas difíceis depois daquele encontro de Sara e Hank. A primeira semana foi a semana das festas de Natal. A cidade toda estava num movimento que só. Tanto que os CSI’s não tiveram como comemorar, pois houveram três assassinatos na noite de natal. O máximo que eles fizeram foi brindar no intervalo que eles usavam pra descansar um pouco enquanto as análises não ficavam prontas e tomar um café. Naquele dia em questão, foi champanhe. Só alguns goles, óbvio, pois estavam em serviço. Foi o segundo Natal de Sara ali e ambos foram do mesmo jeito. O que mudou foi que não só Rayle lhe ligou desejando boas festas, como Hank também havia ligado lá do Brasil desejando o mesmo a ela.

A semana seguinte foi tensa. Não só por Grissom continuar distante de Sara, mas também porque Paul Millander havia voltado, e se passando por um juiz, ele conseguiu prender Grissom por desacato ao tribunal quando o mesmo tentou convencer um policial de que Millander – que se apresentava no momento como juiz Mason – era um serial killer.

Grissom, nesse tempo em que tentava provar que Mason era Millander, foi jantar na casa dele e conheceu a esposa e o filho do serial killer. Craig, o garoto de aparentemente 11 anos, tirou uma foto de Grissom e o pegou desprevenido dizendo: está seguro agora. Obviamente, aquilo deixou Grissom mais tenso do que estava, mas não ligou, era só uma criança.

Paul acabou morto depois que todo mundo descobriu que ele era menina quando nasceu e conseguiram provar que ele era o serial killer. Paul cometeu suicídio, da mesma maneira em que matou todas as suas vítimas.

Mais estranho que isso, era que Gil estava muito distante de Sara. O mais louco de tudo isso, fora Sara e todos os CSI’s terem ficado com medo da vida de Grissom estar em perigo novamente e ele parecer não ligar.

Sara não conseguia tirá-lo da cabeça. A imagem dele vinha à sua mente sempre que não estava concentrada no trabalho.

Depois desse caso, Sara teve um pesadelo, mas não foi com seus pais como sempre acontecia, mas sim com Grissom. Acordou assustadíssima e morrendo de vontade de vê-lo, saber que estava bem. Somente no próximo turno ela se sentiu melhor.

“Eu tenho pensado em você

Me apaixono mais a cada dia

Me perco no tempo

Só pensando no seu rosto [...]

Você é o único que quero” ― Adele

Na semana seguinte era a folga de Gil e Sara. A morena convidou o chefe pra almoçar, mas Grissom recusou dizendo que não tiraria folga. Sara ficou decepcionada, pois achou que ele aceitaria. Mas o que podia fazer? Nada. Então marcou com Hank pra ir numa lanchonete, uma lanchonete que Warrick indicou quando ela perguntou um lugar legal pra lanchar à noite.

...

— Oi Sara! Que bom te ver!

Hank havia ficado feliz de Sara ter ligado tão rápido. Rápido no sentido de que na primeira vez havia levado mais de um mês, e agora foram duas semanas, por conta das festas de fim de ano. Então quando ela lhe telefonou pra marcarem de ir na lanchonete, ele ficou muito contente.

— Oi Hank! Tudo bem?

Eles se cumprimentaram com um abraço.

— Tudo ótimo! E com você?

— Estou bem. - ela não estava tão bem por conta da recusa de Grissom, ele havia sido muito frio, mas tinha certeza que Hank a animaria. _ Como foi no Brasil? - Sara perguntou enquanto ambos se sentavam um de frente pro outro na mesa da lanchonete.

— Foi incrível! Lá é lindo! Você gosta muito de natureza, né? Ia gostar muito de lá.

— Que bom que se divertiu! Eu espero um dia viajar pra lá, fiquei com vontade de conhecer. - sorriu.

Enquanto isso, na delegacia...

— E aí? Esse cara é muito rico? - perguntou Catherine sobre o homem que eles estavam indo “examinar”.

— Ele tinha um milhão de dólares na conta corrente. - respondeu Grissom enquanto andavam pelo corredor.

— Quem não tem?!

— Ele é construtor civil, membro do concelho de revitalização do centro da cidade.

— E ele não disse uma palavra à ninguém?

— Não. Por isso que nós viemos.

Ao entrarem na sala, o Sr. Logan já esperava por eles e se recusou a dizer qualquer coisa sem seu advogado. Grissom lhe disse que ele não precisava dizer nada e Catherine o orientou para poder fazer a coleta do sangue de suas mãos. Roy Logan foi encontrado pelos policiais em seu carro, pois estava dirigindo feito um louco e o policial que o parou, ao vê-lo com sangue nas mãos, o levou pra delegacia.

— Vai ter que tirar a roupa também. - informou a ruiva.

— O que??- perguntou Logan, indignado.

Grissom o olhou e disse dando de ombros:

— Vegas!

Catherine quis rir do que o amigo disse, mas se conteve.

Coletaram todas as evidências no corpo e nas roupas de Logan e o dispensaram.

— Hey, pode me fazer um favor e levar isso pro laboratório? Eu vou assistir uma peça na escola, a Lindsey vai ser A Garota na Lua.

— O que houve com O Homem na Lua?

— Pegou caxumba.

— Ah.

Antes de sair da sala, Catherine percebeu que Roy Logan havia esquecido seus óculos escuros em cima da mesa então pegou pra devolver antes de ir à escola.

Minutos depois Grissom estava saindo da delegacia e viu Catherine dirigindo o carro de Roy Logan. Estranhando, ele pegou o celular e ligou pra ela. Curiosamente, ele escutou o som do celular tocando e quando olhou pro lado a maleta de Catherine estava no chão juntamente com o celular, o bip, a bolsa e a arma. Ligou para Brass, levou as coisas ao laboratório e em seguida foi checar o resultado do sangue com Greg, que lhe informou que o sangue nas mãos de Logan era de mulher.

Na lanchonete...

— Eu nem acredito que ligou tão rápido e que consegui te ver fora do trabalho de novo.

— Isso é ótimo! - ela abriu um lindo sorriso.

— Eu não saio com garotas que trabalham comigo, mas você é ... bem diferente. Com certeza não foi o seu perfume. - sorriu.

Sara riu ainda de boca cheia.

— Não acredito que lembrou disso!

Hank a acompanhou na risada e Sara olhou um instante pra fora. Neste exato momento ela viu Catherine chegando na lanchonete com um homem desconhecido por ela.

— Pois é ...- ela voltou a falar. _ ... Quando a gente se conheceu foi nojento. Não pra mim, mas... pra todo mundo e pra você, né?!

Hank assentiu e ambos olharam Catherine que passou direto por eles com o desconhecido e foi sentar no balcão.

— Essa aí não é a sua colega? - o loiro perguntou.

— É.

“Mal educada. Não dá nem um ‘oi’. Depois a chata sou eu.”

— Estranho, ela nem falou com você.

— Ah, ela é assim mesmo. - Sara deu de ombros.

— Vocês não se dão bem?

— Às vezes sim, às vezes não. - sorriu. _ Nosso relacionamento vive na bipolaridade.

Hank riu do jeito que a morena falou.

— Mas eu me dou muito bem com os outros.

— Você é mais chegada com o Nick, não é?

— É. Eu era mais chegada com o Grissom, porque ele era meu único amigo aqui, mas fui pegando intimidade com os outros.

— Menos com ela, né? - Hank riu.

— Com ela está meio complicado. Mas tem jeito ainda.

No laboratório...

— Talvez ele quisesse confessar, levá-la até o corpo. - teorizou Warrick, rezando para que nada acontecesse com ela.

— A Catherine não ia largar as coisas delas no chão. - disse Nick.

Brass chegou e parou na porta.

— Oi. Mandei um policial até a casa do Logan pra falar com a mulher dele. Ela está muito bem, não é a nossa vítima.

— O que fazemos agora? - perguntou Warrick.

— A gente espera, né? - Nick perguntou olhando para o chefe.

— É. Ainda não temos um crime.

Na lanchonete...

— É muito legal estar aqui com você. A gente devia fazer isso mais vezes também. O que você acha? - Hank estava empolgado.

— É, acho que seria ótimo. - a morena respondeu.

Assim que Sara terminou de falar, foi surpreendida por Catherine, que colocou um copo com um dedo ensanguentado coberto de gelo dentro, em cima da mesa.

— Isso aí é um dedo? - Hank perguntou franzindo o cenho.

Sara olhou com estranheza para aquele copo.

— Que droga é essa?! Espera um pouquinho que eu vou atrás dela, tá?

— Tabom. - ele respondeu.

Sara saiu segurando o copo, mas Catherine já havia entrado no carro e dado a partida. A morena olhou novamente pro copo e voltou pra dentro certificando-se de que ninguém veria aquele dedo.

— Hank, desculpa, mas eu preciso ir pro laboratório. Tem alguma coisa errada acontecendo.

— Não se preocupa, pode ir. Pode deixar que eu pago a conta.

— Valeu. Qualquer coisa me liga. - ela deu um beijo em sua bochecha, pegou o casaco e saiu. _ Tchau.

...

— A Catherine não falou nada? - Nick perguntou estranhando toda aquela conversa da amiga, assim como Warrick que estava ao lado deles andando pelos corredores do laboratório.

— Ela quase nem olhou pra mim. Pôs o copo com o dedo na mesa e foi embora. - Sara afirmou.

— Onde está? - Gil, que havia os encontrado no corredor, perguntou.

— Coloquei no laboratório do doutor Robbins, ele viajou. Quer que eu acorde ele em Kansas City? Ele foi pro casamento do irmão e só volta amanhã.

— Era o dedo indicador direito?

— A ponta do dedo foi cortado, logo aqui...- ela mostrou usando seu indicador. _ ... acima da junta.

— Algum tecido hemorrágico? - perguntou o moreno.

— Olha, não dava pra saber, mas tinha muito sangue.

— Como a Catherine estava? - Gil perguntou.

— Eu falei pro Nick, ela me ignorou.

— E em relação ao Logan? Ela estava coagida, agitada...?

— Não, não, parecia que a Catherine controlava a situação.

Eles pararam na frente da sala de Grissom.

— Um dedo cortado, um milhão de dólares, e Catherine não pode falar com ninguém. - Gil juntou as informações.

— Sequestro? - perguntou o texano.

Gil assentiu.

— E a vítima vale um milhão. - comentou Warrick.

— É hora de falar com a mulher dele.- dito isso, Grissom entrou em sua sala deixando seus subordinados conversando do lado de fora.

— Eu vou ligar pro Brass. - disse Nick pegando o celular.

— Foi muita coincidência, vocês não acham? A Catherine aparecer bem naquela lanchonete? Como é que ela sabia que eu estava lá?

— Eu sabia. - disse Nick e deu as costas pra eles, pois a chamada já estava sendo realizada.

Sara olhou para Warrick e ele pra ela fazendo uma careta tipo: fazer o que? Eu que contei.

A morena bufou e lhe deu um tapão no ombro, saindo dali em seguida.

No decorrer de toda a confusão de sequestro Catherine havia deixado várias pistas no caminho onde um policial havia avisado aos CSI’s que o carro de Logan havia passado, e os amigos encontraram todas, até que finalmente fez contato. Longas horas depois durante a investigação, descobriram que Logan não era uma vítima, e sim o culpado de tudo. Ele arquitetou tudo aquilo para poder se livrar da culpa. A equipe toda estava reunida na sala de evidências pra poder pôr os raciocínios em ordem.

— Muito bem, vamos passar a limpo. - começou Grissom. _ Amanda cansou de ser a outra, então ela ligou para a Sra. Logan para falar do caso com o marido dela. Mas a Sra. Logan não apenas discutiu, como partiu pro ataque.

— Amanda violou uma regra básica: Não conte pra esposa. - comentou Catherine.

— Isso é o que eu chamo de problema. - disse Nick.

— Dois problemas. - corrigiu Warrick. _ A mulher ia se separar dele e ficar com metade da grana, e ele seria preso.

— Vamos admitir, a ideia dele foi engenhosa. - reconheceu Sara.

— Muitos criminosos levam tempo planejando o assassinato, ele levou tempo encobrindo. 48hrs pra ser mais preciso. - observou Grissom. _ Logan limpa a cena do crime e liga pro advogado. Pede ajuda pra resolver essa charada. Qual a melhor maneira de proteger seus bens do que pagando um sequestrador que já lhe presta serviço?

— Tudo a partir desse ponto foi calculado. - continuou Catherine. _ O sangue nas mãos, naquele dia foi o último cliente do banco agindo de maneira suspeita, dirigiu feito louco...

— Ele sabia que seria parado pelos policiais. - comentou Warrick.

— Pode apostar. - a ruiva prosseguiu. _ E não esqueceu os óculos por acaso. O celular dele tocou quando eu fui devolver e era pra mim. Ele praticamente jogou o dinheiro nas mãos do advogado.

— Acabou saindo de um bolso e foi pro outro. - afirmou Gil. _ Eu gostei principalmente da encenação que ele fez no laboratório do legista, querendo ver até onde a gente sabia.

“Quando? Onde?”

— E por que fez um mapa? Por que levou Catherine até o corpo? - perguntou Nick, confuso.

— Porque sem o corpo, Logan seria sempre um suspeito. - Gil explicou.

— Se não pra polícia, pra mulher dele.- acrescentou Sara.

— Ele armou deixando as taças de vinho pra vocês verem. - Warrick afirmou.

— Claro! - Catherine concluiu o raciocínio. _ Ele queria que a gente suspeitasse da mulher, foi por isso que usou a van dela pra carregar o corpo. E deixou que eu marcasse o dinheiro porque sabia que alguma hora o advogado ia mexer nele.

— Mas por quê? - indagou Sara. _ O dinheiro estava numa maleta.

— Um milhão de dólares?! Que tentação. - disse Warrick.

Grissom foi o seguinte.

— Eu vi o cofre e vi a maleta de Logan. Era muito grande pra caber lá dentro. O advogado precisou tirar o dinheiro com as mãos.

— Como ele saberia que a Catherine ia marcar todo o dinheiro? - Sara quis saber.

— Não sabia. - disse o moreno. _ Deve ter achado que o banco marcaria.

— E além disso...- continuou Nick. _ Sempre existem as digitais.

— E pensar que eu fiz tudo o que podia para ajudá-lo.- lamentou a ruiva.

— É... E a essa altura ele já deve estar longe.

Assim que Nick terminou sua fala, o celular de Catherine começou a tocar. Era um policial informando que havia pegado Logan em alta velocidade e que o estava levando pra delegacia.

Caso complicado, mas resolvido.


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Notas finais do capítulo

Pois é, não foi dessa vez, Hank huashuashua
Aguardando os reviews de vocês.
No próximo as coisas começam a ficar tensas
Um abraço de urso em cada um :3